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Página 1 de 16 TEXTO DO PROFESSOR AUDITORIA INTERNA DE GESTÃO AULA 5 9. Normas e alcance da auditoria governamental. A Auditoria Governamental tornou-se o principal instrumento de avaliação dos controles internos das entidades Públicas. Portanto, conhecer suas regras e o seu alcance é de vital importância, tanto para os que atuam como auditores como aqueles que são auditados. O primeiro, pelo simples fato que faz parte do conhecimento necessário para o desenvolvimento de suas atividades. O segundo, como forma de saber até onde vai o campo de atuação do auditor, evitando, dessa forma, estar exposto a excessos. Rota de Aprendizagem Leia o texto indicado no link a seguir, da série de traduções do Tribunal de Contas da Bahia, relativo a Código de Ética e Normas de Auditoria da INTOSAI http://www.tce.ba.gov.br/files/publicacoes/serie_traducoes/intosai_codigo_de_ etica_e_normas_de_auditoria.pdf Auditoria Governamental. Surgiu da necessidade de se comprovar a legalidade e legitimidade dos atos praticados pela administração governamental avaliando os resultados, quanto à economicidade, eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nas unidades da administração direta e entidades supervisionadas da Administração Federal, bem como à aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado. A Auditoria Governamental tem objetivos mais amplos, visto que, além dos aspectos contábeis e operacionais que analisa, busca acima de tudo, assegurar-se de que a aplicação dos recursos públicos é conduzida observando-se os princípios da legalidade, legitimidade, economicidade, efetividade, eficiência e eficácia. Para isso é necessário analisar se os ato e fatos praticados numa gestão atingiram os resultados previamente determinados. Sua busca não se prende apenas VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 2 de 16 aos aspectos financeiros e contábeis da organização, mas, principalmente para a constatação do atingimento das metas governamentais. Parte do princípio de que as pessoas que conduzem negócios públicos devem estar sujeitas à prestação de contas pela gestão eficaz e prudente dos recursos a elas confiados. Assim, podemos definir a Auditoria Governamental com o mesmo conceito da auditoria abrangente, que implica em um exame dos controles, processos e sistemas usados para gerir os recursos da organização: dinheiro, pessoas, ativos físicos e informações. Isto significa que a auditoria pode abarcar uma variedade de áreas, inclusive: � planejamento, orçamento, contabilidade; � planejamento, desenvolvimento, avaliação e utilização de recursos humanos; � planejamento, aquisição e utilização de propriedade, equipamento, instalações, estoques e outros ativos; � desenvolvimento e produção de informações necessárias para planejar, operar e controlar uma organização e para cumprir as obrigações associadas à prestação de contas pela gestão financeira. � equivalente; Finalidades da Auditoria Governamental. Com a finalidade de comprovar a legalidade e legitimidade dos atos e fatos administrativos e avaliar os resultados, quanto aos aspectos da economicidade, eficiência e eficácia da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, operacional, contábil das unidades e das entidades da administração pública, em todas as esferas de governo e níveis de poder, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado; Objetivos Operacionais da Auditoria Governamental. Os objetivos da auditoria governamental são: VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 3 de 16 • realizar auditoria sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a responsabilidade dos órgãos públicos e privados, inclusive nos projetos de cooperação técnica junto a Organismos Internacionais e multilaterais de crédito; • apurar os atos e fatos inquinados de ilegais ou de irregulares, praticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos públicos federais e, quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela contabilidade para as providências cabíveis; • realizar auditorias nos sistemas contábil, financeiro, de pessoal e demais sistemas administrativos e operacionais; • examinar a regularidade e avaliar a eficiência e eficácia da gestão administrativa e dos resultados alcançados nas Ações de governo; • realizar auditoria nos processos de Tomada de Contas Especial; e • apresentar subsídios para o aperfeiçoamento dos procedimentos administrativos e gerenciais e dos controles internos administrativos dos órgãos da Administração Direta e entidades da Administração Indireta Federal. Objeto de Auditoria Governamental. Constituem objeto do exame de auditoria: � os sistemas administrativo e operacional de controle interno utilizados na gestão orçamentária, financeira e patrimonial; � a execução dos