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Estruturação de Serviços em Clínica-Escola de Psicologia

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FACULDADES ADAMANTINENSES INTEGRADAS -FAI 
 
MÉRCIA FUZETTI DE ALMEIDA TRONCON 
DANIELA WASEDA CAETANO 
FABIANA APARECIDA UEMURA 
JULIANA PARDO MOURA C. GODOY 
RAFAELA ATELLI NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TRIAGEM E PRONTO-
ATENDIMENTO EM UMA CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA 
EM FASE DE IMPLANTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADAMANTINA 
2006 
 
MÉRCIA FUZETTI DE ALMEIDA TRONCON 
DANIELA WASEDA CAETANO 
FABIANA APARECIDA UEMURA 
JULIANA PARDO MOURA C. GODOY 
RAFAELA ATELLI NASCIMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TRIAGEM E PRONTO-
ATENDIMENTO EM UMA CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA EM 
FASE DE IMPLANTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
Relatório de estágio supervisionado 
apresentado ao curso de Psicologia da FAI - 
Faculdades Adamantinenses Integradas de 
Adamantina/SP, realizado sob supervisão da 
prof. Ms. 
Ana Vitória Salimon Carlos dos Santos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADAMANTINA 
2006 
 
 
 
 
 
ESTRUTURAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TRIAGEM E PRONTO-
ATENDIMENTO EM UMA CLÍNICA-ESCOLA DE PSICOLOGIA 
EM FASE DE IMPLANTAÇÃO. 
 
 
 
Resumo 
 
O presente trabalho de estágio teve por objetivo constituir serviços em pronto-atendimento 
do curso de Psicologia da FAI/Adamantina, já existiam muitas pessoas cadastradas, 
aguardando por atendimento, constatou-se um aumento paulatino da demanda e a 
complexidade e/ou gravidade nas situações apresentadas. Diante do aumento da demanda 
e número limitado de possibilidades de atendimento, percebeu-se que passaria a existir um 
período muito longo entre cadastros e triagens e/ou entre triagens e atendimentos. Surgiu a 
necessidade de se reestruturarem as triagens, intensificando suas ocorrências e também a 
necessidade de se implantar serviços de pronto-atendimento. Escalas de plantões diários 
com os estagiários foram feitas e dentro destes horários deu-se andamento às triagens, que 
eram previamente agendadas, com posterior encaminhamento dos casos, de acordo com 
um numa clínica-escola em fase de implantação. Ao ter início o funcionamento da clínica-
escola fluxograma pré-estabelecido dos diversos tipos de atendimentos e abordagens. Nos 
plantões também foram estruturados atendimentos psicoterápicos breves a fim de conter 
crises emergenciais. Projetos como um atendimento em grupo para pais de crianças da fila 
de espera foi planejado para ser colocado em prática pelos próximos estagiários. O estágio 
na clínica-escola veio re-estruturar os atendimentos de triagem, estruturar a fila de espera 
por projetos de atendimentos e estruturar e implementar serviços em pronto-atendimento, 
contribuindo para a qualidade dos serviços prestados na clínica-escola e da formação 
profissional dos alunos. 
 
 
 
 
Palavras-chave: clínica-escola, pronto-atendimento (Psicologia), triagem psicológica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 
A Psicologia Clínica configura-se como um campo de aplicação da Psicologia e 
sabe-se que apenas o estudo teórico não é suficiente para que se forme um ótimo 
profissional, é necessária a prática, o contato com o paciente. Como falam Perfeito e Melo 
(2004, p.2) “ser clínico se aprende sendo”, por isto são importantes os serviços da clínica-
escola para a formação do psicólogo nos cursos de graduação. 
Atendendo tanto a pacientes quanto a alunos em formação, as clínicas-escolas 
têm importantes e complexas funções a realizar. 
A rotina numa clínica-escola envolve recepção e preenchimentos de cadastros e 
prontuários, entrevistas dos pacientes de acordo com uma fila de espera ou de acordo com 
o critério de existência de vagas, o uso da clínica pelos profissionais e estagiários, uma 
uniformidade de registros, encaminhamentos, relacionamentos entre todos os que dela se 
utilizam, como estagiários, profissionais, funcionários, pacientes e familiares destes. 
 O funcionamento de uma clínica-escola é algo desafiante e não há um modelo 
adequado a ser seguido, pois tem que se levar em conta as diferenças regionais e as 
estruturas de cada curso, mas a busca da construção de uma rotina adequada, que satisfaça 
aos objetivos acadêmicos e as solicitações da população local é perseguida por todas. 
A clínica-escola, segundo Romaro (2003), oferece atendimento gratuito para a 
comunidade constituindo-se em um local onde o estudante, ou seja, o estagiário em 
Psicologia, recebe treinamento e orientação na forma de supervisões dos atendimentos 
clínicos com o objetivo de capacitá-lo para a prática e a reflexão do exercício profissional. 
A clínica-escola, segundo Yoshida (2005, p. 255), serve de “porta de entrada para 
o paciente, que busca ali auxílio para seu sofrimento psicológico, mas também serve de 
porta de entrada para o profissional, que tem na clínica a oportunidade de entrar em 
contato, de forma mais direta, com o mundo psíquico do paciente”. É na clínica-escola, 
que o estudante de Psicologia vai poder se confrontar com o que é ser um psicólogo 
clínico, podendo prestar ajuda àquele ser humano que está sofrendo, usando dos 
conhecimentos adquiridos durante seu curso e de suas experiências pessoais. 
Três frentes de trabalho têm se mostrado relevantes quando da implantação de um 
trabalho de clínica-escola: a qualificação dos serviços de triagens, do pronto-atendimento 
e do oferecimento de atendimentos breves. 
 
 
 
1.1 Serviço de triagem 
 
Para Aguirre (apud ROMARO, 2003), a triagem é compreendida como um 
atendimento psicológico a uma pessoa em sofrimento, reconhecendo-se sua queixa ou 
queixas, sendo, portanto fundamental em relação ao cliente e à instituição. A triagem tem 
como finalidade obter informações sobre o motivo da consulta ou a queixa inicial e a partir 
dela serão determinadas as condutas de atendimento. 
O serviço de triagem é responsável pelo registro sistematizado dos atendimentos 
aos pacientes e tem como função realizar uma avaliação inicial do caso, buscando um 
esclarecimento diagnóstico para melhor definir o encaminhamento a ser dado. 
Para Perfeito e Melo (2004) o processo de triagem é a porta de entrada dos 
pacientes ao “universo Psi”, visto estes desconhecerem o que seja um serviço psicológico. 
O paciente deve sentir-se mobilizado neste primeiro atendimento para prosseguir em sua 
busca por ajuda. A entrevista de triagem é mais do que uma coleta de dados, tomando às 
vezes a forma de uma intervenção breve, dando aos pacientes a oportunidade deles se 
engajarem em seus próprios atendimentos, o que os torna responsáveis por seus 
problemas. 
Deve-se encarar a triagem não como uma simples coleta de dados, mas como 
parte de uma intervenção psicoterapêutica, onde o terapeuta vai dar também um 
acolhimento. Perfeito e Melo (2004), entendem acolhimento como uma disposição afetiva, 
uma atitude de escuta com o objetivo de receber e aceitar o sofrimento do paciente, 
proporcionando-lhe alívio ou um pouco de clareza em relação a seu conflito. O paciente 
vem em busca de um espaço no qual sua dor psíquica possa ser acolhida, aceita e 
respeitada. Ele necessita que o outro, no caso o terapeuta, o olhe e escute e o auxilie a 
compreender o que se passa com ele, por isso que a entrevista de triagem pode significar 
para o paciente o lugar de continência que está precisando naquele momento. 
Marques (2005) diz que cabe ao terapeuta garantir um lugar ao entrevistado que 
seja confortável, sigiloso, livre de interrupções, para que fique à vontade para falar de seus 
problemas, e para isto contribui a transmissão pelo terapeuta ao pacienteda percepção de 
ser aceito e valorizado como pessoa única. 
Ancona-Lopes (2005, p.246) refletindo sobre o processo de triagem, diz que: “a 
condição sui generis de alguém se predispor a contar sua vida e seus pensamentos mais 
íntimos a um estranho, abrir-se para ele e nele confiar, já pré-configura o espaço 
terapêutico”. Assim como a pretensão do psicólogo de escutar e acreditar que pode 
auxiliá-lo a clarear seus problemas, também já está ali como pré-existente. Esta disposição 
afetiva de ambos permitirá que sejam afetados pelo que ocorre na relação, naquele 
momento, o que dará a pré-compreensão do encontro. 
O entrevistador vai colocar sua escuta à disposição do paciente, para não deixar 
de observar a ordem na quais os acontecimentos, lembranças, interesses, preocupações são 
relatados, a fim de obter pistas para conexões inconscientes do paciente e registrar o que 
ele verbaliza e os sentimentos que acompanham as verbalizações. A história pregressa 
coletada permite uma visão do desenvolvimento evolutivo do indivíduo. 
A tarefa de triagem exige do entrevistador o conhecimento de várias abordagens 
psicoterápicas, pois assim poderá dar um encaminhamento adequado a cada caso, 
dependendo do grau de insight e nível de funcionamento do entrevistado. 
O processo de triagem pode ser contínuo à psicoterapia quando o estagiário que a 
executa se interessa pelo caso e passa a atender ao paciente 
O estágio em triagem possibilita ao aluno vivenciar o processo de recepção e 
avaliação dos pacientes, desenvolvendo um raciocínio clínico e dando-lhe a oportunidade 
de delinear os diversos quadros psicopatológicos. 
 Quando um processo de triagem é bem feito e seus registros são feitos de 
maneira sistematizada, ele poderá fomentar e produzir pesquisas, pois possui uma riqueza 
de dados, como em relação às faixas etárias, ao sexo, encaminhamentos, queixas, etc. 
 
