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INTERVENÇÃO DE TERCEIROS

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intervenção de terceiros
1 -Conceito:
Ocorre o fenômeno processual chamado intervenção de terceiro quando alguém ingressa, como parte ou coadjuvante da parte, em processo pendente entre outras partes.
O efetivo ingresso do terceiro no processo é que pode ser qualificado de provocado (ex.: denunciação da lide ou chamamento ao processo) ou dar-se por iniciativa do próprio interveniente (ex.: assistência).
Os casos de intervenção de terceiros catalogados pelo novo Código de Processo Civil são os seguintes:
(a) a assistência (arts. 119 a 124);
(b) a denunciação da lide (arts. 125 a 129);
(c) o chamamento ao processo (arts. 130 a 132);
(d) o incidente de desconsideração da personalidade jurídica (arts. 133 a
137);
(e) o amicus curiae (art. 138).
Da assistência: simples e litisconsorcial
O ingresso do assistente no processo é caso típico de intervenção voluntária de terceiro, mesmo quando é considerado litisconsorte da parte principal. Segundo o art. 119, dá-se a assistência quando o terceiro, na pendência de uma causa entre outras pessoas, tendo interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes, intervém no processo para prestar-lhe colaboração.
O assistente, portanto, não é parte da relação processual – pelo menos na modalidade de assistência simples – e nisso se distingue do litisconsorte. Sua posição é de terceiro que tenta apenas coadjuvar uma das partes a obter vitória no processo. Não defende direito próprio, mas de outrem, embora tenha um interesse próprio a proteger indiretamente.
Pressupostos:
Normalmente, a sentença não produz efeito senão perante as partes do processo. Não beneficia nem prejudica terceiros. Há casos, porém, em que a situação resultante da sentença para uma das partes tem consequências ou reflexos sobre outras relações jurídicas existentes entre a parte e terceiros
O interesse do assistente há de ser jurídico. Não se tolera a assistência fundada apenas em “relação de ordem sentimental” ou em “interesse simplesmente econômico”
Diante disso, podemos sintetizar os pressupostos da assistência em:
(a) existência de uma relação jurídica entre uma das partes (assistido) e o terceiro (assistente); e
(b) possibilidade de vir a sentença a influir na referida relação.
Exemplo: Ação de despejo nos casos de sublocatário => A (proprietário) move ação de locação em face B (locatário), onde o réu possui um sublocatário “b”. Se A tiver sucesso na demanda, “b” terá sua esfera atingida pelo despejo. A assistência permite que “b” colabore com “B” na ação. “b” só tem relação com B, nem sequer conhecendo o autor A da ação.
Espécies:
1) simples (121): Quando o assistente intervém tão somente para coadjuvar uma das partes a obter sentença favorável, sem defender direito próprio, o caso é de assistência adesiva ou simples. Não há relação material alguma entre o interveniente e o adversário da parte a que se deseja prestar assistência.
 Poderes do Assistente Simples: Art. 121 e 122, do NCPC - Art. 121. O assistente simples atuará como auxiliar da parte principal, exercerá os mesmos poderes e sujeitar-se-á aos mesmos ônus processuais que o assistido. Parágrafo único. Sendo revel ou, de qualquer outro modo, omisso o assistido, o assistente será considerado seu substituto processual. Art. 122. A assistência simples não obsta a que a parte principal reconheça a procedência do pedido, desista da ação, renuncie ao direito sobre o que se funda a ação ou transija sobre direitos controvertidos. O assistente simples tem atividade totalmente subordinada ao assistido. Sua atividade e vinculada. Como regra nunca pode ir contra a vontade manifestada pelo assistido. Exemplo: Se o assistido confessa, o assistente não pode contestar. Se o assistido renunciar ao recurso, o assistente não poderá ser recorrer. Existe uma situação em que o assistente pode atuar livremente. E o que acontece nos casos em que houver omissão do assistido. Ter-se-á uma situação em que a atividade do assistente será livre. Ex.: se o assistido for revel.
2) litisconsorcial: (125): o terceiro assume a posição de assistente na defesa direta de direito próprio contra uma das partes o que se dá é a assistência litisconsorcial.
