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BOTÂNICA AGRÍCOLA
Prof. Dra. Adriana Graciela Desiré Zecca
INTRODUÇÃO À BOTÂNICA SISTEMÁTICA
Pelo menos 10 milhões de tipos de organismos vivos compartilham nossa biosfera. Nós, seres humanos diferimos destes outros organismos tanto no grau de nossa curiosidade como em nosso poder de falar. Como conseqüência destas duas características, temos há muito tempo buscado inquirir sobre outras criaturas, bem como trocar informações. Para se fazer isto, foi necessário dar nomes aos organismos. Aos organismos mais conhecidos foram dados nomes vulgares, mas mesmo para os mais simples dos propósitos, tais nomes podem ser inadequados. Algumas vezes os nomes são vagos, particularmente quando trocamos informações com pessoas de outras partes do mundo. Quando diferentes línguas estão envolvidas, os problemas se tornam complexos.
Por estas razões, os biólogos designam os organismos com nomes em Latim, que são oficialmente reconhecidos por organizações internacionais de botânicos, bacteriologistas e zoólogos.
Estes nomes formais em Latim originaram-se de sistemas informais de nomear plantas. A diferentes tipos de organismos têm sido dado há muito tempo nomes correspondentes a categorias tais como ‘carvalhos’, ‘rosas’ ou ‘dentes-de-leão’. Na época medieval, quando o interesse na comunicação de informações sobre organismos estava crescendo, o Latim era a língua da ciência. Por esta razão os nomes para estes ‘tipos’ de organismos foram padronizados e amplamente disseminados em livros impressos com o recém inventado tipo móvel. Os nomes eram freqüentemente aqueles que os romanos usavam; em outros casos, eram inventados novos nomes ou os nomes eram colocados na forma latinizada. Estes ‘tipos’ acabaram por serem chamados de gêneros, e membros individuais destes gêneros, tais como carvalhos-vermelhos ou carvalho-salgueiro, eram chamados de espécies.
No inicio, as espécies eram identificadas por frases descritivas em Latim consistindo em uma ou mais palavras; estas frases eram chamadas ‘polinômios’. A primeira palavra do polinômio era o nome do gênero ao qual a planta pertencia. Assim, todos os carvalhos eram identificados por polinômios que começavam com palavra Quercus, e todas as rosas com polinômios que se iniciavam com a palavra Rosa. Os antigos nomes latinos para estas plantas continuaram a ser utilizados para designar os gêneros.
A Sistemática Vegetal desempenha um papel de importância capital em favor de ciências que lidam com as plantas; determinando os nomes com que são conhecidas internacionalmente milhares de espécies vegetais, estudando sua distribuição, indicando suas propriedades, acertando as relações existentes entre os grupos taxonômicos e outros pontos de interesse, sua influencia manifesta-se em todos os domínios da Botânica. Pode-se afirmar, que sem uma acurada e segura identificação das espécies, a Fitogeografia não poderia conduzir trabalhos relativos à origem e interdependência das floras, do mesmo modo sucedendo com a Ecologia, nos estudos de relacionamento das plantas com o meio. Do mesmo modo, os farmacologistas, nos seus estudos sobre a presença nas plantas de substâncias com propriedades medicinais, não podem negligenciar quanto à identificação fidedigna das espécies. Enfim, todos aqueles que direta ou indiretamente, têm suas atividades relacionadas com o estudo das plantas, recorrem ao taxonomista para obter determinações corretas.
	No conceito antigo, Sistemática era uma ciência que se restringia ao estudo de fragmentos de plantas, devidamente etiquetados e conservados em um herbário, baseando-se no estudo morfológico desses espécimes. A sistemática moderna, tanto estuda o comportamento da planta na natureza, como se fundamenta na morfologia e na estrutura dos vegetais, seus caracteres genéticos, sua ecologia, distribuição geográfica, estudo dos seus antepassados, etc..., para compreender e estabelecer as verdadeiras afinidades e graus de parentesco existentes entre os diversos grupos de plantas. Baseia-se na hipótese de que existem relações genéticas entre as plantas e que os vegetais atuais descendem de outros existentes ou já extintos, através de sucessivas gerações, encontrando-se elas, hoje em dia, mais aperfeiçoadas. 
TAXONOMIA OU SISTEMÁTICA VEGETAL é a parte da Botânica que tem por finalidade agrupar as plantas dentro de um sistema, levando em consideração suas características morfológicas e externas, suas relações genéticas e suas afinidades.
