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Primeira Parte Processo Civil

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
NOÇÕES GERAIS
A LEI PROCESUAL CIVIL
OS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO PROCESSO CIVIL
DA JURISDIÇÃO
DA AÇÃO
DA EXCEÇÃO
PROCESSO
PROCEDIMENTO 
NOÇÕES GERAIS
A sociedade e a tutela jurídica: “Não há sociedade sem direito”
Função do direito: controle social
FORMAS DE COMPOSIÇÃO DA LIDE
AUTOTUTELA – vedada – CP, 345 e 350. Exceções: direito de retenção (CC, 578, 644, 1.219, 1.433, II, 1.434), desforço imediato (CC, 1.210, § 1º), legítima defesa ou estado de necessidade (CP, 24 e 25; CC, 188, 929 e 930).
AUTOCOMPOSIÇÃO: 
Submissão – CPC, 269, II 
Renúncia – CPC, 269, V e 267, VIII
Transação – CPC, 269, III
ATENÇÃO: 
Direitos da personalidade (Ex: vida, incolumidade física, liberdade, propriedade intelectual, intimidade, estado etc) 
Matéria Penal: “Nulla poena sine judicio”. 
Exceção: CF, 98; Lei 9.099/95 – medidas despenalizadoras – composição civil, transação, suspensão condicional do processo
ARBITRAGEM – Lei 9.307/96;
Convenção de arbitragem ou cláusula compromissória
Litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis
Restrição em contratos de adesão
Partes capazes
Desnecessidade de homologação judicial
Possibilidade de controle jurisdicional ulterior
Possibilidade de execução de sentenças exteriores
Não pode ser conhecida de ofício pelo juiz (CPC, 301, IX e § 4º)
JURISDIÇÃO
A LEI PROCESSUAL CIVIL
Norma de direito material: disciplinam as relações referentes aos bens e utilidades da vida (direito civil, penal, tributário, comercial etc)
Norma de direito processual: regem as relações que se estabelecem os que participam do processo, bem como do modo pelo qual os atos processuais se sucedem no tempo
UNIÃO - legisla sobre direito processual – 22, I, da CF 
ESTADOS – podem dispor sobre a competência dos Tribunais ( 125, da CF) e Procedimento (24, XI, da CF)
TRATADOS INTERNACIONAIS (5º, § 2º da CF)
SUMULAS VINCULANTES DO STF (103-A, da CF)
A LEI PROCESSUAL CIVIL NO ESPAÇO – CPC, art.1º
Direito material estrangeiro – LINDB, art.10
Determinações judiciais estrangeiras – exequatur do STJ – 105, inciso I, i, da CF 
A LEI PROCESSUAL CIVIL NO TEMPO
Processos findos
Processos futuros
Processos em andamento : tempus regit actum e Princípio do Isolamento dos Atos Processuais
E se a lei nova beneficiar? (CF, 5º XXXVI)
PRINCÍPIOS DO PROCESSO CIVIL
“Conferem coerência e uniformidade à ciência”
“São premissas ou pontos de partida em que se apoia toda ciência”
PRINCÍPIOS INFORMATIVOS
Princípio lógico: seguir uma ordem estrutural definida
Princípio econômico: obter melhor resultado com o menor dispêndio
Princípio jurídico: obediência a regras estabelecidas no ordenamento
Princípio político: pacificar o meio social
PRINCIPIOS FUNDAMENTAIS CONSTITUCIONAIS
Princípio da imparcialidade do juiz
Pressuposto de validade da relação processual 
Não está previsto expressamente na CF
Instituições de garantias e vedações (CF, art.95 e § único)
Para garantir a imparcialidade a CF acolheu o Princípio do Juiz Natural (CF, art.5º, LIII) e proibiu a criação de juízos ou tribunais de exceção (CF, art.5º, inciso XXXVII)
Juiz natural : impede que as partes escolham o julgador. Requisitos: 
o julgamento é feito por quem tem jurisdição 
o órgão julgador deve ser preexiste ao fato
o órgão julgador deve ser competente
Impedimento e suspeição do juiz (CPC, 134 e 135)
A modificação da competência pela prorrogação, derrogação, conexão ou continência: não é inconstitucional
A alteração da competência pela supressão do órgão jurisdicional (CPC, art.87): não é inconstitucional 
b) Princípio da igualdade (CF, 5, inciso I; e 125, I do CPC)
Paridade de armas
Não basta a igualdade formal
Dever haver igualdade substancial
Prazo diferenciados ao MP, Fazenda; Assistência Judiciária
Foro privilegiado da mulher – art.100, CPC – não é inconstitucional 
Principio do contraditório e da ampla defesa (CF, 5, LV)
Direito de ser ouvido e de convencer o juiz
Como se concretiza? Citação, intimação e notificação
Direito indisponível x Efeitos da revelia (CPC, 320 II) 
Concessão de liminares inaldita altera parte (CPC, 273, 929, 932, 937, 813)
Contraditório na execução. Existe? 
Julgamento de improcedência liminar (CPC, 285-A)
Prova emprestada
Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional (CF, 5, XXXV)
Direito de acesso à justiça
Limitações de ordem técnico-processual – preservação do sistema e convívio das normas 
Necessidade de esgotamento das vias administrativas - Justiça desportiva (CF, art.217, §1)
CPC, 126 – non liquet
Princípio da publicidade dos atos processuais (CF, art.5º, LX, e 93, IX)
Fiscalização dos atos do órgão jurisdicional
Segredo de justiça - Intimidade e interesse social: só para terceiros (CPC, 155)
Princípio do duplo grau de jurisdição
Fundamento político: controle de todo ato estatal
Imbuir o julgador de maior responsabilidade
Competência originária do STF (CF, 102, I) e Embargos Infringentes na LEF 
Princípio do devido processo legal (CF, art.5º, LIV)
Preservação da liberdade e dos bens
Substantive due process: limita o legislativo, impedindo a edição de normas que violem a razoabilidade e afrontem o regime democrático de direito
Procedural due process: obriga o respeito às garantias processuais, necessária para se obter uma sentença justa, um processo célere e de duração razoável (CF, art.5º LXXVII)
“Teoria da Eficácia Direta e Imediata dos Direitos Fundamentais” – o devido processo legal se aplica também às relações privadas. Ex: exclusão de sócio, aplicação de multa ao condômino por conduta (CC, arts.57 e 1.337) 
PRINCIPIOS INFRACONSTITUCIONAIS
Princípio dispositivo
As partes tem iniciativa para ajuizar ações
As partes tem a iniciativa probatória
Hoje o juiz não é mero espectador
Quanto a produção da prova vigora o Princípio Inquisitivo
Busca da verdade real - CPC, art.125, 130, 131, 330, 342 e 440 
Princípio da persuasão racional (livre convencimento motivado)
Sistemas de apreciação da prova: 
Prova legal – CPC, 366
Convicção íntima 
Persuasão racional – CPC, art.131
Princípio da instrumentalidade
O processo não é um fim em si mesmo
Aproveitamento dos atos processuais: 
 Art. 154. Os atos e termos processuais não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial
 
