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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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ÍNDICE
Direitos Humanos e Fundamentais no Ordenamento Jurídico Brasileiro ...................................................2
O Processo de Democratização no Brasil .......................................................................................................................2
AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com 
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Direitos Humanos e Fundamentais no Or-
denamento Jurídico Brasileiro
O Processo de Democratização no Brasil
A Constituição Federal de 1988 marca, no âmbito jurídico, o processo de democratização do 
Estado brasileiro, rompendo com o regime autoritário militar, que se instalou com o golpe de 1964, 
criando, assim, um novo Pacto Político.
Além da institucionalização do regime democrático, a CF/88 alargou significativamente o 
campo dos Direitos Humanos No Brasil, permitindo que os direitos humanos passassem a ser tema 
importante na agenda internacional do País.
A consolidação das liberdades fundamentais e das instituições democráticas no País mudou 
substancialmente a política brasileira de direitos humanos. Progrediu-se significativamente no reco-
nhecimento pelo Estado Brasileiro das responsabilidades e obrigações internacionais, no campo dos 
direitos humanos.
Além da instauração de um regime democrático no Brasil, a CF/88 introduziu indiscutível 
avanço na consolidação dos direitos e garantias fundamentais e na proteção de setores vulneráveis 
na sociedade. Tanto o é que a Dignidade Da Pessoa Humana foi consagrada como um dos fun-
damentos do Estado Brasileiro, desempenhando um papel de valor jurídico fundamental, núcleo 
básico, valor-guia, não apenas dos direitos fundamentais, mas de toda a ordem jurídica.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do 
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III – a dignidade da pessoa humana;
A origem da palavra dignidade ajuda-nos a compreender essa ideia essencial. Dignus, em latim, 
é um adjetivo ligado ao verbo decet (é conveniente, é apropriado) e ao substantivo decor (decência, 
decoro). Nesse sentido, dizer que alguém teve tratamento digno significa dizer que essa pessoa teve 
tratamento apropriado, adequado, decente.
Ao constar como fundamento, pode-se afirmar que o Estado Existe Em Função Da Pessoa 
Humana E Não O Contrário.1
Vale ressaltar que, juntamente com a dignidade da pessoa humana, a Constituição Federal con-
sagrou também como fundamento que dá base ao Estado Brasileiro, a CIDADANIA. Aqui, obser-
va-se o encontro entre o principio democrático e os direitos fundamentais, isso porque os Direitos 
fundamentais possuem uma função democratizadora.
 → Com o intuito de efetivar na prática a dignidade da pessoa humana, a Constituição Federal esta-
beleceu em seu artigo 3º os objetivos fundamentais da República que são prestações positivas a 
serem realizadas pelo Estado a fim de assegurar dignidade e bem-estar à pessoa humana, senão 
veja-se:
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
1 INGO WOLFGANG SCARLET, Comentários à Constituição Federal.
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III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação.
Esses objetivos são ideais a serem perseguidos pelo Estado e dependem de sua atuação efetiva.
Influenciada pelo movimento de internacionalização dos direitos humanos do pós-guerra e for-
talecendo a ideia de que a proteção dos direitos humanos não fica reduzida ao âmbito interno dos 
Estados, pois é tema de legítimo interesse internacional, a CF/88 inseriu em seu art. 4, na condição de 
princípio nas relações internacionais, a prevalência dos direitos humanos,
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princí-
pios:
II – prevalência dos direitos humanos.
A prevalência dos direitos humanos, como princípio a reger o Brasil no âmbito internacional, não 
implica apenas o engajamento do País no processo de elaboração de normas vinculadas ao Direito 
Internacional dos direitos humanos. Todavia, prevê-se a busca da plena integração de tais regras na 
ordem jurídica interna brasileira. Implica, ademais, o compromisso de adotar uma posição política 
contrária aos Estados em que os direitos humanos sejam gravemente desrespeitados.
Outros Dispositos que Tratam Direta e Indiretamente da Dignidade da Pes-
soa Humana
 → A dignidade da pessoa humana foi objeto de referência direta, nos seguintes dispositivos consti-
tucionais:
 ˃ Sobre a Ordem Econômica:
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por 
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes 
princípios:
 ˃ Sobre a Familia:
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.
§ 7º – Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planeja-
mento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científi-
cos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou 
privadas.
 ˃ À criança e ao adolescente:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com 
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à 
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a 
salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
 ˃ À pessoa idosa:
Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua 
participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
Níveis dignos de subsistência: Criação do fundo de combate e erradicação da pobreza – art. 79 do 
Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT)
Art. 79. É instituído, para vigorar até o ano de 2010, no âmbito do Poder Executivo Federal, o Fundo de 
Combate e Erradicação da Pobreza, a ser regulado por lei complementar com o objetivo de viabilizar a 
todos os brasileiros acesso a níveis dignos de subsistência, cujos recursos serão aplicados em ações suple-
mentares de nutrição, habitação, educação, saúde, reforço de renda familiar e outros programas de rele-
vante interesse social voltados para melhoria da qualidade de vida.