IDENTIFICAÇÃO é a determinação de qualquer material botânico, como idêntico ou semelhante a outro já conhecido. Pode ser feita com o auxilio da literatura ou pela comparação com outro de identidade conhecida e em qualquer hierarquia (família, gênero, espécie, subespécie, etc.). Tratando-se de material novo para a Sistemática, por conseguinte ainda não designado cientificamente, deve receber denominação própria e ser objeto de descrição, publicação em órgão especializado, observando-se o que preceitua o Código Internacional de Nomenclatura Botânica. 
Classificação é a ordenação das plantas em categorias hierárquicas, segundo as afinidades naturais ou graus de parentesco e de acordo com um sistema de classificação. Cada espécie é classificada como membro de um gênero, cada gênero pertence a uma família, as famílias estão subordinadas a uma ordem, cada ordem a uma classe, cada classe a uma divisão.
Nomenclatura está relacionada com o emprego correto dos nomes das plantas e compreende um conjunto de princípios, regras e recomendações aprovados em congressos internacionais de Botânica e publicados num texto oficial. A Botânica necessita de um sistema preciso e simples de nomenclatura para ser usado pelos botânicos em todos os países, que lide por um lado com os termos que denotam nível dos grupos ou unidades taxonômicas e por outro com os nomes científicos que são aplicados as grupos taxonômicos individuais de plantas.
HISTÓRICO 
	A Botânica é tão antiga como a própria humanidade, se bem que não como uma ciência sistematizada, mas antes em forma de observações acumuladas sobre aparência de certas plantas, e efeitos que exercem sobre o organismo, seja do Homem ou do animal. Conforme se iam acumulando conhecimentos empíricos surgia a necessidade de pô-los em alguma ordem e legá-los às gerações futuras, assim surgiram as primeiras anotações, sobre vegetais, que encontramos nos escritos da antiguidade.
Minuciosas descrições de plantas e suas virtudes são encontradas nos ‘livros’ dos templos egípcios. No Talmude hebraico existe uma extensa divisão dedicada ao estudo das plantas, suas propriedades, uso e cultura.
Nas primeiras épocas da historia européia foram os gregos, a deixarem anotadas as observações que podem ser consideradas como inicio da ciência. Foram também os gregos que fizeram a primeira tentativa de sistematizar o material empírico acumulado, baseando-se nos caracteres que mais saltam à vista. Assim, o primeiro sistema que conhecemos, criado por Aristóteles e Teofrasto (384-284 a.C.) dividia o reino vegetal em árvores, arbustos e ervas, distinguindo formas caducifólias e sempreverdes. Esta classificação ficou em uso durante a maior parte da Idade Média. Em contato com a ciência oriental durante a invasão árabe, do século IX a XII, os europeus adquiriram conhecimentos sobre plantas, na época desconhecidas. Foram também enriquecidas as coleções já existentes na Europa. Mais uma onda de material completamente novo invadiu a Europa em conseqüência das grandes descobertas. Do século XV em diante, a necessidade de pôr alguma ordem no material acumulado, tornou-se inadiável.
As primeiras tentativas realizaram-se no sentido de criação dos chamados ‘Livros de ervas’, ‘Hervanários’, listas e descrições das plantas, na maioria feitas pelos monges ou médicos, organizados principalmente, para preservação de conhecimentos sobre plantas medicinais (Período descritivo). A mesma finalidade perseguem também os hortos de ervas, onde se plantava e preservava vivo, na maioria plantas medicinais,aromáticas ou tóxicas. Aumentando cada vez mais o fluxo de espécies vindas do estrangeiro, esses hortos transformaram-se em coleções de plantas vivas de todas as espécies; mais tarde foram denominados Jardins Botânicos. Os mais antigos foram organizados na Itália, em 1309 em Salerno.
A descoberta da imprensa e da xilografia facilitou a divulgação de ‘Livros de ervas’ e permitiu a comparação de plantas localizadas em diversos lugares freqüentemente distantes. Assim, tornou-se indispensável a criação de sistemas de identificação que podiam ser compreendidos em varias nações e línguas diferentes.
Na base dos sistemas de Aristóteles, Teofrasto, Plínio e Dioscórides, inicia-se a criação de numerosos sistemas novos, alguns bastante lógicos e adaptados às exigências da época, uns, porém, mais confusos que os antigos. 
Esses sistemas destinavam-se ao reconhecimento da planta e foram baseados na morfologia externa, anotação sucinta de caracteres, permitindo a comparação de material localizado em diversas e distantes coleções (Período de sistematização). Tinham fundamentação morfológica, recebendo, porem, ainda a influencia das premissas filosóficas relativas ao principio de imutabilidade das espécies.