planos, programas, projetos e atividades que envolvam recursos públicos; � a aplicação dos recursos transferidos pelo Tesouro Nacional a entidades públicas ou privadas; � os contratos firmados por gestores públicos com entidades privadas para prestação de serviços, execução de obras e fornecimento de materiais; � os processos de licitação, sua dispensa ou inexigibilidade; VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 4 de 16 � os instrumentos e sistemas de guarda e conservação dos bens e do patrimônio sob responsabilidade das unidades da administração direta e entidades supervisionadas; � os atos administrativos que resultem direitos e obrigações para o Poder Público, em especial os relacionados com a contratação de empréstimos internos ou externos e com a concessão de avais; � a arrecadação e a restituição de receitas de tributos federais; e � os sistemas eletrônicos de processamento de dados, suas entradas (inputs) e informações de saída (outputs), objetivando constatar: � verificação do cumprimento da legislação pertinente; � os processos de Tomadas de Contas Especial, sindicância, inquéritos administrativos e outros atos administrativos; � os processos de admissão e desligamento de pessoal e os de concessão de aposentadoria, reforma e pensão; e � os projetos de cooperação técnica com organismos internacionais e projetos de financiamento ou doação de organismos multilaterais de crédito com qualquer órgão ou entidade no país. Abrangência de Atuação. A abrangência de atuação da auditoria inclui as atividades de gestão das unidades da administração direta, entidades da administração indireta, programas de trabalho, recursos e sistemas de controles administrativos, operacional e contábil, projetos financiados com recursos externos projetos de cooperação junto a organismos internacionais, a aplicação de quaisquer recursos repassados pela união mediante contratos de gestão, transferências a fundos , convênios, acordos, ajustes, ou outro instrumento congênere. 8.1 Planejamento de Auditoria Consiste na elaboração do Plano de Auditoria que cada equipe irá desenvolver na entidade para a qual foi designada. O Planejamento a nível de Plano Específico abrangerá: VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 5 de 16 • Levantamento Preliminar - a equipe de auditoria efetuará o levantamento e coleta de todo material básico necessário à execução do trabalho, como: • pasta permanente (Estatuto, Regimento Interno, Normas, Regulamento, etc, relacionados com o órgão/entidadea ser auditado); • relatórios anteriores (de auditores realizados no órgão ou entidade); • processos existentes (diligências, recomendações, etc); • legislação e programas básicos existentes (relacionados com a auditoria a ser realizada); • processo ou documentação básica para o trabalho (tomada ou prestação de contas); • outros documentos existentes (informações, relatórios, etc, sobre o órgão/entidade, inclusive de auditoria interna e externa, se houver); • papéis de trabalho (modelos para elaboração de programas, para levantamentos, etc). 8.2 Risco de Auditoria Risco de auditoria é a possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. A análise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos considerando a relevância em dois níveis: a) em nível geral, considerando as demonstrações contábeis tomadas no seu conjunto, bem como as atividades, qualidade da administração, avaliação do sistema contábil e de controles internos e situação econômica e financeira da entidade; e b) em níveis específicos, relativos ao saldo das contas ou natureza e volume das transações. Para determinar o risco da auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da entidade, compreendendo: VIA CONTABIL Realce Página 6 de 16 a) a função e envolvimento dos administradores nas atividades da entidade; b) a estrutura organizacional e os métodos de administração adotados, especialmente quanto a limites de autoridade e responsabilidade; c) as políticas de pessoal e segregação de funções; d) a fixação, pela administração, de normas para inventário, para conciliação de contas, preparação de demonstrações contábeis e demais informes adicionais; e) as implantações, modificações e acesso aos sistemas de informação computadorizada, bem como acesso a arquivos de dados e possibilidade de inclusão ou exclusão de dados; f) o sistema de aprovação e registro de transações; g) as limitações de acesso físico a ativos e registros contábeis e/ou administrativos; e h) as comparações e análises dos resultados financeiros com dados históricos e/ou projetados 8.3 Programa de Auditoria Programa de Auditoria é um plano de ação ordenado e detalhado, que permite ao auditor controlar a execução de seu trabalho e ao mesmo tempo habilitá-lo a expressar uma opinião sobre os controles internos da