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A CF ainda estabeleceu,em seu Título II, os Direitos e as Garantias Fundamentais. Eles repre-
sentam a incorporação dos direitos humanos no plano interno, pois abordam os direitos individuais, 
coletivos e difusos, harmonizando os valores de Liberdade, Igualdade E Fraternidade, os quais 
devem ser sempre interpretados à luz do Valor Dignidade Da Pessoa Humana.
 → Foi assim dividido:
 ˃ A) Direitos e Deveres Individuais e Coletivos.
 ˃ B) Direitos Sociais.
 ˃ C) Direitos de Nacionalidade.
 ˃ D) Direitos Políticos.
 ˃ E) Partidos Políticos.
Sobre o Tema “Direitos Humanos e Fundamentais”, Recomenda-Se a Leitura de Todo o Título 
II da Constituição Federal.
O Artigo 5º
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segu-
rança e à propriedade, nos termos seguintes:
A respeito do Artigo 5º DA CF que dispõe sobre os direitos e Deveres Individuais e Coletivos, 
vale destacar os incisos III, que proíbe a tortura e o tratamento desumano ou degradante; e ainda o 
XLVII, que veda alguns tipos de penas como as cruéis, previsões de evidente respeito aos ideais de 
dignidade da pessoa humana.
III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante
XLVII – não haverá penas:
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX;
b) de caráter perpétuo;
c) de trabalhos forçados;
d) de banimento;
e) cruéis;
Vale lembrar que os direitos e garantias individuais (art. 5º) são considerados como 
CLÁUSULAS PÉTREAS – art. 60, parágrafo 4º, IV da CF, ou seja, NÃO PODEM SER 
ABOLIDOS DO TEXTO CONSTITUCIONAL.
O fato de não poderem ser excluídos do texto da Constituição não implica que tais direitos sejam 
absolutos. Isso porque tais direitos possuem como característica a Relatividade, ou seja, podem ser 
restringidos, pois nenhum direito humano fundamental é absoluto ao ponto de abolir, em todas as 
situações os demais. Nesse sentido, havendo “confronto” entre eles, deve prevalecer aquele direito 
que, no caso concreto, melhor proteja a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA.
Nem Mesmo o Direito à Vida é Absoluto! Ex: aborto legal.
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 → No intuito de reforçar a imperatividade dos direitos e garantias fundamentais, a CF/88 estabele-
ceu o principio da aplicabilidade imediata dessas normas:
§ 1º – As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Direitos a serem exercidos e respeitados de imediato decorrentes da vontade do constituinte.
§ 2º – Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos 
princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte.
Em resumo, os direitos humanos fundamentais englobam os previstos no texto da Constituição 
e aqueles previstos em tratados internacionais em que o Brasil seja signatário.
 → Anotações:
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_____________________________________________________________________.
EXERCÍCIOS
01. A Constituição da República de 1988 alargou significativamente o campo dos direitos e ga-
rantias fundamentais. Por isso, é um marco jurídico da transição ao regime democrático no 
Brasil. Nesse processo de transição, é acentuada, na Constituição, a preocupação em assegurar 
os valores da dignidade e do bem-estar da pessoa humana, como imperativo de justiça social.
 → Não corrobora com o contexto supracitado, neste entendimento, o seguinte argumento:
a) Os objetivos fundamentais do Estado brasileiro visam à concretização da democracia eco-
nômica, social e cultural, a fim de efetivar na prática a dignidade da pessoa humana.
b) Os direitos fundamentais, que têm como núcleo a dignidade da pessoa humana, são ele-
mentos básicos para a realização do princípio democrático, tendo em vista que exercem 
uma função democratizadora.
c) A Constituição traz a previsão expressa do valor da dignidade da pessoa humana como im-
perativo da justiça social, mas que deve ceder frente à necessidade de se preservar a ordem 
democrática.
d) O valor da dignidade da pessoa humana impõe-se como núcleo básico e informador do todo 
o ordenamento jurídico como critério e parâmetro que orienta a compreensão do sistema 
constitucional.
02. É característica marcante o fato de os direitos fundamentais serem absolutos, no sentido de que 
eles devem sempre prevalecer, independentemente da existência de outros direitos, segundo a 
máxima do “tudo ou nada”.
Certo ( ) Errado ( ) 
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GABARITO
01 – C
02 –ERRADO.
Referências Bibliográficas
BARRETTO, Rafael. Direitos Humanos. 2ª edição, rev., ampl. e atual., Salvador: JusPodivm, 2012.
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Direitos Humanos & Cidadania: à luz do novo Direito Internacional. Campinas: Minelli, 2002.
MORAES, Alexandre de. Direitos Humanos Fundamentais: teoria geral, comentários aos arts. 1º a 5º da Constituição da Repúbli-
ca Federativa do Brasil, doutrina e jurisprudência. – 3. ed. São Paulo : Atlas, 2000. 19-58 p.
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. – 12. ed. São Paulo : Saraiva, 2011.
FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos Humanos Fundamentais. – 14. ed. São Paulo : Saraiva, 2012.
BRASIL. Constituição Federal.

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