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FACULDADE NACIONAL DE DIREITO – UFRJ DIREITOS HUMANOS – ANA LUIZA SARAMAGO STERN DEBORAH MOTHE – DRE 115199255 TURMA A – 2016.1 LGBTFobia Diariamente, casos de agressão às minorias LGBT são noticiados no Brasil e no mundo. Atualmente, o Brasil é considerado um dos países mais perigosos para essa parcela da população. Uma simples questão de sexualidade ainda é tratada por muitos como doença, anomalia e até mesmo criação errada por parte dos pais. Recentemente, tivemos notícia de um atentado nos EUA, onde um jovem extremista entrou em uma boate gay proferindo tiros por toda parte e matando uma grande quantidade dos jovens que ali estavam. A opinião pública considerou o ocorrido como crime de ódio; o motivo do crime seria a sexualidade dos jovens que estavam se divertindo na boate. Não é necessário que se vá tão longe. O número de pessoas LGBT que morrem todos os dias no Brasil é gritante. Ao que parece nunca houve uma onda conservadora tão forte assolando as minorias. Os direitos humanos dizem que todos são livres, iguais e devem ter os mesmos direitos e oportunidades assegurados. No entanto, o que se tem na prática é uma realidade diferente e assombrosa; simplesmente por fazer parte do grupo LGBT, as pessoas têm suas vidas expostas, não têm as mesmas oportunidades de trabalho, sofrem retaliações em público, são espancadas, assassinadas. A opressão começa no ambiente escolar. Os alunos não heteronormativos são considerados desviantes, em alguns casos, acabam por ficar afastados, são ofendidos, incompreendidos, retaliados. Há algum tempo, o MEC tentou lançar uma cartilha que fazia parte de uma espécie de kit sobre sexualidade a ser lançado nas escolas, houve comoção na sociedade. Os setores mais conservadores se manifestaram contra a cartilha afirmando que isso influenciaria todas as crianças, que consequentemente, se tornariam gays. Consequentemente, percebe-se que o problema é muito mais profundo. As pessoas não conhecem e não sabem lidar com sua própria sexualidade. Desde pequeno, todos são ensinados a não falar sobre tal assunto, que é considerado inapropriado e obsceno. Os bons modos não permitem que a sexualidade seja discutida e criam pessoas sexualmente reprimidas, que não se conhecem e não se aceitam como são. Ademais, se os professores, em sua formação, fossem orientados sobre o assunto e pudessem levar mais informação, diálogo, aceitação e respeito para dentro das salas de aula, as crianças cresceriam se conhecendo melhor, isso criaria automaticamente, adultos mais compreensivos e abertos ao diálogo. A questão é que a educação é trabalhada desde a infância, assim como se dá o combate ao preconceito.
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