A posição do interveniente, então, passará a ser a de litisconsorte (parte) e não mais de mero assistente. Envolve relação de direito material. Ex; herdeiro que intervém na ação em que o espólio é parte representada pelo inventariante. 
Requisitos: a) há de haver uma relação jurídica entre o interveniente e o adversário do assistido; b) essa relação há de ser normada pela sentença. 
Didaticamente se diz que o assistente litisconsorcial e o indivíduo que poderia ter sido litisconsorte facultativo. Poderia ter sido parte, mas por não ter entrado no momento inicial, poderá ingressar no processo em momento posterior.
Forma um litisconsórcio unitário, facultativo e ulterior.
Cabimento e oportunidade:
“A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre” (art. 119, parágrafo único). Enquanto não há coisa julgada, é possível a intervenção do assistente, mesmo que já exista sentença e a causa esteja em grau de recurso.
Procedimento:
A assistência deve ser requerida, por petição do terceiro interessado, dentro dos autos em curso. Ambas as partes serão ouvidas e qualquer delas poderá impugnar o pedido, em quinze dias, contados da intimação (art. 120). 
Não havendo impugnação o pedido deve ser deferido. Da impugnação decorre um procedimento incidental que não deverá prejudicar, nem suspender, o andamento do processo principal; i.e., o juiz decidirá o incidente, sem suspensão do processo.
Denunciação da lide
1- Conceito: 
A denunciação da lide consiste em chamar o terceiro (denunciado), que mantém um vínculo de direito com a parte (denunciante), para vir responder pela garantia do negócio jurídico, caso o denunciante saia vencido no processo.
A denunciação da lide é fundada na ideia de economia processual. Isto porque objetiva garantir direito de regresso no mesmo processo. Traz o terceiro ao processo, para que, em caso de perda de uma das partes, haja indenização do perdedor pelo terceiro.
2- Características:
a) pode ser provocada tanto pelo autor quanto pelo réu
b) tem natureza jurídica de ação, mas não forma processo autônomo.
c) são associadas a direito de regresso.
d) não é obrigatória (pode exercer o direito em ação autônoma) – art. 125 §1º
3- Hipóteses de cabimento:
a) Transferência da Propriedade – Evicção (art. 125 I). A evicção e uma garantia que existe, ainda que implicitamente, que, caso o comprador venha a perder a coisa por forca de uma decisão judicial, o vendedor e obrigado a devolver o que pagou, mais perdas e danos. (Conceito evicção: adquirente de um bem perde a posse ou propriedade da coisa adquirida, atribuída a 3º).
Ex.: O comprador adquire uma área de vendedor, e, quando chega no terreno verifica a existência de um invasor. Poderá ajuizar contra o invasor uma ação possessória/reivindicatória, e, verificando que poderá perder a ação, poderá requerer que o vendedor, alternativamente, seja condenado ao ressarcimento em caso de perder a demanda contra o invasor.
Veja-se que a ação principal e do comprador (a) contra o invasor (c). Uma outra ação dentro dos mesmos autos há a demanda indenizatória do autor contra o vendedor (b).
Ex2: venda a non domino. O verdadeiro dono entra com ação contra o adquirente (que tem o bem pra si) para reivindicar o bem. O adquirente tem direito de regresso contra o alienante. Se procedente terá que restituir o bem. E a restituição se dará no mesmo processo.
b) direito de regresso decorrente de lei ou contrato (125,II): indenização regressiva. Casos de responsabilidade de terceiro (934 do CC). O mais comum é o de seguro.
Polêmica: pode ser introduzida questão nova, não discutida no processo principal? Pq o efeito disso resultaria no retardamento do processo principal. STJ = denunciaçãonão pode prejudicar o adversário do denunciante, introduzindo fatos novos e que gerariam a instrução de fatos não discutidos. REsp 89.1998/2008 e AgRg no REsp 821.458/2010. REsp 1.376.520. Interpretação restritiva é a que prevalece.
Denunciação da lide da fazenda pública ao funcionário: introduz fato novo – culpa/dolo do agente. Em tese não caberia, de acordo com entendimento do STJ acima. Mas nesse caso não é pacificado (EREsp – 313.866). Pode haver denunciação ao funcionário se não houver questões novas.
