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Aves Zoologia

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Colocação das aves nos vertebrados:
O ancestral dos répteis é compartilhado com as aves. Incluindo mamíferos e anfíbios são os tetrapodas.
O grupo de crocodilianos e aves, parece que crocodilianos são o grupo irmão das aves. Isso só ocorre quando são considerados só os grupos viventes. Mas entre as aves e os crocodilianos há inúmeras linhagens, fósseis. Esse grupo é chamado de Archosauria. Dentro de Archosauria, tem o Pterosauria que são grupo irmão dos Dinosauria – onde as aves estão incluídas.
Os dinosauria se dividem em dois grupos: Ornitischia e Saurischia (ischia = bacia, característica principal que define esses dois grupos de dinossauros). 
Tem uma característica que é na bacia, onde o fêmur se articula, existe na bacia uma concavidade onde a cabeça do fêmur se articula – chamada de acetábulo. Nos Dinosauria não existe uma concavidade e sim uma abertura, é chamado de acetábulo perfurado, e é ali que a cabeça do fêmur se articula.
Ornitischia (bacia de ave), e Saurischia (bacia de lagarto). As aves ficam no Saurischia. Mas é estranho que fiquem em Saurischia tendo uma bacia de um tipo que é chamada de Saurischia, porque dentro desse grupo elas foram modificando sua bacia de modo que ela ficou com uma semelhante a que tem nos Ornitischia. Então quando denominaram o grupo Ornitischia, definiram uma bacia igual a das aves, mas nessa época em que ninguém nem imaginava que as aves ficavam em Dinossauria.
A bacia – cintura pélvica- é composta por três pares de ossos: Ileo, ísquio e púbis. A principal diferença entre as bacias de Ornitischia e Saurischia é a orientação do púbis. Em saurischia o púbis se orienta pra frente em direção a cabeça, e em Ornitischia voltado para trás em direção a cauda. O plano basal em Saurischia é o púbis apontando pra frente, então as aves tiveram uma modificação, tendência do púbis ir voltando para trás.
Há Ornitischia bípedes e quadrúpedes, da mesma forma tem Saurischia. Classificar Dinossauros por serem bípedes ou quadrúpedes é uma classificação artificial.
Tem uma característica que é compartilhada por todos os Ornitischia que é ter o pescoço curto, atarracado; os com pescoço comprido são Saurischia, assim como todas as aves que tem um pescoço longo.
Os bípedes formam um grupo chamado Teropoda (que é onde as aves estão). As aves são Vertebrados, Tetrapodas, Archosauria, Dinossauria, Saurischia, Teropoda.
Os Sauropodomorfa são quadrúpedes de pescoço comprido.
Sauropoda são os Saurischia quadrúpedes tem 4 dedos funcionais, apoiando no chão. Os teropoda tem uma redução desses dedos para 3 (3 dedos para frente apoiando no chão e um para trás). A tendencia sucessiva é de redução dos dedos da mão (passam a ser 3 ao invés de 4), e depois mais adiante em manirraptor tem uma modificação no osso do punho que é transformado na forma de um boomerang e não um quadrado, e depois o polegar de um grupo que já inclui as aves do pé ao longo dos teropoda é elevado, daí os 4 dedos do sauropoda apenas 3 funcionais, mas em aves acontece uma modificação posterior que é um posicionamento para trás do polegar – que é chamado de Halux. Isso tem a ver com a capacidade de pousar em cima de um galho e se segurar, e posteriormente aves de rapina que vão capturar uma presa e etc.
Teropoda basal com púbis para frente, Archeopterix uma das aves mais primitivas tem o púbis mais para trás e as aves atuais com o púbis para trás.
A mão com uma redução nos teropodas basais 4 dedos e um vestígio do 5 dedo, e nos Tetanura uma redução para apenas 3 dedos permanece, Archeopterix 3 dedos, e as aves com a mão muito modificada mas ainda sim reconhece o primeiro dedo como um ossinho, depois a palma da mão, e depois o segundo dedo com duas falanges, o terceiro dedo com uma falange só que sobrou.
O polegar mesmo na nossa mão é articulado junto da articulação do metacarpo com o punho, ali também. Mão muito modificada mas guardando as características de Tetanura.
O “osso da sorte” (wish bone), tem uma parte que tem um pedaço na ponta chamado de hipocleto?. Esse osso é a furcula, ou seja, resultado da fusão das extremidades da clavícula. Ela fica no meio do peito. As nossas clavículas saem do ombro que é a cintura escapular, e a cintura escapular é composta pela escapula, clavícula e coracoide (nós não temos, só temos um processo coracoide). A nossa clavicula vem do ombro e se articula com o esterno. Da mesma maneira nas aves, a fúrcula que é as clavículas fusionadas se articulam com o ombro mas não se articulam com o esterno, ficam próximas ao esterno (até que em alguns grupos se articulam). 
Durante muito tempo imaginou que a furcula era uma característica só de aves, mas a furcula já aparece em muitos dinossauros. Entao na verdade já houve essa fusão lá na base do Teropodas. O que acontece é que nas aves a fúrcula é mais fechada. Uma das funções da fúrcula – que fica entre os dois ombros, é uma junção elástica dos dois ombros (dois lados da cintura escapular) – dependendo da pressão os ombros tendem a se aproximar e a fúrcula mantém esse afastamento. Permite um afastamento e uma aproximação dos ombros. Daí essa forma mais fechada servindo para essa função, em uma fúrcula mais robusta não dá.
Vai havendo uma tendência de compactação do esqueleto, fusão e diminuição de ossos. 
O osso em forma de meio lua a partir de manirraptor, o carpal. 
As penas são as características que “definem” as aves. Atualmente só elas tem, mas vários fósseis que não eram aves já apresentavam penas. As penas são uma estrutura é um eixo com ramificações laterais – encontrado nas plantas é uma folha penada. Isso é o que diferencia pena de pelo, que é um filamento sem ramificação.
Penas não são características então de aves. São características compartilhada com nível de plesiomorfia com vários outros grupos. Não foram exclusivos do ancestral da ave, como uma novidade evolutiva. 
Ainda resta a inversão do polegar (halux). E outras coisas. 
Embora pena não seja característico de aves, o tipo de pena, uma modificação posterior, é de um tipo muito próprio, as penas de voo que tem uma estrutura assimétrica. O eixo de onde saem as ramificações, as ramificações não tem o mesmo comprimento, ou seja, tem uma assimetria da lâmina das penas, o que não acontece com os outros grupos.
O Archeopterix
Ele foi um fóssil descoberto em 1800 e algo, e é conhecido por poucos exemplares. Todos vem de uma formação sedimentar na Alemanha. É um tipo de rocha sedimentar onde se encontram fósseis (argila, areia, arenito, em camadas – não encontra fosseis em rochas magmáticas porque quando ele estaria ali seria pulverizado com o magma quente, e frio não permite que nada entre ali). A granulação das rochas sedimentares é variada. A granulação da rocha em que foi encontrado o Archeopterix é uma rocha de granulação bem fina, do tipo que é utilizada para fazer litogravura. Dos 6 exemplares, apenas 1 ou 2 são completos. A rocha é tão fina que aparece a impressão das penas, e dá para ver que as penas tem uma estrutura assimétrica. 
A comparação de crânios de repteis e aves. Todos os crânios são de archosauria, o que dá para ver com a presença de um forame Antero orbital (entre a orbita e a narina) característico dos Archosauria. O que tem de chamativo no crânio dos Archeopterix e das aves atuais é a ausência de dentes nas aves. Isso é uma característica derivada das aves modernas.
Outra coisa que é sutil, mas importante, é a parte de trás do crânio que articula a coluna vertebral. A região occipital? 1:26 é bem protuberante nas aves, proeminência cerebelar. O cerebelo nas aves é bem desenvolvido, ele está relacionado a coordenação de movimentos e etc.
O Archeopterix acredita-se que fosse um bicho apenas planador. 
Tem fenestras parietais, antes no grupo Archosauria tem o grupo Diapsida, caracterizado pelas fenestras parietais.
Comparação dos bichos em pé. A calota craniana é reduzida no Archeopterix e bem desenvolvida nas aves atuais principalmente a região occipital. Dentes e ausência de dentes. Os três dedos presentes em Tetanura, tambémpresente nas aves, polegar 1 falange, duas falanges no segundo dedo e uma falange no terceiro dedo, metacarpo a palma da mão. Compactação da mão e redução das falanges, nos Archeopterix ainda tem muitas falanges.
Nessa comparação há outra coisa que chama muita atenção: a redução do numero de vértebras caudais. E tem uma peça no final da cauda, chamado de pigóstilo, onde as penas da cauda ficam em volta.
Essa redução dos ossos da cauda é uma outra característica das aves, além da reversão do halux. Mesmo Archeopterix tem a cauda relativamente curta em relação aos demais teropoda. Redução das vértebras caudais.
Ornituria (cauda de ave) tipicamente com as vértebras bem reduzidas. Não tem um meio termo entre uma cauda grande e pequena.
A bacia com o púbis voltado para trás tanto no Archeopterix quanto nas aves, e uma outra coisa que chama atenção é o esterno. O Archeopterix tem o esterno pequeno pouco desenvolvido. Na maioria das aves o esterno é bem desenvolvido e com uma projeção, chamada de carena/quilha. É superfície de fixação de musculatura peitoral – não tem muita relação com aerodinamismo.
A costela de uma ave moderna não é uma única peça como na maioria dos tetrapodas. Nas aves cada costela (as inteiras – da vértebra até o esterno) são constituídas por duas partes: uma vertebral e outra esternal. E tem uma articulação no meio mais ou menos em ângulo reto. Essa articulação permite uma projeção do esterno para frente, fazendo um movimento de expansão da caixa torácica para o bicho respirar porque não tem diafragma. A parte vertebral tem uma projeção lateral chamada processo Ulcinado (em forma de garra). Ficam se sobrepondo formando uma caixa torácica.
