Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ilaíne Silveira Matos Janeiro 2016 Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Biologia Departamento de Botânica Fisiologia Vegetal GERMINAÇÃO Ormosia arborea Ciclos de Vida O período compreendido entre a germinação da semente e o estabelecimento da plântula constitui a fase mais crítica no ciclo de vida das plantas. Ciclos de Vida Ciclo de Vida Diplonte Meiose gamética; Protistas e animais; Ciclo de Vida Haplonte Meiose zigótica; Algas e fungos; 3 tipos básicos de ciclo de vida Ciclos de Vida Ciclo de Vida HaploDiplonte Meiose espórica; Alternância de gerações: Haplóide (gametófito), Diplóide (esporófito). Plantas e algas. esporângio gametângio Reprodução das Angiospermas Tendência evolutiva de redução da fase gametofítica! Reprodução das Angiospermas Microgametófito (masculino) Grão de pólen (germinado): Tubo polínico; 2 gametas; 1 núcleo da célula do tubo. antera sacos polínicos Reprodução das Angiospermas Megagametófito (feminino) Saco embrionário: 3 antípodas; 1 oosfera; 2 sinérgides; 1 célula central. Tubo polínico: 2 gametas; 1 núcleo da célula do tubo. pólo calazal pólo micropilar POLINIZAÇÃO INDIRETA + FECUNDAÇÃO CRUZADA Reprodução das Angiospermas Polinização indireta ANEMOFILIA ENTOMOFILIA CANTAROFILIA PSICOFILIA ORNITOFILIA FALENOFILIA HIDROFILIA QUIROPTEROFILIA Reprodução das Angiospermas Dupla fecundação das angiospermas estilete micrópila O núcleo do tubo, as sinérgides e as antípodas degeneram Reprodução das Angiospermas Dupla fecundação das angiospermas célula espermática oosfera célula espermática célula central EMBRIÃO (2n) ENDOSPERMA (3n) Reprodução das Angiospermas Zigoto Fruto Embrião Endosperma Primina e secundina (óvulo) Testa Núcleo 1° do endosperma Parede do ovário Após a dupla fecundação iniciam-se vários processos que levam ao desenvolvimento da semente e do fruto: Desenvolvimento da Semente SEMENTE: o Vantagens adaptativas das plantas com sementes; o Conjunto formado pelo embrião e pelas estruturas que o envolvem; o Três estruturas básicas: EMBRIÃO TECIDOS DE RESERVA TEGUMENTO Perisperma Cotilédones Endosperma (3n) Outras estruturas: Hilo Micrópila oleaginoso córneo carnoso mucilaginoso amiláceo Desenvolvimento da Semente Tecidos de reserva nucelo perisperma Desenvolvimento da Semente Tegumento o Via de troca de gases, água e solutos; o Diferentes características = permeabilidade; o Importância na germinação. Desenvolvimento da Semente Tegumento o Tegumento suplementar: - Arilo (funículo ou hilo) - Arilóide (micrópila) - Carúncula (micrópila); Desenvolvimento da Semente Micrópila Hilo entrada de água Desenvolvimento da Semente Sequencia ordenada de eventos que envolve variações quantitativas (crescimento) e variações qualitativas (diferenciação). Após a fertilização, o desenvolvimento do embrião de uma angiosperma apresenta 3 FASES: 1. Histodiferenciação ou embriogênese; 2. Fase estacionária; 3. Maturação ou dessecação. Desenvolvimento da Semente Histodiferenciação ou embriogênese; o Formação do embrião e do endosperma; o Mitoses; o Diferenciação celular. Primeira divisão zigótica assimétrica e transversal = polaridade! Desenvolvimento da Semente Histodiferenciação ou embriogênese; Primeira divisão zigótica assimétrica e transversal = polaridade axial! Pólo micropilar => célula basal => suspensor Pólo calazal => célula apical => embrião Desenvolvimento da Semente Divisões periclinais (paralela à superfície) = polaridade radial! protoderme procâmbio meristema fundamental POLARIDADE AXIAL POLARIDADE RADIAL 