 Art.244. Quando a lei prescrever determinada forma, sem cominação de nulidade, o juiz considerará válido o ato se, realizado de outro modo, lhe alcançar a finalidade
 Art.248. Anulado o ato, reputam-se de nenhum efeito os subsequentes, que dele dependam; todavia, a nulidade de uma parte do ato não prejudicará as outras, que dela sejam independentes
 Art. 250. O erro de forma do processo acarreta unicamente a anulação dos atos que não possam ser aproveitados, devendo praticar-se os que forem necessários, a fim de se observarem, quanto possível, as prescrições legais.
Parágrafo único. Dar-se-á o aproveitamento dos atos praticados, desde que não resulte prejuízo à defesa.
 
JURISDIÇÃO
“Função do Estado mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar, por meio da pacificação do conflito que os envolve, o maior bem jurídico do Direito que é o justo”
Pode assumir 3 papéis:
poder: a decisão é imposta para gerar eficácia; 
função (dever): os órgãos estatais devem promover a pacificação 
atividade: conjunto complexo e dinâmico de atos do juiz no processo,
Características ou atributos da jurisdição:
1-Substitutividade 
2-Imparcialidade
3-Inércia: “ne procedat iudex exofficio”; “nemo iudex sine actore” - (CPC, art.2º; CPP, art.24))
Observação: No processo penal temos:
- princípio da indisponibilidade;
- princípio da obrigatoriedade: 
Exceções ao Princípio Inércia: “o órgão age de ofício”
-Execução trabalhista.
-Execução penal
-Concessão de habeas corpus
-Abertura de inventário
-Decretação de falência 
Definitividade: 5.º, inciso XXXVI, da CF
5- Criatividade
Garantias e Princípios da Jurisdição
Devido processo legal 
Contraditório 
Juiz natural
Indelegabilidade
Indeclinabilidade (inafastabilidade)
Ampla defesa (artigo 5.º, inciso LV, da CF)
 Fundamentação das decisões (artigo 93, inciso IX, da CF).
Investidura
Aderência ao território 
Divisão da Jurisdição
							- Estadual – CF, 125 e 126
					- Civil
							- Federal- CF, 106 a 110
		 - Comum
 Jurisdição 						- Estadual
					- Penal
						- Federal – CF, 106 a 110
						- Militar – CF, 122 a 125 
			- Especial		- Trabalhista – CF, 111 a 117
					- Eleitoral – CF, 118 a 121
Jurisdição de equidade 
Jurisdição voluntária 
COMPETÊNCIA
(arts. 86 a 124)
“É a quantidade de jurisdição cujo exercício é atribuído a cada órgão ou grupo de órgãos” (Liebman)
“É a demarcação dos limites em que cada juiz pode atuar”
A competência é pressuposto processual de validade (CPC, 113, § 2º)
A DISTRIBUIÇÃO DA COMPETÊNCIA É FEITA
Na Constituição Federal 
Nas Constituições Estaduais
No Código de Processo Civil
Nas Leis de Organização Judiciária
COMPETÊNCIA DO JUIZ BRASILEIRO
Cumulativa/Concorrente (CPC, art.88) – a ação pode ser proposta no Brasil ou em outro país:
Réu com domicílio no Brasil
No Brasil tiver de ser cumprida a obrigação
A ação se originar de fato/ato ocorrido no Brasil
(Obs: Sentença estrangeira pode ser executada no Brasil, mas depende de homologação do STJ: CPC, 483; e CF, 105, I, i)
Exclusiva (CPC, art.89): só a Justiça brasileira pode julgar:
Imóveis situados no Brasil
Inventário e partilha de bens situados no Brasil
CRITÉRIOS DETERMINATIVOS DA COMPETENCIA
OBJETIVO
Fixa a competência em razão da matéria, do valor da causa, da pessoa
Não é adotado pelo CPC.
CPC, 111: a competência em razão da matéria e da pessoa é absoluta 
CPC, 111: a competência em razão do valor da causa é relativa