O primeiro desses sistemas exposto em definições claras, exatas e lógicas, criado por Andréa Caesalpino (Piza, 1519-1603), foi baseado na estrutura de frutos e sementes. Esteve em uso por um século, até o aparecimento do sistema também artificial, porém mais completo e prático, do professor Karl Von Lineé, da Suécia (1707-1775). 
O sistema lineano é baseado na morfologia da flor, principalmente na estrutura e número de estames e pistilos. Lineu dividiu o reino vegetal em Criptógamas – plantas com processos sexuados encobertos e Fanerógamas – plantas com processos sexuados visíveis. Esta divisão, com certas modificações é usada até hoje. O maior mérito de Lineu foi o de pôr em ordem enorme quantidade de material coletado por ele mesmo e outros botânicos e zoólogos e de idealizar e empregar com sucesso uma nomenclatura e uma terminologia breve, clara e lógica, que até hoje está em vigor. Foi o primeiro que deu a noção de ‘espécie’ e ‘gênero’ como base para a nomenclatura binária.
Lineu estabeleceu classes e ordens de plantas. As classes em número de 24 se fundamentavam em caracteres apresentados pelo aparelho reprodutor. Nas plantas com flores, que abrangiam 23 classes, levou em consideração o sexo, o número de estames, a relação entre suas partes, etc. A classe XXIV trata das Criptogámas. As ordens, conforme as classes a que pertenciam, eram denominadas segundo critérios relacionados com o número de ovários (existindo só um ovário, passou a considerar o número de estiletes ou de estigmas), com o número de estames e com a natureza do fruto. 
Com o incremento dos conhecimentos sobre a flora mundial veio a verificação da existência de maiores afinidades naturais entre plantas do que as indicadas pelo ‘sistema sexual’ de Lineu. Os novos sistemas organizam plantas em grupos afins, pela existência de caracteres morfológicos e anatômicos comuns. Em rigor, não poderiam ser ‘naturais’ por não se compatibilizarem com a idéia da evolução, o que só ocorreu com os atuais sistemas filogenéticos, também chamados naturais modernos.
Dos muitos sistemas que se seguiram, mais um que merece ser mencionado é o de Antoine Jussieu (1748-1836, Paris). Também artificial, porém baseado num maior conjunto de caracteres morfológicos. Este sistema tenta agrupar os organismos numa seqüência partindo dos mais primitivos e simples aos mais complexos morfologicamente. Esta disposição aproxima-se aos princípios de sistemas naturais ou filogenéticos.
Uma inovação feliz de Jussieu foi empregar na definição das classes de fanerógamas o número de cotilédones: Monocotiledôneas: plantas com uma folha germinal e Dicotiledôneas: plantas com duas folhas germinais.
Por mais que Jussieu e contemporâneos, instintivamente se aproximavam à idéia de um sistema natural ou evolutivo, não podiam formulá-lo antes de formulada a própria teoria da evolução.
A vitória final das idéias evolucionistas coube Charles Darwin (1809-1882) com a publicação do seu famoso trabalho sobre a origem das espécies.
A teoria de descendência e de desenvolvimento evolutivo de formas mais complexas e perfeitas a partir de formas mais antigas e primitivas fornecem um sólido alicerce em que poderia ser construído um verdadeiro sistema filogenético, isto é, seqüência de organismos pela afinidade de origem, sua sucessão e como nos parece, a marcha do processo evolutivo a partir de organismo unicelular até o mais perfeito.
A maioria dos sistemas desta época (Sistemas filogenéticos) fundamentam-se nas teorias de Darwin. Merecem ser destacados o Sistema de Engler e mais recentemente o Sistema de Arthur Cronquist.
Adolf Engler (1844-1930) – elaborou, num guia de plantas do Jardim Botânico de Breslan, um esquema de classificação que foi usado durante muito tempo como um dos melhores sistemas de classificação, publicado pela primeira vez na obra Engler & Plantl (1887-1899). Ainda que não seja filogenético em exato sentido, representa um esforço em divisar um esquema que tenha a utilidade e a praticabilidade de um sistema natural, firmado sobre relações de forma e compatível com os princípios da evolução. 
Foram considerados caracteres essenciais e secundários, sem deixar de ser reconhecido que, muitas vezes, tais caracteres não apresentavam valor absoluto. Foi admitido que no desenvolvimento diverso das flores, dos frutos e das sementes, existe, até certo grau, uma progressão que corresponde ao desenvolvimento filogenético.
Em 1964, foram propostas modificações na seqüência e na posição de diversos grupos, à luz de novos conhecimentos derivados da anatomia, da química, da embriologia e de outros campos da ciência.
SISTEMA DE A. ENGLER (Edição de 1936)
	
