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DIREITO DO CONSUMIDOR
Prof. Renato Porto
AULA 8: A PROTEÇÃO CONTRATUAL DO CONSUMIDOR II.
DIREITO DO CONSUMIDOR
AULA 8: A PROTEÇÃO CONTRATUAL DO CONSUMIDOR II.
SABER o conceito de contrato de adesão
APLICAR a interpretação mais favorável para o consumidor nos contratos de adesão
ANALISAR o direito de arrependimento
SABER que o art. 49 do CDC é aplicado para as compras ou contratações feitas fora do estabelecimento comercial
DIFERENCIAR a garantia legal da contratual
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
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AULA 8: A PROTEÇÃO CONTRATUAL DO CONSUMIDOR II.
1. Contratação padronizada
1.1. Massificação dos contratos
1.2. Conceito de contrato de adesão
2. Interpretação dos contratos de adesão 
3. Direito de arrependimento (prazo de reflexão)
4. Garantia
4.1. Contratual
4.2. Legal
5. Práticas abusivas (art. 39, V e XII do CDC)
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AULA 8: A PROTEÇÃO CONTRATUAL DO CONSUMIDOR II.
1. Contratação padronizada
1.1. Massificação dos contratos
1.2. Conceito de contrato de adesão.
Contrato de adesão (conceito) – “É o contrato redigido somente pelo fornecedor, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo.”
O Código de Defesa do Consumidor em seu art. 54 determina: “Contrato de adesão é aquele cujas cláusulas tenham sido aprovadas pela autoridade competente ou estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou serviços, sem que o consumidor possa discutir ou modificar substancialmente o seu conteúdo”
Material de pesquisa: http://academico.direito-rio.fgv.br/wiki/Contrato_de_ades%C3%A3o
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2. INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS DE ADESÃO:
A cláusula do contrato de adesão, deve ser interpretada de maneira mais favorável para o consumidor (art. 41 do CDC) e, a inserção de uma cláusula no formulário não descaracteriza a natureza de adesão do contrato (art. 54, §1° CDC).
Artigo sobre o tema: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/os-contratos-de-ades%C3%A3o-e-sua-interpreta%C3%A7%C3%A3o
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3. DIREITO DE ARREPENDIMENTO (PRAZO DE REFLEXÃO)
O Código de Defesa do Consumidor (CODECON) prevê a possibilidade do consumidor se arrepender da aquisição de um produto ou serviço, quando ocorrer uma transação fora do âmbito do estabelecimento ou loja, fisicamente compreendido.
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.
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3. DIREITO DE ARREPENDIMENTO (PRAZO DE REFLEXÃO)
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.
Artigo sobre o tema:
http://www.infoescola.com/direito/direito-de arrependimento/
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Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução      dos serviços.
4.Garantia 
4.1. Contratual
4.2. Legal
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§ 2° Obstam a decadência:
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca;
II - (Vetado).
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito.
4.Garantia 
4.1. Contratual
4.2. Legal
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Art. 50. A garantia contratual é complementar à legal e será conferida mediante termo escrito.
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Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas:
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
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V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no exercício de seus direitos;
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
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IX - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério;
IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de intermediação regulados em leis especiais;
X - (Vetado).
X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. 
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.
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XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabelecido.
Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, inexistindo obrigação de pagamento.
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AQUISIÇÃO DE PASSAGENS AÉREAS PELA INTERNET - DIREITO DE ARREPENDIMENTO
Ao julgar apelação interposta em face de sentença que julgou improcedente o pedido de ressarcimento dos valores pagos a título de multa por desistência de viagem internacional, a Turma deu provimento ao recurso. Conforme relato, o autor, por motivos pessoais, desistiu do voo dentro do prazo de arrependimento e pretendia, na forma do CDC, a restituição integral da importância paga pelas passagens aéreas, sem a incidência da multa contratual.  
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AQUISIÇÃO DE PASSAGENS AÉREAS PELA INTERNET - DIREITO DE ARREPENDIMENTO
Nesse contexto, os Julgadores entenderam que deve prevalecer, na espécie, o entendimento do STJ assentado noAgRg no REsp 1.189.740/RS no sentido de que é facultado ao consumidor desistir do contrato de compra, no prazo de sete dias, a contar da sua assinatura, quando a contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial (art. 49 do CDC). Assim, em virtude das passagens
terem sido adquiridas pela internet, o Colegiado reconheceu que é indevida a multa cobrada pelo exercício do direito de arrependimento no prazo de reflexão.