CPC, 91: a competência em razão da matéria e do valor da causa pode ser disciplinada nas leis de organização judiciária
A CF adota 2 critérios para definir a competência da Justiça Federal:
em razão da matéria (ratione materiae): art.109, III e XI
em razão das pessoas envolvidas (ratione personae): art.109, I, II e VII
FUNCIONAL
Leva em conta a função de cada órgão jurisdicional para praticar atos do processo ou o grau de jurisdição
Competência pela fase do procedimento (Ex: CPC, 658 e 132) 
Compência originária e recursal dos tribunais (regida pelas Constituições e por normas de organização judiciária)
A competência é absoluta
TERRITORIAL
leva em conta a divisão do território nacional em circunscrições 
a competência é relativa
salvo: artigo 95, CPC
ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO
							- Estadual – CF, 125 e 126
					- Civil
							- Federal- CF, 106 a 110
		 - Comum
 Jurisdição 						- Estadual
					- Penal
						- Federal – CF, 106 a 110
						- Militar – CF, 122 a 125 
			- Especial		- Trabalhista – CF, 111 a 117
					- Eleitoral – CF, 118 a 121
REGRAS PARA SE APURAR A COMPETÊNCIA
A ação deve ser ajuizada perante o STF ou STJ (CF, 102 e 104)?
A ação deve ser apreciada pela justiça especial ou pela comum (CF, 114, 121 e 124) ?
Sendo da justiça comum, deve ser jugada pela Federal ou pela Estadual (CF, 108 e 109)?
Qual o foro (Comarca) competente (CPC, 94 a 100)?
Qual o juízo (Vara) competente (Leis de Organização Judiciária) ? 
FORO COMPETENTE
(Qual a Comarca competente?)
AÇÕES PESSOAIS OU AÇÕES REAIS SOBRE BENS MÓVEIS
 DOMICÍLIO DO RÉU
E se o réu tem vários domicílios?
Ajuizar a ação em qualquer um deles
E se o réu não tem domicílio certo? 
Ajuizar a ação no local em que for encontrado ou no domicílio do autor
E se o réu não tem domicílio/residência no Brasil? 
Ajuizar a ação do foro do domicílio do autor; ou em qualquer foro se o autor também residir no exterior 
E se forem dois ou mais réus com domicílios diferentes? Ajuizar a ação em qualquer foro
(CC. art.70 a 77 ; CPC, art.94, §§ 1º a 4º) 
FOROS ESPECIAIS – CPC, arts.95 a 100
OBSERVAÇÕES 
Art.96: 
Se o autor da herança não tem domicílio certo? Ajuizar a ação no foro da situação dos bens
E se ele não tem domicílio certo e possui bens em vários lugares? Ajuizar a ação no lugar em que ocorreu o óbito
Art.100, I: 
STJ entende que não se aplica a uniões estáveis 
Resolução CNJ, nº 35/2007 diz que não se aplica à separação e divórcio extrajudicial
Em que comarca ajuizar uma ação contra o Estado?
O Estado não tem foro privilegiado. Ajuizar a ação na Capital ou no local do fato
Ações que envolvam o INSS. Em que comarca ajuizar a ação? 
Serão processadas e julgadas no domicílio dos segurados, caso na comarca não exista Justiça Federal (CF, 109, § 3º)
Ações que envolvam o Fisco Federal, qual o foro competente? 
Podem ser ajuizadas na Justiça Estadual, no foro do domicílio do devedor, se não existir juízo federal na comarca (CF, 109, § 3º)
Ação em que o autor é idoso. Qual o foro? 
Estatuto do Idoso – Lei 10.741/03. Ações previstas no art.80 serão ajuizadas no domicílio do idoso 
COMPETENCIA DE JUÍZO 
(Qual a Vara competente?)
CONSULTAR AS LEIS DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DE CADA ESTADO
COMPETÊNCIA 
ABSOLUTA E RELATIVA
7
Interesse público (norma cogente)
x 
Interesse privado (dispositiva)
Prejuízo ao funcionamento do Judiciário 
x 
Liberdade das partes e comodidade de acesso à justiça