1.2 Pronto-atendimento 
 
O pronto-atendimento é uma forma de acolhimento para aqueles que buscam por 
ajuda psicológica, é um espaço de escuta que está aberto à diversidade e a pluralidade da 
demanda. É denominado por Schimidt (1999, apud Yehia, 2004, p.66) como Plantão 
Psicológico, que 
 
 (...) está estruturado para que o cliente seja acolhido por um 
espaço de escuta qualificado, no momento mesmo em que 
procura auxilio. Este acolhimento exige a priorização da 
entrevista psicológica (...) Esta entrevista não é pensada como 
triagem (...) mas como espaço propício à elaboração da 
experiência do cliente no que diz respeito ao sofrimento psíquico 
que ele porta e às possibilidades ou vislumbres de ajuda que ele 
concede. Assim, a entrevista de Plantão visa facilitar que o 
cliente clarifique a natureza de seu sofrimento e de sua demanda 
por ajuda. 
 
Outros autores definem este tipo de serviço como pronto-atendimento, que seria 
um atendimento imediato ao paciente, onde poderia englobar a recepção, a triagem e o 
encaminhamento realizado. Assim, denomina-se 
 
(...) a este percurso que se dá de forma concomitante: recepção, 
pronto-atendimento e triagem efetuados em um único e primeiro 
momento, diminuindo a trajetória e agilizando os trabalhos, 
evitando o alongamento desnecessário da entrada efetiva numa 
modalidade terapêutica, na perspectiva de evitar a criação de um 
vácuo de tempo prolongado entre uma etapa e outra 
(WAIDEMAN, 2005, p. 266). 
 
Os casos atendidos no pronto-atendimento em sua maioria, são quadros clínicos 
aonde a situação chega a um limite tal que há a necessidade de se diferenciar um quadro 
de urgência e um de emergência, que de acordo com Sterian (2001), a emergência é aquilo 
que emerge, que dá tempo, e deverá ser tratada adequadamente para que não se transforme 
em uma urgência, situação de risco imediato; bem como para as orientações aos sujeitos 
que viessem à procura de alguma informação. 
Quando se tem a possibilidade de oferecer uma intervenção rápida em crise, isso 
beneficia aqueles que têm problemas mais emergentes. Um outro fator que deve ser 
considerado é o fato de mediante um pronto-atendimento, o sujeito conseguir suportar seu 
sofrimento por um prazo suficiente até que ele consiga um tratamento prolongado. 
Um pronto-atendimento, ou seja, a intervenção psicológica em situações de 
urgência é indicada, segundo Sterian (2001) como um meio de se prevenir para evitar 
situações aonde um problema eventual venha se transformar em uma desordem psíquica 
organizada, ou que uma situação aguda passa a ser uma doença crônica, ou ainda, que 
dentro desse quadro crônico que pode pré-existir, uma agudização do mesmo seja 
causadora de uma incapacitação. É indicada ainda como uma forma de tratamento, que 
pode ser de situações de crise onde não há necessidade de intervenções em longo prazo, 
ou onde há dificuldades adaptativas pontuais. 
Há aqueles pacientes que não têm condições de permanecer por longo período 
em atendimento, há casos ainda onde a possibilidade que se tem para com esses pacientes 
que vêm ao NUPFAI em busca de ajuda, é o de um pronto-atendimento; por isso é 
também importante uma intervenção breve e pontual, onde se trabalha com ele tudo que o 
momento permite. 
Segundo Safra (2003, apud Waidergon et al.) toda pessoa que se encontra frente 
a uma crise, encontra-se tomada pela mesma, ou seja, não consegue relacionar-se com o 
problema e sim, é tomada pela questão ou problema. A pessoa é invadida por sentimentos 
de aflição e angústia o que faz com se encontre num estado de dispersão de si. O sentido 
de si mesmo está perdido. Ela é transbordamento, despedaçamento. Há uma paralisia 
psíquica, uma vez que não pode se relacionar com o problema, ela é o problema. 
Este mesmo autor propõe ainda cinco passos para lidar com uma pessoa em 
crise. No primeiro passo ele propõe que a intervenção tem que auxiliar a pessoa a olhar 
primeiramente para o problema, assim a intervenção irá ajudar a pessoa a desenvolver um 
ego observador, e isso se dá quando o terapeuta “empresta” sua capacidade de observar 
para o outro. Para o autor, o ser humano só se organiza a partir do encontro com o outro. 
Quando ele se defronta com o problema, ele irá discorrer sobre o mesmo e assim há a 
superação da paralisação psíquica onde ele já não estará totalmente tomado pelo 
problema, caracterizando-se assim o segundo passo. Quando a pessoa está discorrendo 
sobre o problema, percebe-se que determinadas falas se perdem em momentos sofríveis, 
no momento em que há essa interrupção da fala, é preciso então que o terapeuta a auxilie 
a pensar essas questões, sendo este o terceiro passo, que ajudará a pessoa a continuar o 
movimento psíquico. O quarto passo é intencional, onde depois que a pessoa discorreu 
sobre o problema será preciso que sintetize, pois quando sintetiza, favorece do ponto de 
vista psíquico, a integração. A sintetização demonstra os aspectos e facetas que a pessoa 
não percebeu. O último passo é abrir o sentido, tudo o que o ser humano um dia inicia ele 
quer terminar, assim é importante que após a consulta terapêutica ele tenha um projeto 
para o amanhã, sendo o sonhar é um exercício de esperança. 
A postura do psicólogo diante de um pronto-atendimento é de acolhimento ao 
cliente enquanto este estiver na posição de um ser sofrente, devendo esta ser realizado de 
forma empática, buscando a sua compreensão assim como o respeito aos seus limites, 
onde mais do que uma posição técnica cabe ao profissional uma postura ética. 
Segundo Pereira (s.d) falando então do vínculo terapêutico, no pronto-
atendimento a construção desse vínculo é real e de forma intensa e verdadeira, embora 
seja breve. Sendo assim, o vínculo que se cria com o paciente é altamente valorizado 
tendo em vista a importância dapresença do “outro” para que possa acontecer o 
desenvolvimento rumo à maturidade psíquica. 
Um outro fator que deve ser considerado numa terapia de emergência é o 
enquadre ou setting, que se refere 
 
(...) não apenas às demarcações concretas, temporais ou espaciais 
em que uma intervenção terapêutica ocorre. Quando falamos em 
“lugar simbólico”, nos referimos ao papel que o terapeuta, a 
equipe, a instituição ou a relação que se estabelece com a 
instituição podem vir a ocupar no psiquismo do paciente 
(STERIAN, 2001, p. 39). 
 