Entidade/Órgão. O programa de Auditoria destina-se a orientar adequadamente o trabalho do Auditor e permitindo-lhe, ainda, complementá-lo quando circunstâncias imprevistas o recomendarem. O Programa de Auditoria deverá contemplar todas as informações disponíveis e necessárias ao desenvolvimento de cada trabalho a ser realizado, com vistas a VIA CONTABIL Realce Página 7 de 16 determinar sua extensão e profundidade considerando a legislação específica, o resultado das auditorias anteriores, as normas próprias da entidade a ser auditada, etc. Convém lembrar que o auditor não executa serviços de caráter imutável. O seu trabalho é essencialmente analítico e a sua análise pode ser variável, dependendo das circunstâncias. Assim, os procedimentos a serem considerados no programa não poderão ser totalmente rígidos, devendo ser flexibilizados sempre que ocorrerem situações que o justifiquem. Objetivos. Os Programas de Auditoria têm como objetivos: • Estabelecer um plano de ação ordenado em relação ao serviço; • Avaliar o grau de eficácia dos controles internos; • Dirigir a execução dos serviços; e • Registrar o trabalho efetuado. Elaboração do Programa. Os Programas de Auditoria devem ter uma forma lógica e objetiva a fim de possibilitar ao auditor eficiente desenvolvimento dos trabalhos de campo. O Programa de Auditoria deve conter: • Objeto da auditoria - deve conter uma concisa descrição das características da unidade, projeto, convênio ou atividade a ser auditada. • Objetivo da auditoria - identificação completa sobre o que se deseja obter com a auditoria, enfatizando, dentre outros, os seguintes aspectos: VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 8 de 16 ⇒ eficácia da atividade, segundo os seus objetivos; ⇒ aprimoramento da atividade, otimização dos resultados e redução de custos administrativos e operacionais; e ⇒ exame de situações específicas, decorrentes de determinações superiores, de solicitações dos auditados ou de conclusões da própria auditoria; 8.4 Procedimentos de Auditoria É o conjunto de procedimentos a ser adotado no desenvolvimento dos trabalhos de auditoria. Principais Técnicas de Auditoria. Exames Físicos - consiste na verificação in loco, permitindo ao auditor formar opinião quanto à existência física do objeto ou item a ser examinado. Circulação/Confirmações Formais - É a técnica utilizada na obtenção de declaração formal e independente, de pessoas não ligadas ao órgão/entidade, seja por interesses comerciais, afetivos, etc, de fatos ligados às operações do mesmo. Exame da Documentação Original - Trata-se de procedimento voltado para a comprovação das transações que por exigências legais, comerciais ou de controle são evidenciadas por documentos comprobatórios destas transações. O exame realizado pelo auditor, sobre tais documentos, deve atender às seguintes condições: Conferências de Somas e Cálculos - Este procedimento é, por si e ao mesmo tempo, o mais simples e o mais completo. Exames dos Lançamentos Contábeis - É o procedimento usado pela auditoria para constatação da veracidade das informações contábeis, fiscais, etc, além de possibilitar levantamentos específicos nas análises, composição de saldos, conciliação, etc. VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 9 de 16 Entrevista - Consiste na formulação de perguntas e obtenção de respostas adequadas e satisfatórias. Exames de Livros e Registros Auxiliares - tais registros constituem o suporte de autenticidade dos registros principais examinados. O uso desta técnica deve sempre ser conjugado com o de outras que possam comprovar a fidedignidade do registro principal. Correlação entre as Informações Obtidas - durante a execução do trabalho, o Auditor executará serviços cujas informações estarão relacionadas com outras áreas de controle do auditado. À medida que for sendo observado este inter-relacionamento, o auditor estará efetuando o procedimento da correlação. Observação das Atividades - é a técnica de auditoria mais intrínseca, pois envolve o poder de constatação visual do auditor. Esta técnica pode revelar erros, problemas ou deficiências através de exames visuais, e é uma técnica dependente da argúcia, conhecimento, e experiência do Auditor que colocada em prática possibilitará que sejam identificados quaisquer problemas no item em exame. 