Características da Competência Absoluta
Pode ser alegada a qualquer tempo. A parte que não alegar na primeira oportunidade responde por custas advindas do atraso – CPC, 113, § 1º)
Deve ser alegada em preliminar de mérito (CPC, 301, II), sendo desnecessária a Exceção de Incompetência
Poder ser conhecida de ofício pelo juiz (“Princípio da Competência da Competência” – Kompetezkompetez)
Não se altera pela vontade das partes, tampouco pela conexão ou continência
Se reconhecida, os autos são remetidos ao juízo competente. Os atos decisórios proferidos são anulados (CPC, 113, § 2º)
 Pode ser objeto de ação rescisória (CPC, 485, II)
Características da Competência Relativa
Só o réu pode alegar, no prazo de resposta, sob pena de Prorrogação
O juiz não pode conhecer de ofício – Súmula 33 do STJ
Deve ser alegada em peça autônoma - Exceção de Incompetência (CPC, 112 e 304)
O MP quando atua como fiscal da lei (custus legis) não pode alegar, salvo se a fizer em benefício do incapaz (STJ – Resp 100.690/DDF)
Pode ser alterada pelas partes, bem como pela conexão e continência
Se for reconhecida, os autos são remetidos para o juízo competente. Não se anulam atos decisórios
A MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA
A regra é a perpetuação da competência
“Perpetuatio Jurisdicionis” 
CPC, art. 87
“A COMPETENCIA É FIXADA NO MOMENTO DA PROPOSITURA DA AÇÃO, SENDO IRRELEVANTES AS MODIFICAÇÕES POSTERIORES”
As exceções:
Supressão do órgão jurisdicional 
Alteração da competência em razão da matéria ou hierarquia
A Prorrogação
A ocorrência da Derrogação
A reunião de ações pela Conexão
A reunião pela Continência
“A COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA E A FUNCIONAL É INDERROGÁVEL POR CONVENÇÃO DAS PARTES”
“AS PARTES PODEM MODIFICAR A COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO VALOR E DO TERRITÓRIO, ELEGENDO O FORO ONDE SERÃO PROPOSTAS AÇÕES ORIUNDAS DE DIREITOS EOBRIGAÇÕES” 
(salvo no art.95, CPC)
“Competência em razão da matéria, em razão da pessoa e a funcional é
 ABSOLUTA”
“Competência de juízo (Vara) é ABSOLUTA”
CONEXÃO
Duas ou mais ações que guardam semelhanças entre si
HÁ IDENTIDADE QUANTO AO PEDIDO OU CAUSA DE PEDIR (CPC, 103)
CONTINÊNCIA 
AS PARTES E A CAUSA DE PEDIR SÃO AS MESMAS, MAS O PEDIDO DE UMA É MAIS ABRANGENTE DO QUE O DA OUTRA (CPC, 104)
NA CONEXÃO OU NA CONTINÊNCIA AS AÇÕES PODEM SER REUNIDAS, MODIFICANDO A COMPETÊNCIA
SE AS AÇÕES ESTÃO EM CURSO, ELAS SERÃO REUNIDAS PARA JULGAMENTO CONJUNTO (CPC, 105 e 106)
A FINALIDADE É FUNDADA
NA ECONOMIA PROCESSUAL E PARA EVITAR DECISÕES CONFLITANTES
SE UMA AÇÃO ESTÁ EM CURSO, A OUTRA A SER PROPOSTA SERÁ DISTRIBUÍDA POR DEPENDÊNCIA (CPC, 253, I)
NÃO CABE A REUNIÃO SE UMA DAS AÇÕES JÁ FOI JULGADA (Súmula 235 do STJ)
MAS QUEM JULGARÁ AS AÇÕES? 
O JUÍZO PREVENTO 
Se forem juízos da mesma comarca/seção judiciária: aquele que despachou primeiro (CPC, 106)
Se forem de foros diversos: aquele em que ocorreu a citação válida em primeiro lugar (CPC, 219)
NÃO HÁ CONEXÃO ENTRE AÇÃO CIVIL E CRIMINAL (CC, 935)
JUIZ PODE SUSPENDER A AÇÃO CIVIL POR, NO MÁXIMO, 1 ANO E AGUARDAR O JULGAMENTO DA CRIMINAL
(CPC, 110 e 265, IV, “a”, e § 5º)
SE A AÇÃO PENAL NÃO FOR EXERCIDA EM 30 DIAS, CONTADOS DA DATA EM QUE O JUIZ DETERMINOU A SUSPENSÃO, O PROCESSO CIVIL PROSSEGUE 
(CPC, 110, § único)
PRORROGAÇÃO
“Fenômeno que se verifica quando o réu deixa de arguir a incompetência relativa”
 