O pronto-atendimento mais do que uma prática que visa atender há uma 
demanda por ajuda psicológica, que em si diz de uma pluralidade e de uma diversidade, 
visa à formação de profissionais comprometidos com a questão da saúde pública, já que 
oferece àqueles que participam desta modalidade de atendimento, a oportunidade de um 
aprendizado maior neste âmbito, assim como no que tange a questão ética, técnica, 
metodológica e teórica. Portanto, além de uma possibilidade de contato com a sociedade, 
serve como parâmetro norteador da relevância sobre aquilo que produz; é também uma 
forma de o curso se incluir na sociedade, assim como desta estar recebendo-o, em um 
intercâmbio de serviços prestados por ambos. 
A ajuda 
(...) pode se dar a partir do encontro entre psicólogo e cliente, 
propiciando, na medida do possível, a abertura para novas 
possibilidades de compreensão, a partir do estranhamento, saindo 
do impessoal e apropriando-nos da experiência vivida. Deste 
modo, o psicólogo se mantém em contato com a experiência do 
cliente, “contato vivido, afetivo e intelectual” (FIGUEIREDO, 
2000, p. 17. apud YEHIA, 2004, p. 71). 
 
Em um pronto-atendimento é relevante averiguar a queixa que o paciente traz 
naquele momento, mas, mais do que isso é acolhê-lo, pois o importante é a realidade 
psíquica que aquele sujeito está trazendo. 
 
1.3 Psicoterapia breve 
 
Dentre as modalidades de atendimento oferecidas pelo serviço de pronto-
atendimento, encontra-se a psicoterapia breve. 
Quando se pensa em psicoterapia breve se encontram três fatores básicos: o tempo 
limitado, foco e critérios de seleção. O tempo é demarcado, estabelece-se um número de 
sessões que pode ser trinta, por exemplo; estabelece-se um foco e trabalha-se sobre ele, 
pois em P.B não se busca a raiz dos conflitos, e nos critérios de seleção o terapeuta vai 
contra-indicar quadros mais severos do ponto de vista cognitivo e mental. Assim, há um 
aspecto essencial que irá influenciar na determinação dos três modelos utilizados em 
psicoterapia breve. 
O primeiro modelo é o impulsivo-estrutural, ele tem uma implicação teórica e 
prática e devido a isto o paciente tem que ter uma boa estrutura egóica e também 
capacidade cognitiva, não podendo se trabalhar com um indivíduo que “viva fora do real”. 
O método é semelhante ao psicanalítico, mas o terapeuta tem um papel ativo e a partir do 
conflito, estimula o aparecimento de situações que geram ansiedades, fazendo com que na 
Experiência Emocional Corretiva, o paciente vivencie o conflito podendo dar outro 
direcionamento ao mesmo. 
O segundo modelo é o Relacional, este modelo está ligado a uma relação 
Kleiniana, baseada nas relações objetais e parte da idéia que todo o indivíduo oscila a todo 
o momento entre a posição esquizo-paranóide, na qual tende a cindir os objetos, ou seja, 
ver apenas um lado do objeto, por exemplo, ou alguém é só mal ou só bom; e a posição 
depressiva que é quando é capaz de passar do objeto desintegrado para integrado. Todos 
os conflitos do indivíduo estão centrados na relação que se tem com os objetos, logo são 
de ordem relacional, então a partir de um contexto relacional favorável com o terapeuta 
(aliança terapêutica), eles poderão ser minimizados, pois o conflito vai ser revisto e ter um 
melhor caminho. Este modelo se mostra um pouco mais flexível, podendo assim depois de 
analisar as condições em que se vai trabalhar, aplicar até mesmo em saúde pública. 
O terceiro modelo é o eclético, que na verdade seria uma mistura dos dois 
primeiros modelos, exigindo do profissional um domínio dos modelos anteriores. 
Segundo Knobel (1986) assim como em outras formas de terapia, o vínculo se faz 
muito importante, tem que se fazer a avaliação da capacidade egóica através de testes, 
discurso do paciente, e outros, avaliar também a capacidade intelectual a partir de testes, 
dados históricos do indivíduo, sua vida, avaliar seus mecanismos de defesa, dados 
objetivos, modalidade relacional, dentre outros. Entretanto não se pode esquecer do 
contrato e também esclarecer com o paciente a proposta terapêutica, sendo que o paciente 
pode ou não concordar com a mesma. Não se deve ocultar nada ao paciente, ou seja, falar 
de forma clara e objetiva a ele sobre sua situação, mesmo que ele esteja passando por uma 
situação dolorosa e uma desorganização e então oferecer-lhe uma perspectiva. 
Sakamoto (2001) ao falar também da importância do vínculo estruturado por uma 
perspectiva Winnicottiana, tendo em vista seu potencial criativo, mostra a possibilidade de 
identificar a presença de fatores que parecem se mostrar intimamente relacionados à 
ocorrência de resultados inesperados e significativos em psicoterapia breve, e assim a estes 
fatores se atribui a designação de indicadores criativos que apresentam uma possibilidade 
fundamental de auxiliar no estabelecimento de prognósticos favoráveis ao desenlace do 
processo terapêutico em psicoterapia breve. 
Uma outra proposta que se encontra em psicoterapia breve, é a operacionalizada, 
que de acordo com Simon (2005), vai buscar compreender as pessoas a partir dos setores 
de adaptação, sendo estes a partir das respostas que o indivíduo oferece a seus conflitos. 
As respostas tendem a ser mais adequadas quando resolvem o problema trazendo 
satisfação, e não conflitos consigo mesmo (interno) e nem com as normas (externo). Então 
se identifica as situações-problema e verifica-se quais setores estão relacionados entre si e 
ainda se há um conflito nuclear, que desencadearia outras situações-problema. 
Tem que se avaliar a qualidade das respostas adaptativas do paciente, avaliar a 
resposta que foi dada para cada setor, sendo estes: o produtivo, o socioeconômico, o 
orgânico e o afetivo relacional, e então a partir da adequação das respostas verificar se o 
indivíduo está em crise. 
A avaliação da adaptação das respostas parte de três critérios: resolução de 
problema, satisfação e ausência de conflitos. Segundo Simon (2005) há seis níveis de 
adaptação do sujeito: Grupo I, adaptação eficaz, onde o indivíduo na maior parte do tempo 
não tem conflito e consegue manter a adaptação; Grupo II, adaptação eficaz em crise; 
Grupo III, adaptação ineficaz moderada, as respostas do sujeito pode trazer insatisfação e 
causar conflitos não atendendo aos três critérios; Grupo IV, adaptação ineficaz moderada 
em crise; Grupo V, adaptação ineficaz severa, a maior parte das respostas do indivíduo 
não são adequadas, conflitos internos, não adaptação e o Grupo VI, adaptação ineficaz 
severa em crise. Simon (2005) vem defendendo a idéia de intervenção na crise como 
modalidade terapêutica a ser adotada em programas preventivos em países pobres como o 
nosso. 
A psicoterapia breve atualmente, segundo Yoshida (1990) se divide em três 
momentos: o atendimento de emergência, o qual se aplica aos casos em que o próprio 
paciente ou seu meio correm algum tipo de risco e tem o objetivo de protegê-los e fazê-los 
recuperar seu contato com a realidade; a intervenção na crise que consiste em restaurar o 
equilíbrio adaptativo do sujeito e é anterior a crise, e quando for possível melhorá-lo, é 
geralmente aplicado às pessoasque ainda não atingiram o estágio de emergência, mas que 
estão correndo o risco de descompensação; e, por fim, a psicoterapia breve ou de curta 
duração. 
Já Rogawski (1982) define a psicoterapia breve como melhora do padrão 
adaptativo do paciente, e a forma como essa melhora será buscada dependerá do 
referencial teórico do terapeuta, seja através de recursos reeducativos, como na 
psicoterapia comportamental, ou através da busca de insight, como nas psicoterapias 
psicodinâmicas. 
As psicoterapias psicodinâmicas no Brasil tiveram alguns nomes que se 
destacaram como David H. Malan, que representava o grupo da Clínica Tavistock em 
Londres, cujo princípio era reencontrar o método original de Freud. Uma técnica de 
psicoterapia foi desenvolvida incluindo recursos técnicos disponíveis na psicanálise, como 
análise da resistência, interpretação transferencial, reconstrução genética, interpretações de 
sonhos e fantasias. 
Depois da avaliação psicodiagnóstica, é estabelecida uma hipótese psicodinâmica 
de base, que procura explicar a problemática principal do paciente; esta supõe 
identificação do conflito primário, do qual a problemática atual do paciente constitui uma 
reedição. Com base nela, estabelece-se o planejamento estratégico de um objetivo limitado 
que consiste no tema especifico para interpretação ou foco (Yoshida, 1990). 
Outro nome foi Peter E. Sifneos, que apresentou a técnica de psicoterapia breve 
provocadora de ansiedade, indicada para lidar em casos em que os sintomas neuróticos são 
claramente delimitados e onde a problemática edipiana está em primeiro plano, como nas 
fobias; o início do processo consiste em solicitar ao paciente que escolha entre as suas 
dificuldades emocionais aquela considerada prioritária, a seguir o terapeuta faz um 
levantamento minucioso da sua história de vida, a fim de formular uma hipótese 
psicodinâmica que permita compreender os conflitos emocionais subjacentes àquela 
dificuldade. 
O papel do terapeuta consiste em formular questões provocadoras de ansiedade, 
que estimulem o paciente a examinar áreas de conflito emocional, que de outra forma 
evitaria, (Yoshida, 1990). James Man, outro nome que se destacou na década de 70, 
iniciou seu trabalho de psicoterapia breve quando se defrontou com o problema das longas 
filas de espera no departamento de psiquiatria e acabou desenvolvendo uma técnica de 
psicoterapia breve chamada “psicoterapia de tempo limitado”, a qual consiste em uma 
etapa de avaliação diagnóstica que varia entre uma a três sessões; depois disso são fixados 
doze horas para o tratamento, distribuídas de acordo com as necessidades do paciente. 
A terapia breve, como toda modalidade terapêutica, tem suas indicações e contra-
indicações próprias, mas conta com uma característica peculiar; desde o início foi 
desenvolvida a partir de pesquisa o que lhe confere aspectos singulares de repetibilidade e 
permite avaliar com mais precisão seus resultados. Contudo, a psicoterapia breve vem com 
a idéia de levar o sujeito a encontrar respostas adequadas à situação, retornando a eficácia 
adaptativa anterior à crise ou melhorando-a. 
Um ponto muito importante que, podemos também ressaltar neste momento são as 
consultas terapêuticas descritas por Winnicott, onde segundo ele, a função do psicólogo 
nesse meio é a de situar-se principalmente no encontro inter-humano da clínica, que em 
um setting diferenciado que permita a integração de aspectos que parecem dissociados, 
permita ao psicólogo crias uma atitude de disponibilidade e abertura para que possa 
“sentir” as necessidades do paciente, e que isso possa ser visto como uma forma de 
acolhimento que o irá encorajar a libertar suas agonias impensáveis que inviabilizam sua 
existência. Em alguns casos é preciso um terapeuta que facilite ao paciente suas próprias 
descobertas. 
 Segundo Frasson (2005, p.208) 
“O estilo clínico Ser e Fazer privilegia o encontro inter-humano, 
emocionalmente sustentado pelo psicoterapeuta que, frente a 
demanda de intenso sofrimento psíquico, pode fazer uso de 
alguma materialidade mediadora, a qual tem como função 
favorecer a emergência do gesto espontâneo e da criatividade, 
semeando o sentimento de continuidade do ser.” 
 