Divisões
	I.
	Schyzophyta
	
	II.
	Myxomycetes
	
	III.
	Flagelatae
	
	IV.
	Dinoflagellatae
	
	?
	Silicoflagellatae
	
	V.
	Heterocontae
	
	VI.
	Bacillariophyta
	
	VII.
	Conjugatae
	
	VIII.
	Chlorophyceae
	
	IX.
	Charophyta
	
	X.
	Phaeophyceae
	
	XI.
	Rhodophyceae
	
	XII.
	Eumycetes
	
	XIII. Archegonitae
 Subdivisão 1a Bryophyta
 Subdivisão 2a Pteridophyta
	
	XIV.
	Embryophyta Syphonogama
 Subdivisão 1a Gymnospermae
 Subdivisão 2a Angiospermae
 Classe 1a Monocotyledoneae
 Classe 2a Dicotyledoneae
	Arthur Cronquist (Estados Unidos), ocupou-se da sistemática das Angiospermas. Apresentou uma versão do seu sistema em 1968, depois em 1981, com alterações em 1988. Foi o maior responsável pela nova classificação das Angiospermas. O Sistema de Cronquist é dividido em duas classes amplas, mono e dicotiledôneas. As ordens relacionadas estão colocadas em subclasses. O sistema, como descrito em 1981, tem 321 famílias e 64 ordens.
SISTEMA DE CRONQUIST (1981)
DIVISÃO MAGNOLIOPHYTA (Antophyta, Angiospermae)
A. CLASSE MAGNOLIOPSIDA (Magniolatae, Dicotyledoneae)
Subclasse I. Magnoliidae
	Ordem 1. Magnoliales
	 8. Annonaceae
	 Família. 1. Winteraceae 
	 9. Myristicaceae
	 2. Degeneriaceae
	 10. Canellaceae
	 3. Himantandraceae
	Ordem 2. Laurales
	 4. Magnoliaceae
	 Família. 1. Amborellaceae
	 5. Lactoridaceae
	 2. Trimeniaceae
	 6. Austrobaileyaceae 
	 3. Monimiaceae
	 7. Eupomatiaceae
	 4. Gomortegaceae
	 5. Calycanthaceae 
	 4. Cabombaceae
	 6. Idiospermaceae
	 5. Ceratophyllaceae
	 7. Lauraceae
	Ordem 7. Ranunculales
	 8. Hernandiaceae
	 Família. 1. RanunculaceaeOrdem 3. Piperales
	 2. Circaeasteraceae
	 Família. 1. Chlorantaceae 
	 3. Berberidaceae
	 2. Saururaceae
	 4. Sargentodoxaceae
	 3.Piperaceae
	 5. Lardizabalaceae
	Ordem 4. Aristolochiales
	 6. Menispermaceae
	 Família. 1. Aristolochiaceae 
	 7. Coriariaceae
	Ordem 5. Illiaceales
	 8. Sabiaceae
	 Família. 1. Illiciaceae 
	Ordem 8. Papaverales
	 2. Schisandraceae
	 Família. 1. Papaveraceae 
	Ordem 6. Nymphaeales
	 2. Fumariaceaeaceae
	 Família. 1. Nelumbonaceae 
	
	 2. Nymphaeaceae
	
	 3. Barclayaceae
	
Subclasse II. Hamamelidae
	Ordem 1. Trochodendrales
	 3. Cannabaceae
	 Família. 1. Tetracentraceae 
	 4. Moraceae
	 2. Trochodendraceae
	 5. Cecropiaceae
	Ordem 2. Hamamelidales
	 6. Urticaceae 
	 Família. 1. Cercidiphyllaceae 
	Ordem 7. Leitneriales
	 2. Eupteliaceae
	 Família. 1. Leitneriaceae 
	 3. Platanaceae
	Ordem 8. Juglandales
	 4. Hamamelidaceae
	 Família. 1. Rhoipteleaceae
	 5. Myrothamnaceae
	 2. Juglandaceae
	Ordem 3. Daphniphyllales
	Ordem 9. Myricales
	 Família. 1. Daphniphyllaceae 
	 Família. 1. Myricaceae 
	Ordem 4. Didymelales
	Ordem 10. Fagales
	 Família. 1. Didymelaceae 
	 Família. 1. Balanopaceae 
	Ordem 5. Eucommiales
	 2. Fagaceae
	 Família. 1. Eucommiaceae 
	 3. Betulaceae
	Ordem 6. Urticales
	Ordem 11. Casuarinales
	 Família. 1. Barbeyaceae 
	 Família. 1. Casuarinaceae 
	 2. Ulmaceae
	
