www.sabermaisdireito.com 2 Olá, amigos do Saber mais Direito! Parabéns por ter baixado o material do Saber Mais Direito. Este material foi cuidadosamente criado para ser o melhor e mais completo do mercado. Tenha certeza que você tem em mãos um produto de muito trabalho e dedicação. Estamos com você nessa caminhada rumo à aprovação! Dalmo F. Arraes Jr Advogado, Empresário e Criador do Saber mais Direito Aulão Operação Delta Mato Grosso do Sul http://www.sabermaisdireito.com/ http://sabermaisdireito.com/delegadodomatogrossodosul/ www.sabermaisdireito.com 3 60 DICAS DE DIREITO PENAL Dica 01 A pena da LESÃO CORPORAL será aumentada de 1/3 a 2/3 se essa lesão tiver sido praticada contra integrantes dos órgãos de segurança pública (ou contra seus familiares), desde que o delito tenha relação com a função exercida. Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. (...) Aumento de pena (...) § 12. Se a lesão for praticada contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição, a pena é aumentada de um a dois terços. http://www.sabermaisdireito.com/ www.sabermaisdireito.com 4 Dica 02 A Lei 12.978/2014 acrescentou mais um inciso ao art. 1º da Lei 8.072/90 prevendo que também é considerado como crime hediondo o favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável, delito previsto no art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º do Código Penal. Dica 03 Em 2014, foi publicada a Lei n. 12.993/2014 que alterou o Estatuto do Desarmamento para permitir que agentes e guardas prisionais tenham porte de arma de fogo, desde que atendam aos seguintes requisitos: 1º) Deverão integrar o quadro efetivo do Estado (DF) ou União. 2º) Deverão estar submetidos a regime de dedicação exclusiva. 3º) Deverão estar sujeitos a cursos de formação funcional. 4º) Deverão estar subordinados a mecanismos de fiscalização e de controle interno. Armas próprias ou fornecidas pelo ente público em serviço ou fora dele. Dica 04 A Lei n. 13.106/2015: http://www.sabermaisdireito.com/ www.sabermaisdireito.com 5 • Passou a prever, expressamente, que é crime vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar bebida alcoólica a criança ou a adolescente. • Revogou a contravenção penal prevista no art. 63, I, do Decreto - lei 3.688/41, considerando que esta conduta agora é punida no art. 243 do ECA. • Fixou multa administrativa de R$ 3 mil a R$ 10 mil para quem vender bebidas alcoólicas para crianças ou adolescentes (essa multa é independente da sanção criminal) Dica 05 A Lei n. 13.104/2015 alterou o Código Penal para tratar sobre o feminicídio: Feminicídio é o homicídio doloso praticado contra a mulher por “razões da condição de sexo feminino”, ou seja, desprezando, menosprezando, desconsiderando a dignidade da vítima enquanto mulher, como se as pessoas do sexo feminino tivessem menos direitos do que as do sexo masculino. Homicídio qualificado § 2° Se o homicídio é cometido: (...) Feminicídio VI – contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: Pena - reclusão, de doze a trinta anos. http://www.sabermaisdireito.com/ www.sabermaisdireito.com 6 § 2º -A Considera-se que há “razões de condição de sexo feminino” quando o crime envolve: I - violência doméstica e familiar; II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. (...) § 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: I – durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; II – contra pessoa menor de 14 (quatorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos ou com deficiência; III – na presença de descendente ou de ascendente da vítima. Dica 06 A Lei 13.228/2015 acrescentou um parágrafo ao art. 171, com a seguinte redação: Estelionato contra idoso § 4º Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso. Dica 07 A existência de inquéritos policiais ou de ações penais sem trânsito em julgado não podem ser considerados como maus antecedentes para http://www.sabermaisdireito.com/ www.sabermaisdireito.com 7 fins de dosimetria da pena. STF. Plenário. RE 591054/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 17/12/2014 (repercussão geral) (Info 772). Dica 08 A circunstância judicial "conduta social", prevista no art. 59 do Código Penal, representa o comportamento do agente no meio familiar, no ambiente de trabalho e no relacionamento com outros indivíduos. Os antecedentes sociais do réu não se confundem com os seus antecedentes criminais. São circunstâncias distintas, com regramentos próprios. Assim, não se mostra correto o magistrado utilizar as condenações anteriores transitadas em julgado como "conduta social desfavorável". STF. 2ª Turma. RHC 130132, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 10/5/2016 (Info 825). Condenações anteriores transitadas em julgado não podem ser utilizadas como conduta social desfavorável. Dica 09 O fato de o agente ter se aproveitado, para a prática do crime, da situação de vulnerabilidade emocional e psicológica da vítima decorrente da morte de seu filho em razão de erro médico pode constituir motivo idôneo para a valoração negativa de sua culpabilidade. STJ. 5ª Turma. HC 264.459-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/3/2016 (Info 579). http://www.sabermaisdireito.com/ www.sabermaisdireito.com 8 Dica 10 Os elevados custos da atuação estatal para apuração da conduta criminosa e o enriquecimento ilícito obtido pelo agente não constituem motivação idônea para a valoração negativa do vetor "consequências do crime" na 1ª fase da dosimetria da pena. Em outras palavras, o fato de o Estado ter gasto muitos recursos para investigar os crimes (no caso, era uma grande operação policial) e de o réu ter obtido enriquecimento ilícito com as práticas delituosas não servem como motivo para aumentar a pena-base. STF. 2ª Turma. HC 134193/GO, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 26/10/2016 (Info 845). Dica 11 Valor máximo considerado insignificante no caso de crimes tributários Para o STJ: 10 mil reais (art. 20 da Lei 10.522/2002). Para o STF: 20 mil reais (art. 1º, II, da Portaria MF 75/2012). Dica 12 A reiteração criminosa inviabiliza a aplicação do princípio da insignificância nos crimes de descaminho, ressalvada a possibilidade de, no caso concreto, as instâncias ordinárias verificarem que a medida é socialmente recomendável. STJ. 3ª Seção. EREsp 1.217.514-RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 9/12/2015 (Info 575). http://www.sabermaisdireito.com/ www.sabermaisdireito.com 9 Dica 13 Como regra, a aplicação do princípio da insignificância tem sido rechaçada nas hipóteses de furto qualificado, tendo em vista que tal circunstância denota, em tese, maior ofensividade e reprovabilidade da conduta. Deve-se, todavia, considerar as circunstâncias peculiares de cada caso concreto, de maneira a verificar se, diante do quadro completo do delito, a conduta do agente representa maior reprovabilidade a desautorizar a aplicação do princípio da insignificância. STJ. 5ª Turma. AgRg no AREsp 785.755/MT, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 22/11/2016. Dica 14 Não se aplica o princípio da insignificância no caso de contrabando, tendo em vista o desvalor da conduta do agente (HC