A psicoterapia pode ser concebida como um brincar especializado onde o encontro 
ocorre através da sobreposição de áreas do brincar, que seria a do paciente e do analista, 
como propões Winnicott (1971, apud Frasson, 2005), que resultaria em um espaço de 
sustentação emocional e confiança. E para isso é imprescindível que o profissional tenha 
uma boa formação teórica e crítica. 
O fato de o psicólogo se mostrar disponível e aberto ao paciente, facilita a criação 
de um espaço de aceitação mútua no qual se podem vivenciar experiências criativas que 
podem configurar-se como mutativas. 
O setting terapêutico não é somente o ambiente físico, ele é primordialmente 
configurado pela situação emocional oferecida pelo psicoterapeuta, logo, pode ser levado a 
qualquer lugar. 
A maior preocupação deve estar em criar um ambiente facilitador para que a 
compreensão de cada situação possa levar a uma determinada intervenção. Deve ser um 
espaço de acolhimento suficientemente bom. 
“Nestas consultas terapêuticas ou “conversas”, o terapeuta norteia-
se pela sua sensibilidade para perceber a necessidade do paciente e, 
como a “mãe preocupada” de Winnicotti (1956), apresenta a ele a 
intervenção necessária no momento que julga ser apropriado. O 
terapeuta não tem pressa, pois que o tempo certo é o tempo do 
paciente; o terapeuta não impõe a sua técnica, para preservar a 
criatividade do paciente; o terapeuta não indica o caminho, mas 
oferece-se como veículo, que o paciente usa para avançar, e, seu 
próprio ritmo, rumo ao seu desenvolvimento emocional, que em 
algum momento foi interrompido” (FRASSON, 2005, p.212). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Apresentação do local e condições nas quais as atividades do estagiário 
aconteceram 
 
