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(História da Antropologia/ Raça e Etnia / Cultura Ocidental

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Aulas de Antropologia (História da Antropologia/ Raça e Etnia / Cultura Ocidental)
A Antropologia é o estudo do homem, de sua cultura e seus costumes.
Até o início do período das Grandes Navegações, o encontro com o “outro”, com costumes e comportamentos tão “estranhos”, passou a intrigar colonizadores, viajantes, militares e missionários. Os seus relatos passaram a interessar estudiosos; eram os primeiros “antropólogos” que passaram a utilizar esses relatos para elaborar teorias acerca das chamadas “sociedades primitivas.
A primeira questão antropológica que se apresenta para os primeiros “antropólogos” era se aqueles povos tão diferentes eram ou não humanos, ou seja, se tinham ou não tinham Alma. A resposta veio por meio dos missionários da Igreja, que através do catecismo demonstrou que os índios podiam compreender a divindade cristã e portanto tinham alma sendo, então, humanos. A segunda pergunta antropológica da história dizia respeito a que tipo de seres humanos eram os novos povos descobertos: índios, negros africanos, asiáticos do estremo oriente e aborígenes da Oceania.
Daí surge o conceito de Raça no século XVI: do latim Ratio (raiz/categoria/espécie).
Conceito de raça: grupo humano com características físicas específicas.
Características fenotípicas e antropométricas: cor da pele, formato do rosto (olhos, lábios, nariz), outras características corporais.
A Hierarquização das raças (branca, amarela, negra, vermelha) dá origem ao que conhecemos hoje com o nome de Racismo ao pressupor que uma raça tem o dever moral de subjugar raças que eles consideram inferiores. 
Determinismo biológico: atribuir características de cada raça de acordo com suas pretensas capacidades biológicas supostamente inerentes. Por exemplo: os negros seriam mais propensos a trabalhos pesados enquanto que os brancos seriam propensos a atividades intelectuais. Outro exemplo é o de considerar a mulher como “sexo frágil” por conta de sua condição biológica ligada à gravidez e ao puerpério. Em nenhum dos casos o determinismo biológico é verdadeiro.
Darwinismo Social: baseado na “teoria da evolução” de Darwin, que prevê a sobrevivência dos mais bem adaptados biologicamente. O Darwinismo Social aplica esta teoria para explicar a dinâmica social entre àqueles que são capazes de se sustentar e àqueles que não são capazes. Esta teoria culminou com regimes como o Apartheid na África do Sul e a discriminação contra os negros nos estados do sul dos Estados Unidos na primeira metade do século XX. Além de ter motivado vários atos cruéis da época do imperialismo no século XIX e do colonialismo até meados no século XX. O Darwinismo Social levou a teorias nefastas para a humanidade como a Eugenia e ao Aborto como estratégia de Controle da Natalidade.
Eugenia: tentativa de melhoramento físico e mental da espécie humana através da seleção daqueles que apresentam as melhores características para reproduzir-se, o imperialismo e colonialismo europeu e os regimes fascistas como o Nazismo, e resultou em preconceito, discriminação, segregação e genocídios.
A pesquisa da ONU ,de 1947 a 1955, deveria responder a seguinte pergunta: existem raças entre seres humanos? Os resultados apontaram apenas 3% de diferenças biológicas, número considerado insuficiente para considerar a existência de raças.
O Projeto Genoma Humano (mapeamento genético da humanidade) nos anos 1980 até o início dos anos 2000) apontou apenas 0,007% de diferenças genéticas entre as pessoas do mundo todo. Apontou também que dos 25 mil genes existentes em nosso DNA, apenas 1 (um) gene é responsável pelo controle da melanina (substância que dá a pigmentação de nossa pele). A conclusão é de que do ponto de vista biológico não se pode falar em raças entre seres humanos.
Devemos lembrar que nem a Biologia em sua classificação de seres vivos não usa o conceito de raça. A Onu sugere que seja utilizado o conceito de Etnia.
Etnia: classificação que leva em consideração as características culturais específicas. 
Grupos étnicos: grupos humanos organizados segundo as características culturais que lhes estabelecem uma identidade social ou cultural. 
Infelizmente também, mesmo quando consideramos a aplicação do conceito de etnia, este também não foi capaz de evitar conflitos armados de grandes proporções. Uma vez que o conceito de etnia faz menção a questões culturais prioritariamente, serão estas, principalmente relacionadas a diferenças relativas aos sistemas econômicos e a religião que estiveram na base dos conflitos de grandes proporções da Segunda Guerra Mundial para cá. Na questão econômica, a Guerra Fria, a Guerra da Coreia, a Guerra do Vietnã, etc... Do ponto de vista religioso, os ataques promovidos pelo Estado Islâmico a todos os que se recusam a seguir a Lei Islâmica mais radical chamada de Sharia e o conflito entre os Palestinos e Judeus pela posse do território onde hoje se encontra o Estado de Israel.

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