Subclasse III. Caryophyllidae
	Ordem 1. Caryophyllales
	 9. Portulacaceae
	 Família. 1. Phytolaccaceae 
	 10. Basellaceae 
	 2. Achatocarpaceae
	 11. Molluginaceae 
	 3. Nyctaginaceae
	 12. Caryophyllaceae
	 4. Aizoaceae
	Ordem 2. Polygonales
	 5. Didiereaceae
	 Família. 1. Polygonaceae 
	 6. Cactaceae
	Ordem 3. Plumbaginales
	 7. Chenopodiaceae
	 Família. 1. Plumbaginaceae 
	 8. Amaranthaceae
	
Subclasse IV. Dilleniidae
	Ordem 1. Dilleniales
	 12. Dioncophyllaceae
	 Família. 1. Dilleniaceae 
	 13. Ancistrocladaceae
	 2. Paeoniaceae
	 14. Turneraceae
	Ordem 3. Theales
	 15. Melesherbiaceae
	 Família. 1. Ochnaceae 
	 16. Passifloraceae
	 2. Sphaerosepalaceae
	 17. Achariaceae
	 3. Sarcolaenaceae
	 18. Caricaceae
	 4. Dipterocarpaceae
	 19. Fouquieriaceae
	 5. Caryocaraceae
	 20. Hoplestigmataceae
	 6. Theaceae
	 21. Cucurbitaceae
	 7. Actinidaceae
	 22. Datiscaceae
	 8. Scytopetalaceae
	 23. Begoniaceae
	 9. Pentaphylacaceae
	 24. Loasaceae
	 10. Tetrameristaceae
	Ordem 7. Salicales
	 11. Pellicieraceae
	 Família. 1. Salicaceae 
	 12. Oncothecaceae
	Ordem 8. Capparales
	 13. Marcgraviaceae
	 Família. 1. Tovariaceae
	 14. Quiinaceae 
	 2. Capparaceae
	 15. Elatinaceae
	 3. Brassicaceae
	 16. Paracryphiaceae
	 4. Moringaceae
	 17. Medusagynaceae
	 5. Resedaceae
	 18. Clusiaceae
	Ordem 9. Batales
	Ordem 3. Malvales
	 Família. 1. Gyrostemonaceae
	 Família. 1. Elaeocarpaceae
	 2. Bataceae
	 2. Tiliaceae
	Ordem 10. Ericales
	 3. Sterculiaceae
	 Família. 1. Cyrillaceae
	 4. Bombacaceae
	 2. Clethraceae
	 5. Malvaceae
	 3. Grubbiaceae
	Ordem 4. Lecythidales
	 4. Empetraceae
	 Família. 1. Lecythidaceae
	 5. Epacridaceae
	Ordem 5. Nepenthales
	 6. Eriaceae
	 Família. 1. Sarraceniaceae
	 7. Pyrolaceae
	 2. Nepenthaceae
	 8. Monotropaceae
	 3. Droseraceae
	Ordem 11. Diapensiales
	Ordem 6. Violales
	 Família. 1. Diapensiaceae
	 Família. 1. Flacourticeae
	Ordem 12. Ebenales
	 2. Peridiscaceae
	 Família. 1. Sapotaceae
	 3. Bixaceae
	 2. Ebenaceae
	 4. Cistaceae
	 3. Styracaceae
	 5. Huaceae
	 4. Lissocarpaceae
	 6. Lacistemataceae
	 5. Symplocaceae
	 7. Scyphostegiaceae
	Ordem 13. Primulales
	 8. Stachyuraceae
	 Família. 1. Theophrastaceae
	 9. Violaceae
	 2. Myrsinaceae
	 10. Tamaricaceae
	 3. Primulaceae
	 11. Frankeniaceae
	