A clínica-escola das Faculdades Adamantinenses Integradas, abrigada no Núcleo 
de Psicologia da mesma (NUPFAI), foi implantada no início do segundo semestre letivo 
de 2005, quando a primeira turma de Psicologia atingiu o 9º termo do curso, iniciando os 
estágios de práticas clínicas. 
 Enquanto clínica-escola de Psicologia apresenta como objetivos básicos: 
atendimento aos clientes e formação dos alunos. 
 A clínica-escola da FAI atende a Adamantina e região, estando em atendimento 
pacientes de 8 municípios (com distância de até aproximadamente 70 km). 
 Tem três pólos de atuação: 
a) a própria clínica-escola, onde são desenvolvidos atendimentos 
psicoterápicos individuais e grupais a crianças, adolescentes e adultos; 
b) Rede de Combate ao Câncer, onde são desenvolvidos atendimentos a 
usuários e famílias da Rede; 
c) e o Centro de Saúde de Adamantina, estando em implantação um projeto 
de atendimento grupal através de oficinas terapêuticas. 
 O atendimento ocorre através de alunos do último ano de psicologia (9º e 10º 
termos) supervisionados por Professores/Supervisores do curso de Psicologia, inscritos no 
CRP/06. 
 A clínica-escola tem desempenhado um importante papel social à cidade de 
Adamantina e às cidades da região ao oferecer um atendimento qualificado e gratuito a 
uma grande parcela da população, que não possui outros locais públicos, além do Centro 
de Saúde do município que não absorve a demanda que procura por auxílio psicológico. 
Ao iniciar seu funcionamento, já existiam pessoas cadastradas no Núcleo de 
Psicologia, aguardando por atendimento,e foi sendo constatado um aumento paulatino da 
demanda, chamando atenção da técnica responsável pelo crescente e rápido aumento, bem 
como a complexidade e/ou gravidade das situações que foram se apresentando. 
 Existiam as mais diversas queixas, dentre elas: situações relacionadas a perdas, 
luto, depressão, tentativa de suicídio, dificuldades pós-traumáticas como abuso sexual, 
vítimas de violência, disfunções orgânicas, dificuldades escolares e de relacionamento. 
Diante do aumento da demanda e número limitado de possibilidade de 
atendimento, percebeu-se também que passaria a existir em um breve espaço de tempo, 
um período muito longo não mais entre cadastros e triagens e sim entre estas e os 
atendimentos. 
 Observou-se também que algumas pessoas chegavam para fazer cadastro e 
relatavam suas questões pessoais na recepção, ou começavam a chorar, a se emocionarem 
ainda na recepção, fazendo perguntas especificamente técnicas e alegavam que a 
necessidade do atendimento era urgente. 
 Por outro lado, em relação às triagens, percebeu-se a necessidade de aprimorar o 
processo de escuta na primeira entrevista, seus instrumentos de registro, assim como 
facilitar os encaminhamentos a partir da primeira escuta. 
Frente a estas questões, sentiu-se a necessidade de se reestruturar as triagens, 
intensificando suas ocorrências, pois a demanda de cadastros para atendimento era alta, e 
também implantar um serviço de pronto-atendimento, devido às urgências e solicitações 
de orientações que estavam surgindo na clínica-escola. 
Sob supervisão da técnica da clínica-escola implantou-se em março de 2006 o 
projeto de triagem e pronto-atendimento com a participação de alunos do 9º e 10º termos 
de Psicologia1, alterando-se os objetivos específicos e a metodologia de trabalho, de 
acordo com as demandas da clínica-escola e prioridades analisadas e definidas pela equipe 
de trabalho. 
Neste primeiro semestre, foi também convidada uma professora da área de clínica 
infantil para orientar os alunos quanto à triagem de crianças, pois sentiam-se muito 
inseguros. 
Para o segundo semestre de 2006 definiu-se como objetivo geral a estruturação de 
serviços em Psicologia com a dupla função de propiciar atendimento qualificado à 
população que requeria os serviços do Núcleo de Psicologia da FAI e propiciar a formação 
qualificada dos estagiários de Psicologia, Como objetivos específicos: estruturar um 
fluxograma para o processo de triagem, definir critérios de urgência, reorganizar fichas do 
modelo de triagem, estabelecer critérios de atendimento, qualificar a escuta durante a 
triagem e estruturar serviços de atendimento com referenciais de atendimento breve. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 O projeto foi implantado em março de 2006 com os alunos do décimo termo de Psicologia: André Luis 
Schumaker, Daniel Vicente da Silva, Elaine Cristina Fernandes, Maíra Araújo Buchwitz, Thaís Ferreira 
Martins e do 9º termo: Mércia Fuzetti de Almeida Troncon e Rafaela Atelli Nascimento. No 2º semestre de 
2006, com a formatura dos 5 primeiros alunos, somente Rafaela e Mércia mantiveram-se no projeto e 
entraram as alunas: Daniela Waseda Caetano, Fabiana Aparecida Uemura e Juliana Pardo Moura C. Godoy. 
3. Descrição do trabalho 
 
Para efetivação dos serviços em pronto-atendimento elaborou-se um Projeto de 
pronto-atendimento e triagens, que é apresentado no apêndice A. Para sua efetivação foi 
elaborada uma escala de dias e horários diferenciados, nos quais a psicóloga responsável 
pela clínica-escola e os alunos da equipe ficavam de plantão para os atendimentos. 
O paciente ao chegar à clínica-escola, fazia sua inscrição (cadastramento), 
podendo também, na mesma data ocorrer o pronto-atendimento e, dependendo da 
necessidade, ser realizada uma entrevista de triagem, sendo o paciente orientado e/ou 
encaminhado, de acordo com suas demandas e possibilidades de atendimento. 
No horário de plantão também ocorriam triagens por agendamentos. As 
entrevistas de triagem tinham duração aproximada de 50 minutos, podendo ocorrer novo 
agendamento, caso se percebesse necessidade de continuidade. 
 Existiam supervisões semanais quando então a proposta era realizar o 
embasamento teórico das ações e refletir sobre estas, pensando em vários aspectos como: 
qualificação da escuta dos alunos, melhor encaminhamento para a situação apresentada 
pelo paciente, clarificação do papel e dos procedimentos da clínica-escola. 
 Nas reuniões semanais discutiam-se os procedimentos a serem feitos com os 
pacientes que já estavam triados esperando por atendimento; analisavam-se os prontuários 
com as queixas para se decidir pelo melhor encaminhamento a ser tomado. 
 De acordo com a data do cadastro, a faixa etária, a urgência, adequação a 
atendimento individual ou em grupo, os casos eram organizados e encaminhados para as 
respectivas áreas de atendimentos, reorganizando-se assim a fila de espera. 
 Com a análise dos prontuários, percebeu-se que alguns dados a mais eram 
necessários para completar a análise dos casos. Em virtude de tal situação, leituras 
adicionais foram indicadas pela técnica para que as estagiárias qualificassem a escuta 
durante o processo de triagem, como por exemplo, perceber aquilo que não é dito através 
da entonação de voz, postura, comportamentos não verbais, verificando a coerência entre 
estes. Também se verificou a necessidade de se reorganizar os modelos impressos 
utilizados nos prontuários e para isto, pesquisas sobre dados de outras clínicas-escolas 
auxiliaram nas modificações sugeridas, modificações estas que poderão ter novas 
reorganizações futuramente. 
 A respeito da demanda dos pacientes percebeu-se que esta aumentava 
gradativamente e devido à impossibilidade de atender a todos num tempo adequado, em 
vista da maioria dos estagiários já estarem realizando acompanhamentos terapêuticos, os 
casos considerados urgentes tiveram prioridades no projeto pronto-atendimento, sendo 
atendidos então pelas estagiárias do projeto em uma perspectiva breve. Casos como 
tentativa de suicídio, depressão pós-parto, abuso sexual entre outros, foram considerados 
urgentes. 
 Com a análise dessa demanda, percebeu-se a necessidade de estruturar um 
atendimento em grupo para orientação a pais, devido ao grande contingente de casos 
infantis com queixas semelhantes. Dessa forma, um pré-projeto (Apêndice B) foi 
estruturado para atender aos pais das crianças que aguardam na fila de espera, com o 
intuito de diminuir a desistência e aumentar a aderência no processo terapêutico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Apreciação sobre o desenvolver das atividades e dos desafios 
enfrentados 
Até 28/06/06 havia 733 pessoas cadastradas no NUPFAI. Destas, 143 
encontravam-se em atendimento psicoterápico. Inativas ou desligadas eram 115, devido à 
desistência ou por terem recebido alta. Aguardando para a realização de triagem, 433 
pessoas, tendo 42 pessoas já triadas esperando serem chamadas para atendimento. 
No final de 2006, 933 pessoas estavam cadastradas. Destas, 135 se encontravam 
em atendimento psicoterápico; 195 foram desligadas ou estavam inativas e 603 
aguardavam por atendimento. 
No segundo semestre, triagens, atendimentos em psicoterapia breve e pronto-
atendimentos foram realizados pela equipe de estagiárias e técnica responsável pela 
clínica-escola, sendo que, através da observação e participação do/no cotidiano da clínica 
e das supervisões, pode-se rever e implantar diversos procedimentos. Entre eles 
destacaram-se: a qualificaçãoda escuta da triagem e dos encaminhamentos, organização 
da fila de espera, projeto de orientação a pais, revisão dos impressos em utilização, 
reflexões sobre procedimentos técnicos e administrativos. 
 Baseado nas queixas dos pacientes e de acordo com as áreas de atendimento 
ofertadas pelo Núcleo de Psicologia da FAI, o fluxograma foi reestruturado permitindo 
uma visualização que facilitou a dinâmica dos encaminhamentos, conforme se observa 
abaixo: 
 
