Buscar

Direito Civil Danilo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

��Direito Civil I
Pessoas e Bens
Professor Danilo Porfírio��
Aula 1 – 15/02/2007						
Teoria do Direito Privado
A) Direito
Direito Privado (particulares)
- Direito Civil (relações entre particulares, não prioriza lucro)
- Direito Comercial ou Empresarial (regula relações mercantis com fins lucrativos)
Direito Público(Estado)
Direito Social (Trabalho e Previdência)
	Na verdade o direito é um fenômeno uniforme por uma questão sistemática é dividido em grupos in tomos. Existem três manifestações sistêmicas de direito atrelados especificamente a determinados fenômenos jurídicos e as pessoas específicas. 
	Temos o Direito Privado que é o direito que gere relações negociais entre particulares como, por exemplo, atividades empresariais, contratuais, familiares e reais.
	O Direito Público tem o foco central de atuação a organização do Estado e a ordem social e neste caso nos reportamos ao Direito administrativo, tributário, penal e etc.
	Por fim temos os Direitos Sociais que se reportam às relações laborativas e as ações de seguridade social.
	O Direito Privado se subdivide em Direito Civil e Comercial. O comercial tem como fundamento a regulamentação de atividades particulares de natureza lucrativa. Tem como exemplos: as atividades acionárias, empresariais, societárias, crediticias e comerciais navais.
	O Direito Civil regulamenta as atividades patrimoniais corriqueiras entre comuns, como por exemplo, relações paterfiliais, sucessórias, direitos de personalidade, contratos e coisas.
* Considerações sobre o novo Código Civil e a dicotomia do Direito Privado.
	A dicotomia vista no tópico anterior tem início no começo do século XIX com direito francês moderno (Direito Napoleônico), tanto no ensino quanto nos estatutos legais as matérias de direito privado eram tratadas distintamente.
	A partir do século XX a comunidade de juristas começa a compreender que o direito privado não poderia ser tratado in tomos em verdade as matérias de direito comercial e direito civil interagem. Com o advento do Código Civil de 2002 aos direitos foram unidos em um único estatuto, porém permanece a dicotomia acadêmica.
B) História e Evolução do Direito Privado
Período pré-clássico até início da Roma Republicana
1. Ausência de identidade e autonomia
			* Lex Duodecimum Tabulorum (Leis das Doze Tábuas)
			* Poenal (pena)
				- Iniuria (ofensa, injúria)
				- Fractum (fratura)
				- Membrum ruptum (ruptura de membros)
			* Capitio Deminutio (diminuição de capacidade)
		2. Emergência da identidade e autonomia
			* Lex Poetelia Popiria (lei posta no papel)
				** Licitude e ilicitude civil
				**In daemmoe (indenização) fim do dano
	O Direito Privado em Roma possui dois momentos a serem analisados. O primeiro momento é caracterizado por uma ausência de identidade jurídica própria. Em toda antiguidade oriental até o apogeu da vigência da Lei da XII Tabulas o Direito Penal e o Direito privado coactavam um mesmo espaço. Tanto um delito quanto o inadimplemento possuíam conseqüências semelhantes, ou seja, o poena. Existiam inúmeras modalidades de penalidades aplicadas com base na gravidade da violação do direito:
Existia a ofensa (iniuria);
A quebra dos ossos (fractum) e
Ruptura de membros
	Em casos mais graves a penalidade era de natureza moral, mas com conseqüências reais na vida do cidadão. Estamos tratando de Capitio Deminutio. A diminuição de capacidade leve consistia na perda do nome e dos direitos familiares (perda do status familiare), a perda de capacidade média era a perda da condição da cidadania (status civitatis). A penalidade mais grave era a perda do status libertatis, ou seja, a condição de liberdade (no caso o apenado se tornava escravo de sua vítima).
	Entretanto, no apogeu da república Romana os juris consultos e o Senado concluíram que esta forma de penalidade no mundo privado era improcedente, pois não atingia a satisfação patrimonial da vítima. Logo foi criado a idéia de indenização e de licitude e ilicitude civil através da Lex Poetelia Popiria.
Aula 2 – 26/02/2007
Os princípios fundamentais de Direito Privado em seu tempo
De autonomia de vontade
Da propriedade
Da personalidade
Em Roma o Direito Privado tinha como fundamento a manutenção do direito da propriedade e a liberdade. Porém, devemos entender que esses princípios não se estendiam a todos os homens sendo um privilégio específico, os cidadãos romanos. Lembramos que ainda não existia em Roma a idéia de pessoa como abstração universal.