3 camadas celulares concêntricas Desenvolvimento da Semente Histodiferenciação ou embriogênese; Estágios da embriogênese (variável, formato do embrião): o Globular; o Trapezoidal; o Cordiforme; o Torpedo; o Embrião maduro. Desenvolvimento da Semente Planta modelo nos estudos de desenvolvimento vegetal Desenvolvimento da Semente Estágios da Embriogênese em Arabidopsis thaliana: Desenvolvimento da Semente Desenvolvimento da Semente Suspensor: o Pedunculada; o Metabolicamente ativo; o Transferência de substâncias (nutrientes + hormônios); o Morte celular programada (torpedo) Desenvolvimento da Semente Embrião maduro de Pisum sativum: Eixo hipocótilo radicular Plúmula Tegumento Radícula Cotilédones Desenvolvimento da Semente Embrião maduro : Plúmula Tegumento Radícula Radícula + coleorriza Cotilédones Tegumento Plúmula Coleóptilo Endosperma MONOCOTILEDÔNEA EUDICOTILEDÔNEA Eixo hipocótilo-radicular Cotilédone (escutelo) Coleóptilo + coleorriza = bainhas protetoras Desenvolvimento da Semente Fase estacionária ou de transição; o Alterações metabólicas; o Mudanças na expressão gênica; o Fluxo de metabólitos para o crescimento x acúmulo de reservas. Desenvolvimento da Semente Maturação ou dessecação; o Crescimento do embrião (expansão celular, fim das mitoses); o Fim do acúmulo de reservas + ruptura das conexões tróficas entre semente e planta mãe (sistema nutricional fechado); o Desidratação (criptobiose = estado de latência). CRIPTOBIOSE: Baixo consumo de água; Baixo grau de umidade; Redução da atividade enzimática; Redução da biossíntese de proteínas; Redução das atividades metabólicas. Desenvolvimento da Semente POR QUE AS SEMENTES ENTRAM EM ESTÁGIO DE CRIPTOBIOSE? o Do ponto de vista fisiológico a dessecação da semente madura é importante para o embrião tolerar níveis baixos de água no período pós- dispersão e retomar o crescimento durante a germinação. Desenvolvimento da Semente Sem desidratação Sem latência VIVIPARIDADE Desidratação Latência DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE QUIESCÊNCIA QUIESCÊNCIA O desenvolvimento da semente é um evento bastante complexo com múltiplos sistemas de regulação e controle. GERMINAÇÃO DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE GERMINAÇÃO DORMÊNCIA Viviparidade Rizophora mangle CriptoViviparidade Epiphyllum phyllanthus Desenvolvimento da Semente Sem desidratação Sem latência VIVIPARIDADE Desidratação Latência DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE QUIESCÊNCIA QUIESCÊNCIA O desenvolvimento da semente é um evento bastante complexo com múltiplos sistemas de regulação e controle. GERMINAÇÃO DESENVOLVIMENTO DA SEMENTE GERMINAÇÃO DORMÊNCIA Dormência & Quiescência DORMÊNCIA Condições favoráveis Germinação necessita de estímulos ambientais específicos para adquirir a capacidade de germinar. Condições favoráveis Não germina Quebra de dormência Condições favoráveis Germinação Semente capaz de germinar na maior amplitude possível de fatores do ambiente físico, considerando-se os limites impostos pelo seu genótipo. QUIESCÊNCIA Germinação É um conjunto de etapas e processos associados a fase inicial do desenvolvimento de uma estrutura reprodutiva. Esporos Gema caulinar Grão de pólen Germinação de sementes É uma sequência de eventos morfogenéticos que resultam no reinício do desenvolvimento do embrião, originando uma plântula. Início: o Embebição (reativação do metabolismo). Término: o Conceito botânico:quando uma parte do embrião (em geral a radícula) penetra e trespassa os tecidos que o envolvem. o Conceito tecnológico: com o desenvolvimento da estrutura embrionária e a formação de uma plântula em que sejam evidentes as suas partes constituintes (conceito tecnológico). A B C D E F G Germinação Etapas da germinação: EMBEBIÇÃO: reativação da respiração e das demais etapas do metabolismo; PROCESSO BIOQUÍMICO PREPARATÓRIO: fase de repouso como preparo para o crescimento; EMERGÊNCIA: crescimento, protrusão da raiz primária. Germinação Embebição: o A maioria das sementes maduras é extremamente seca, contendo apenas 5 a 20% de seu peso total de água; o A germinação não ocorre até que a semente absorva a quantidade de água necessária para as atividades metabólicas. IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA GERMINAÇÃO: o Indução da síntese e da atividade de enzimas e hormônios; o Amolecimento do tegumento; o Favorecimento das trocas gasosas (ruptura); o Solubilização e transporte das reservas; ↑ Embebição em Abarema filamentosa Germinação Embebição: o Tipo especial de difusão; o Governada pelas diferenças de potenciais hídricos entre a semente e o substrato. ᵠ - 0.1 MPa H2O ᵠ - 100 MPa Germinação Padrão trifásico de hidratação da semente FASE I Reativação metabólica; Ativação de enzimas Aumento da respiração; 8 a 16h FASE II variável Estabilização do conteúdo de água; Início do crescimento do embrião; Dormência. FASE III variável Rápida hidratação; Ruptura do tegumento. Germinação Permeabilidade dos tecidos: TEGUMENTO: o Impermeáveis; o Parcialmente permeáveis; o Totalmente permeáveis. o O umedecimento da semente não é uniforme (diferenças na velocidade e quantidade); EMBRIÃO: o Entrada de água rápida e contínua. TECIDOS DE RESERVA: o Velocidade intermediária de hidratação. Germinação Permeabilidade dos tecidos: o A variação no grau de hidratação decorre da composição química (proteína> amido) e morfologia dos tecidos (coloração, suberização); o Hilo e micrópila = portas de entrada da água. Germinação Tolerância das sementes quanto ao grau de dessecação: Capacidade do sistema vivo de sobreviver à desidratação celular até concentrações de água da ordem de 0,1 g por grama de tecido ou menores, por um período relativamente prolongado. A maioria dos estudos tem indicado que a protrusão da raiz primária representa a fronteira limitante entre a tolerância e a intolerância a desidratação. FASE I FASE II FASE III tolerante tolerante intolerante Germinação Classificação das sementes quanto à tolerância ao dessecamento: INTERMEDIÁRIAS: algumas espécies exibem comportamentos intermediários, toleram a desidratação branda, mas são sensíveis ao resfriamento. Características ORTODOXA RECALCITRANTE Tolerância à dessecação Sim Não Desidratação na maturação Sim Não Potencial hídrico - 350 Mpa 1,5 a -50 Mpa Armazenamento Previsível Imprevisível Condições de armazenamento Baixa umidade e temperatura Sensíveis a dessecação e ao frio Longevidade Alta Baixa Exemplos Pioneiras e cultivos agrícolas Não pioneiras e tropicais Germinação Processo bioquímico preparatório: Respiração: A taxa respiratória das sementes durante a germinação é a mais elevada em comparação com quaisquer outros processos fisiológicos das plantas. Digestão de reservas: As mesmas células que inicialmente sintetizaram enormes quantidades de material de reserva agora revertem completamente seus processos metabólicos e digerem o material armazenado. Translocação e assimilação dos nutrientes As reservas simplificadas e translocadas para os pontos de crescimento do embrião devem ser reorganizadas em substâncias mais complexas para a formação do protoplasma e