 
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Também aos dados dos impressos dos prontuários foram sugeridas modificações que 
poderão ser implantadas ou não de acordo com a aprovação da técnica e equipe de supervisores. 
Os casos analisados foram dispostos na fila de espera de acordo com a urgência de cada 
um e organizados em atendimentos individual e grupal, respeitando-se a data de cadastro, data 
de triagem, faixa etária, queixa e tratamento necessário. Observou-se que havia casos de 
tentativa de suicídio, de violência sexual, furtos, crianças com dificuldade de aprendizagem, 
casos de pacientes que não se adaptaram com a troca de terapeuta, depressão pós-parto, estresse 
pós-traumático e outros. 
Alguns casos que precisavam de um atendimento imediato em vista da gravidade, 
foram atendidos dentro dos plantões de pronto-atendimento em uma perspectiva breve, como os 
seguintes casos: uma adolescente que apresenta agressividade, uma mulher com depressão pós-
parto, uma criança com suspeita de abuso sexual, um agente penitenciário com estresse pós-
traumático, uma criança em processo de elaboração de luto, uma jovem que atentou contra a 
vida e uma criança com suspeita de TDAH. Desses casos dois foram finalizados, o de depressão 
pós-parto e o psicodiagnóstico de suspeita de TDAH, sendo os pais encaminhados para o grupo 
de orientação no próximo ano; o caso de abuso, após a realização de anamnese com os pais, 
atendimentos com a criança e aplicação de testes, conclui-se que os conflitos se encontravam 
dentro da dinâmica familiar, portanto, os pais foram encaminhados para o grupo de orientação a 
pais e optou-se pela continuação do atendimento individual com a criança; os demais 
continuaram em atendimento psicoterápico. 
Analisando os prontuários de pacientes da fila de espera, constatou-se um grande 
contingente de pais solicitando atendimento psicoterápico para seus filhos em virtude de 
conflitos na dinâmica familiar e comportamento inadequado dos seus filhos nos diversos 
contextos. Em razão de tal contingente, foi elaborado um projeto voltado para essa clientela, 
pois percebeu-se que uma orientação aos pais minimizaria a angústia da espera e 
conseqüentemente da queixa em questão.O projeto elaborado encontra-se no Apêndice B, 
devendo ser adequado pela próxima equipe de estagiários. 
A partir das atividades realizadas pode-se, além de contribuir nos serviços de extensão 
prestados à comunidade, complementar a formação dos estagiários, especialmente através da 
reflexão e necessidade de participar em situações decisórias. 
Ressalta-se a seguir algumas reflexões desencadeadas pelas situações de triagem e 
pronto-atendimento. 
Pode-se observar que nem toda procura pela clínica-escola deve gerar uma triagem e/ou 
um atendimento psicológico, muitas vezes é apenas questão de orientação e/ou encaminhamento 
para outros serviços, em situações como: 
. procura para orientação em relação a provas psicológicas em concursos públicos; 
. parentes que desejam fazer cadastro de filhos, esposas, entre outros, sem o 
conhecimento destes; 
. solicitação de orientação em relação a comportamentos ou dúvidas sobre trazer o 
familiar a um psicólogo ou levar à determinada especialidade médica. 
A prática constante também propiciou que alguns atendimentos colocassem o estagiário 
frente à situações para as quais precisou criar saídas, articulando saberes e improvisando ações, 
como por exemplo: 
. situação em que uma estagiária percebeu que as duas triagens que faria, eram de marido 
e mulher. “E agora? Triagem individual? Triagem do casal?” 
. situação em que a criança era trazida junto para a triagem do adulto ou da própria 
criança. 
Ocorreram também situações em que se deparou com limitações a serem enfrentadas: 
. “Como lidar com situação de crise? O paciente só chora ... ele não fala ou ele 
dispara...” 
. “Como triar crianças, se nem todos tinham experiência psicoterápica com crianças?” 
. “Nossa... qual é o limite entre uma triagem e um atendimento psicoterápico?” 
. “Puxa, me interessei demais pelo caso que triei, tenho mesmo que ‘passar’ para outro 
estagiário?" 
A partir destas demandas, existia a necessidade de pesquisar, cuidar do assunto, o qual 
envolvia não só os pacientes, mas os estagiários, enfim, toda a estrutura da clínica-escola. 
 
 
 
 
 
5. Considerações finais 
 
A clínica-escola tem o objetivo de contribuir com a formação do aluno e de prestar um 
serviço de qualidade à população, mas possui um número limitado de alunos e de salas 
disponíveis para estes atendimentos, em vista disto ela também não consegue absorver toda a 
demanda que procura por atendimento, como, por exemplo, pode-se citar as solicitações de 
atendimentos feitas pelo Poder Judiciário, o qual tinha encaminhado casos a serem avaliados e 
acompanhados pela clínica-escola, tendo prioridade frente aos outros pacientes que aguardavam 
por atendimento. 
No decorrer dos plantões realizados, alguns casos emergenciais foram atendidos pelas 
plantonistas num atendimento psicoterápico breve, oferecendo ao paciente uma escuta e um 
acolhimento de seu sofrimento psíquico, bem como possibilitando uma nova perspectiva de 
vida. Estes atendimentos se deram em vista da preocupação do grupo de estagiárias com relação 
a urgências dos casos, considerando-se que uma intervenção era necessária para que pudessem 
aguardar por atendimento em 2007. Com respeito aos casos que passaram por este tipode 
atendimento pode-se dizer que foi benéfico tanto para os pacientes como para aprendizagem das 
estagiárias que puderam experienciar uma nova forma de atendimento. 
Constatou-se que entre as estagiárias, algumas seguiam a abordagem psicanalítica e 
outras a abordagem comportamental, fato que possibilitou nas supervisões uma troca de 
experiências construtiva para a vida profissional das mesmas. 
Sabe-se que muito ainda há para ser feito neste campo, o que dependerá do interesse dos 
próximos estagiários, do contingente de pessoas que procurará pelo atendimento psicoterápico 
do Núcleo de Psicologia, dos mais variados conflitos que se mostrarem presentes com suas 
urgências e emergências. 
Ressalta-se também que a partir da observação do crescimento vertiginoso de número de 
pessoas cadastradas para atendimento psicológico, foram tomadas providências que facilitassem 
o fluxo de pacientes, melhorando a qualidade dos atendimentos, porém, também foi discutido e 
concluiu-se que não é papel do NUPFAI dar conta de toda a demanda do município e das 
cidades vizinhas, já que estes possuem ou deveriam possuir instituições que oferecessem 
atendimento à saúde mental de seus munícipes. 
 
Pode-se concluir que os objetivos propostos foram atingidos, mas ao mesmo tempo, 
foram sendo criadas outras demandas. Enquanto, a primeira equipe, do primeiro semestre de 
2006, implantou o Plantão de atendimento psicológico, priorizou a triagem e fez um primeiro 
fluxograma, a do segundo semestre deu seqüência aos plantões para pronto-atendimento, 
manteve as triagens, re-adequou o fluxograma, organizou a fila de espera, projetou um 
atendimento para grupo de pais e implantou o atendimento psicoterápico com enfoque breve, 
ficando para a próxima equipe, do ano de 2007, concluir a revisão dos impressos, dar seqüência 
a todos os passos já implantados (triagens, plantões de pronto-atendimento, atendimentos 
psicoterápicos breve) e implantar os atendimentos em fila de espera. Já deixaram um início de 
caminho, pensou-se em grupos de espera, psicodiagnósticos interventivos, uma relação de 
bibliografias .... 
Cada tempo trará uma demanda e fará parte do processo sempre estarem mudando, 
ampliando, melhorando.... Nunca estará pronto. 
Mesmo assim e estando ainda a clínica-escola em processo de estruturação de serviços, 
entende-se que os resultados obtidos com o projeto foram satisfatórios, tanto para os pacientes 
quanto para os estagiários, pois: 
- proporcionou uma mudança na dinâmica de atendimento do NUPFAI, o que 
beneficiou a clientela que procurou a clínica. 
- as discussões realizadas durante as supervisões contribuíram para a aquisição de 
conhecimentos articulados à prática clínica, bem como a leitura da bibliografia indicada. 
 - o trabalho proporcionou aos estagiários a ampliação da escuta, a percepção da 
diferenciação de queixas, e o desenvolvimento do exercício ético, entre outros aspectos. 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APÊNDICE A 
 
 
PROJETO DE TRIAGEM E PRONTO-ATENDIMENTO DA CLÍNICA-ESCOLA DA 
FAI 
 
 
 