* Sistematização do Direito nas Idades Média e Moderna
	As fontes do Direito Romano foram basicamente os costumes, as leis, os edítos e os Éditos, mas mais importante era a jurisprudência, ou seja, a produção intelectiva do juris consultos.
	Entretanto a milenar história romana transformou esse conhecimento em um emaranhado de informações desconexas que foram organizados sistematicamente a mando do imperador criando assim o Corpus Juris Civile.
Senado (Senatus Consulttus e Juris Consulttus)
Lex – princípio
Costumes – mores
edítos – decisão pretoriana
Éditos – decretos imperiais
Jurisprudência
Corpus Juris Civile (o corpo do Direito Civil)
			- Codex
			- Digesto	
Aula 3 – 05/03/2007
A) Conseqüências da queda do Império Romano
	* Ordálias
	No ano de 476 d.c o Império Romano no Ocidente sucumbiu e com ele todas as estruturas institucionais imperiais, inclusive o Direito.
	Em um primeiro momento reinou na Europa o Direito Consuetudinário (costumeiro) havendo um abrupto retrocesso. Grande parte das querelas era resolvida à custa das ordálias, testes físicos dolorosos que presumiam a legitimidade das partes em sua pretensão.
B) Direito Canônico
	* Glosas
	* Inovações
	 ** Rebus sic stautibus (Art 478, CC)
	Aos poucos o domínio da Igreja foi efetivado sobre estes povos. Devemos lembrar que a Igreja era um departamento do Império Romano e na Europa tornou-se guardiã de seus valores, inclusive o Direito. Através das Universidades Católicas estes fragmentos não só foram preservados, mas comentados (glosas) tornando-se importante fonte jurídica a ponto de fundamentar Codex Juris Canonicii. 
	As grandes inovações neste momento foram as criações do conceito de pessoa e da cláusula de imprevisão.	
C) Renascimento Comercial
 * Dos Títulos de Crédito
		
* Elementos
	- líquido
	
	- certo
	
	- exigível
Características:
Literalidade
Cartularidade
Circulabilidade
O grande responsável pelo renascimento comercial foi instituto jurídico dos títulos de crédito.
Por meio de uma simples carta cambial os mercadores podiam circular intensamente riquezas e mercadorias sem se preocupar com as diversas formas de medida, sistemas monetários e com a tremenda insegurança oferecida pelo sistema feudal.
D) Estado Nacional
 * Ordenações
 * Liberdade e Propriedade
	Com o advento da Idade Moderna testemunhamos o nascimento do Estado moderno fundamentado por uma estrutura hierárquica institucional denominada monarquia. Quanto ao Direito privado pouca coisa mudou. Apenas constatamos que o Direito Costumeiro é a ausência de autonomia entre Penal e Privado e foram simplesmente institucionalizados em sistemas normativos como ocorreu em Portugal com as Ordenações Afonsinas, Manuelinas e Filipinas. 
	Concluindo, Direito Privado ainda é um Direito de privilégios, pois os conceitos de liberdade e servidão são incompatíveis e a propriedade é um privilégio da nobreza.	
Aula 4 – 08/03/2007
Direito Privado e a Era Contemporânea
A) Revoluções Liberais
Princípios
- Liberdade
- Igualdade (todos possuem oportunidade de direito a propriedade)
- Propriedade
	Em resposta ao sistema monárquico mercantilista fundamentado em um direito de manutenção de privilégios intelectuais, burgueses e outras classes suprimidas se organizaram no que chamamos de movimento iluminista, defendendo a universalidade dos direitos de liberdade, igualdadee propriedade a todos os cidadãos em nome da dignidade.
	Este movimento acabou culminando nas Revoluções Inglesa, Americana e Francesa criando assim uma nova superestrutura político-econômico-social.
DEVERES 		GARANTIAS
B) Processo de Codificação
	* Pandectismo (Código Civil Francês) – Pandectas (Código Amplo)
	* Código Napoleônico
	 ** Características
 ** Primazia da Autonomia da Vontade (até 2ª Guerra Mundial)	
Para consolidar estas conquistas a nova estrutura vigente especial na França convocou os grandes juristas da época para elaborarem em Código de Direito Civil instituindo os princípios do liberalismo juridicamente.
	Os grandes juristas inspiram a criação no Corpus Iuris Civile (Pandectas). Logo, o movimento de estudo de Direito Romano pelos juristas modernos foi chamado de pandectismo. 