paredes celulares Germinação Emergência: Na maioria das espécies a primeira estrutura a emergir das sementes é a radícula, que possibilita o desenvolvimento da plântula servindo para ancorá-la no solo e para absorver água. Germinação o A protrusão da radícula está associada a síntese de enzimas que realizam a hidrólise parcial das paredes celulares do endosperma que cobre o ápice radicular. Germinação Gancho Germinação Controle da Germinação: Pesquisas com plantas modelo (tomate, tobaco, Arabidopsis); Ocorre por meio de interações entre o embrião e os tecidos que o envolvem (endosperma e tegumento), através de hormônios vegetais, principalmente as giberelinas, (AG), ácido abscíssico (ABA) e etileno. AG: Indução de genes que reduzem a resistência mecânica dos tegumentos Estimulam o crescimento do embrião Promotores Inibidores ABA: Inibição das enzimas envolvidas na hidrólise do endosperma; Inibição do crescimento do embrião; Etileno: Promove o crescimento do hipocótilo; Estimula a degradação do endosperma. Germinação Fatores que influenciam a germinação: A velocidade, a porcentagem e a uniformidade de germinação de uma população de sementes são influenciadas por uma série de condições internas (controle genética) e por fatores do ambiente. FATORES ENDÓGENOS: o Viabilidade; o Longevidade; o Maturidade; o Sanidade; o Genótipo. FATORES EXÓGENOS: o Água; o Temperatura; o Luz; o Substâncias químicas; o Interações bióticas. Germinação Fatores endógenos Germinação Fatores endógenos: VIABILIDADE: Semente que está viva, com estrutura completamente desenvolvida sob os pontos de vista morfológico e fisiológico, e sem a interferência de mecanismos de bloqueio a germinação (as sementes dormentes estão vivas, mas não viáveis). LONGEVIDADE: É o período de tempo em que uma semente se mantem viva quando armazenada sob condições ideais, É uma característica determinada pelo genótipo, e diretamente influenciada pelas condições do meio GRAU DE MATURIDADE: Os valores máximos de germinação ocorrem geralmente em época próxima ou coincidente com a de máximo acúmulo de matéria seca. SANIDADE: O transporte de patógenos e a transmissão de doenças pelas sementes são verificados em praticamente todas as espécies e vários desses patógenos são prejudiciais a germinação. GENÓTIPO: Os processos fisiológicos da semente inclusive a germinação são programados geneticamente e codificados durante o processo de sua formação. Germinação Fatores endógenos: Germinação Fatores exógenos Germinação Fatores exógenos: ÁGUA: A água é o principal fator para o início da germinação; A escassez ou o excesso de água são prejudiciais à germinação das sementes. Potencial hídrico do solo - 0.2 Mpa Redução da VELOCIADADE de germinação - 0.4 Mpa - 0.6 Mpa - 0.8 Mpa - 1.2 Mpa Redução da PORCENTAGEM de germinação INIBIÇÃO da germinação Germinação Fatores exógenos: TEMPERATURA: o Na ausência de outros fatores limitantes a germinação ocorre sob condições relativamente amplas de temperatura; o Uniformidade da germinação (rápidas x lentas). N ° se m en te s ge rm in ad as Dias Germinação uniforme Germinação não uniforme Germinação Fatores exógenos: TEMPERATURAS CARDEAIS: V el o ci d ad e d e G e rm in aç ão Temperatura Ótima Temp. Mín. o Temperatura Ótima: é aquela que resulta no maior número de sementes germinadas no menor intervalo de tempo. o Velocidade mais sensível do que porcentagem; o Temp V > Temp %. Temp. Máx. 15 20 30 40 Germinação Fatores exógenos:LUZ: o Afotoblásticas ou neutras: germinam no escuro e na luz, independentemente da sua intensidade