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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ-UECE SECRETARIA DE APAOIO AS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS-SATE PÓS- GRADUAÇÃO: GESTÃO PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO BÁSICA APARECIDA KELE ALMEIDA OLIVEIRA ARTIGO: LEV VYGOTSKY: SUA TEORIA E A INFLUÊNCIA NO SISTEMA EDUCACIONAL BRASILEIRO TAUÁ- CEARÁ 2017 Lev Vygotsky: sua teoria e a influência no sistema educacional brasileiro O presente artigo tem por objetivo fazer uma análise a respeito das teorias de aprendizagem sobre a visão de Lev Vygotsky, identificando a sua linha de pensamento, suas contribuições para o processo de aprendizagem, além de uma reflexão no sentido de compreendermos se estas encontram- se presente nos dias de hoje, e de que forma vem sendo utilizadas pelos educadores. O fato é que durante a nossa trajetória de vida, passamos por várias etapas as quais nos proporcionam oportunidades de aprender e ensinar. Assim, nos damos conta de que o conhecimento não pode ser caracterizado como algo predeterminado ou construído apenas por meio das estruturas internas do indivíduo. Contudo, desde muito cedo Vygotsky dedicou- se ao estudo do desenvolvimento humano e sua relação com o processo de aprendizagem. Logo, baseou- se na teoria sócio interacionista, defendendo a proposta de que a aprendizagem se constrói por meio das trocas entre parceiros sociais, da interação do sujeito com o meio e da mediação. Assim, é possível refletirmos por meio do pensamento de Vygotsky, o quanto o ser humano precisa do outro para se construir, visando ainda, a linguagem como potente ferramenta de contato para esse processo de interação. Segundo o autor, através da linguagem o homem promove a interação, a troca e o compartilhamento de conhecimentos que lhe proporciona a possibilidade de completar- se e conquistar o seu potencial. Neste modelo, a criança é reconhecida como um indivíduo pensante, capaz de ligar sua ação a representação de mundo que concebe a sua cultura, e embora tenha nascido com uma estrutura herdada, no caso o DNA, a mesma consegue através da cultura adquirir uma nova estrutura, pois conforme os estudos do referido autor, o cérebro da criança neste caso está sempre apto a adquirir novas informações e capacidades ajudando-a se desenvolver e compreender a realidade de forma significativa. Esse processo de interação pode ser melhor analisado quando nos propomos a compreender o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que conforme Vygotsky (1996) remete- se a distância entre o nível de desenvolvimento real, ou seja aquilo que a criança desenvolve de forma independente, e o nível de desenvolvimento potencial, que se refere as ações desenvolvidas pela criança, mas que ainda precisa da ajuda de alguém, que neste caso são os mediadores. É justamente nesta fase de desenvolvimento que Vygotsky apresenta o educador como principal mediador entre a criança e o mundo. Sem dúvida, o professor além de ser educador e transmissor de conhecimento, deve atuar, ao mesmo tempo, como mediador. Ou seja, o professor deve se colocar como ponte entre o estudante e o conhecimento para que, dessa forma, o aluno aprenda a “pensar” e a questionar por si mesmo e não mais receba passivamente as informações como se fosse um depósito do educador. (BULGRAEN, 2010, p. 31) Assim, é possível verificar o quanto as teorias vygotskyanas vêm contribuindo para a nossa realidade educacional. A escola deve estar atenta ao aluno, valorizando seus conhecimentos prévios, estimulando suas potencialidades, com propostas voltadas para o seu crescimento no sentido da promoção de um discente capaz de pensar, fazer suas escolhas e decidir pelo seu melhor. REFERÊNCIAS BULGRAEN, V. C. O papel do professor e sua mediação nos processos de elaboração do conhecimento. Revista Conteúdo, Capivari, v.1, n.4, p. 30- 38, ago./dez. 2010. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.
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