8.5 Papéis de Trabalho Entende-se por papéis de trabalho o conjunto de formulários e documentos que contêm as informações e apontamentos obtidos pelo auditor durante seu exame, bem como as provas e descrições dessas realizações, os quais constituem a evidência do trabalho executado e o fundamento da sua opinião. Uma vez que o auditor se utiliza dos documentos originais que são de propriedade do órgão/entidade auditado, e devido ao grande volume de transações e VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 10 de 16 dedocumentos examinados, a comprovação da realização do trabalho pelo uso de cópias seria volumosa e onerosa. Para evitar o grande volume de documentos e dar uma outra forma ao trabalho, o auditor utiliza os papéis de trabalho para registrar as descobertas por ele realizadas e para comprovar o cumprimento das tarefas. Os papéis de trabalho são importantes instrumentos usados pelos auditores; são elos de ligação entre os registros usados pelos auditores; são elos de ligação entre os registros do órgão/entidade e os relatórios de auditoria. De fato, qualquer trabalho de auditoria envolve preparação sistemática de uma série de papéis de trabalho de forma e conteúdo tais que o auditor pode, a partir dos mesmos, preparar o relatório sobre os exames efetuados. Como sabemos, o auditor deve, em seu trabalho, obter evidências consistentes mediante testes, observações, inquéritos e confirmações, a fim de formar bases suficientes para expressar sua opinião. Na formação destas bases surgirão papéis que podem tomar a forma de reconciliação bancária, análise das contas da razão, resumo de atas, organogramas, etc.. Ainda podem tomar a forma de programa de auditoria, questionários sobre controles internos, listas, notas, documentos, etc.. Em resumo, papéis de trabalho incluem todas as evidências obtidas pelo auditor para: mostrar o trabalho realizado, os métodos e procedimentos seguidos e as conclusões a que se chegou. Assim, tem o auditor a base para as conclusões que apresentará em seus relatórios, evidências da extensão de seus exames e prova de cuidado profissional aplicado em suas investigações. VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 11 de 16 Há que levar em consideração que os papéis de trabalho são de natureza confidencial, pois revelam confirmações ou informações obtidas no órgão/entidade que não podem em hipótese alguma ser utilizadas em benefício próprio ou de outrem. Em ocasiões especiais, o titular da unidade de auditoria poderá permitir que sejam apresentados a terceiros. Quando da elaboração dos papéis de trabalho, o auditor deve levar em consideração os seguintes requisitos: • Concisão. Os papéis de trabalho devem ser concisos, de forma que todos entendam sem a necessidade de explicações da pessoa que os elaborou. • Objetividade. Os papéis de trabalho devem ser objetivos, de forma que se entenda onde o auditor pretende chegar. • Limpeza. Os papéis de trabalho devem estar limpos, de forma a não prejudicar o entendimento destes. • Lógica. Os papéis de trabalho devem ser elaborados em uma forma de raciocínio lógico, na seqüência natural do objetivo a ser atingido. • Completos. Os papéis de trabalho devem ser completos por si só. Os papéis de trabalho são preparados tendo em vista os seguintes propósitos: • Facilitar a preparação do relatório. VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 12 de 16 • Explicação em detalhes. • Coordenação e organização de trabalho de auditoria. • Prover os registro histórico permanente. • Atuar como guia em auditorias subseqüentes. • Fornecer um meio de revisão por superiores. Referenciação de Papéis de Trabalho. Os papéis de trabalho representam um instrumental de fundamental importância para realização dos trabalhos de auditoria. Estão neles, documentados e evidenciados, todos os exames que servirão de suporte para a elaboração dos pareceres e demais documentos gerados por uma auditoria. A referenciação é, por sua vez, um conjunto de métodos que vem facilitar a organização e ordenação dos papéis de trabalho. Através de sequenciamento de páginas e utilização de sinais gráficos que sintetizam observações ou ressaltam pontos importantes do papel de trabalho, ela simplifica a compreensão e a manipulação do mesmo. Sendo um método quase pessoal, a referenciação criada por diferentes auditores acaba sendo também diferente no uso de sinais e na aplicação destes. Essa liberdade na utilização da referenciação dificulta, por vezes, a compreensão do papel de trabalho de outros auditores que, porventura, precisem ser examinados. Surge daí, a necessidade de um certo grau de normalização e padronização no uso da referenciação pelos auditores, para que haja maior e mais fácil compreensão de um papel de trabalho por qualquer um destes. Os papéis de trabalho devem ser organizados de forma que facilitem o confronto VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 13 de 16 • Folhas mestras. Usualmente há uma folha mestra separada para cada área importante dos exames. Essas folhas mestras resumem as áreas de exames e dão informações gerais. Por exemplo, a folha mestra para exame na área de bancos pode indicar, apenas, os saldos contábeis por natureza de contas (movimento, arrecadação, pagamentos, etc). • Folhas complementares Quando a folha mestra for insuficiente