Aves modernas, como a arquitetura com tantas modificações mantêm o plano básico dos tetrapodas (que é igual ao dos mamíferos e etc). O plano básico dos tetrapodas é um crânio, esqueleto axial –coluna vertebral, e duas cinturas a escapular e a pelvica (também tem em peixe), e ai tem um membro anterior e posterior. Tanto o membro anterior quanto o posterior são constituídos por três partes, a parte mais proximal que se articula com as cinturas é constituído por um único osso: no anterior é o umero, e no posterior é o fêmur. Depois tem uma porção ligando o braço e a coxa. No membro anterior a porção intermediária, antebraço, tem dois ossos: ulna e o radio, assim como no membro posterior, perna, que tem a tíbia e a fíbula. E a parte mais distal dos membros é a mão ou o pé. Formada por carpo punho/tornozelo: metacarpo, falange e na mão e no pé. E a caixa torácica formada por costelas e esterno. 
Homologia é importante para filogenia, porque é a correspondente das partes mas não por uma convergência mas sim por serem semelhantes por virem de um ancestral em comum. Ancestral de todos os tetrapodas tinha essas características e as aves mantiveram algumas com modificações e outras não. Uma estrutura homóloga de outra é o mesmo que se dizer que no momento em que ela surge ela é uma sinapomorfia, e posteriormente ela continua como uma plesiomorfia. Nós compartilhamos essas estruturas basais citadas com as aves em um nível plesiomorfico, o surgimento disso já é bem anterior, sendo sinapomorfia no ancestral de tetrapoda.
As aves não viram o joelho para trás. Joelho é a articulação entre a coxa e a perna, seguindo o principio da homologia damos o mesmo nome às estruturas homólogas. Fêmur depois tem tíbia, a articulação entre eles é o joelho. Depois tem tíbia e metatarso a articulação se chama tornozelo. A consequência gastronômica disso é que a coxa de galinha é a batata da perna.
Dentro da coxa da galinha tem um osso fino que termina feito agulha que é a fíbula. 
A outra consequência é que a maioria das aves anda na ponta do pé, o tornozelo é elevado levando a percepção de que seria o joelho. Postura digitivora – em cima dos dedos. 
Tanto em Archeopterix, quanto nas aves mais modernas o membro anterior é muito desenvolvido. Se imaginar outros teropoda: velocirraptor, tiranossauro e etc, todos tem o membro anterior curto. As aves a partir do Archeopterix tem esse membro bem alongado. Em aves esse membro anterior é associado a asa.
O “joelho”no caso não é visto em uma ave, porque o fêmur é curto e ele fica escondido pelo contorno todo de pele e penas. O que sai do corpo primeiro a ideia seria que é a coxa. Mas isso não está articulado direto ao corpo como imaginam.
Uma outra característica que encontramos na maioria das aves modernas é um pedaço de osso esponjoso (cheio de espaço de ar). Ele é encontrado nas aves voadoras mas também não é uma característica exclusiva de aves, é encontrado também em Pterossauros e morcegos. É uma convergência favorecida pela seleção, uma tendencia de pneumatizar o esqueleto, esqueleto pneumático e que torna o esqueleto muito leve, que evidentemente ajuda no voo. Os ossos longos principalmente o de membros, são ocos. Já os ossos chatos são esponjosos. A extremidade dos ossos longos são esponjosas e não ocas, porque é onde fica a superfície de articulação. 
A pena mais especificamente. A estrutura da pena assimétrica – que é a característica de aves, presentes tanto nas modernas quanto em Archeopterix. A pena tem um eixo longitudinal chamado de Haqui, e a partir desse eixo tem ramificações primarias que são as Barbas.
Pegando duas haquis e ampliando da pra ver que de cada barba tem ramificações secundarias que são as Barbulas. Essas barbas entrelaçadas é que formam esse tecido que vemos a olho nu. Uma pena de voo, de cauda de uma ave. Da pra ver mesmo a olho nu a lamina estriada que é o aspecto das barbas.
A lamina tem uma parte interna e externa. Em português é chamada de veticilo?. Tem uma diferença na largura das penas, a haqui não passa exatamente no meio dos dois veticilos. Vai haver uma acentuação dessa assimetria nas penas que ficam mais na ponta da asa ligadas na mão. Elas são mais assimétricas que as penas no interior da asa.
O importante observar é a estrutura que vai se repetindo em escalas diferentes. De uma haqui ramificam as barbas, e das barbas ramificam-se as barbulas. O importante é que esse tipo de pena – as de voo das asas ou da cauda- e a parte mais externa das penas do corpo são as penas que apresentam o enganchamento das barbulas. A pena com enganchamento das barbulas é uma estrutura penácea, uma pena mais complexa. Não só tem a barba e barbula mas a barbula forma uma lamina (os veticilos). Isso é encontrada nas penas da asa e da cauda, e da extremidade das penas do corpo.
A estrutura plumacea, tem os filamentos todos mas não formam o veticilo pois não tem o enganchamento das barbulas. 
Penacea: As barbulas tem ganchinhos e as outras em que estão se enganchando não tem ganchinhos, tem uns nodulozinhos que servem de apoio para o escoramento dos ganchinhos. São dois tipos de barbulas. De cada barba vai se ramificar barbulas para a extremidade distal e barbulas apontando para a extremidade proximal base da pena. As proximais tem nódulos e as distais tem ganchos.
Plumacea: tudo solto. Vão existir penas que são totalmente plumaceas. Ou em penas maiores, uma parte da pena é penácea, e na base dela é plumacea.
Penas que aparecem no corpo de uma ave: Penas totalmente plumaceas = penugem, semipluma; peninha = plumazinha totalmente plumacea, nesse caso não tem nem uma haqui; Filamento tipo do cabelo com algumas barbas na extremidade e com algumas barbas na extremidade e umas barbas muito curtinhas = filopluma, pena escondida pela plumagem mais externa e tem a função de sensibilidade – tátil, dá informação se a plumagem ta desarrumada, se está faltando pena etc; Outra com uma haqui rígida, totalmente desprovida de barbas a não ser na base, é um tipo de cerda, e ela está presente na região dos cantos da boca – como um bigode- não tem função tátil, ajuda talvez na alimentação, captura de alimento, cerdas riquitais.
A pena é um derivado da pele – especificamente da epiderme – como o cabelo. Ela é homologa a escama (que também é epidérmica nos repteis). A formação da pena: derme e epiderme com duascamadas. Extrato córneo da epiderme mais externo – que perdemos todo o dia, células que vão queratinizando morrendo e sendo substituídas, e a derme mais interna com os vasos sanguíneos que nutrem a pele. 
A formação da pena se dá pela formação de uma papila que é uma projeção da derme empurrando a epiderme para fora, ao mesmo tempo que vai havendo a formação de um folículo por uma invaginação da epiderme para dentro da derme. Forma-se então um pino cercado por um colar fundo, como se fosse um fosso dentro de um castelo medieval. A pena em formação é nutrida. São as células da epiderme que vão se converter na haqui, nas barbas e barbulas, a partir da queratina e proteínas etc, que estão vindo do sangue. A camada mais externa da epiderme que é o extrato córneo vira uma capa queratinizada, um estojo corneo. A camada inferior da epiderme que é a camada não queratinizada, são as células que vão se transformar em barbas e barbulas. E isso vai crescendo, e a medida que vai se formando as barbas e as barbulas o estojo córneo vai se desfazendo, e a pena vai ficando pronta da ponta pra base, da ponta para base ela vai se abrindo.
Como se forma uma estrutura que é plana, dentro de um tubo. A pena vai se formando e vai se abrindo, virando plana, e vai regredindo a derme, até que a pena esteja toda formada.
Então o importante de perceber é que é uma estrutura complexa, não é um filamento só como um pelo – é ramificada. E a compreensão de que isso não tem um crescimento contínuo, ela não vai servir para vida toda da ave, ela vai ter que em algum momento ser substituída.
Para a maioria das aves não tem crescimento de pena em cada milímetro da pele. Existem faixas que tem crescimento de pena e outras não. Mas isso não quer dizer que o bicho é pelado, porque as penas que nascem lateralmente recobrem toda a pele. Tem bichos como o pinguim que tem todas as áreas recobertas, mas passarinho tem faixas sem pena crescendo. As ramificações e onde se inserem as penas variam de grupo para grupo.
Existem áreas que são permanentemente desprovidas de penas, como o bico por exemplo. O bico das aves não é córneo. O bico é ósseo – projeção dos ossos maxilares e da mandíbula. E ele é revestido por um estojo córneo – ranfoteca. Bico ósseo com revestimento córneo.
Há outras áreas sem pena como partes em volta do olho da arara azul, crista do galo, etc. que é direto pele. A outra área que geralmente é nua, só queratinizado, são os pés. 
A curva na asa é o punho. A mão fica para baixo. O cotovelo fica junto ao corpo escondido pelas penas. A linha debaixo da asa por fora é a extremidade das penas mais na ponta da asa, a pena mais assimétrica, a primeira a cortar o ar.
Penas de voo e do corpo. As de voo são as da asa e da cauda, e o resto é de revestimento do corpo. A asa é responsável principalmente pela propulsão e sustentação do voo. As penas da asa são chamadas de Remiges. As penas da cauda servem mais como leme, ajudando nas manobras então aves como gavião ou coruja florestal tendem a ter a cauda mais comprida, facilita manobras rápidas e súbitas. Elas são chamadas de Retrizes.
Funções diferentes das penas de voo que não são voltadas para voo. A cauda do pica-pau é usada na forma de locomoção, como ponto de apoio porque ele vai grimpando o tronco, com pau podre que tem larva lá dentro, e não como direcionamento de voo. 
É interessante que tem uma convergência com esse modo de locomoção que são as subideiras, que também usam a cauda para escalar.
Uma terceira família que usa a cauda para se apoiar são os forrageadores aéreos. Não usam o sistema para andar na superfície, e sim só para parar e construir o ninho ou dormir. Andoriões.