	Basicamente as características do Código Civil Francês, também chamado de Código Napoleônico são:
Sistema normativo positivo;
Instrumento de manutenção de garantias patrimoniais;
Primazia do individualismo e
Racionalidade dedutiva, abstrata, genérica.
Concluímos, portanto, que todas as garantias fundamentam a plena eficácia da liberdade individual dos cidadãos.
	
C) Século XX e o Bem Comum
 * Princípio da ordem jurídica social. (sociabilidade)
	O ordenamento civil-liberal a partir da segunda metade do século XX se submete à concepções como: direito coletivo, bem comum e função social. Logo, o Direito privado Liberal é substituído pelo Direito Privado Social ou também conhecido como Direito Privado Constitucional.
Perguntas: 	
1) Explique o Direito Privado Constitucional.
R: Tanto no âmbito do Direito privado quanto no do Direito Penal existiam “poenas” aplicadas com base na gravidade da violação. As conseqüências eram semelhantes no caso de delito e de inadimplência. O Direito Privado não tinha também identidade nem autonomia durante a lei XII Tábuas.
2) Explique o momento e o objeto emancipatório do Direito Privado no Direito Romano.
R:
3) O edíto é um sinônimo de jurisprudência. Explique.
R: O edíto é a decisão adotada pelos juristas da época e que se tornava um modelo para outras decisões assim como a jurisprudência.
4) Explique o que é o Direito Consuetudinário Medieval e o porquê que o mesmo representa o retrocesso.
R: O Direito Consuetudinário tem como fonte inspiradora os costumes da época e eram passados de pais para filhos. O mesmo representa um retrocesso pois não permitia a ausência de autonomia de Penal e Civil, o direito a liberdade e servidão eram incompatíveis e a propriedade era privilégio da nobreza a prova do seu retrocesso foi a queda do Império Romano.
 
5) O que são “glosas”? Qual sua pertinência no Direito Privado?
R: São comentários dos acadêmicos, juristas medievais dos fragmentos jurídicos do Direito Romano que foram preservados pela Igreja Católica. Elas foram fontes primordiais do Direito Canônico.
6) Explique o que é literalidade, cartularidade e circulabilidade do título de crédito.
R: Título de crédito= direito líquido, certo e exigível. Ele deve ser organizado como uma carta (cartularidade) que contenha o direito expresso (literalidade) para que ele possa circular como riqueza.
7) Explique a afirmação “As ordenações Filipinas representaram a manutenção de um status quo”.
R: Elas foram o início da positivação do Direito (Público e Privado), mas elas desconsideram as grandes conquistas jurídicas do Império Romano e mantém os privilégios da nobreza assim como o retrocesso jurídico do período medieval.
8) Relacione o Código Napoleônico às conquistas liberais do século XVIII.
R: O Código Napoleônico foi a manifestação institucional sistemática, racional, abstrata, dedutiva e positivada dos princípios liberais do Iluminismo, liberdade, igualdade e propriedade.
Aula5 – 12/03/2007
Lei de Introdução ao Código Civil
A) Do Exercício do Direito
Direito
- Existente
- Válido
- Eficaz (aplicabilidade)
	Devemos lembrar que a Lei de Introdução ao Código Civil tem como objeto a regulamentação da vigência de uma norma no tempo e no espaço. É impossível tratarmos sobre vigência sem que compreendamos a relação entre a norma, o direito produzido pela mesma e seu pleno exercício.
	Para que possamos exercer concretamente um Direito, este deverá apresentar três requisitos fundamentais:
Existência, ou seja, o direito através da norma deve ser expresso de forma escrita e formalmente. Deve ser apresentada materialmente à sociedade civil;
Validade, a norma não deve apenas obedecer aos requisitos formais de criação, promulgação e sanção, mas deve se alinhar subservientemente ao ordenamento jurídico, as normas superiores fundamentadoras (legitimidade).
Eficácia, ou seja, não basta a norma ser existente e possuir legitimidade de conteúdo. Cabe à norma e ao seu Direito condições adequadas de produção de efeitos jurídicos para a sua aplicabilidade.
* Publicidade (Art 3º)
Para que estes requisitos se manifestem é fundamental que a norma, fonte do Direito, seja após a promulgação publicada (Diário Oficial da União ou meio de imprensa de grande circulação). 
Obs.: No silêncio do legislador haverá 45 dias de vacatio legis.
