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A importância do Estado para a sociedade

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A IMPORTÂNCIA DO ESTADO PARA A SOCIEDADE
Jéssika da Silva Alves
Prof. Ms. Junior César Ferreira de Castro (Marcos Marcelino)
Faculdade de Anicuns
jessicaanicuns@hotmail.com
 
RESUMO: O presente trabalho tem-se como tema “O Papel do Estado na Sociedade”. O Estado surgiu, para que exista ordem entre os homens, apesar das falhas ele se mostra essencial numa vida em sociedade, assegurando o Direito a vida, à liberdade, à igualdade e a propriedade. Retrata também a estrutura do Estado brasileiro e como ela é dividida.
PALAVRAS-CHAVE: Sociedade. Organização social. Estado de Natureza. 
1. INTRODUÇÃO 
Os primeiros Estados teriam surgido em consequência da evolução das sociedades humanas. O homem, um dia teria se sentido incapaz de resolver certos atos sozinhos e se juntou aos outros, formando espécies de associações. As comunidades primitivas observaram que, para viver em sociedade, seria essencial a presença de uma autoridade superior. De acordo com Maluf (1999, p. 54-56), existem algumas teorias sobre o surgimento do Estado, entre elas estão: Teorias da origem familiar, Teorias da origem patrimonial e Teorias da força, embora ambas se contradigam em suas proposições e nas suas finalizações. O conceito de Estado vem progredindo desde a antiguidade através dos gregos e dos romanos. 
A Itália foi o primeiro país a utilizar a palavra stato (Estado). Assim como nos mostra Dallari (1998, p. 22), “a denominação Estado (do latim, status, estar firme), significando situação permanente de convivência e ligada à sociedade política, aparece pela primeira vez em O príncipe, de Maquiavel, escrito em 1513”. O livro teve um papel indispensável na teoria política, Maquiavel efetuou a nova maneira de pensar desvencilhando o pensamento das amarras da metafísica e da teologia. Os interesses do Estado deveriam estar acima dos dogmas, da moral e da religião. Segundo ele, os homens são todos egoístas, ambiciosos e só não praticam o mal quando há uma força coercitiva que controlam as suas condutas. Thomas Hobbes (1651, cap. VI), afirma que o Estado surgiu a partir de um acordo entre as pessoas com a necessidade de regular a vida social. Assim como Nicolau, para ele o homem no estado de natureza é egoísta, competitivo, luxurioso e, com isso, era necessário um contrato social, um comando acima das vontades individuais.
Independentemente de se definir qual o momento exato do surgimento do Estado, levando em conta tudo que Maquiavel e Hobbes nos deixaram em seus escritos, vemos que sem o Estado, sem uma soberania, os homens viveriam em um verdadeiro caos. 
2. METODOLOGIA
 É um estudo bibliográfico descritivo com base no conhecimento científico, recorrendo ao método dedutivo e na pesquisa qualitativa desenvolvida através de livros, artigos, leis, revistas científicas dedicadas ao tema proposto.
Como fundamentação teórica, convoca-se autor Sahid Maluf, autor Dalmo Dallari e autor Reinaldo Dias. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
 
O Estado é uma reunião de pessoas instituída em um determinado território e os indivíduos são obrigados a acatar regras de um soberano em prol da organização social, assim como retrata Dias (2013, p. 49) “se apresenta como corporação territorial de um povo constituído como nação, por uma organização social complexa que se realiza através de um ordenamento jurídico que envolve toda a vida social...”. O Estado primitivo se preocupava, basicamente, com o bem estar da população, a forma como o cidadão se organizava e, na medida em que a economia se torna mais complexa, as funções do Estado também se tornam, sucessivamente, mais abrangente. 
A estrutura do Estado Brasileiro é dividida em três aspectos como a forma de Governo, forma de Estado e o sistema de Governo. No Brasil, a forma de Governo é Republicana, a forma de Estado é Federada e o sistema de Governo é Presidencialista. República segundo ainda Dias (2013, p. 169), “é uma forma de governo caracterizada por, basear-se na representação de toda a sua estrutura através do direito de voto”. Com relação ao Estado federal, 
apresenta um caráter composto, pela coexistência de um poder federal e de poderes locais. O processo federativo em geral tem caráter consciente e normalmente se cristaliza em um pacto entre Estados cujo conteúdo se expressa em uma constituição (DIAS, 2013, p.159). 
Dias (2013, p. 163) considera o sistema presidencialista a partir da revisão da obra de Montesquieu onde “os legisladores norte-americanos a depuraram de seus princípios monárquicos e aristocráticos e a adaptaram a uma forma de governo republicana, destacando-se o princípio da separação de poderes”. Houve essa separação dos três poderes (legislativo, executivo e judiciário) para que o poder não ficasse centralizado nas mãos de uma só pessoa.
O Estado foi criado com o intuito de atender às necessidades da população. Ele tem uma importância muito grande na sociedade e é dever dele garantir segurança, saúde, proteção, defender a população da violência e de catástrofes, manter a ordem além de levar o país ao progresso, pensando no bem comum independente de raça, origem, sexo e cor. Assim como prevê o art. 5° da CF, “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e a propriedade” (BRASIL, 2017, p. 17). 
Porém, nota-se que, atualmente, há algumas falhas que precisam ser aperfeiçoadas. O Estado impõe uma política de dependência quando na verdade deveria fazer com que as pessoas precisassem cada vez menos dele. Mas, sabe-se que todo sistema de sociedade será falho, afinal o ser humano é falho e o Estado é formado por seres humanos, o que nos traz a imperfeição. O Estado só existe porque o povo contribui para que ele exista através do pagamento de impostos. É sua obrigação responder uma série de questões, forma de distribuição de renda entre os indivíduos, as politicas de educação e saúde são questões que passam pela esfera social e econômica.
Na área da educação, existem várias imperfeições, mas a sociedade tem que tomar consciência, pois as coisas não dependem, exclusivamente, do Estado e sim de todos os indivíduos, pois é uma relação bilateral e não unilateral e, às vezes, nos isentamos de nossas obrigações. Independente das falhas, não deixa de ser, extremamente, importante o papel do Estado na nossa comunidade.
4. CONCLUSÕES 
Ante o exposto percebe que o Estado é anterior ao direito e é extremamente importante para a sociedade manter o controle social, e evitar desvios de condutas, aplicando sanções a quem infringir as leis. O nosso ordenamento jurídico está em constante transformação para o bem da população.
O propósito deste trabalho foi realizar um estudo sobre o Estado e mostrar a relevância que ele tem para a coletividade. Observa-se que o direito é um instrumento de ordenação, para a persistência da vida humana, pois sem o mínimo de organização a sociedade não poderia continuar.
Espero que este trabalho possa contribuir para o corpo social e ainda, que possa despertar o cidadão para exigir não só os seus direitos mas que também cumpra os seus deveres.
REFERÊNCIAS 
MALUF, Sahid .Teoria Geral do Estado. 25. Ed., São Paulo: Saraiva, 1999. 
DALLARI, Dalmo de Abreu. Teoria Geral do Estado. 2. ed., Saraiva, 1998. 
MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe. 18. Ed., Brochura, 2007. 
HOBBES, Thomas. Leviatã. Martin Claret. 2009. 
DIAS, Reinaldo. Ciência Política. São Paulo: Atlas S.A, 2013. 
BRASIL. Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2017.

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