4- Denunciação da lide sucessiva e impossibilidade da lide “per saltum” (art. 125, §2º). 
Só se admite a denunciação do denunciado contra seu sucessor imediato na cadeia dominial ou de quem seja o responsável para indenizá-lo.
Ex: A vende terreno pra B que o vende a C que o doa a D. O bem pertencia a E. toda a cadeia de alienações são inválidas. E entra com ação reivindicatória contra D. este pode denunciar a C que poderá denunciar sucessivamente a B. o novo cpc admite uma única denunciação sucessiva. A cadeia para por aí. Se não teria sucessão infinita. 2 premissas: só pode haver uma denunciação sucessiva e ela deve ser feita ao adquirente imediato – D.
5- Relação jurídica entre denunciante e denunciado.
Não existe relação jurídica entre o denunciado e o adversário do denunciante. (C e A). A relação entre denunciante na demanda principal é de litisconsortes. Isso significa que, por estarem em polos diferentes da ação e podendo contratar 2 advs diferentes terão prazo em dobro (229 cpc). Haverá também possibilidade de o autor escolher quem irá executar caso a demanda seja procedente.(128 p.u)
6- Procedimento:
a) quando requerida pelo réu: deve requerer a denunciação na contestação (126 cpc) com a indicação fundamentos de fato e de direito do regresso e qual o pedido. Não precisa ser atribuído valor à causa. 
Deferida 	citação do denunciado que poderá apresentar contestação. E nesta poderá impugnar os fatos apresentados pelo autor, já que é litisconsorte (complementando e ajudando o réu) e pode também contestar a denunciação em si. Juiz profere sentença conjunta julgando as duas ações.
7- Denunciação à lide no CDC: Art. 13 e 88, do CPC. STJ entendeu pelo nao cabimento. Nas acoes derivadas de relacoes consumeristas (REsp no 1.165.279/SP – 22/05/2012). O art. 13, e o art. 88, do CDC sao dispositivos que indiciam que nas relacoes de consumo nao cabe denunciacao da lide, por dizer que somente e cabivel chamamento ao processo, no caso de se chamar uma seguradora.
Chamamento ao processo:
Conceitos:
Pode-se conceituar o chamamento ao processo como modalidade de intervenção de terceiro provocado pelo réu, em que será admitido apenas no processo de conhecimento e que se funda no vínculo de solidariedade entre chamante e chamado. 
O chamamento ao processo trata-se de intervenção de terceiro que permite a formação de litisconsórcio passivo por iniciativa do réu.
Trata-se de espécie de intervenção de terceiro provocada, pela qual o réu, no prazo da contestação, tem a possibilidade de chamar ao processo os outros devedores, que também atuarão no polo passivo da lide e serão condenados na mesma sentença, caso o pedido seja julgado procedente. Note-se que o devedor que quitar a dívida ficará sub-rogado nos direitos do credor, podendo exigir dos demais a respectiva cota. Sendo assim, é por meio do chamamento ao processo que o réu chama os demais coobrigados para que participem da lide na mesma posição que ele.
Diferencia-se da denunciação da lide, uma vez que nesta se tem a ação de regresso e deve-se demonstrar que o denunciado é que deverá responder pela condenação, no chamamento ao processo a condenação é automática, estando, portanto, ligado a ideia de solidariedade.
Não é uma modalidade de intervenção obrigatória, podendo ser feito apenas pelo Réu, tendo por fim a economia processual, visto que não seria necessário um novo processo de cognição exauriente para regular a corresponsabilidade.
Tem cabimento nas seguintes hipóteses:
Do afiançado, na ação em que o fiador for réu;
Dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;
Dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.
O chamamento ao processo deve ser realizado pelo réu no ato da contestação, sob pena de preclusão. Se não realizar o pedido na contestação, em caso de sucumbência, terá que ajuizar nova ação contra os corresponsáveis.
Além disso, a citação deverá ser promovida em 30 dias sob pena de ficar sem efeito o chamamento, sendo tal prazo é peremptório, portanto, e corre a partir do despacho do juiz que deferir a citação dos corresponsáveis. O prazo de 30 (trinta) dias, todavia, não é para a realização do ato em si, mas sim para que o réu implemente as condições necessárias a realização da citação, como pagamento de custas, cópias,  endereços e etc.