Subclasse V. Rosidae
	Ordem 1. Rosales
	 9. Eremolepidaceae
	 Família. 1. Brunelliaceae 
	 10. Balanophoraceae
	 2. Connaraceae
	Ordem 10. Rafflesiales
	 3. Eucryphiaceae
	 Família. 1. Hydnoraceae
	 4. Cunoniaceae
	 2. Mitrastemonaceae
	 5. Daviddoniaceae
	 3. Rafflesiaceae
	 6. Dialypetalanthaceae
	Ordem 11. Celastrales
	 7. Pittosporaceae
	 Família. 1. Geissolomataceae
	 8. Byblidaceae
	 2. Celastraceae
	 9. Hydrangeaceae
	 3. Hippocrateaceae
	 10. Columelliaceae
	 4. Stackhousiaceae
	 11. Grossulariaceae
	 5. Salvadoraceae
	 12. Greyiaceae
	 6. Aquifoliaceae
	 13. Bruniaceae
	 7. Icacinaceae
	 14. Anisophylleaceae 
	 8. Aextoxicaceae
	 15. Alseuosmiaceae
	 9. Cardiopteridaceae
	 16. Crassulaceae
	 10. Corynocarpaceae
	 17. Cephalotaceae
	 11. Dichapetalaceae
	 18. Saxifragaceae
	Ordem 12. Euphorbiales
	 19. Rosaceae
	 Família. 1. Buxaceae
	 20. Neuradaceae2. Simmondsiaceae
	 21. Crossosomataceae
	 3. Pandaceae
	 22. Chrysobalanaceae
	 4. Euphorbiaceae
	 23. Surianaceae
	Ordem 13. Rhamnales
	 24. Rhabdodendraceae
	 Família. 1. Rhamnaceae
	Ordem 2. Fabales
	 2. Leeaceae
	 Família. 1. Mimosaceae
	 3. Vitaceae
	 2. Caesalpinaceae
	Ordem 14. Linales
	 3. Fabaceae
	 Família. 1. Erythroxylaceae
	Ordem 3. Proteales
	 2. Humiriaceae
	 Família. 1. Eleagnaceae
	 3. Ixonanthaceae
	 2. Proteaceae
	 4. Hugoniaceae
	Ordem 4. Podostemales
	 5. Lineaceae
	 Família. 1. Podostemaceae
	Ordem 15. Polygonales
	Ordem 5. Haloragales
	 Família. 1. Malpighiaceae
	 Família. 1. Haloragaceae
	 2. Vochysiaceae
	 2. Gunneraceae
	 3. Trigoniaceae
	Ordem 6. Myrtales
	 4. Tremandraceae
	 Família. 1. Sonneratiaceae
	 5. Polygonaceae
	 2. Lythraceae
	 6. Xanthophyllaceae
	 3. Penaeaceae
	 7. Krameriaceae
	 4. Crypteroniaceae
	Ordem 16. Sapindales
	 5. Thymelaeaceae
	 Família. 1. Staphyleaceae
	 6. Trapaceae
	 2. Melianthaceae
	 7. Myrtaceae
	 3. Bretschneideraceae
	 8. Punicaceae
	 4. Akaniaceae
	 9. Onagraceae
	 5. Sapindaceae
	 10. Oliniaceae
	 6. Hippocastanaceae
	 11. Melastomataceae
	 7. Aceraceae
	 12. Crombetaceae
	 8. Burseraceae
	Ordem 7. Rhizophales
	 9. Anacardiaceae
	 Família. 1. Rhizopharaceae 
	 10. Julianiaceae
	Ordem 8. Cornales
	 11. Simaroubaceae
	 Família. 1. Alangiaceae
	 12. Oneoraceae
	 2. Nyssaceae
	 13. Meliaceae
	 3. Cornaceae
	 14. Rutaceae 
	 4. Garryaceae
	 15. Zygophyllaceae
	Ordem 9. Santalales
	Ordem 17. Geraniales
	 Família. 1. Medusandraceae
	 Família. 1. Oxalidaceae
	 2. Dipentodontaceae
	 2. Geraniaceae
	 3. Olacaceae
	 3. Limnathaceae
	 4. Opiliaceae
	 4. Tropaeolaceae
	 5. Santalaceae
	 5. Balsaminaceae
	 6. Misodendraceae
	Ordem 18. Apiales (Araliales)
	 7. Loranthaceae
	 Família. 1. Araliaceae
	 8. Viscaceae
	 2. Apiaceae
Subclasse VI. Asteridae
	Ordem 1. Gentiales
	 4. Globulariaceae
	 Família. 1. Loganiaceae 
	 5. Myoporaceae
	 2. Gentianaceae
	 6. Orobanchaceae
	 3. Saccifoliaceae
	 7. Gesneriaceae
	 4. Apocynaceae
	 8. Acanthaceae
	 5. Asclepiadaceae
	 9. Pedaliaceae
	Ordem 2. Solanales (Polemoniales)
	 10. Bignoniaceae
	 Família. 1. Duckeodendraceae
	 11. Mendonciaceae
	 2. Nolanaceae
	 12. Lentibulariaceae
	 3. Solanaceae
	Ordem 7. Campanulales 
	 4. Convolvulaceae
	 Família. 1. Pentaphragmataceae
	 5. Cuscutaceae
	 2. Sphenocleaceae
	 6. Menyanthaceae
	 3. Campanulaceae
	 7. Retziaceae
	 4. Stylidiaceae
	 8. Polemoniaceae
	 5. Donatiaceae
	 9. Hydrophyllaceae
	 6. Brunoniaceae
	Ordem 3. Lamiales
	 7. Goodeniaceae
	 Família. 1. Lenndaceae
	Ordem 8. Rubiales
	 2. Boraginaceae
	 Família. 1. Rubiaceae
	 3. Verbenaceae
	 2. Theligonaceae
	 4. Lamiaceae
	Ordem 9. Dipsacales
	Ordem 4. Callitrichales
	 Família. 1. Caprifoliaceae
	 Família. 1. Hippuridaceae 
	 2. Adoxaceae
	 2. Callitrichaceae
	 3. Valerianaceae
	 3. Hydrostachyaceae
	 4. Dipsacaceae
	Ordem 5. Plantaginales
	Ordem 10. Calycerales
	 Família. 1. Plantaginaceae 
	 Família. 1. Calyceraceae
	Ordem 6. Scrophulariales
	Ordem 11. Asterales
	 Família. 1. Buddlejaceae 
	 Família. 1. Asteraceae
	 2. Oleaceae
	