e qualidade; o Fotoblásticas positivas: apresentam maior porcentagem e/ou velocidade de germinação sob a luz do que no escuro (pioneiras); o Fotoblásticas negativas : germinam melhor no escuro do que sob a luz (climácicas). CLASSIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES QUANTO À RESPOSTA GERMINATIVA À LUZ: Germinação Fatores exógenos: LUZ: o A qualidade da luz incidente sobre os frutos e as sementes dispersas também pode influenciar a germinação; vermelho vermelho extremo Germinação Fatores exógenos: LUZ: o A percepção da luz pela semente ocorre através do pigmento fitocromo (citoplasma eixo embrionário). inativa ativa FV FVe Rápida conversão Lenta conversão Vermelho (660 nm) Escuro Vermelho extremo (730 nm) Germinação Fatores exógenos: LUZ: Diversos componentes do ambiente e da semente filtram a luz que atinge o embrião, alterando a irradiância e a proporção dos comprimentos de onda ATMOSFERA FOLHAS SERAPILHEIRA SOLO ENVOLTÓRIOS EMBRIÃO Germinação FOTOBLÁSTICAS POSITIVAS Altas concentrações de FVe FOTOBLÁSTICAS NEGATIVAS inativa ativa FV FVe Rápida conversão Lenta conversão Vermelho (660 nm) Escuro Vermelho extremo (730 nm) Baixas concentrações de FVe Germinação Fatores exógenos: SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS: Substâncias orgânicas (aleloquímicos) e inorgânicas (íons) podem influenciar a germinação de sementes no solo, inibindo ou estimulando a germinação. o Nutrientes (nitrato); o Aleloquímicos; o Fitormônios; o Oxigênio; o Herbicidas; o Pesticidas; o Fertilizantes. Germinação Fatores exógenos: INTERAÇÕES BIÓTICAS: No ambiente natural as sementes sofrem influencia de outras plantas e animais, que interagem continuamente com os fatores físicos modificando o microambiente onde se encontra a semente. o Depleção de água e íons pela ação do sistema radicular; o Liberação de substâncias voláteis por fungos; o Ação de larvas de insetos que podem penetrar na semente causando danos ao tegumento ou ao embrião; o Deslocamento de frutos e sementes por agentes dispersores que podem levar a semente para locais mais propícios ou impróprios a germinação. o Interação entre sementes de orquídeas e fungos. Interações entre as sementes e os fatores bióticos podem ser complexas: Germinação Fatores exógenos: INTERAÇÕES BIÓTICAS: Germinação em Dactylorhiza maculata (L.) Dormência É a ausência de germinação de uma semente intacta e viável sob condições favoráveis durante determinado período de tempo, devido a presença de mecanismos de boqueio causados por fatores internos; A dormência é uma imposição controlada endogeneticamente mediante a atuação de mecanismos localizados em tecidos da planta mãe; A dormência é um fenômeno induzido, preestabelecido durante a maturação em resposta a condições específicas do ambiente (estresse). MECANISMO DE BLOQUEIO: PRESENTE EM TECIDOS DA PRÓPRIA SEMENTE: INDUZIDO POR CONDIÇÕES AMBIENTAIS ESPECÍFICAS: Condições ambientais específicas podem induzir tanto o estabelecimento coma quebra da dormência por intermédio de reações mediadas por hormônios vegetais CONTROLADA POR HORMÔNIOS: Dormência IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA DA DORMÊNCIA: Maior capacidade de dispersão Quantidade adequada de água Incapacidade de locomoção Representa um recurso eficaz para a preservação da continuidade da espécie, constituindo mecanismo de resistência a condições desfavoráveis de ambiente e garantindo que a germinação ocorra apenas quando se tornam propícias à retomada do metabolismo. Quantidade adequada de luz Íntima relação entre mecanismos