para colocarmos as informações gerais, utilizaremos as folhas complementares. • Folhas subsidiárias Usualmente, há uma ou mais folhas de detalhe em apoio a cada folha mestra, na qual é registrado o trabalho de auditoria e documentadas as informações obtidas. Essas folhas contêm o registro de análise e testes efetuados e devem trazer a opinião do auditor quanto ao resultado alcançado. Utilização de Símbolos e Tiques. Boa parte do trabalho do auditor é baseada na inspeção de documentos, revisão ou conferência de folhas de cálculos, análises de relações, etc. O auditor deve evidenciar em seus papéis de trabalho que verificou, analisou, inspecionou os documentos que fundamentam seu trabalho. Entretanto, seria impraticável, antieconômico e, por vezes, até irracional arquivar cópia de tais evidências. Para economia de espaço e tempo, geralmente são utilizados símbolos ou tiques nos papéis de trabalho, indicando por exemplo, parte de dados, conferências ou VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 14 de 16 exames efetuados, os quais devem ter uma explicação resumida nos próprios papéis de trabalho em que foram feitos. Apesar de bastante simples, entendemos que, a princípio, é difícil compreender o modo de utilização desses tiques, razão pela qual o assunto está sendo abordado a título de exemplificação prática. Como este material deve ser utilizado para consultas, julgamos oportuno registrar as vantagens da utilização dos tiques e as regras básicas para seu uso. • Vantagens. ⇒ Podem ser escritos rapidamente nos papéis de trabalho; ⇒ Eliminam a necessidade de repetir explicações; ⇒ Facilitam a revisão rápida e eficiente dos papéis de trabalho. • Regras Básicas ⇒ Devem ser feitos em vermelho para facilitar o exame e a visualização nos papéis de trabalho evitando confusões com letras, símbolos e números; ⇒ Devem ser simples entre si quando servirem para registro de fatos diferentes; ⇒ Não se deve encher de tiques os papéis de trabalho, de modo que se torne impossível acompanhar o desenvolvimento do trabalho feito; ⇒ As explicações devem estar, na medida do possível, na folha em que o tique foi feito. Quando o mesmo tique é utilizado em folhas diferentes, deve-se usar uma folha para resumir os tiques usados. Essa folha deve ser arquivada antes de todas as folhas nas quais foram empregados; ⇒ As explicações devem ser precisas; VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página15 de 16 ⇒ Quando se usa um tique, este deve ser explicado na parte inferior da folha; e ⇒ Devem-se usar tiques diferentes para testes diferentes. 8.6 Relatório de Auditoria Para cada auditoria realizada, o Auditor Governamental deverá elaborar relatório que refletirá os resultados dos exames efetuados, de acordo com a forma ou tipo de auditoria. As informações que proporcionem a abordagem da auditoria, quanto aos atos de gestão, fatos ou situações observadas, devem reunir principalmente os seguintes atributos de qualidade: Concisão - usar linguagem clara e concisa de forma que seja fácil o seu entendimento por todos, sem necessidade de explicações adicionais por parte de quem o elaborou. Objetividade - deve conter mensagem clara e direta, a fim de que o leitor entenda facilmente o que se pretendeu transmitir. Convicção - relatar de tal modo que as evidências conduzam qualquer pessoa prudente às mesmas conclusões a que chegou o auditor. Clareza - assegurar-se de que a estrutura do relatório e a terminologia empregada permitem que as informações reveladas possam ser entendidas por quaisquer pessoas, ainda que não versadas na matéria. Integridade - devem ser incluídos no relatório todos os fatos relevantes observados, sem nenhuma omissão, proporcionando uma visão objetiva das impropriedades/irregularidades apontadas, recomendações efetuadas e conclusões. VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce Página 16 de 16 Coerência - assegurar-se de que os resultados da auditoria correspondam aos objetivos determinados. Oportunidade - os relatórios devem ser emitidos tempestivamente, a fim de que os assuntos neles abordados possam ser objeto de oportunas providências. Apresentação - o Auditor Governamental deve cuidar para que os assuntos sejam apresentados numa seqüência lógica, segundo os objetivos do trabalho, de forma correta, isto é, em uma linguagem perfeita, isenta de erros ou rasuras que possam prejudicar o correto entendimento. Conclusivo - o relatório deve permitir a formação de opinião sobre as atividades realizadas. 8.7 Síntese do que foi estudado Neste capítulo foram abordados os pontos fundamentais o trabalho de auditoria no setor público e seu relacionamento com os controles internos das Entidades. VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce VIA CONTABIL Realce
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