O pavão exibe não a cauda, mas sim penas que ficam por cima da cauda. Tem penas que dão acabamento por cima e por baixo da cauda, nas asas a mesma coisa. São coberteiras superiores e coberteiras inferiores. Às vezes até mais de 100. Cada ocelo é uma lamina de estrutura penácea do pavão. Cada ocelo é uma pena que tem o ocelo e um monte de outras barbulas que não formam uma lamina. Tem função sexual e não voo.
Também tem algumas penas das asas algumas remiges que não tem a ver com o voo e sim são sonoras, função produzir som. Na asa tem o punho e tem penas primarias ligadas a mão da ave. E as mais externas tem o afinamento do tecido (aves de família Sul Americana – parente dos galiformes). 
Funções da plumagem, as funções mais obvias da plumagem são o isolamento térmico (endotermia, conservação do calor que é produzido pelo metabolismo). As aves em geral acumulam pouca gordura, fora as aves migratórias são uma exceção a isso. As penas do corpo tem essa função maior de conservar o calor (são mais as plumaceas).
A outra função importante da plumagem é o voo. As penas de voo para voo sustentação, propulsão e direcionamento do voo.
A plumagem das aves tem muita variação de cor e muito colorido. As cores são mais importantes para as aves do que para os mamíferos porque são seres mais visuais e auditivos do que do olfato. Então padrões de colorido, do revestimento e da plumagem, tem funções importantes. O tegumento envolve o revestimento córneo, e os derivados as penas, e a própria pele.
Antes de falar sobre as funções vamos passar rapidamente sobre como é formada a cor.
Basicamente a formação da cor no tegumento das aves não é muito diferente do que encontramos nos outros animais, insetos etc. Tem cores formadas por pigmentos e tem cores que são produzidas pela microestrutura do tegumento. 
As cores produzidas por pigmentos são vermelho, amarelo, laranja, principalmente que são os produzidos por carotenoides. E as melaninas produzindo castanho, cinza, preto.
Existem outros tipos de pigmentos como porfirinas – derivadas de hemoglobina - que também produzem castanho e etc, manchas vermelho e amarronzado em casca de ovos de ave.
A cor branca é ausência de qualquer pigmento. 
A cor é física. Mas tem uma que é a produzida por pigmento, e a outra depende da microestrutura do tegumento. 
Os carotenoides tem que ser ingeridos com a comida. As melaninas são produzidas pelo organismo a partir de aminoácidos essenciais. Com o tempo no cativeiro por exemplo, enquanto vão fazendo a muda, ele pode ir ficando mais pálido, mais esbranquiçado. A parte preta não fica branca ou cinza, porque é produzida a partir dos aminoácidos essenciais.
Função da melanina, que é dar uma resistência a queratina. A pena nova, a ponta é branca e depois tem uma faixa preta e o resto branco. O branco vai se gastando e se quebrando mas o preto menos. A melanina se junta com a proteína da queratina, e os carotenoides ficam mais “soltos” dentro das células que são queratinizados dentro da pena. Para extrair os carotenoides basta por no formol/álcool que o pigmento sai, já para extrair a melanina tem que hidrolisar a pena. Por conta da proteção que a melanina dá a queratina, é mais raro achar aves completamente brancas, porque se fosse totalmente branca a plumagem fica mais suscetível ao desgaste.
O mais comum é que haja aves branca com as penas de voo pretas. As aves que são totalmente brancas não forrageiam no voo.
A arara azul tem muita melanina nas penas, e a pele toda tem muito carotenoide. A pele tem um tom amarelado, que aparece nas partes nuas. Quando vê contra a luz a arara azul parece que é preta. O tom de azul dá para ver quando o sol/luz está batendo em posições favoráveis para essa cor aparecer. Até hoje, nunca foi isolado um pigmento azul na ave (ou outros bichos como borboletas, besouros, etc). Em geral o azul é cor estrutural, é produzido pela microestrutura da pena. A maneira como reflete e como estão as camadas de melanina etc. 
O verde as vezes é estrutural. Mas existe um verde da família Turacos, que é um pigmento derivado de cobre (turaco verdina), e tem um outro pigmento cor de vinho que aparece nas asas do turacos (turacina) que é derivado de frutas que o bicho come – talvez também com cobre. Mas isso é exceção a maioria do verde das aves é derivado de carotenoides com o azul estrutural. 
Eu estou falandode verde ou azul que é fixa a cor, que não muda a cor dependendo do ângulo de incidência da luz e do nosso olho. Quando isso acontece, há um outro fenômeno chamado de iridescencia. Furta-cor. Esse fenômeno de reforço ou cancelamento das ondas de luz. Muito comum em beija-flores. O verde dos beija-flores é estrutural e muitas vezes iridescente também.
A função das cores. Uma da função mais básica é criar um padrão especifico, cada espécie tem uma cor própria e os outros indivíduos da mesma espécie irão reconhecer outros seres da mesma espécie pela cor. Além de ter um padrão especifico tem também uma informação de sexo, que é um dicromatismo. Tem um terceiro tipo de informação que é a idade: nos mutuns por exemplo os machos jovens tem a plumagem semelhante a das fêmeas, só os machos adultos adquirem uma plumagem diferente.
Há espécies, por exemplo uma do Artico que não é migratória, durante o inverno adquire uma plumagem branca, e na primavera e verão uma plumagem manchada. Nas duas situações o bicho está camuflado no ambiente. Ele fica camuflado durante o ano todo, tanto na época de reprodução como no inverno. Mudança de plumagem para camuflagem ,ou seja, uma proteção contra predadores.
A maior parte das corujas, tem um padrão cinza/marrom, para se camuflarem de dia. Porque durante o dia elas estão expostas aos predadores enquanto dormem.
04.02
Reversão do halux, redução da cauda que já aparece em archeopterix, redução dos ossos da mão, e a presença de penas assimétricas, e alongamento do dedo anterior tanto em archeopterix como nas aves modernas que vão se formar as asas.
Penas mais simples, não assimétricas tem sido encontradas em outros teropoda.
Os tipos básicos de pena. Penacea – muito característica das penas assimétricas, e que são formadas as laminas com a sobreposição das barbulas distais e proximais (vizinhas) e plumacea. Penas de voo: remiges –asas, e retrizes –cauda, e as penas de revestimento que são principalmente para conservação de calor. 11min
Funções da coloração: padrões específicos, a outra informação associada a isso é a de sexo, o bicho reconhecer o que é macho e o que é fêmea quando existe dicromatismo sexual (não é sempre), e quando existe dicromatismo sexual frequentemente as fêmeas tem uma coloração que se mantém mas os machos jovens tem uma coloração como a das femeas e depois adultos eles adquirem outra coloração. 
Ao jogarem luz ultravioleta nos bichos, acabaram achando um dicromatismo que antes não se sabia que existia. É bem espalhado a diferença de cor no ultravioleta no macho e na fêmea em muitas famílias de aves. Provavelmente eles enxerguem esse comprimento de ultravioleta, que para nós é tudo igual.
A outra função é a de camuflagem, a ponto de ter bichos que mudam de plumagem duas vezes ao ano, uma no inverno e outra na primavera.
As aves noturnas, cujo principal grupo são as corujas, que tem basicamente duas famílias, em que uma são os bacuraus (curião). Nessas espécies às vezes são bem parecidas no colorido (a plumagem é convergente, em uma seleção de camuflagem), mas a vocalização é bastante distinta (caráter sexual). 
Bacurau tesoura. Os machos tem a pena da cauda comprida como uma tesoura, e as fêmeas tem uma pena curta. Muito camuflado no ambiente de dia.
Outro é o bicho “mãe-da-lua”, se camuflam bem na ponta de galhos. Ele confia muito de que não está sendo visto. Tem uma pálpebra com uma dobrinha que dizem ser um olho mágico, porque ele consegue enxergar por essa fresta.
Voo
Os vertebrados voadores são os pterossauros, morcegos e aves. 
A diversidade das aves é muito maior que a dos morcegos. Indicando que o caminho que resultou nas aves foi muito eficiente. Resultado de uma série de adaptações.
Serie de adaptações: vertebrados que conservam calor e mantem metabolismo elevado, e provavelmente a endotermia é algo importante para o voo, tanto para aves como para morcegos, porque é uma forma de locomoção que precisa de muita energia e só endotermia consegue manter um nível de metabolismo que gere essa energia.
 Morfologia das aves para voo:
A asa das aves responsável pela sustentação e propulsão é formada de células mortas e queratinizadas formando as penas. É uma estrutura modular, varias penas parcialmente sobrepostas formando a superfície mais ampla. Da mesma forma que tem a estrutura fractal que começa nas barbulas que se sobrepõe formando a lamina das penas, tem a sobreposição das penas formando a superfície da asa.
Comparando a asa das aves com a de pterossauro e de morcego, nos dois casos a superfície das asas é formada por patagio (pele), que é vascularizado e é mantido constantemente umida, e as penas não são. O fato de serem vascularizadas dão uma limitação ao bicho, porque são uma grande superfície de perda de calor. Frio não é um problema para as aves, o problema para as aves migratórias é a falta de comida. Os morcegos ou migram ou hibernam, o frio é um problema para eles. E também dá uma limitação de tamanho. Quanto menor o bicho, maior a superfície relativa em relação ao volume, então morcegos muito pequenos são raríssimos, e provavelmente só vão existir em locais quentes. Os beija-flores pequenos podem viver nos Andes por exemplo. Além disso, a pele não pode rasgar, nem nada, já a ave que tem a pena se perde, ela substitui. 
O esquema da asa do Archeopterix que tem os três dedos livre, a ave mais moderna com a mão mais compacta – redução das falanges. Mas a distribuição das penas na asa, das remiges, são a mesma coisa desde o Archeopterix, as penas ficam inseridas na pele ao longo dos ossos do ante-braço e da mão. As penas do ante-braço são as secundarias e na mão (do punho para a ponta) são as primarias. Além disso, dá pra ver os veticilos assimétricos.
