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Áreas contaminadas por POPS – Poluentes ambientais e desreguladores endócrinos - Desde as primeiras pesquisas com POPS já se sabia que havia uma relação deles com os hormônios. - Os testes que eram feitos nos anos 50 já haviam identificado sintomas em aves, como galos, os quais passaram a desenvolver características de fêmeas. E quando esses animais foram abertos o tamanho dos testículos estava muito diminuído. - Esse é um exemplo de relação com hormônios sexuais. Mas existem outros hormônios, como o da tireóide, que também respondem a presença de xenobióticos. - Alguns casos de azoespermia (não produz mais espermatozoides) também foram vistos como consequências do uso de pesticidas no trabalho de alguns homens. - Então, em longo prazo, diversas consequências graves para a saúde humana podem surgir a partir da alimentação das pessoas, que pode ser muito influenciada pelo uso de pesticidas. - Se o meio ambiente tem uma relação de 25% com as doenças existentes no mundo, então tudo aquilo que está ao nosso redor pode desencadear uma enfermidade. - A convenção de Estocolmo coloca que a análise do leite materno é de extrema importância para prevenir o desenvolvimento de doenças entre a população. - As substâncias carcinogênicas ou tóxicas podem vir de diversos locais no dia a dia, como a partir da queima de objetos que pode liberar substâncias no ar, e, por isso a própria poluição atmosférica é formada por agentes carcinogênicos. - Se existirem substâncias que influenciam as pessoas através de seus hormônios, cada um desses indivíduos vai responder de uma forma a poluição. E, assim, é mais difícil identificar o alvo e a substancia, já que não há um sintoma único e específico. E o próprio ambiente tem um impacto sob isso. - Muitas vezes as contaminações e as desregulações hormonais podem causar efeitos na prole, sendo transrelacionais, ou seja, as principais consequências negativas serão expressas nos descendentes do primeiro contaminado. Desreguladores endócrinos: - São substâncias químicas presentes no meio ambiente capazes de danificar glândulas ou de se ligar a receptores endócrinos e promover alterações na síntese, secreção, metabolismo e/ou ação dos hormônios, causando efeitos adversos. - Estrogênio: Quando tem interferente, ele pode ter ação ou não. Ou seja, não é todo contaminante que vai atuar do mesmo jeito. - Eixo hipotálamo-hipófise: Pode ser afetado. - Supra-renal: Produz uma série de hormônios ligados ao controle da pressão arterial, além dos hormônios esteroides e neurotransmissores. Então, a ação dos contaminantes não é apenas hormonal, pode ser neuro-hormonal. Caso 1: Diabetes Havia prevalência de POPS no soro sanguíneo de diabéticos. Caso 2: Obesidade Caso 3: Retardante de chama afeta testosterona - O plastificante principal da mamadeira (bisfenol A corresponde a molécula do DDT, mas sem cloro) evita que ela quebre. Além disso, essa molécula é usada para fazer blindagem de carros. O Bisfenol A é o policarbonato. - Sem pesquisas a longo prazo não possível comprovar a ação das substâncias nos organismos. Assim, ao mesmo tempo, é necessário não apenas avaliar a substância, mas também os organismos em contato com ela e buscar uma forma de remediar esse contato. Ar - Qual o percentual de POPS que vem pelo ar? Dependendo de onde se está localizado, pode ser que a comida tenha um maior percentual. - Para dioxina, nas zonas industriais há maiores concentrações desse poluente do que nas zonas rurais. Dioxina no leite - Primeiro, foi-se atrás de amostras de leite pelo Brasil a fim de organizar as bifenilas cloradas e as dioxinas. - O ar está contaminado e isso é levado até as áreas de pasto, o qual alimenta os bovinos. Então, por mais que esses poluentes não sejam mais usados no Brasil há anos, eles ainda influenciam a nossa alimentação. - É importante saber a origem dos POPS, sejam eles agrícolas ou industriais. Além disso, a deposição desses POPS tem ainda a ver com a altitude. Estudos do laboratório do professor - Eles fizeram vários estudos em hábitats aquáticos como na Baia de Guanabara e na Amazônia. Eles buscaram nos animais que ali viviam principalmente peixes, fontes de contaminantes de organoclorados. Entretanto, por mais que eles identifiquem a substância contaminante é impossível identificar quando ela começou e é um desafio encontrar sua origem. E, pior, é difícil transmitir esses conhecimentos para as populações locais e para aqueles que trabalham diretamente com a pesca. Assim, a partir desses estudos chega-se a conclusão de que é o hábito alimentar da espécie que vai ditar que tipo de contaminação ela vai desenvolver. O Labotaratório faz estimativas a partir das análises feitas nas populações de pescados para fazer avaliações de risco, relacionando o consumo as desregulações hormonais.
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