de dormência e condições ecológicas Dormência CLASSIFICAÇÃO DA DORMÊNCIA QUANTO À ORIGEM: DORMÊNCIA PRIMÁRIA DORMÊNCIA SECUNDÁRIA NÃO DORMENTE Germinação já se encontra nas sementes quando elas são liberadas da planta mãe se manifesta ou reinstala em sementes maduras após a dispersão em resposta a um estresse quebra da dormência estresse quebra da dormência condições favoráveis Dormência CLASSIFICAÇÃO DA DORMÊNCIA QUANTO AOS MECANISMOS ENVOLVIDOS: Causas clássicas de dormência: a dormência tem sido atribuída em diversos relatos sobre o assunto à impermeabilidade do tegumento à água ou aos gases, a resistência mecânica da cobertura, a presença de um embrião rudimentar, a imaturidade fisiológica, a presença de substâncias inibidoras e a combinação entre duas ou mais destas causas. o MORFOLÓGICA; o FISIOLÓGICA; o MORFO-FISIOLÓGICA; o FÍSICA; o QUÍMICA. Dormência CLASSIFICAÇÃO DA DORMÊNCIA QUANTO AOS MECANISMOS ENVOLVIDOS: DORMÊNCIA MORFOLÓGICA: Virola surinamensis Elaeis guineensis o Semente dispersa com o embrião não diferenciado (estágio de pré-embrião) ou não completamente desenvolvido (estágio torpedo ou linear); o O embrião precisa passar por um período de maturação na semente separada da planta mãe até adquirir a capacidade de germinar. Dormência CLASSIFICAÇÃO DA DORMÊNCIA QUANTO AOS MECANISMOS ENVOLVIDOS: DORMÊNCIA FISIOLÓGICA: o As sementes se desligam da planta mãe com a sua estrutura morfológica completa mas com o embrião fisiologicamente imaturo; o Na dormência fisiológica não profunda ou de curta duração o isolamento do embrião do restante da semente permite a germinação de plântulas normais, na dormência profunda, o embrião não é capaz de se desenvolver mesmo após o isolamento; Cecropia glaziovii Miconia cinnamomifolia Dormência CLASSIFICAÇÃO DA DORMÊNCIA QUANTO AOS MECANISMOS ENVOLVIDOS: DORMÊNCIA MORFOFISIOLÓGICA: Annona crassiflora o A semente apresenta ambas as classes de dormência; o O embrião deve alcançar um determinado tamanho crítico e a dormência fisiológica deve ser quebrada para que ocorra a germinação. Dormência CLASSIFICAÇÃO DA DORMÊNCIA QUANTO AOS MECANISMOS ENVOLVIDOS: DORMÊNCIA FÍSICA: o Causada pela impermeabilidade dos envoltórios da semente e ou do fruto, que restringem total ou parcialmente a difusão de água e gases para o interior do embrião e /ou estabelecem uma resistência mecânica ao crescimento do embrião. o Várias causas isoladas ou combinadas podem determinar a produção de sementes impermeáveis: o Presença de cera, suberina, lignina e cutina; o Presença de ácidos graxos nos espaços intercelulares; o Oxidação de compostos fenólicos; o Bloqueio da fenda hilar; o Ausência ou baixa densidade de poros; o Presença de células mucilaginosas. Melilotus alba Dormência CLASSIFICAÇÃO DA DORMÊNCIA QUANTO AOS MECANISMOS ENVOLVIDOS: DORMÊNCIA QUÍMICA: Presença de inibidores de crescimento produzidas no fruto ou na própria semente (autotoxinas) e que são translocados para o embrião; São conhecidos vários tipos de inibidores da germinação: o Ácidos aromáticos; o Lactonas; o Isotiocianatos; o Terpenóides; o Taninos; o Ácidos fenólicos; o Aldeídos; o Alcaloides. Bidens pilosa Amburana cearensis Dormência QUEBRA DE DORMÊNCIA: A dormência das sementes é inversamente proporcional a idade da semente; Na natureza diversos fatores bióticos e abióticos podem contribuir para a quebra de dormência das sementes: o Alterações na cobertura vegetal modificam a qualidade de luz; o Amplitude de flutuações térmicas; o Escarificação natural por insetos e microorganismos; o Passagem das