As penas coberteiras também estão presentes na asa que dão o acabamento. Pena: a parte mais externa do veticilo é mais estreita do que a mais interna, e a assimetria? vai ficando maior a medida que vai indo mais pra ponta da asa. Quando a ave fica com a asa aberta, ela entra em contato com o ar meio perpendicularmente, então uma parte mais comprida da pena ia ser pior para ir contra o ar, mais fina não, ela corta o ar.
O conjunto de penas chamado de alula são três ou quatro peninhas que se inserem na falange que sobrou do polegar. Elas tem uma função na correção de turbulências do voo.
Olhando a asa em um corte transversal a parte mais grossa da asa com osso e musculatura, e a parte que só tem pena é estreita, fina, uma lamina. O efeito da asa é dado por essa curvatura. O fluido que é o ar passando por cima de uma estrutura que tem essa curvatura, no caso essa curvatura sendo maior em cima do que em baixo, o ar é obrigado a passar mais rápido em cima do que em baixo. Quando um fluido passa em contato com uma superfície, quando aumenta a velocidade, a pressão que ele exerce sobre essa superfície é menor, quando cai a velocidade a pressão aumenta. Como em cima passa mais rápido, tem uma pressão menor em cima, então tem uma força de baixo para cima, empuxo.
Olhando uma asa delta, que é plana, ela tem uma sustentação porque o mesmo efeito é possível se tem uma inclinação, (ângulo de ataque) tem o mesmo efeito. Mas se esse ângulo de ataque aumenta demais, já tem o efeito de frear. Isso é o que fazem quando quer pousar, se fizer assim ela perde sustentação, estola, já perto do chão. Ao fazer isso as duas camadas de ar em cima e embaixo se descolam, se desprendem uma da outra e vem um ar para preencher aquele lugar, gerando uma turbulência ali atrás.
O papel da alula é quando aumenta o ângulo de ataque, que aumentaria a sustentação, mas precisa corrigir o fluxo de ar para ele não descolar. E as peninhas mantém ela voando, não existe o descolamento.
Tem duas maneiras de aumentar a sustentação de uma asa planando: ou aumentando a velocidade, ou aumentando o ângulo de ataque. 
Esse foi só o voo planado. Planar é retardar a queda. Retardo da queda com uma certa distância horizontal percorrida. Mas tem varias aves que ficam circulando no céu. Esse circular, eles encontraramuma corrente ascendente de ar quente, e subindo, ficando junto do ar. Dessa forma ele pega altura de maneira econômica, depois sai daquilo e plana, então pode percorrer longas distancias sem nunca bater a asa. O bater a asa é uma forma de aumentar a velocidade, aumentar esse empuxo e subir.
O mesmo percurso de circular, é o mesmo percurso do pica-pau enquanto forrageia o tronco, porque dessa forma ele explora mais o tronco do que se subisse reto. E quando chega lá em cima ele plana até outro tronco. Não tem a ver com o voo mas é o mesmo padrão de deslocamento.
Abutre e uma hiena. A hiena correndo leva mais tempo do que o abutre voando se partirem na mesma distancia horizontal.
O voo planado gasta energia. Se abrir a asa e for voar no mínimo tem que ter uma pressão – não pode ficar com o braço mole, mas ainda é muito menos energia do que o voo batido.
A remada do voo batido é feita da maneira mais hidrodinâmica possível. O bicho vai elevar a assa que ele vai precisar para dar uma puxada, que vai ser mais esticada. Mas na hora que eleva ela vai mais dobrada, não vai esticada como se fosse uma tabua. O cotovelo sobe flexionado. Além disso, as penas que são parcialmente sobrepostas, quando a asa é elevada, o momento de menos esforço, o ar passa entre as penas. E a batida para baixo, o esforço maior, as laminas colam umas sobre as outras, e tem uma superfície para fazer resistência ao ar.
O Beija-flor é o exemplo dos extremos. O metabolismo muito acelerado, seu voo parado é muito custoso. O tipo de voo dele ficar parado em frente ao flor, ele precisa de uma batida de asa muito acelerada e especifica. O eixo do corpo na vertical e a batida da asa vai pra frente e para trás e girando o plano da asa (torcendo). 
Peito de uma ave, o braço e o antebraço. A muscultura de uma ave, que é homologa a dos outros tetrapodas: Bicepes, tricepes. A batida da asa é feita na musculatura peitoral (na nossa também se quisermos fazer o movimento de trazer os nossos braços para frente), só que na ave o movimento para trás que nos mamíferos é um músculo escapular, nas aves é a musculatura peitoral também. Mas não o mesmo músculo que trás as asas para frente. O peitoral mais externo é o que da a puxada da asa para frente (para baixo). O que traz a asa para a posição inicial da puxada é um músculo menor que fica embaixo desse. 
O Esterno com uma quilha que é superfície para fixação da musculatura do peito da ave.
O tórax tem o esterno, a quilha, e o músculo mais externo e mais volumoso inserido na parte de baixo do humero. E por baixo do peitoral maior, tem um peitoral menor que passa colado ao coracoide (a fúrcula não participa). O menor que passa na articulação do ombro, se insere na parte superior do humero, em antagonismo com o movimento do músculo maior. Os dois estão no peito mas o menor tem ação invertida através da articulação.
Voar em geral precisa de muita energia. As aves tem uma respiração altamente eficiente, que quer dizer muito O2 chegando na célula para queima de carboidrato para produção de energia. Para essa grande quantidade de O2 chegar na célula tem uma serie de adaptações que são importantes: a troca gasosa é muito eficiente nas aves através de um sistema respiratório único que é o de sacos aéreos ligados aos pulmões. Estruturalmente os sacos aéreos permitem que a troca gasosa seja o mais eficiente possível, e sem sacos aéreos não é possível ter tanta eficiência na troca gasosa pelo tipo de pulmão que os outros tetrapodas tem. 
A série de sacos aéreos ligados aos pulmões tem um volume muito grande em comparação com os pulmões que tem um volume pequeno e fazem a troca gasosa.
Os sacos aéreos não fazem trocas gasosas, não são vascularizados. Eles só mantém um determinado fluxo de ar.
A traqueia, os brônquios, os pulmões e os sacos aéreos. Tem um saco aéreo interclavicular (entre as clavículas, na frente do peito). Tem a siringe que é a ramificação da traqueia para som. Saco aéreo(pares) torácico anterior, saco aéreo torácico posterior, e sacos abdominais.
Os pulmões das aves são totalmente atravessados por canais aéreos. Os brônquios e longitudinalmente brônquios secundários, e entre esses parabrônquios. Estruturalmente é completamente diferente da nossa arvore respiratória.
A nossa é traqueia, brônquio, bronquíolo e alvéolos, não tem mais pra onde ir e volta. Nas aves o ar não encontra nenhum fim, mas é fora do pulmão, no saco aéreo. Então ele atravessa os pulmões, o que significa que está sempre passando ar fresco pelo pulmão. 
Dois ciclos – ciclo = inspiração + expiração:
Ciclo 1: O parabronquio passa por fora do pulmões o ar quando entra inicialmente vai para fora dos pulmões. O ar quando entra inicialmente vai para fora dos pulmões. Expansão do tórax e contração do tórax. Os pulmões não tem muita flexibilidade, quem contrai e expande são os sacos aéreos. Na inspiração os sacos aéreos estão expandidos. Na expiração estão comprimidos. O ar que entra na inspiração vai principalmente para os sacos posteriores. O que estava no pulmão é sugado pelos sacos anteriores.
 O momento de expansão da caixa torácica os sacos se expandem, os sacos anteriores sugam o ar que estava nos pulmões e os posteriores sugam o ar que vem da traqueia e dos brônquios, passando por fora dos pulmões entra muito pouco ar nos pulmões nessa hora. Quando a caixa torácica se comprime, comprimindo os sacos aéreos, o ar que estava anteriormente nos pulmões e foi pro saco aéreo anterior sai do corpo, e o que tinha sido sugado nos sacos posteriores é forçado para os pulmões. Na próxima inspiração o ar que foi pros pulmões vai pros sacos anteriores e novo ar fresco vai ser jogado para os sacos posteriores.
O ar sempre esta passando nos pulmões em um único sentido de trás para frente. No nosso pulmão ele vai e volta nos dois sentidos, opostos. Não tem então ar residual que fica no pulmão dos outros tetrapodas.
Esse sistema de sacos aéreos permite que o ar passe em único sentido pelos pulmões, diferente do que acontece com o pulmão dos outros bichos. 
Passar em único sentido pelos pulmões permite uma troca eficiente com o sangue.
O ar passa em único sentido no pulmão de trás para frente, porque quando é inspirado inicialmente ele não passa pelo pulmão, passa por fora dos pulmões e vai para os sacos posteriores. Na verdade ele é sugado pelos sacos posteriores, porque quando tem a expansão da caixa torácica todos os sacos aéreos se expandem. Os parabronquios (ramificação dos brônquios) estão ligados nos sacos aéreos.
Quando tem a expiração, a contração da caixa torácica, o ar lá atrás é empurrado para o pulmão. E os sacos anteriores, que estão com o ar que já passou pelo pulmão, ele será expulso para fora.
Expandiu a caixa torácica, expandem os sacos aéreos, entra ar do exterior para os posteriores, e o ar do pulmão é puxado para os sacos anteriores. Comprimiu a caixa torácica, os sacos posteriores empurram o ar para o pulmão e o ar que já estava sem oxigênio nos sacos anteriores é expulso para fora.
Esse é um fluxo unidirecional do ar através dos pulmões. Mas os canais (tubulação anterior) dão entrada e saída do ar – entra na narina e sai pela narina.
Não tem diferença entre o ciclo 1 e ciclo 2. O ar que entra no inicio do ciclo 1 só vai sair no final do ciclo 2. O percurso total do ar, desde que ele entra ate quando ele sai, só se completa em dois ciclos.