	 3. Scrophulariaceae
	
B. CLASSE LILIOPSIDA (Liliatae, Monocotyledoneae)
Subclasse I. Alismatidae
	Ordem 1. Alismatales
	 4. Potamogetonaceae
	 Família. 1. Butomaceae 
	 5. Ruppiaceae
	 2. Limnocharitaceae
	 6. Najadaceae
	 3. Alismataceae
	 7. Zannichelliaceae
	Ordem 2. Hydrocharitales
	 8 . Posidoniaceae
	 Família. 1. Hydrochritaceae 
	 9. Cymodoceaceae
	Ordem 3. Najadales
	 10. Zosteraceae
	 Família. 1. Aponogetonaceae 
	Ordem 4. Triuridales
	 2. Scheuchzeriaceae 
	 Família. 1. Petrosaviaceae 
	 3. Juncaginaceae
	 2. Triuridaceae 
Subclasse II. Arecidae
	Ordem 1. Aracales
	Família. 1. Pandanaceae
	 Família. 1. Aracaceae 
	Ordem 4. Arales
	Ordem 2. Cyclantales
	 Família. 1. Araceae 
	 Família. 1. Cyclanthaceae
	 2. Lemnaceae
	Ordem 3. Pandanales
	
Subclasse III. Commelinidae
	Ordem 1. Commelinales
	Ordem 4. Juncales
	 Família. 1. Rpateaceae 
	 Família. 1. Juncaceae 
	 2. Xyridaceae
	 2. Thurniaceae
	 3. Mayacaceae
	Ordem 5. Cyperales
	 4. Commelinaceae
	 Família. 1. Cyperaceae 
	Ordem 2. Eriocaulales
	 2. Poaceae
	 Família. 1. Eriocaulaceae 
	Ordem 6. Hydatellales
	Ordem 3. Restionales
	 Família. 1. Hydatellaceae 
	 Família. 1. Flagellariaceae 
	Ordem7. Typhales
	 2. Joinvilleaceae
	 Família. 1. Sparganiaceae 
	 3. Restionaceae
	 2. Typhaceae
	 4. Centrolepidaceae
	
Subclasse IV. Zingiberidae
	Ordem 1. Bromeliales
	 4. Lowiaceae
	 Família. 1. Bromeliaceae 
	 5. Zingiberaceae
	Ordem 2. Zingiberales
	 6. Costaceae 
	 Família. 1. Strelitziaceae
	 7. Cannaceae
	 2. Heliconiaceae
	 8. Marantaceae
	 3. Musaceae
	