“O juiz que era relativamente incompetente torna-se competente para apreciar a lide”
CPC, art. 112 e 114
DERROGAÇÃO
“Fenômeno que se verifica quando as partes, em contrato, escolhem o foro de eleição”
(CPC, art.111)
“Se a relação for de consumo, a cláusula deve estar em destaque e não pode dificultar o direito de defesa” (CDC, art.54, §§ 3º e 4º)
“Se for abusiva, o juiz anula a cláusula e, de ofício, declina a competência para o juízo de domicílio do réu” 
(CPC, 112, § único)*
*Esta é a única hipótese de incompetência relativa que pode ser reconhecida de ofício pelo juiz 
EXCEÇÃO DECLINATÓRIA DE FORO
“Instrumento apto para se alegar a incompetência relativa”
(CPC, art. 111, 112, 304, 305/307)
“O excipiente arguirá a incompetência em petição fundamentada e devidamente instruída, indicando o juízo para o qual declina”
(CPC, art.307)
“Conclusos os autos, o juiz manda ouvir o excepto em 10 dias, decidindo em igual prazo”
(CPC, art.308)
CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
“Ocorre quando dois ou mais juízes dão-se por competentes (conflito positivo) ou incompetentes (conflito negativo) para determinada demanda”
(CPC, art.115)
“A parte que ofereceu exceção declinatória de foro não pode suscitar conflito de competência”
(CPC, art.117)
“Ocorrendo conflito negativo de competência, para tomada de medidas urgentes poderá o relator designar um dos juízes para decidi-la”
(CPC, art.120, caput)
“Nos tribunais, somente o órgão colegiado (pleno, seção, turma, câmara) pode suscitar o conflito de competência e não o juiz isoladamente (presidente, ministro, desembargador, relator)”
A função de julgar e decidir conflitos é exclusiva do Poder Judiciário?
Não!
Executivo e Legislativo desempenham atividades jurisdicionais (Funções Atípicas)
Senado julga o Presidente nos crimes de responsabilidade 
(CF, 86)
Arbitragem (Lei 9307/36)
Justiça Desportiva decide conflitos relacionados à competições desportivas 
(CF, 217, § 1º)
Tribunais de Contas julgam contas prestadas pelos administradores públicos 
(CF, 71). 
Agências Reguladoras dirimem conflitos decorrentes da atividade econômica que regulam
CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica decide conflitos envolvendo infração à ordem econômica (Lei 8.884/94, art.3º)
Súmulas 
SÚMULA VINCULANTE 22
A JUSTIÇA DO TRABALHO É COMPETENTE PARA PROCESSAR E JULGAR AS AÇÕES DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E PATRIMONIAIS DECORRENTES DE ACIDENTE DE TRABALHO PROPOSTAS POR EMPREGADO CONTRA EMPREGADOR, INCLUSIVE AQUELAS QUE AINDA NÃO POSSUÍAM SENTENÇA DE MÉRITO EM PRIMEIRO GRAU QUANDO DA PROMULGAÇÃO DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 45/04.
SÚMULA VINCULANTE 23
A JUSTIÇA DO TRABALHO É COMPETENTE PARA PROCESSAR E JULGAR AÇÃO POSSESSÓRIA AJUIZADA EM DECORRÊNCIA DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE GREVE PELOS TRABALHADORES DA INICIATIVA PRIVADA.
SÚMULA VINCULANTE 27
COMPETE À JUSTIÇA ESTADUAL JULGAR CAUSAS ENTRE CONSUMIDOR E CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO DE TELEFONIA, QUANDO A ANATEL NÃO SEJA LITISCONSORTE PASSIVA NECESSÁRIA, ASSISTENTE, NEM OPOENTE.
 STF: 
SÚMULA 508
 