 
20120111194722ACJ, Relª. Juíza SANDRA REVES VASQUES 
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INFORMATIVO Nº 528
DIREITO DO CONSUMIDOR. APLICAÇÃO DE MULTA A FORNECEDOR EM RAZÃO DO REPASSE AOS CONSUMIDORES DOS VALORES DECORRENTES DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE ARREPENDIMENTO.
O Procon pode aplicar multa a fornecedor em razão do repasse aos consumidores, efetivado com base em cláusula contratual, do ônus de arcar com as despesas postais decorrentes do exercício do direito de arrependimento previsto no art. 49 do CDC. 
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INFORMATIVO Nº 528
De acordo com o caput do referido dispositivo legal, o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. O parágrafo único do art. 49 do CDC, por sua vez, especifica que o consumidor, ao exercer o referido direito de arrependimento, terá de volta, imediatamente e monetariamente atualizados, todos os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão – período de sete dias contido no caput do art. 49 do CDC
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entendendo-se incluídos nestes valores todas as despesas decorrentes da utilização do serviço postal para a devolução do produto, quantia esta que não pode ser repassada ao consumidor. Aceitar o contrário significaria criar limitação ao direito de arrependimento legalmente não prevista, de modo a desestimular o comércio fora do estabelecimento, tão comum nos dias atuais. Deve-se considerar, ademais, o fato de que eventuais prejuízos enfrentados pelo fornecedor nesse tipo de contratação são inerentes à modalidade de venda agressiva fora do estabelecimento comercial (pela internet, por telefone ou a domicílio).REsp 1.340.604-RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 15/8/2013.
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CASO CONCRETO 1:
Maria de Fátima pleiteia indenização por dano moral contra a Casa Bahia decorrente da recusa injustificada de venda a crédito. Alega que embora não houvesse qualquer restrição ao seu nome junto aos órgãos de proteção ao crédito, a ré lhe negou o parcelamento para a aquisição de uma geladeira, mesmo tendo apresentado seu sogro como avalista para a compra pretendida. A conduta arbitrária da ré teria lhe causado vergonha e humilhação pois injusta a negativa de crédito. Procede a pretensão de Maria? Resposta justificada.
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Caso Concreto 2 - (OAB / Exame Unificado) – 2010.2)
Sobre o tratamento da publicidade no Código de Defesa do Consumidor é correto afirmar que: 
A) a publicidade somente vincula o fornecedor se contiver informações falsas. 
B) a publicidade que não informa sobre a origem do produto é considerada enganosa, mesmo quando não essencial para o produto.
C) o ônus da prova da veracidade da mensagem publicidade cabe ao veiculo de comunicação. 
D) é abusiva a publicidade que desrespeita valores ambientais.
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Caso Concreto 3:(Prova: FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - V - Primeira Fase / Direito do Consumidor / Proteção Contratual do Consumidor;)
Quando a contratação ocorre por site da internet, o consumidor pode desistir da compra? 
a) Sim. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor pode desistir da compra em até 30 dias depois que recebe o produto.
b) Não. Quando a compra é feita pela internet, o consumidor é obrigado a ficar com o produto, a menos que ele apresente vício. Só nessa hipótese o consumidor pode desistir.
c) Não. O direito de arrependimento só existe para as compras feitas na própria loja, e não pela internet.
d) Sim. Quando a compra é feita fora do estabelecimento comercial, o consumidor pode desistir do contrato no prazo de sete dias, mesmo sem apresentar seus motivos para a desistência.
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Caso concreto 4
(Prova: FGV - 2011 - OAB - Exame de Ordem Unificado - III - Primeira Fase/Direito do Consumidor/Decadência e Prescrição)
O prazo para reclamar sobre vício oculto de produto durável é de
a) 90 (noventa) dias a contar da aquisição do produto.
b) 90 (noventa) dias a contar da entrega do produto.
c) 30 (trinta) dias a contar da entrega do produto.
d) 90 (noventa) dias a contar de quando ficar evidenciado o vício
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Material de Apoio:
Vídeos:
Vídeo explicativo (Direito de Arrependimento)
http://globotv.globo.com/eptv-sp/jornal-da-eptv-1a-edicao-campinaspiracicaba/v/direito-do-consumidor-garante-devolucao-de-compra-pela-internet-em-caso-de-arrependimento/2277771/
Um pouco de arte para relaxar (Fernando Pessoa)
http://www.youtube.com/watch?v=UZkLt1vt2hI

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