B) Direito e Vigência (Art 2º)
	Vigência nada mais é que a efetividade de um direito em exercício em tempo, espaço especificados. Ex.: direito adquirido.
C) Do Direito Adquirido
	Consiste no direito de pleno exercício o que é absorvido ao patrimônio jurídico de cada pessoa. As fontes de aquisição de direito serão sempre normativas sendo basicamente três:
A lei, que cria requisitos de aquisição de direitos de natureza difusa ou coletiva;
O ato jurídico perfeito que são os negócios jurídicos oriundo das vontades das partes envolvidas que criam direitos através da entrega de um bem definitivamente (contratos, testamentos, etc) e
Sentença transitada em julgado, coisa julgada material (sentença de 2ª estância).
Direito Eventual
Consiste em um direito possuidor do requisito da existência e validade, carecendo, entretanto de eficácia, pois sua aplicabilidade só será possível em função de um evento futuro indeterminado temporalmente.
Expectativa de Direito
Consiste apenas em uma esperança constitutiva de direito, ou seja, o direito não existe, mas há possibilidade de existir (carência de certeza).
Aula 6 – 19/03/2007
D) Da “vacatio legis” (Art 1º)
	É o período de vacância da lei, ou seja, é o período necessário para a adaptação da população a nova norma, logo neste período há ausência de eficácia.
Expresso: a priori a vacatio legis é determinada expressamente na própria lei.
Silêncio: Entretanto, se este prazo não for determinado, presume-se nacionalmente um prazo de 45 dias a partir da publicação e internacionalmente três meses.
- Nacionalmente (caput)
- Internacionalmente (§ 1º)
E) Da Reforma da Lei (Art 1º § 4º)
	Caso a norma em vacância necessite ser alterada ou reformulada. Após a reforma e publicação da mesma, contar-se-á a partir da nova publicação uma nova vacatio legis.
	Entretanto se a lei já estiver em vigor e se ocorrer à necessidade de reforma do texto legal, cada adendo será elaborado como uma nova lei.
Aula6 – 22/03/2007
F) Da Vigência e do Tempo
Prazo determinado – Lei de anistia fiscal, leis orçamentárias.
São aquelas normas que a produção de efeito tem tempo certo e restrito.
Prazo indeterminado – Código Penal e Civil.
São aquelas normas que possuem tempo expresso para a extinção de sua plena eficácia.
Revogação Presumida – Lei nova revoga lei antiga.
É a presunção da cessação da eficácia plena de uma norma através da criação de uma norma sobre o mesmo tema jurídico (norma posterior revoga norma anterior).
Represtinação – ato de trazer normas da antiga ordem jurídica para a nova; perpetuação da norma.
Consiste na perpetuação da vigência de norma antiga, ordem jurídica para nova.
G) Fontes do Direito
Fonte Imediata
* Lei
* * Usos e Costumes (advém dos movimentos alternativose jurisdicionais)
No sistema normativo kelsiano a principal fonte de Direito é exclusivamente a lei, ou seja, a norma de natureza dedutiva abstrata e genérica criada pelo Estado. Entretanto as correntes jurídicas de racionalidade indutivas (direito tópico retórico) defendem que os usos e os costumes são fontes imediatas.
 Fonte Mediata
- Analogia: Consiste na comparação de normas distintas na busca do conhecimento de lacunas aplicativas.
	 * Princípios: São valores jurídicos inspiradores do ordenamento jurídico.
 * Jurisprudência: São as decisões judiciais transitadas em julgado (coisa julgada material).
 * Doutrina: Produção intelectual desenvolvida por juristas sobre temas problemáticos ou não do Direito.
Não há Direito sem norma.
Aula7 – 26/03/2007
Vigência no Estado
Princípio da “lex locum regitactum” – Princípio da Territoriedade
A priori a norma competente que regerá as relações negociais será a norma onde o ato jurídico foi celebrado, ou seja, primamos pelo princípio da territoriedade.
Casamento - “lex locum celebrationis” (Art. 7º §§ 1º e 2º) – Princípio da lei no local onde foi celebrado.
O casamento, da mesma forma, será submetido às normas do local de sua celebração, mas nada obsta que haja reconhecimento e tutela das normas do país de origem. Isto ocorrerá mediante co-celebração ou posterior chancela da autoridade consular competente.
Direito de Personalidade (Art. 7º)
No que se refere à manutenção de direitos civis personalíssimo como, direito ao nome, a identidade, a integridade física, a autodisposição do corpo e outros, a lei aplicada será a lei do domicílio da pessoa.