sementes pelo trato digestivo de animais; o Lixiviação natural por ação da chuva; o Temperaturas altas resultantes de queimadas.Dormência QUEBRA DE DORMÊNCIA: o Diferentes procedimentos podem ser usados para interromper a dormência em ensaios de laboratório. o Cada espécie deve ter um protocolo específico baseado em suas características morfológicas e fisiológicas A. Estratificação; B. Alternância de temperatura; C. Pós maturação a seco; D. Tratamento químico; E. Escarificação (química ou mecânica); F. Lixiviação. A B C D E F Dormência A. Estratificação; B. Alternância de temperatura; C. Pós maturação a seco; D. Tratamento químico; E. Escarificação (química ou mecânica); F. Lixiviação. A B C D E F FÍSICA o Abrasão mecânica o Alternância de temperatura o Ataque por microorganismos o Fogo o Passagem pelo trato digestivo de aves e mamíferos. Dormência A. Estratificação; B. Alternância de temperatura; C. Pós maturação a seco; D. Tratamento químico; E. Escarificação (química ou mecânica); F. Lixiviação. A B C D E F FÍSICA AMOLECIMENTO DO TEGUMENTO Dormência A. Estratificação; B. Alternância de temperatura; C. Pós maturação a seco; D. Tratamento químico; E. Escarificação (química ou mecânica); F. Lixiviação. A B C D E F QUÍMICA o Chuva. Dormência A. Estratificação; B. Alternância de temperatura; C. Pós maturação a seco; D. Tratamento químico; E. Escarificação (química ou mecânica); F. Lixiviação. A B C D E F QUÍMICA REMOÇÃO DOS INIBIDORES Dormência A. Estratificação; B. Alternância de temperatura; C. Pós maturação a seco; D. Tratamento químico; E. Escarificação (química ou mecânica); F. Lixiviação. A B C D E F MORFOFISIOLÓGICA o Banco de sementes; Dormência A. Estratificação; B. Alternância de temperatura; C. Pós maturação a seco; D. Tratamento químico; E. Escarificação (química ou mecânica); F. Lixiviação. A B C D E F MORFOFISIOLÓGICA ACELERAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO Plântula É o resultado da germinação; A fase de plântula tem início com a protrusão da radícula, mas até quando um indivíduo pode ser considerado uma plântula ainda suscita discussões: o Conceito morfológico: o estágio de plântula termina com o surgimento do primeiro eófilo; o Conceito fisiológico: considera plântula enquanto essa depender predominantemente das próprias reservas seminais. eófilo Plântula Coleto= região de transição entre raiz e caule. Hipocótilo= eixo embrionário que se estende dos cotilédones até a radícula. Epicótilo= eixo embrionário localizado acima dos cotilédones. Cotilédone= primeira(s) folha(s) do embrião. Protofilo ou Eófilo= primeiras folhas da plântula, após os cotilédones. Raiz primária Plântula CLASSIFICAÇÃO MORFOFUNCIONAL: Criptocotiledonar x Fanerocotiledonar Hipógeo x Epígeo Armazenador x Foliáceo Comprimento do hipocótilo Exposição dos cotilédones Natureza dos cotilédones Plântula CLASSIFICAÇÃO MORFOFUNCIONAL: Hipógeo Epígeo Criptocotiledonar Fanerocotiledonar Foliáceo Armazenador Foliáceo Armazenador Hipógeo Epígeo Foliáceo Armazenador Foliáceo Armazenador Fanero-epígeo-foliáceo Fanero-epígeo-armazenador Fanero-hipógeo-foliáceo Fanero-hipógeo-armazenador Cripto-epígeo-foliáceo Cripto-epígeo-armazenador Cripto-hipógeo-foliáceo Cripto-hipógeo-armazenador Porque não existem os 8 tipos? Plântula CLASSIFICAÇÃO MORFOFUNCIONAL: 1. Fanero-epígeo-epígeo-foliácea (PEF); 2. Fanero-epígeo-armazenadora (PER); 3. Fanero-hipógeo-armazenadora (PHR); 4. Cripto-hipógeo-armazenadora (CHR); 5. Cripto-epígeo-armazenadora (CER). PEF PHR CHR CER Plântula CER Plântula CHR PHR PEF
Compartilhar