Os sacos aéreos permitem o fluxo do pulmão em um único sentido. A eficiência disso se deve pelo que vai mostrar a seguir. Bronquio, pulmão, o ar vem passa por fora dos pulmões, sacos posteriores, depois vai para os pulmões, passa em um único sentido pelos pulmões, vai para os sacos anteriores e depois é expelido. O ar passa por um único sentido que é contrario ao do sangue. Esse é o detalhe. Troca gasosa a contra corrente, o ar passando em um sentido e o sangue passando no sentido contrário.
O sangue no saco posterior é bem oxigenado (capilar aéreo), o anterior é mal oxigenado. O sangue no vaso é mal oxigenado, e bem oxigenado. Qualquer pouquinho de oxigênioque tenha na primeira parte, ele ta com capacidade total, sangue qualquer pouco de O2 para ele é bom porque ele ta com pouco. E a medida que ele ta com pouco mais de O2 menos capacidade de absorver O2, mais ele vai encontrar ar mais rico em O2, e cada vez mais, então no final ele tá mais oxigenado, mas o ar também está mais oxigenado. É a forma que otimiza, porque o sangue que está pouco oxigenado ávido por oxigênio retira o que tem de oxigênio ali, e vai ficando mais oxigenado mas sempre vai ter muito mais O2 no outro, e então ele pode se saturar ao maximo de oxigênio ali.
Só é possível ter essa troca contra corrente, porque o ar está sempre passando em um único sentido. Se estivesse parado como fica no alvéolo (um saquinho que o ar para ali), daqui a pouco sai esse ar e entra um outro mais oxigenado. Ali é ar sempre oxigenado e encontrando sangue cada vez menos oxigenado pela frente. São as duas coisas que tornam esse sistema bastante eficiente.
Algumas voam alto, e tem pouco oxigênio à altas alturas, mas elas conseguem ainda respirar.
As brânquias do peixe a água entra pela boca e sai pelas fendas branquiais, no caso o opérculo. Atraves das brânquias o mesmo sistema de troca contra corrente acontece. A água clarinha com oxigênio, e mais escura com menos oxigênio, e o sangue nas lamelas branquiais é o contrario é o sangue venoso no sentido arterial contrario do fluxo da água. A água entra na abertura e sai por outra.
Formas muito diferentes entre peixes e aves, mas se desenvolveu o mesmo sistema que otimiza as trocas gasosas que é através de fluxos contrários de sangue e oxigênio.
O sangue ficou oxigenado no pulmão. Tem que chegar oxigênio na célula. Para chegar oxigênio na célula o melhor máximo possível, o sangue arterial não pode se misturar com o sangue venoso. A endotermia em ave e mamífero é porque nesses dois grupos tem circulação dupla e fechada, e o sangue arterial não se mistura com o venoso. Coração de 4 cavidades. Uma pequena circulação entre o sangue e os pulmões, e uma grande circulação do coração com o corpo.
 Começa com a troca gasosa eficiente e continua com o transporte eficiente do oxigênio com circulação dupla e fechada em que o sangue arterial e venoso não se misturam.
Se fizer o coração circular mais rápido é melhor. O beija-flor precisa de muito sangue circulando no músculo do peito. Eletrocardiograma do beija-flor. De baixo para cima, o padrão. Cardiograma de um homem de 25 anos em repouso 60/min. Um beija-flor em voo 1240/min e em repouso depois do voo 635/min (41,2°) e em sono letárgico 42/min (12° e temperatura ambiente 10,5°). No frio o beija-flor não consegue manter a atividade metabólica sem comer, para produzir calor o suficiente, porque ele ta perdendo pro ambiente. Se ele só dormir no frio mas o metabolismo não cair ele não consegue manter o calor, porque ele não tem gordura e etc que são isolantes térmicos. Tem que cair o metabolismo, diminui a temperatura do corpo, diminui a frequência cardíaca, e diminui o consumo de oxigênio e a quebra de carboidrato. Esse é o sono letárgico. Ele não consegue manter a taxa metabólica sem se alimentar constantemente de alimento basicamente energético. Sono letargio é diferente de hibernação, porque é um período curto (tipo uma noite fria), e a queda do metabolismo está associada a não ter reservas para queimar, a hibernação o bicho come e engorda e durante a hibernação ele consome aquela gordura.
É importante oxigenar bem o sangue. Transporte eficiente através do sistema de circulação dupla-fechada. Elevada frequência cardíaca para fazer mais sangue circular em menos tempo (aumentar velocidade de circulação do sangue), e se puder bombear um maior volume de sangue também melhor.
Peso relativo do coração em relação ao peso do corpo. A maioria das aves pequenas até 100g tem o peso do coração 0,5% do peso do corpo. Cada espécie tem um valor relativo. Quanto menor o bicho, proporcionalmente maior o coração. Os beija-flores tem essa tendência mais acentuada ainda. 
O beija-flor depenado tem músculo enorme no peito. E dentro do peito só coração. Ele é ma maquina de voar para comer água com açúcar. Agua com açúcar para voar.
A alta taxa metabólica produz energia e calor – endotermia. A temperatura do corpo é conservada, pela penas. 
O beija-flor é um exemplo extremo. Em um tempo frio a ave tende a afofar a plumagem e proteger as áreas nuas (pe/bico). No tempo quente a plumagem fica mais próxima do corpo, e expõe o pé e o bico para perder calor. O que retém o calor é a camada de ar junto do corpo. Quanto mais fofo mais espessa é a camada de ar retida junta ao corpo. E isso estabelece um gradiente. Quando cola diminui essa espessura da camada de ar.
É muito comum que as aves dormindo protejam o bico, esconda o bico na plumagem. O bico é um mecanismo de termorregulação nos tucanos por exemplo, para dissipar mais ou menos calor pelo bico.
Urubus e cegonhas tem um mecanismo de refrescamente, que é feito através de urinar nos pés. Quando aumenta a temperatura aumenta a frequência de acido úrico que eles jogam nos pés, e a temperatura do corpo diminui. Urohidrose.
Aves que ficam em contato com o gelo, água fria, especialmente os bichos de pé palmado (que é como o patágio do morcego). O sangue vai para aquelas áreas esfria, perde calor e volta frio para o corpo? Não, a veia que retorna passa colada na artéria que vai. Então o sangue que está retornando pega calor do sangue que está descendo por um mecanismo de troca contracorrente nesse caso de calor. Não tem problema o pé estar frio, o importante é o corpo estar sempre quente.
Zoo 16.02
Uma vez que o voo tem uma demanda de energia muito grande, é importante que os músculos peitorais (principalmente no voo batido) tenham bastante O2. Isso é conseguido através de um sistema respiratório bem eficiente através de trocas de gases contra corrente, e de um sistema de sacos aéreos que torna isso possível fazendo com que tenha um fluxo do ar no pulmão unidirecional, em sentindo contrario ao sangue nos capilares sanguíneos. E depois um sistema de transporte através de uma circulação dupla e fechada como acontece também nos mamíferos e que não é a toa que os dois são endotérmicos com metabolismo elevado e temperaturas também, e as aves com metabolismo ainda maior. E nas aves também uma frequência cardíaca bem alta e coração grande fazendo sangue circular rapidamente e em grande volume. Beija-flores são especiais que tem o metabolismo mais alto ainda, e que tem o fenômeno assim como nos bacuraus que é o sono letárgico.
Metabolismo e Reprodução.
Aves aquáticas, que estão em contato frequente com a água, que se alimentam na água e etc. Proteção das aves contra umidade. A função da plumagem é a proteção térmica (pode ate deixar a plumagem mais arrepiada ou mais colada no corpo conservando mais ou menos calor), e ao voo. 
No caso das aves com muito contato com a água, é importante deixar a água longe da pele, porque o ar é bom condutor de calor mas a água é bom condutor de calor. A plumagem então tem que manter a água distante para evitar a perda de calor que nesse caso é mais acentuada.
Mesmo uma ave terrestre quando chove, a água escorre pela plumagem. Durante muito tempo pensava-se que essa proteção contra a umidade era por causa da secreção de uma glândula presente na pele da ave que produz uma substância oleosa. Essa é a única glândula que tem no tegumento das aves. 
A região da parte de trás do dorso acima da cauda é chamada de uropigeo. Ali tem uma glândula subcutânea que é chamada de glândula uropigeana. O resto da pele não tem glândula sebácea, sudorípara. A glândula uropigeana ela secreta uma secreção rica em ácidos graxos. A secreção depois de um tempo se transforma em uma cera. As pessoas achavam que essa película impermeabilizava a plumagem. 
Testaram tirando a cera da plumagem com químicos, e colocaram em um tanque a plumagem continuava ainda sem se molhar. Então não há um efeito direto da cera sobre a impermeabilização. Mas viram que ao tirar essa cera, ao longodo tempo a impermeabilidade ia se perdendo. Observaram que essa secreção tinha um efeito cosmético de manutenção conservação da pena e a própria estrutura da pena tem o efeito de impermeabilização. A plumagem retém o ar junto do corpo e o ar não sai a água não entra. Essa trama da microestrutura da plumagem retendo o ar é que impede que a água penetre (questão de tensão superficial da água).
A gota d’água cai e rola, não consegue penetrar a trama da plumagem. Se colocar o animal em um tanque com água e detergente, ele molha a plumagem porque o detergente quebra a tensão superficial da água.
Isso é uma demonstração de que o papel da glândula uropigeana é de conservar a microestrutura da pena, sem ela a pena vai ficando quebradiça, diminuindo a degradação das bárbulas e ai aquela trama ficando em bom estado ela faz esse papel de bloquear a passagem de água.
Se pegar um pato vê que a superfície da plumagem está longe da pele. Essa superfície externa está sobreposta formando a superfície continua. A parte penácea é a mais externa, mas por baixo da que a gente vê tem a parte plumacea, tudo retendo ar e não deixando ele escapar e nem a água penetrar.
O esqueleto pneumático. Os pinguins não tem os ossos ocos. 
Tem algumas aves que tem a glândula uropigeana muito pequena. O caso mais notável é o das garças por que alem de terem essas glândulas pequenas elas tem um contato constante com a água – embora seja água rasa. De qualquer modo existe algo interessante, porque ao mesmo tempo que a glândula uropigeana é pequena, elas tem as chamadas plumas de pó.