Regime de Bens – Princípio domicílio (Art. 7º)
 No caso e regulamentação do regime de bens a norma determina que a lei competente será a do domicílio do casal estrangeiro, entretanto se não houver como demonstrar este domicílio ou possuírem o casal domicílio distintos, o juiz aplicará a lei do primeiro domicílio conjugal.
Princípio da “lex loci rei sitial”
Em caso de constituição de obrigação a lei a ser aplicada na sua regulação será a lei do local da celebração do negócio jurídico.
Bens Imóveis ou Semoventes (Art. 8º Caput)
Esses bens serão submetidos à lei do local onde estiverem situados.
Bens Móveis (Art. 8º § 1º)
Esses bens que por sua natureza se submeterão à lei do domicílio das partes interessadas.
Competência Jurisdicional (Art. 12º)
A priori o juiz terá competência para julgar com base em dois critérios:
	* 1º - Quando o réu for domiciliado no Brasil
	* 2º - Quando a obrigação for constituída no Brasil
�
Aula8 – 29/03/2007
Questionário
Otávio, juiz de direito, recebeu uma ação judicial de cobrança cumulado com perdas e danos proposta por Antônio contra Júlio, empreiteiro, que não cumpriu sua prestação no levantamento de uma construção no terreno de Antônio. Entretanto existem algumas dificuldades que se provar a inadimplência. O juiz Otávio em favor de Antônio recorreu ao Código de Defesa do Consumidor que inverte o ônus da prova contra o fornecedor. Sabendo que o negócio é de natureza civil qual a fonte utilizada por Otávio?
Resposta: Fonte mediata, pois o juiz fez uma analogia com outra lei, no caso o Código de Defesa do Consumidor, norma distinta do Código Civil, que poderia atender mais diretamente no caso de falta de prestação de serviço.
Servibio Galba recebeu em sua Vara Civil um mandado de segurança exigindo que Alarico não se submetesse à transfusão de sangue, pois é testemunha de Jeová. É sabido que o Direito Civil defende a autodisposição do corpo desde que não tente contra a integridade física do paciente. Entretanto nada é falado sobre a questão da transfusão. O juiz aparado nos dispositivos do Art 5º da Constituição Federal que trata da liberdade de credo concedeu mandado de segurança. Explique qual a fonte aplicada nesse caso.
Resposta: A fonte aplicada nesse caso foi mediata. Não encontrando na lei solução para o litígio apresentado o juiz recorreu aos princípios, valores jurídicos inspiradores do ordenamento jurídico. Amparado pelo Art 5º, VI da Constituição Federal “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.
Teodorico constituiu um contrato de locação em uma casa no Guará pelo aluguel mensal de R$ 500,00. Porém o contrato animado determina que a locação só será exercida a partir do dia 1º de Abril. Com base nos quesitos de existência, validade e eficácia esse negócio pode ser exercido? Explique.
Resposta: Sim. A partir do momento que há um contrato as partes interessadas são amparadas pela lei, ou seja, pelo Código Civil Brasileiro onde são encontrados os requisitos fundamentais de existência, validade e eficácia.
Os usos e costumes são fontes imediatas? Explique
Resposta: Para o Direito Positivo a única fonte mediata é a Lei. Contudo, o Direito Alternativo defende uso e costume como sento fonte imediata.
Pepino constitui um contrato de doação de Clilderico, porém o doador convencionou que a entrega só ocorrerá se a esposa do donatário grávida de nove meses tiver um filho homem. Existe algum direito constituído nesta relação negocial? Explique.
Resposta: Existe um direito eventual possuidor do requisito da existência e validade, pois há no um contrato de doação, mas só terá eficácia se o filho do doador nascer homem, ou seja, depende deste evento para que Clildererico obtenha um direito adquirido. 
Carlos deseja se casar com Catarina e as proclamações já foram publicados. No dia do casamento ao final das solenidades aos gritos a jovem Antonieta alegou com certidão de casamento na mão que era esposa de Carlos. Diante destes fatos; houve alguma constituição de direito? Explique.
Resposta: Não, trata-se de um negocio inexistente uma vez que Carlos já era casado.
Tutmes, egípcio em uma viagem ao Brasil conheceu a turista grega pandora. Ambos desejam se casar e procuraram diretamente os consulados de seus respectivos países para a celebração do casamento. O procedimento foi correto? Explique.