 A clínica-escola das Faculdades Adamantinenses Integradas, abrigada no Núcleo 
de Psicologia da mesma, foi implantada no início do segundo semestre letivo de 2005, quando a 
primeira turma de Psicologia atingiu o 9º termo do curso, iniciando os estágios de práticas 
clínicas. 
 Ao iniciar seu funcionamento, já existiam pessoas cadastradas no Núcleo de 
Psicologia, aguardando atendimento, e foi sendo constatado um aumento paulatino da demanda, 
chamando atenção da técnica responsável pelo crescente e rápido aumento bem como a 
complexidade e/ou gravidade das situações que foram se apresentando. 
Diante do aumento da demanda e número limitado de possibilidade de atendimento,percebeu-se também que passaria a existir em breve espaço de tempo um período muito longo, 
não mais entre cadastro e triagem e sim entre estes e o atendimento. 
Frente a estas questões, sentiu-se a necessidade de se reestruturar as triagens, 
intensificando suas ocorrências, pois a demanda de cadastros para atendimento era alta, e 
implantar um serviço de pronto-atendimento, devido às urgências e solicitações de orientações 
que estavam surgindo na clínica-escola. 
Considerando que a clínica-escola tem dois objetivos básicos: atendimento aos 
clientes bem como a formação dos alunos, compreendeu-se que o envolvimento dos alunos do 
curso sob supervisão da técnica da clínica-escola daria condições de atendimento a ambos. 
 Desta forma este projeto vem atender as necessidades da população, e também 
propicia uma excelente oportunidade para o estagiário de psicologia no desenvolvimento de 
habilidades relacionadas à escuta e acolhimento do cliente psicológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.0 Objetivos 
 
• Oferecer uma escuta especializada as chamadas das pessoas que procuram a clínica, ou 
que são encaminhadas por instituições e outros profissionais, no sentido de acolher e 
encaminhar adequadamente suas necessidades; 
• Implantar o pronto-atendimento; 
• Acelerar o processo de triagem; 
• Após acolher e esclarecer a demanda, providenciar encaminhamento; 
• Estruturar um fluxograma para o processo de triagem; 
• Definir critérios de urgência; 
• Reorganizar ficha do modelo de triagem; 
• Estabelecer critérios de atendimento de triagem; 
• Qualificar a escuta durante a triagem; 
• Diminuir o tempo de espera entre cadastro, triagem e início do atendimento; 
• Estruturar projetos de atendimentos breves. 
 
2.0 Equipe Responsável 
• Psicóloga/Técnica responsável pela clínica-escola; 
• Estagiários da graduação de Psicologia (9º e 10º termo). 
 
3.0 Funcionamento 
• Os estagiários juntamente com a supervisora da triagem estabelecerão os dias e períodos 
em que ocorrerão a triagens. 
• Os horários de pronto-atendimento estão distribuídos de forma que haja plantonistas 
todos os dias da semana de 2ª aos sábados, pelo menos em um dos períodos do dia. 
 
4.0 Bibliografia 
• POPPOVIC, Ana Maria. Serviço de Triagem e Plantão Psicológico da Clínica 
Psicológica. São Paulo, 1999. 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE B 
 
PROJETO DE GRUPO DE ORIENTAÇÕES A PAIS. 
 
1- Introdução: 
 
O Núcleo de Psicologia da FAI tem uma grande demanda de toda a região, sendo que 
uma parcela significativa dessa população que chega são crianças, as quais não chegam 
sozinhas, em sua maioria são trazidas pelos pais que buscam o acompanhamento psicológico 
para seus filhos. 
Devido ao número restrito de estagiários, há uma impossibilidade de atendimento 
individual disponível e na tentativa de atender essa comunidade e evitar que a fila de espera se 
torne infindável, o projeto de pronto-atendimento, tem como propósito implantar um trabalho a 
ser realizado com grupos de pais, a fim de orientá-los nas dificuldades dos filhos e na 
possibilidade de melhorar as relações vinculares estabelecidas, num enfoque participativo e 
integrativo. 
Considerando que o ser humano é gregário por natureza e somente existe, ou subsiste, 
em função de seus inter-relacionamentos grupais, a utilização e o conhecimento da psicologia 
grupal auxiliam o indivíduo, já que este passa a maior parte de sua vida convivendo e 
interagindo com diferentes grupos (Zimerman, 1997). 
O termo grupo é muito vago e impreciso, podendo ter diferentes definições, mas muitos 
autores concordam que a família é o grupo fundamental na interação social das crianças, já que é 
nas relações estabelecidas nesse espaço de convívio que estas aprendem com os adultos. 
A família tem estado sempre na história da sociedade e dos indivíduos, tanto como 
objeto de análise social, antropológica e histórica, quanto grupo social, uma referência para 
estudo de crenças e costumes de um povo (Cerveny, 1997). 
Desde então a família não é um conceito unívoco, sendo uma expressão de difícil 
conceituação, mas tão somente de descrição, ou seja, é possível descrever as várias estruturas ou 
modalidades assumidas pela família através dos tempos, mas não é possível defini-la ou 
encontrar elementos comuns a todas as formas que se encontram (Osório, 2002). 
Compreendendo que não é uma entidade estática, estando em constante processo de mudança, é 
necessário considerar o indivíduo e sua família simultaneamente (Cerveny, 2002). 
 Neste projeto a família será enfocada como um sistema de relações que opera de 
acordo com os princípios básicos e que evolui no seu desenvolvimento, de modo particular e 
complexo, determinado por inúmeros fatores, assegurando a sua continuidade e o crescimento 
de seus membros. A família, como uma unidade de uma sociedade vive a mudança pelas quais 
atravessa, tendo a função de proteger seus membros psicossocialmente e acomodá-los na 
cultura. (Macedo & Carrasco, 2005). 
A família passa ser o enfoque quando observamos a influência que um dos membros 
com conflito afeta a todos reciprocamente, dessa forma, o indivíduo deixa de ser entendido 
como um ser isolado, mas aquele que convive em grupo trocando experiências com este meio 
sendo ativo e reativo, onde as modificações nas relações estabelecidas com as crianças poderão 
alterar os comportamentos considerados inadequados pela família ou sociedade. 
Como o foco do projeto são os pais, o grupo terá como propósito orientá-los em relação 
às formas mais adequadas de vivenciar as dificuldades que se encontram no dia-a-dia, no 
decorrer de um determinado tempo, dessa forma, poderemos beneficiar camadas mais amplas da 
população que procuram o NUPFAI. 
Os grupos de orientação estarão baseados nas ideologias, ou seja: 
 
(...) as ideologias são sistemas de idéias e conotações de que os homens 
dispõem para melhor orientar a sua ação (...) são um fator fundamental na 
organização da vida. Podem-se transmitir de pais e professores para filhos e 
alunos por processos variados de identificação. São mantidas por uma unidade 
do aprender e ensinar, operantes como estrutura funcional de um trabalho em 
conjunto (GRUSPUN, 1997, p...... 
 
 
O grupo estará voltado para a tarefa de aprender a superar as contradições, buscando 
aliviar as tensões e ansiedades vivenciadas no cotidiano com os seus filhos. O coordenador deve 
desempenhar o papel de trazer as ideologias para o grupo, ou seja, antecipadamente preparar os 
itens que irão ser propostos no encontro, inter-relacionados com o social. Para isso, o 
coordenador deve analisar os casos clínicos que serão selecionados para participarem do grupo 
buscando uma homogeneidade de queixas para facilitar o trabalho a ser desempenhado. 
As seqüências mais comuns dos grupos de orientação com as ideologias preparadas são 
através de perguntas dirigidas ao grupo, os quais passam por determinadas fases que precisam 
ser compreendidas (Gruspun, 1997). 
A primeira se caracteriza pela luta-fuga, onde o grupo se encontra reunido para lutar 
por alguma coisa ou fugir, podendo assumir qualquer movimento desses conforme a 
configuração do grupo. Nesta fase, cada membro vai cedendo uma parte de seus pressupostos e 
vão adquirindo outros, encontrando ao final uma concordância explícita. O orientador deve 
compreender que o grupo aceitou o tema e passar a outro. A segunda suposição básica é o 
emparelhamento, onde sobre determinado tema os membros do grupo conversam entre si, de 
regra com quem está ao seu lado, tendo o orientador a percepção através de alguns diálogos ou 
olhares de concordância entre os participantes, para que se considere a suposição grupal. Nadependência, o grupo se encontra dependente do tema, confirma o suposto que está no projeto 
do orientador, se encerrando nessa fase (Gruspun, 1997). 
 