Por fim, a sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, na proporção da sua quota.
Finalidade do chamamento ao processo
No novo Código de Processo Civil, o chamamento ao processo possui basicamente a finalidade de invocar o réu no processo para a formação de litisconsórcio entre ele e o chamado, a fim de que ambos sejam condenados, em favor do autor.  Caso a sentença proferida seja procedente, o réu em litisconsórcio com o chamado serão condenados em favor do autor.
Desconsideração da PJ
Conceito: Pressupõe que já esteja em curso ação ajuizada pelo credor em face do devedor, isto é, da pessoa jurídica. É nessa hipótese que haverá intervenção de terceiros, pois há um processo em curso do qual o sócio não participava e do qual passará a participar, caso a desconsideração seja deferida. A hipótese é de intervenção de terceiros provocada e não voluntária, já que não será o sócio a requerer o seu ingresso, mas o credor ou o Ministério Público, nos casos em que intervenha a requerê-lo.
Desconsideração inversa: Entra-se com ação conta o sócio, requerendo a “desconsideração da personalidade natural”, para alcançar os bens da sociedade. A sociedade será atingida pelos efeitos da decisão proferida em face do indivíduo que a titulariza.
Objetivo: dar suporte procedimental as hipóteses do art. 50, do C. Civil e do art. 28, do CDC. Havia previsão do instituto da desconsideração da personalidade jurídica no Direito Material, a qual não era regulada no Direito Processual.
Natureza: trata-se de um incidente processual e não de ação autônoma.
Art. 50 CC. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.
art. 133.  O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
§ 1o O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.
§ 2o Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.
Art. 134.  O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.
§ 1o A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas.
§ 2o Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.
§ 3o A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2o.
§ 4o O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais específicospara desconsideração da personalidade jurídica.
Existem dois Modelos: O NCPC trata de dois modelos:
• Por ação: Art. 134, § 2o, do NCPC. Estabelece-se que, caso o autor da ação já tenha elementos para afirmar a necessidade da desconsideração, poderá na própria Petição Inicial fazer o pedido diretamente contra o sócio da sociedade. A ação já e iniciada em face da sociedade e do sócio. Trata-se de hipótese de litisconsórcio eventual (caso haja acolhimento de um primeiro pedido, que seja apreciado um segundo pleito).
O sócio, neste caso, apresentara uma contestação bifronte, ou seja, ao mesmo tempo atacara o pedido principal e o pedido da desconsideração. Veja-se que tecnicamente não se trata de intervenção de terceiro.
• Incidente: Art. 133 a 137, do NCPC. Em um processo em curso, pede-se que seja desconsiderada a personalidade jurídica. E um processo paralelo para verificar se houve abuso da personalidade.
O incidente suspende o curso do processo principal.
Momento: Art. 134, do NCPC. E cabível em todas as fases do processo. O momento e aquele em que se descobre o abuso da personalidade.
Procedimento: o procedimento e previsto no art. 134 e 135, do NCPC.
Art. 135, do NCPC - Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias. Permite-se uma defesa previa do terceiro, produzindo provas antes de o Juiz decidir julgando o incidente.
Recurso: Trata-se de decisão, sendo cabível agravo de instrumento (art. 1.051, III, do NCPC).
Efeitos do julgamento de acolhimento de desconsideração:
O Juiz não fixara sucumbência. Não há honorários, vez que se trata de mero incidente processual.
Art. 137, do NCPC - Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.
Veja-se que se o Juiz desconsiderar a PJ da empresa, toda a transferência de patrimônio será considerada ineficaz para o autor da ação. Não se trata de nulidade da transferência, mas tão somente de aplicação pontual no caso em análise.
Coisa Julgada
Tem se entendido que a decisão proferida sobre a desconsideração da personalidade jurídica faz coisa julgada. O reflexo prático e que, se faz coisa julgada, caberá ação rescisória.
O NCPC admite que decisões interlocutórias de mérito produzam coisa julgada, o que possibilita a ação rescisória para tais casos.

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