Olhando a garça de frente, do lado do peito se afastar a plumagem tem como se fosse um feltro de cada lado. É uma região em que nascem as plumas de pó que vão nascendo e se desfazendo, que tem um efeito igual a da glândula uropigeana que tem o efeito de conservar a plumagem em bom estado. 29min 
Estão sempre se desfazendo e formam como um talco, tem um efeito lubrificante.
Um outro grupo que também tem bastante pó na plumagem são as pombas, as vezes tem um aspecto até esbranquiçado como efeito da presença desse pó de plumagem. A glândula uropigeana também é pequena. 
Papagaios são arborícolas e pouco contato com a água, mas pelo menos em uma espécie tem muito pó de pena. É interessante que esse papagaio, tanto o nome científico dele quanto o nome vulgar se refere a isso. O nome vulgar é papagaio moleiro, que trabalha em um moinho. Amazona farinosa.
Importancia da conservação da plumagem que é importante porque as plumas são estruturas filamentosas ramificadas que não ficam crescendo continuamente. E a função dessas penas dependem dessa microestrutra, no caso a de voo depende da microestrutura penácea que formam os enganchamento das barbulas e etc, e das plumaceas que formam essas que ajudam a reter o ar para termorregulação é também importante e muito delicada. Por tudo isso é importante conservar a plumagem porque não crescem continuamente. A pena nasce forma a estrutura complexa e para de crescer, a partir daí vai se desgastar a questão é retardar esse desgaste. Tanto a secreção da glândula uropigeana e das penas de pó fazem essa conservação.
Mesmo assim alguma hora as penas têm que ser substituídas e esse alguma hora é com uma certa frequência. Essa substituição é feita a partir do processo chamado muda. Quando falamos em muda de uma ave é esse processo periódico que faz a substituição de toda a plumagem. Não é o caso que uma pena cai acidentalmente e outra nasce no lugar (ao arrancar estimula o folículo a produzir outra pena, não é a muda).
Uma das características da muda então é a periodicidade. Como uma regra bem geral essa substituição é feita uma vez ao ano, e como essa substituição é feita uma vez por ano, ao mesmo tempo essa periodicidade está casada de modo inverso com a periodicidade da reprodução. Porque o bicho substituir toda a camada de plumagem demanda um aporte energético, (pode pesar mais que o esqueleto), e da mesma forma a reprodução exige muita energia (construir ninho, produzir ovos, rituais de acasalamento, alimentar os filhotes, etc). Por isso raramente há a sobreposição da muda com a reprodução. Em alguns casos em que a ave fica no ninho direto e o macho pega o alimento, pode ser que tenha a muda da fêmea nesse período, mas isso é uma exceção.
Se alterna o período de muda com o período de reprodução.
Verão e Inverno. As aves se reproduzem na região tropical do final do inverno até o final do verão (mais calor, mais comida, dias mais longos para obter comida). Nesse período elas estão desgastando a plumagem, acabou a reprodução elas começam a fazer a muda, e quando chega o começo do inverno elas já estão com a plumagem nova, e ai chega o inverno já estão com a plumagem nova.
Essa periodicidade uma vez por ano se alternando com a reprodução. Tem uma periodicidade bem notável que é o das aves migratórias, que se reproduzem no ártico e migram para o hemisfério sul. Elas se reproduzem na primavera/verão do Artico, enquanto aqui no sul é inverno. Quando acabam a reprodução e vão migrar para o hemisfério sul, elas fazem uma muda, que é uma plumagem de descanso reprodutivo – uma muda de inverno, e quando voltam para se reproduzir elas fazem uma segunda muda naquele ano – plumagem de reprodução ou de verão. Nesses casos elas fazem duas mudas em um ano. O interessante de pensar é que eles nunca estão no inverno em local nenhum, elas sempre estão no verão dos hemisférios e sempre com uma plumagem em bom estado. Quando vão migrar ou em um sentido ou pra outra, elas estão com plumagem mais nova, para a grande migração.
As aves do ártico tem também duas mudas, uma branca para o inverno e marrom para o verão. No sentido de camuflagem. Essas não são migratórias.
A segunda característica da muda é que as penas não caem todas de uma vez e crescem todas de uma vez. Ela é gradual, vão caindo aos poucos e crescendo aos poucos, de modo que nem as funções de voo, nem as de termorregulação são prejudicais. A segunda característica então é a gradualidade dessa substituição. No caso especifico das penas de voo da asa, uma terceira característica é que essa substituição é feita de forma simétrica. De modo que não vai gerar nenhum desequilíbrio nas remiges da asa. O padrão geral da substituição das penas da asa é: da primeira primaria (a mais interna, que é a primeira a ser substituída) até a primaria mais externa (geralmente são 10 primarias); as secundarias tem padrão mais complexo dependendo do numero de penas, e ai o padrão não é tão fixo, pode ser que comece da secundaria/primaria mais externa e vá para o centro ou pode vir do centro indo para fora.
A simetria acontece que tem uma determinada pena em muda de um lado, a mesma do outro lado vai estar sendo substituída também.
O tempo que leva para fazer a substituição das 10 primárias geralmente corresponde o tempo total da muda. Enquanto está mudando as primárias as outras penas da cauda, e do corpo estão sendo substituídas também. As do corpo também podem ter um padrão mas será variada de acordo com as famílias.
A muda é um processo de substituição de todas as penas do corpo, que acontece periodicamente de forma gradual, e de forma simétrica especialmente nas penas de voo.
As penas da cauda, retrizes, não tem um padrão tão marcado como as penas de voo. Elas mudam de modo meio caótico. Elas não são tão essenciais ao voo. 
Outro aspecto como no cranio de pinguim (em cima da orbita), a glândula de sal. As aves marinhas tem essas glândulas que permitem excretar o cloreto de Na, mais eficientemente que os rins, que não são tão eficientes em excretar tanto sal como o que está presente no mar, e muitas aves vivem direto no mar – como os albatrozes que só vão a terra para reproduzir.
Então para conseguir excretar esse sal precisa de um sistema mais eficiente que os rins. Comparando o que acontece com uma pessoa. Se um naufrago beber um certo volume de água do mar que contem uma certa quantidade de sal, isso corresponde a uma concentração de 3% (concentração da água do mar). Os rins produzemuma urina que tem uma concentração de 2% de cloreto de Na e portanto mais diluído que a agua do mar. Para excretar esse volume de sódio ingerido precisa de mais água, ou seja se beber essa água vai desidratar, porque vai ter que expelir mais água pra levar junto o sal. A água marinha produz um fluido nasal através da glândula de sal/nasal que tem uma concentração de 5% de cloreto de na, então a maior parte do volume de na ingerido é expelido pela glândula de sal com pouco volume de água e um pouco mais sai na urina que é bem diluída. O mesmo volume de sal é excretado e o mesmo volume de água. Balanço hídrico – toda a água que entra sai, e todo o sal que entra sai também para que ela não inche nem desidrate.
A glândula nasal fica subcutânea entre o crânio e a pele, acima dos olhos. Excreta essa secreção pela cavidade nasal. A maioria das aves marinhas sai pela corisa. A secreção é lançada na narina. As que não tem narina sai pelas coanas e goteja na ponta do bico. 
As glândulas funcionam da seguinte forma: tem também uns glomérulos como nos rins que são os túbulos, e tem um epitélio secretor que fica em contato com arteríolas. O fluxo do sangue vai de baixo para cima, vermelho é o sangue com cloreto de na, em azul sem cloreto de na que vai sendo bombeado para a luz do túbulo, e todo confluem para um tubo central onde o fluido vai ficando concentrado com cloreto de na. Não é osmose, e sim um bombeamento ativo do epitélio dos túbulos da glândula nasal.
A glândula está presente em aves marinhas, em tartaruga marinha e em iguana marinha (sauropsida excluem de vertebrados mamíferos e anfíbios). Filogeneticamente esses grupos são bem separados. A localização das glândulas é semelhante. É uma estrutura que surgiu em homologia ou convergencia tendo sido perdidas varias vezes. Mesmo as aves não são todas as aves que tem. E mesmo as aves marinhas não são todas da mesma família.
Orgaos dos sentidos:
Os sentidos mais desenvolvidos nas aves são a visão e audição, em comparação com o olfato que é praticamente inexistente (dos sentidos que temos). Tem o sentido do equilíbrio também (cerebelo bem desenvolvido).
O urubu não necessariamente capta a carniça pelo olfato, alguns usam a visão (o urubu preto é visão). 
Tem três espécies de urubu, de cabeça vermelha e amarela, eles tem um comportamento diferente do urubu preto, voam sempre perto do chão, comuns em locais como restinga e etc, eles tem uma estrutura morfológica especial nas narinas pra perceber cheiros de baixo para cima.
A maior parte dos casos as aves localizam o alimento pela visão e pela audição também. A audição é muito importante especialmente pela vocalização.
Tem uma coisa interessante nos olhos das aves que é uma estrutura de placas ósseas que o olho fica rígido, firme na orbita (no caso de corujas e gaviões – precisam virar a cabeça para virar o ângulo de visão). O campo de visão vai ser diferente em diversas aves dependendo da maneira e do tipo de alimentação que o bicho tem, especialmente no caso dos predadores.
O campo de visão de uma pomba, gavião, coruja e narceja (ave de brejo).
A visão monocular do lado direto e do esquerdo e uma visão binocular. A binocular é resultado da sobreposição da visão dos dois olhos. No caso da coruja a visão é totalmente binocular, e no caso do gavião a visão monocular é menor do que da pomba e a binocular ligeiramente maior. A narceja tem uma visão 360 praticamente, um campo binocular tanto para trás como para frente, embora sejam estreitos.
O interessante notar é que o campo binocular é mais acentuado nas aves predadoras com a visão frontal, e que quanto mais frontal seja o olho, mais a ave vai ter uma visão de profundidade.