COMPETE À JUSTIÇA ESTADUAL, EM AMBAS AS INSTÂNCIAS, PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS EM QUE FOR PARTE O BANCO DO BRASIL S.A.
 
SÚMULA 517
 
AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA SÓ TÊM FORO NA JUSTIÇA FEDERAL, QUANDO A UNIÃO INTERVÉM COMO ASSISTENTE OU OPOENTE
 
SÚMULA 556
 
É COMPETENTE A JUSTIÇA COMUM PARA JULGAR AS CAUSAS EM QUE É PARTE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
 
STJ:
Súmula 1
O FORO DO DOMICILIO OU DA RESIDENCIA DO ALIMENTANDO E O COMPETENTE PARA A AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE, QUANDO CUMULADA COM A DE ALIMENTOS
Súmula 33
A INCOMPETENCIA RELATIVA NÃO PODE SER DECLARADA DE OFICIO.
Súmula 34
COMPETE A JUSTIÇA ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR CAUSA RELATIVA A MENSALIDADE ESCOLAR, COBRADA POR ESTABELECIMENTO PARTICULAR DE ENSINO.
Súmula 42
COMPETE A JUSTIÇA COMUM ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR AS CAUSAS CIVEIS EM QUE E PARTE SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E OS CRIMES PRATICADOS EM SEU DETRIMENTO.
Súmula 82
COMPETE A JUSTIÇA FEDERAL, EXCLUIDAS AS RECLAMAÇÕES TRABALHISTAS, PROCESSAR E JULGAR OS FEITOS RELATIVOS A MOVIMENTAÇÃO DO FGTS.
Súmula 150
COMPETE A JUSTIÇA FEDERAL DECIDIR SOBRE A EXISTENCIA DE INTERESSE JURIDICO QUE JUSTIFIQUE A PRESENÇA, NO PROCESSO, DA UNIÃO, SUAS AUTARQUIAS OU EMPRESAS PUBLICAS.
Súmula 235
A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi
julgado.
Súmula 254
A decisão do Juízo Federal que exclui da relação processual ente federal não pode ser reexaminada no Juízo Estadual
Súmula 367
A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já sentenciados.

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