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Direito do Consumidor
Prof. Renato Porto
AULA 13: CONTRATOS SUBMETIDOS ÀS REGRAS DO CDC III.
AULA 13: CONTRATOS SUBMETIDOS ÀS REGRAS DO CDC III. 
DIREITO DO CONSUMIDOR
SABER o conceito de diversos tipo de provedores nos contratos eletrônicos
IDENTIFICAR que o contrato eletrônico é um instrumento de celebração do contrato
APLICAR o CDC nos contratos eletrônicos quando existir relação de consumo
DISTINGUIR o transporte gratuito do aparentemente gratuito
OBSERVAR as características dos contratos de transporte
UTILIZAR o CDC nos serviços públicos remunerados por tarifa
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DIREITO DO CONSUMIDOR
1. Contratos eletrônicos
1.2. Legislação aplicável
1.3. Prazo de arrependimento
2. Contrato de transporte coletivo
2.1. Características
2.2. Transporte gratuito e aparentemente gratuito
2.3. Principio da segurança
3. Serviços públicos
3.1. Características
3.2. Incidência do CDC
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CONTRATOS ELETRÔNICOS
Continuando a tratar dos contratos, vamos iniciar com os contratos eletrônicos que não vem a ser um novo tipo de contrato, refere-se ao modo como o contrato é celebrado e o meio comumente utilizado é a internet. 
Para que seja possível a utilização dessa ferramenta é preciso saber conceitos básicos de diversos tipos de provedores, são eles: backbone, acesso, correio eletrônico, informações (ou conteúdo) e hospedagem. O conceito de tais provedores seguirá as lições do professor Sérgio Cavalieri Filho que nos esclarece:
Provedor é o nome dado aos serviços prestados pela internet. Assim temos o provedor backbone, “que são as grandes empresas responsáveis pelo tráfego de informações na rede através de cabos de fibras óticas ou transmissão via satélite; garantem a disponibilização das estruturas materiais necessária para acesso à rede de computadores”.
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O provedor de acesso “recebe do provedor backbone os meios físicos de transmissão das informações na internet e os disponibiliza aos usuários. É através dos provedores de acesso, portanto, que os usuários se conectam à internet, havendo entre eles relação de consumo, uma vez que o serviço é prestado de caráter oneroso ao usuário final”.
Os provedores de correios eletrônicos são “responsáveis pela remessa e recebimento de correspondências dos usuários”.
Também existem os provedores de informação ou conteúdo “que colocam à disposição na internet páginas eletrônicas com informações e serviços on line”. E, os provedores de hospedagem “que colocam a disposição do usuário espaço em equipamento de armazenagem, ou servidor, para divulgação das informações que esses usuários ou provedores queiram ver exibidos em seus sites”.
Vistos os conceitos, a legislação aplicável a esses tipos de contrato é o Código Civil na parte relativa aos contratos, bem como as diretrizes trazidas pelo Código de Defesa do Consumidor.
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DIREITO DE ARREPENDIMENTO
Dispositivo muito utilizado é o art. 49 do CDC que trata do prazo de arrependimento quando o produto ou o serviço é contratado fora do estabelecimento comercial.
Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone1 ou a domicílio.
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.2 Art. 49: 1. v. tb. art. 33.
Art. 49: 2. v. art. 51-caput-II
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CONTRATO DE TRANSPORTE COLETIVO
Agora, tratando dos contratos de transporte coletivo, não há dúvida da presença de uma relação de consumo nessa relação que é uma modalidade de serviço público. Porém, deve ser observado um aspecto relevante. O art. 3°, §2° do CDC ao conceituar fornecedor fala em atividade remunerada, logo, não havendo remuneração não será aplicado o CDC. 
Mas, há situação que o transporte coletivo é aparentemente gratuito e, nesse caso, poderá ser aplicado o CDC, como por exemplo: um ônibus que “gratuitamente” transporta pessoas para um shopping. Apesar de não se pagar pelo transporte, o objetivo do shopping é levar pessoas para consumirem no local.
Também não se pode deixar de mencionar que os contratos de transporte apresentam as seguintes características contratuais: consensual, bilateral, oneroso e comutativo. 
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E, finalmente nos contratos que envolvem serviços públicos, a aplicabilidade ou não do CDC está relacionada à natureza jurídica da remuneração. Significa dizer, os serviços públicos remunerados por tributos não estão sujeitos às regras do CDC e, os serviços públicos remunerados por tarifas (também chamado de preço público) estão sujeitos às regras o CDC.
Os serviços públicos, segundo o art. 22 do CDC devem ser prestados de forma adequada, eficiente e segura e, quando os serviços forem essenciais devem ser contínuos. 
SERVIÇOS PÚBLICOS
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DIREITO DO CONSUMIDOR
Celso comprou uma passagem aérea pela Internet. Três dias depois resolveu desistir da compra, com o que a empresa aérea só concorda se Celso pagar uma multa. Alega que Celso não pode desistir da compra porque o contrato está perfeito e acabado. Está correto o entendimento da empresa aérea? Resposta justificada.
CASO CONCRETO 1
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Júlia, que está desempregada, não conseguiu pagar a tarifa de energia elétrica de sua residência referente ao mês de agosto de 2010. Por esse motivo, o fornecimento de energia foi suspenso por ordem da diretoria da concessionária de energia elétrica, sociedade de economia mista. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta: 
CASO CONCRETO 2
A) A lei de regência autoriza a suspensão do serviço desde que haja prévia notificação do usuário.
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CASO CONCRETO 2
B) Lei estadual poderia, de forma constitucional, criar isenção dessa tarifa nos casos de impossibilidade material de seu pagamento, como no caso do desemprego do usuário.
C) O fornecimento de energia elétrica à residência de Júlia não poderia ser suspenso em razão do inadimplemento, visto que, conforme entendimento do STJ, constitui serviço público essencial e contínuo.
D) O fornecimento de energia não pode ser interrompido em respeito ao princípio da dignidade da pessoa humana.
E) O fornecimento de energia pode ser interrompido porque é custeado por taxas.

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