A coruja tem uma audição muito apurada também. Acuidade auditiva grande e visual também. A estrutura da asa da coruja franjada ajuda a ela não fazer barulho ao voar. O voo dela silencioso ajuda para que não atrapalhe a identificação de onde está a presa, para não atrapalhar a audição dela.
Esse caso de localização de comida para audição é particular. Na maioria das vezes elas vão usar a audição para comunicação, para ouvir vocalizações dos outros indivíduos. Mas o importante é o uso principal da visão para localização do alimento. No caso das aves predadoras a visão tridimensional é mais importante do que ver cores.
Corujas tem uma retina pobre em cones- não interessa ver cores a noite, rica em bastonetes – que distinguem luminosidade, enxergam bem com luz da lua e estrelas, e uma visão binocular que permite o calculo da distância. 
Como a visão é totalmente binocular das corujas, ela tem que virar a cabeça para ver, ela não tem visão lateral. 
A Narceja tem essa visão 360°, vive em brejos. Ela se alimenta enfiando o bico comprido na lama e pegando larvinhas e minhoquinhas. Quando ela está com o bico enfiado na lama é útil ela poder ver atrás para saber se tem algum predador vindo e ter uma noção da distancia a que ele está.
Falando de audição e comunicação através da audição. Há produção de som nas aves, a voz delas é produzida envolvendo mecanismo de fluxos de ar. Diferente do som da cigarra que é estridulação que envolve fricção ou músculo mexendo membrana do órgão que produz o som. Em mamíferos, em anfíbios e em aves é fluxo de ar passando pelo sistema respiratório. A voz das aves é produzida na parte inferior da traqueia e não na porção superior da traqueia como é com a gente e os sapos. Por que em nós e nos sapos existem cordas vocais na faringe, na epiglote – parte superior da traqueia. Nas aves a porção inferior onde tem a modificação dos brônquios, vai haver músculos e modificação dos anéis da traqueia, modificação dos anéis dos brônquios, vai ter membranas e etc, e tudo isso vai vibrar e ser controlado através da ação nervosa, a tensão dos músculos e membranas para modular o som, através do ar que está passando ali por dentro, vai resultar no som. O órgão que fica na porção inferior da traqueia é chamado siringe e que produz a voz nas aves. A voz vem de dentro do peito e não da garganta nas aves.
Reprodução:
As aves tem muita diversidade, e também tem muita variação em muitos aspectos reprodutivos.
O aparelho reprodutor.
As gônadas são internas localizadas na cavidade abdominal e o que é especial é que tanto os testículos quanto o ovário – geralmente o padrão básico é ela ter apenas o ovário esquerdo funcional, eles só se desenvolvem, só maturam no momento da reprodução. 
Os rins com as glândulas supra renais, e abaixo delas os testículos. Tem um aumento muito grande de volume dos testículos, da vesícula seminal e etc na reprodução. O mesmo ocorre com a fêmea, um ovário direito não desenvolvido, e durante a reprodução não só os óvulos mais desenvolvidos como também o oviduto e etc.
Cada célula reprodutora é só a superfície da gema (saquinho de vitelo). Sai uma célula reprodutora de cada vez e é fecundada, na parte de cima do oviduto e à medida que a gema (ocelo) fecundada vai descendo o oviduto vai se depositando albumina (clara do ovo) e mais na parte de baixo, vai parar ali, vai se formar a película da casca (por dentro da casca) e a casca calcarea.
Tanto no macho como na fêmea o bicho não fica carregando o peso todo durante o ano todo, só durante a reprodução. No caso das fêmeas só durante a postura. Ela pôs os ovos e vai começar a incubar os ovos o ovário já vai regredindo.
Existem dois tipos de postura nas aves. A quantidade de ovos varia (dependendo da espécie) e tem um limite de ovos que o bicho consegue incubar. Tem varias coisas envolvidas no tamanho da postura. Agora como no caso da galinha, por exemplo, ela coloca os ovos tentando sempre completar a postura (que costuma ser de 7 a 8 ovos), a medida que tiramos os ovos ela põe outros tentando completar a postura. Outro passarinho da restinga por exemplo que costuma pôr 2 ou 3 ovos por postura, ela faz um ninho para colocar 2 ovos, se ela colocou os ovos e eles são tirados ela abandona o ninho, não vai continuar tentando colocar os ovos ali. 
A postura pode ser então determinada (restinga)ou indeterminada (galinha). 
O tamanho da postura implica em uma limitação, (quanto mais filhote puder chocar e criar melhor), na viabilidade do ovo. Uma postura muito grande (por exemplo 10 ovos) vai levar um numero grande de dias. Há duas estratégias de incubação: ou encuba logo desde que colocou o primeiro ovo, ou começa a incubar quando todos estiverem já colocados – essa estratégia pode ser um problema para viabilidade, porque um ovo não pode esperar muito tempo pois precisa de calor para se desenvolver e se esperar 10/12 dias ele pode não desenvolver o embrião. Por outro lado se chocar todo mundo desde o primeiro ovo, se for numa postura de 5 ovos por exemplo, o primeiro já esta sendo incubado há 5 dias, e vai nascer 5 dias antes do ultimo ovo. Isso é uma diferença muito grande de tamanho dos filhotes que o bicho vai ter que compensar de alguma maneira. Isso também limita o tamanho da postura, porque não pode ser uma diferença muito grande do primeiro para o ultimo.
Nas aves assim como nos crocodilianos tem um cuidado parental. Os crocodilianos não incubam os ovos, eles põe e o calor do meio é suficiente para os embriões desenvolverem.
No caso das aves ainda tem o cuidado de alimentar o filhote. Então todas essas coisas limitam, não tem a possibilidade de um numero de ovos muito grande por causa dessas questões.
Se a fêmea está na presença do macho ela vai buscar fecundar os ovos antes de colocar.
Em geral as aves colocam os ovos em ninhos, chamamos de ninho uma estrutura construída pela ave para depositar os ovos. Na maioria das aves essa é uma estrutura simples em forma de cesto, ninho aberto. Então a primeira grande classificação de ninhos de aves são abertos/ fechados. E a partir daí tem variações no formato, no tipo de material que é usado etc. Na maioria dos casos é utilizado material vegetal. 
O ovo pode apresentar uma cor homogênea, ou uma cor mesclada. Esse padrão de pintinhas é muito comum em aves que desovam em ninhos abertos e serve para camuflar os ovos, e podem ser das cores mais variadas.
Mexer no ninho e deixar ele exposto e um predador de longe reparou. Ou deixa um rastro na vegetação que leve ao ninho, abrindo caminho para o predador.
Alguns podem nem fazer ninho como aves marinhas, que põem direto no chão e fazem a postura direto no substrato. 
Os ovos em locais abertos costumam ser camuflados.
Os ninhos fechados podem ser que o bicho construa um ninho como João de barro, ou bem te vi. Ou que use cavidades na terra, no barranco e etc. Tem uma serie grande de famílias que fazem ninhos fechados ou em cavidades.
Tem em torno de 10.000 especies de aves conhecidas, mais da metade são de uma única ordem: Passeriformes (passarinhos – beijaflor não é passarinho). Uma ordem muito bem sucedida. Dentro dessa ordem é muito diversificado vai achar ninho de tudo quanto é tipo: aberto, fechado, dentro de cavidade, pedreira etc. Só dentro de uma única ordem encontra toda a diversidade de ninhos. Mas tem algumas ordens que são características de terem um determinado tipo de nidifcação. 
Dentro de cavidades também tem o pica-pau. Ele escava o próprio buraco, e é sempre bem redondo o buraco. Diversas outras aves depois usam o buraco cavado pelo pica-pau.
Papagaio, piriquito também tem ninho dentro de cavidade. 
Os bichos que dependem de buraco e de oco de arvore, são bichos que tem uma certa limitação para achar local para nidificar. Porque as vezes precisam de arvores grandes e velhas para permitir ter buraco, então não é toda a floresta que permite ter lugar para ninho, e isso limita certos bichos nidificarem.
No interior de construções alguns também usam para fazer ninho. 
O andorião faz ninho dentro de chaminé. E o ninho é um cesto de graveto colado na parede da chaminé. Originalmente na natureza fazem ninho dentro de tronco de palmeira e etc.
O ninho fechado significa uma proteção maior do que um ninho exposto, aberto na vegetação. Parte dessa proteção é que a entrada é geralmente apenas suficiente para o adulto entrar e sair, não é muito grande.
Tudo vai ter variações mas geralmente quando é em tronco e barrancos, quando enfia a mão geralmente não alcança os filhotes; limita muito predador.
Os ninhos fechados tem mais ovos brancos. Todos os grupos que fazem ninhos fechados tem ovos brancos.
A escolha dos gravetos para montar os ninhos 
Algumas aves reutilizam o ninho, outras não (por exemplo, o João de barro).
Um ninho de pomba que é um ninho aberto tem ovos brancos. Mas é porque as pombas revezam incubação, o macho e a fêmea incubam. E um só sai de cima do ovo quando o outro chegou para substituir.
Beija-flor tem uma cestinha com ovo branco. Um ninho construído de panha (fibra vegetal ligada a semente), teia de aranha, líquen. Nesse caso o ovo branco não chama atenção porque é muito pequeno, o ninho também é pequeno.
Estudo do tiessangue na restinga. Calibração do estagio de flutuação dos ovos para saber o tempo de incubação que estava o ovo. Logo que o ovo é posto ele vai pro fundo de um copo com água. Aos poucos ele vai perdendo água e vai ficando mais leve, desidratando, e com isso ele vai começando a flutuar até que flutua o maximo possível no dia da eclosão. Calibraram montando uma tabela com ovos e tempo conhecido. Serve para quando não achar um ninho desde o começo.
O termo correto é incubar e não chocar. Em inglês chocar é como se fosse uma continuação da incubação com o filhote já nascido, mas sem plumagem e sem termorregulação desenvolvida.