2.0 Objetivos: 
 
2.1 Objetivo geral: 
 
O projeto busca atender à demanda de pais que procuram atendimento para seus filhos 
no Núcleo de Psicologia da FAI, e devido à existência de uma fila de espera serão realizados 
grupos de orientação e discussão sobre o desenvolvimento e educação infantil. 
 
2.2. Objetivo específico: 
 
- Realizar grupos com os pais à fim de levá-los a ter atitudes familiares mais adequadas na 
educação dos filhos; 
- Esclarecer o que é o serviço de psicologia e oferecer um atendimento imediato; 
- Diminuir a ansiedade; 
- Explicar os recursos disponíveis pela instituição. 
 
3.0 Método: 
 
3.1- Participantes: 
 
O público alvo consistirá nos pais ou responsáveis pelas crianças cadastradas na fila de 
espera que apresentem problemas de comportamento e dificuldades escolares. Os pais serão 
selecionados a participar do grupo, de acordo com a faixa etária das crianças, as quais deverão 
estar entre 6 a 13 anos. 
 
 
 
3.2- Procedimentos: 
 
O grupo de orientação a pais terá um número limitado de encontros, com reuniões 
semanais, no máximo de duas horas de duração. 
Inicialmente consideramos necessária uma escuta dos pais a serem encaminhados para 
os grupos, levantando neste primeiro encontro as impressões e necessidades de cada um, pois 
uma seleção adequada dos membros é a condição essencial para o bom desenvolvimento do 
grupo. 
O grupo de orientações a pais deve ser indicado àqueles que não possuem sérios 
problemas de personalidade, mas que têm dificuldades em relacionar-se com seus filhos devido 
a padrões culturais e sociais confusos, falta de informação, desconhecimento das realidades e 
comportamentos infantis. Esses pais necessitam de uma melhor compreensão da dinâmica das 
relações filhos-pais e das características básicas de desenvolvimento da criança e de suas 
necessidades (Ginott, 1979). 
A dinâmica será estabelecida pelo orientador do grupo através dos pressupostos do 
tema discutido no encontro, tendo respostas necessárias às possíveis perguntas que possam 
surgir. Os participantes discutem o tema até que o grupo chegue a um consenso sobre as 
respostas adequadas, o suposto grupal. 
O orientador só deverá intervir quando aparecer a ansiedade, esclarecendo o tema 
proposto com o discurso de aspectos intelectuais, os quais irão interromper a carga emocional e 
a ansiedade grupal de qualquer origem. 
Quando os pais passarem a ter a percepção de seus filhos como pessoas que têm 
sentimentos e necessidades próprias, e quando se tornam sensibilizados para melhorar os 
significados latentes nas atitudes infantis, serão capazes de melhorar consideravelmente sua vida 
cotidiana com os filhos. 
Os temas a serem discutidos podem ser de diferentes âmbitos, de acordo com a 
clientela a qual será direcionada o trabalho, entretanto, de acordo com os levantamentos 
realizados no NUPFAI, consideramos que alguns temas específicos podem ser focados: 
1- Educação; 
2- Comportamentos da criança; 
3- Atitudes familiares de acordo com a idade da criança; 
4- Disciplina, tolerância e limites; 
5- Castigos, proibições e recompensas; 
6- Organização da vida diária; 
7- Pais e escolas. 
 
Os pais convidados precisam compreender o significado do comportamento de seus 
filhos, onde os problemas vividos pelas crianças não são expressos por palavras, mas sim, por 
ações consideradas inadequadas no contexto em que vivem. 
No grupo os pais podem ocupar o espaço para discutirem importantes relações 
familiares em uma atmosfera não moralística, podendo construir novas relações com os seus 
filhos, assim como adquirirem um conjunto de informações dos comportamentos de seus filhos 
adequando-os ao seu cotidiano. 
Dessa forma, o grupo possibilitará um atendimento mais amplo à comunidade, 
atingindo um contingente maior de pessoas, com um número menor de estagiários, em 
comparação se os atendimentos fossem individuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
CERVENY, C.M. O. Visitando a família ao longo do ciclo vital. São Paulo: Casa do 
Psicólogo, 2002. 
________________. Família e ciclo vital: nossa realidade em pesquisa. São Paulo: Casa do 
Psicólogo, 1997. 
DUARTE, I. A prática da psicoterapia infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. 
GINOTT, H.G. Psicoterapia de grupo com crianças: a teoria e a prática da ludoterapia. Belo 
Horizonte: Interlivros, 1979. 
GRUNSPUN, H. Psicoterapia lúdica de grupo com crianças. São Paulo: Editora Atheneu, 
1997. 
MACEDO, M.M.K; CARRASCO, L.K. (org) (Com)textos de entrevistas: olhares diversos 
sobre a interação humana. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2005. 
OSÓRIO, L.C. Casais e famílias: uma visão contemporânea. Porto Alegre: Artmed, 2002. 
ZIMERMAN, D.E. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“PEQUENO MEMORIAL” – MOTIVOS DE ESCOLHA DO TEMA A PARTIR DA 
TRAJETÓRIA DO ALUNO 
 
 
Apesar de estudarmos em turnos diferentes (três do período noturno e duas do período 
diurno), não termos inicialmente relações próximas de amizade e termos optado por referenciais 
de abordagem teórica diferenciada (duas pela abordagem comportamental e três pela abordagem 
psicanalítica), algo em comum tínhamos: sempre fomos alunas dedicadas, líamos avidamente os 
textos, participávamos atentamente das aulas e, além de muitos sonhos para a nossa profissão, 
nos angustiava muito observar o sofrimento humano, estando sempre motivadas a fazer algo, 
com empenho, em prol do outro. 
 A partir disto, por escolhas individuais, este campo de estágio foi escolhido no momento 
que começamos nosso estágio de atendimento clínico. No início a escolha foi individual, depois 
nos tornamos uma equipe, com igualdade de propósitos e investimentos, mesmo com 
diferenciações de metodologias, fazendo-nos pensar sobre as diferenças e semelhanças, assim 
como na efetivação dos propósitos. 
Como nosso curso é novo, fomos a segunda turma a receber o certificado de graduação 
em Psicologia da instituição de ensino FAI, percebemos que havia muito a ser feito naquele 
lugar que considerávamos como nosso, a clínica-escola do Núcleo de Psicologia. Fazia-se 
urgente a necessidade de se organizar a fila de espera, pois a cada dia víamos pessoas sofrendo 
virem à procura de ajuda, e ficarem sem atendimento, pois éramos poucos, a “nossa casa” não 
comportava tantas salas e pessoas. Movidas pela vontade de ser útil, pela vontade de aprender 
sempre mais, pois fazer triagem era sedutor, aceitamos o convite de nossa coordenadora para 
fazermos este trabalho. 
 Para nós foi compensador e valioso, pois precisamos estudar mais, pesquisar mais, 
refletir mais. Mas nos deixou uma experiência muito rica, pois ao adentrarmos à sala com um 
novo paciente, não sabíamos o que encontraríamos, assim como, o que poderíamos fazer por ele, 
e sempre tínhamos que buscar alternativas, e isto , hoje, na nossa profissão, nos dá mais 
segurança e confiança. 
Adamantina, 30 de março de 2007 
Mércia Fuzetti de Almeida Troncon 
Daniela Waseda Caetano 
Fabiana Aparecida Uemura 
Juliana Pardo Moura C. Godoy 
Rafaela Atelli Nascimento

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