Resposta: Não. Como estão no Brasil o regime a ser adotado é o brasileiro. Contudo, para fazer valer o casamento em seus respectivos países seria necessário o reconhecimento e tutela dos países de origem mediante chancela da autoridade consular competente ou co-celebração.
 Trajano constituiu um contrato de compra e venda de produtos tropicais proposto ao cidadão tcheco, Rodolfo, residente e domiciliado em Praga. Sabendo que o contrato avençado eletronicamente (através da Internet), qual lei regira essa obrigação? Explique.
Resposta: A lei que regirá o negócio será a determinada em contrato ou em silencio, a Lei que regira o negócio será o domicílio do proponente.
�
Balatuino casou-se com Fulvia na Jamaica e atualmente estão domiciliados no Zimbábue. O casal em uma viagem pelo Brasil adquiriu alguns bens imóveis, mas ao final da viagem resolveram se separar. O juiz brasileiro tem competência para julgar essa separação? Explique. Qual a lei regerá a separação já que na Certidão de Casamento não constou expressamente o regime de bens?
Resposta: Não porque o a celebração não foi realizada no Brasil e os mesmos não são domiciliados no Brasil. Os bens imóveis serão submetidos à lei do local onde estiverem situados, ou seja, no Brasil mediante solicitação da Suprema Corte do Zimbábue.
 Explique este termo jurídico: “Lex posteriori revogat lex priori”.
Resposta: Quando uma lei nova cessa a eficácia de uma lei antiga (ou anterior) no mesmo tema jurídico, ou seja, a Lei nº 10.406 revogou o antigo Código Civil Brasileiro.
�
Aula10 – 02/04/2007
Pessoa Natural
A) Conceito – Art 1º, CC
	É todo ser humano capaz de exercer relações negociais jurídicas com o intuito de constituir, modificar e extinguir direitos e deveres. Logo, a pessoa nada mais é que uma expressão de status jurídico diante do ordenamento jurídico civil.
B) Condição
	- Constitutiva (Art 2º, CC)
	A personalidadeserá adquirida no momento do nascimento com vida da criança (vida extra-uterina). Caso a criança seja natimorto por apresentar o requisito da vida extra-uterina jamais será considerada pessoa.
- Extintiva (Art 6º, CC) – Com a morte encefálica.
	A personalidade cessará com a extinção da vida do indivíduo.
C) Do Nascituro - Art 2º, CC
	Mesmo não apresentando vida extra-uterina os nascituros têm seus direitos de personalidade garantidos, pois o ordenamento jurídico visa preservar a possibilidade constitutiva de personalidade, em suma, preservar-se a integridade intra-uterina vislumbrando a vida extra-uterina.
	- Concepcionista (conservadora) – fecundação 24h a 48h
	A idéia de vida intra-uterina emerge a partir da fecundação.
- Nidacionista (mais comum) – nidação 72h
	É a corrente que defende que a vida humana só surgirá através da nidação (fixação do zigoto na parede intra-uterina).
-Viabilidade Fetal (cognição fetal) – 5ª ou 6ª semana de gestação
	Defende que a vida humana só emergirá em função do desenvolvimento das atividades intelectivas para-neurais. A corrente mais conservadora prima pelo desenvolvimento do sistema nervoso central (seis semanas de gestação) e a progressista defende que a vida humana surgirá a partir do desenvolvimento do aparelho neuro-encefálico (três meses).
�
D) Capacidade
	- Condição Objetiva (Art 5º, CC)
	Consiste na habilidade plena exercício de todos as modalidades de direito por parte de uma pessoa. Condição objetiva para que uma pessoa seja capaz deverá ela adquirir a maioridade civil (18 anos).
- Condição Subjetiva	
Outro requisito consiste na maturidade psicológica, ou seja, a pessoa deve apresentar condições psicológicas medianas a ponto de discernir as ações maliciosas no contrato negocial jurídico.
Incapacidade Absoluta (Art 3º, CC)
- Menores impúberes
- Deficiência e enfermidade mental grave
	* Transitoriedade
Incapacidade Relativa (Art 4º, CC)
- Pródigos
- Menores púberes
- Ébrios e toxicômanos
- Excepcionais
	** Índios
Emancipação (Art 5º, § Único, CC)
- Concessão
- Casamento
- Emprego Público
- Colação de grau
- Estabelecimento Privado
- Relação Empregatícia
	
Eficácia
Validade
Existente
�PAGE �
�PAGE �2�

Outros materiais