Todas as aves incubam os ovos com exceção de uma. A incubação é uma transferência de calor do corpo do adulto para o ovo, para o embrião se desenvolver. Então é uma coisa que os crocodilianos não fazem, nem ninguém só as aves, e não tem como saber se outros dinossauros teropoda faziam. Isso implicaria na questão de outros teropoda terem endotermia também, porque só um bicho com calor constante do corpo tem como fazer esse processo.
Os filhotes de aves que saem dos ovos podem ser de dois tipos basicamente: os filhotes nascem com olho fechado, incapaz de se locomover, e totalmente dependente de ficar no ninho esperando receber comida. Esse tipo de filhote é chamado de Nidicula. E o outro tipo de filhote é o que sai do ovo já com plumagenzinha, olho aberto, pode andar, e pode sair do ninho (pato, galinha, etc). Esse é o nidifugo.
A grande maioria das aves são nidiculas (todos os passeriformes), mais diversas outras ordens.
Os filhotes nidifugos são de bichos terrestres geralmente. Que nidificam no chão ou próximo do chão.
O movimento único que os bichos conseguem fazer, nidiculas, é levantar o pescoço e abrir a boca para receber comida. O interior da boca deles normalmente é colorido e vocalizam, eles tem um estimulo para serem alimentados. É instintivo para o adulto trazer comida.
Também é automático o filhote levantar o pescoço e abrir o bico. Se alguém encostar na beira do ninho como se for o passarinho chegando, o filhote automaticamente abre a boca. Quando está novinho é assim, e esse é um comportamento que expõe ele a predação. Depois ele abre o olho e começa a ficar experiente de reconhecer quando é o adulto que vem alimentar ele e mais para frente ele tem a reação de ficar bem quieto tentando passar despercebido.
Quando pegar o filhote, ele muitas vezes pula do ninho e não quer voltar mais. Se marcar ele no fim, quando está próximo de ele sair do ninho, ele sai antes da hora sem ter um adulto para guia-lo. E não adianta coloca-lo de volta que ele pula de novo.
Os filhotes nidifugos seguem os adultos como fazem os de pinto, pato e etc. Tem algo interessante na raiz desse comportamento que é o imprinting (estampagem) – que é o fato de que o filhotinho segue o adulto, (enquanto está no ninho, tanto o nidicola quanto o nidifugo são criados pelos adultos até poderem se alimentar sozinhos, no caso os nidicolas ficam uma fase inicial no ninho mas depois que saem do ninho continuam sendo criados um tempo pelos adultos, o nidifugo sai logo do ninho), mas na verdade ele segue a primeira coisa que ele vê semexendo, isso é um comportamento inato e o mais provável é que seja o adulto a primeira coisa que ele vê quando sair do ovo. Vão ser poucos os casos que vão fazer uma seleção contraria que não vai ser o adulto. 
O adulto quando o filhote está ameaçado, pode gritar para chamar atenção para ele, e para o filhote ver que tem algo acontecendo também. O filhote ou corre, ou fica parado perto de algo, ou congela – porque correndo também pode chamar atenção, as vezes parado mesmo em pé é melhor. E o adulto abre a cauda e a asa para parecer maior e intimidar. Um comportamento interessante também é o adulto que finge que está ferido para chamar atenção do predador, ele se locomove como se estivesse com uma asa quebrada, e é uma estratégia de distração que funciona. 
 Filhotes alguns também tem plumagem críptica de camuflagem.
Diversos mecanismos naturais de escapar da predação por comportamento, coloração camuflada etc.
As únicas aves que os ovos não são incubados por um adulto, megapodiideae. Da ordem dos galiformes da região australiana. Eles cavam um buraco no chão que o calor gerado da decomposição, fermentação da matéria orgânica (folhas etc) é que dá calor para a incubação dos ovos. Eles põem terra/areia por cima. É um trabalho insano, é um ninho tipo um ninho de jacaré, os ovos são colocados no substrato e o calor do ambiente é que permite o desenvolvimento do embrião.
 Isso é o extremo dos filhotes nidifugos. Os adultos fazem isso mas não vão embora. Eles ficam próximos do ninho tomando conta, para ver a temperatura, tirar ou botar mais areia em cima e etc. Os ovos são grandes, bem protegidos, então o que acontece é que os filhotes quando eclodem já tem pena de voo. Já são equivalentes a um filhote nidicola no momento de sair do ninho. Exemplo extremo de nidifugo.
Um outro sistema que é o inverso é chamado (escravismo ou esclavagismo) nidoparasitismo. O cuco é parasita do ninho de outros animais. O filhote de cuco é alimentado por um passarinho de outra espécie que não tem a ver. A mãe do cuco desovou no ninho do outro passarinho e daí pra frente ele incubou e criou o filhote dela. Nesse caso, também existe incubação, mas quem incubou foi uma ave de outra espécie, incubando um ovo que não era o dela. É chamado de parasita de ninho. 
As vezes prejudica muito o nidoparasitismo, dependendo da ave que for, ele pode representar uma ameaça. Por outras questões, naturalmente deve ter um certo numero que escapa, porque não necessariamente o cuco vai em uma espécie especifica hospedeira. 
O filhote do cuco tem um comportamento inato que assim que sai do ovo a primeira preocupação dele não é a de obter alimento, e sim a de jogar pra fora do ninho qualquer outra coisa que esteja lá e ele fica lá sozinho. Pode ser outro ovo de cuco, pode ser ovo da espécie que é dona do ninho etc. Ele não para ate sentir que o ninho está vazio e ele está La sozinho e a partir disso ele passa a pedir comida para o adulto.
O pássaro mais comum parasita é um passeriforme nas Americas e não um cuco. Esse comportamento evoluiu em ordens bem distintas de aves.
Um dos hospedeiros mais comuns é o tico-tico. 
O padrão básico é a ave incubar seus próprios ovos e depois os filhotes são criados. Tem dois tipos de filhotes, os que saem rapidinho do ninho e o outro que demora mais. E pode ter incubação ou nenhuma incubação que os ovos são aquecidos pela fermentação, ou ainda a incubação por parasitismo de ninho.
Sistemas básicos de acasalamento:
A família dos Iambus? (e emas e avestruz), são um dos clados mais basais de todas as aves. Grupo irmão de todo o resto das aves. Tanto em emas e Iambus são os machos que incubam os ovos e cuidam dos filhotes. No caso dos Iambus eles acasalam com uma fêmea mas ele é que cuida. As emas já tem um sistema mais promiscuo que varias fêmeas desovam no ninho de um macho e desovam no ninho de vários machos. 
Avestruz é muito maior do que ema. O pescoço da avestruz é pelado e o da ema é plumado.
A família de araras, papagaios, piriquitos etc, são tidas como exemplo de grupo de aves muito monógamo. Um casal fica junto a vida inteira. Espécie ameaçada de extinção de arara se reproduzem em cativeiro, não é difícil reproduzir mas tem que ter vários indivíduos para deixar eles escolherem, porque não é qualquer casal que se junta e se reproduz, mas uma vez que eles formam um casal ai eles ficam juntos reproduzindo sempre.
Tem a historia toda de monogamia de piriquito, arara e papagaio, e de fato se observa isso, mas a monogamia em geral nas aves é só por uma estação reprodutiva. Não há a formação de casais permanentes, é mais raro. O que tem sido descoberto de anos para cá com o advento do fingerprint do DNA – testando paternidade humana – começaram a usar também nas aves. Era muito difícil antes saber se um determinado casal de aves no mato estavam traindo o outro, porque mal vemos as aves copulando. Quando começaram a tirar sangue dos filhotes e dos adultos viram que na verdade as ninhadas eram muito mais mistas do que se imaginava. É muito comum que havendo uma oportunidade os indivíduos, tanto machos quanto fêmeas, traem.
Existem as monogamias monogamias mesmo, e essas que o casal vai cuidar da prole mas tendo a oportunidade vão ser infiéis.
E um outro sistema em que as fêmeas exclusivamente é que cuidam dos filhotes. É o que acontece com beija-flores, aves do paraíso, anambés, passarinhos dançarinos. Nesse caso botou um exemplo extremo que é um beija-flor mas muito ornamentado. Os machos se exibem em conjunto ou individualmente. As fêmeas olham e selecionam, escolhem os machos e depois o ninho já construido copulam para fertilizar os óvulos.
Nesse sistema de acasalamento existe uma seleção sexual. No caso da ema nem dá para distinguir o macho da fêmea. Nesse caso os machos estão sendo escolhidos com as cores e as fêmeas simplismente ficam na plumagem básica padrão que é uma plumagem camuflada.
Tem o rendeira que os machos se exibem individuais, mas próximos uns dos outros. Ele no lugar onde fica perto do chão, ele pula e cada pulo desse ele dá um estalo por isso o nome de rendeira. Botaram uma fêmea empalhada de outra espécie no palco desse macho, e ele copulou. Colocaram um tufo de pena verde amarrado com um barbante e o macho copulou. Quem vai selecionar que macho é a fêmea. Para o macho qualquer coisa que escolher ele vai copular. Seleção sexual.
Tiessangue que descobriu que existe o sistema de acasalamento cooperativo. Reprodução coperativa. Não existe um casal, nem monogâmico nem nada. Tem grupos. Areas de vida de grupos de indivíduos incluindo machos e fêmeas e as varias fêmeas, cada uma cuida do seu ninho mas vai ter um macho alfa que é nascido naquele grupo e vai ganhando posição hierárquica. As fêmeas nascem e vão para outros grupos. É esse o sistema. O macho alfa vai reproduzir com as duas, três fêmeas do grupo. Em estudo de bicho com sistema coperativo, descobriram que outros machos que não são o macho alfa tendo oportunidade eles copulam com alguma das fêmeas exceto com a que seja a sua mãe. Porque o macho que fica no grupo tem a chance de alguma daquelas fêmeas ser a mãe dele. Reprodução coperativa porque cada fêmea só se interessa pelo seu ninho, mas todos os machos defendem todos os ninhos. Porque pode ser filho de qualquer um deles em qualquer uma das fêmeas.

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