Subclasse V. Liliidae
	Ordem 1. Liliales
	 11. Hanguanaceae 
	 Família. 1. Philydraceae 
	 12. Taccaceae
	 2. Pontederiaceae
	 13. Stemonaceae
	 3. Haemodoraceae
	 14. Smilacaceae
	 4. Cyanastraceae
	 15. Dioscoreaceae
	 5. Liliaceae
	Ordem 2. Orchidales6. Iridaceae
	 Família. 1. Geosiridaceae 
	 7. Velloziaceae
	 2. Burmanniaceae
	 8. Aloeaceae
	 3. Corsiaceae
	 9. Agavaceae
	 4. Orchidaceae
	 10. Xanthorrhoeaceae
	
	Em relação às Angiospermas, modernamente, análises cladísticas baseadas na morfologia, rRNA, rbcL e seqüências nucleotídicas de atpB não confirmam a tradicional divisão das angiospermas em monocotiledôneas e dicotiledôneas; as monocotiledôneas constituem um grupo monofilético, ou seja, possuem um ancestral comum, enquanto que as dicotiledôneas formam um complexo parafilético. Entretanto, um grande número de espécies consideradas ‘dicotiledoneas’ constituem um bem suportado clado-tricolpadas (que apresentam grão de pólen tricolpados) ou eudicotiledôneas. Assim, temos hoje, nas angiospermas o grupo das monocotiledôneas, o grupo das tricolpadas (eudicotiledôneas) e resta um grupo ainda carente de relacionamento filogenético, denominado basal que inclue Nymphaeales, Ceratophyllales, Piperales e Aristolochiales (paleoervas ou não monocotiledôneas) e Magnoliales, Laurales e Illiciales (complexo Magnoliides).
	Sistema de Engler
	Sistema de Cronquist
	Angiospermae
	Magnoliophyta
	Dicotyledoneae
	Magnoliopsida
	Monocotyledoneae
	Liliopsida
UNIDADES SISTEMATICAS OU CATEGORIAS TAXONOMICAS
	De acordo com o conceito de que existem relações entre as plantas, elas devem ser enquadradas em categorias que indiquem suas presumíveis afinidades sistemáticas. Cada categoria taxonômica representa um grupo de plantas, e há categorias maiores e menores de classificação. As categorias taxonômicas representam níveis hierárquicos, segundo critérios adotados nos diversos sistemas de classificação, os táxons são os termos aplicados aos agrupamentos considerados incluídos nessas categorias:
	CATEGORIA
	TÁXON
	Divisão
	Magnoliophyta, Briophyta
	Ordem
	Malvales, Rosales
	Família
	Araceae, Rutaceae
 
	As regras Internacionais de Nomenclatura estabelecem que uma categoria de plantas pode se subdividir em categorias intermediarias e de hierarquia mais baixa, acrescentando-se ao seu nome o prefixo sub.
	Consideradas as categorias principais pode-se ter a seguinte gradação:
Reino – Divisão – Subdivisão – Classe- Subclasse – Ordem – Subordem – Família – Subfamília – Tribo – Subtribo – Gênero – Subgênero – Seção – Subseção – Série – Subsérie - Espécie – Subespécie – Variedade – Subvariedade – Forma – Subforma.
	Os nomes aplicados a todas as categorias taxonômicas são latinos e recebem, em geral, nomes com terminações próprias, relacionadas à categoria a que pertencem. Resultam, nestes casos, nomes que têm o mesmo radical da palavra com que é designado um gênero. Exemplo: Magnólia (gênero), Magnoliaceae (família), Magnoliales (ordem), Magnoliopsida (classe) e, Magnoliophyta (divisão).
	As terminações próprias dos nomes de grupos taxonômicos, correspondentes às categorias acima de gênero são:
	Divisão
	phyta
	Subdivisão
	phytina
	Classe
	opsida
	Subclasse
	idae
	Ordem
	ales
	Subordem
	inae
	Família
	aceae
	Subfamília
	oideae
	Tribo
	eae
	Subtribo
	inieae
	Tendo em vista sistemas de classificação diferentes, observa-se que os nomes aplicados a grupos taxonômicos correspondentes a determinadas categorias podem manter-se iguais ou não, inclusive, casos em que ao mesmo nome são atribuídos níveis hierárquicos variados, conforme a conceituação dos autores:
	Sistemas
	Divisão
	Subdivisão
	Classe
	Subclasse
	Bentham & Hooker
	Phanerogamae
	Angiospermae
	Dicotyledoneae
	Polypetala
	Engler
	Embryophyta
Siphonogama
	Angiospermae
	Dicotyledoneae
	Archyclamideae
	Cronquist
	Magnoliophyta
(Angiospermae)
	-
	Magnoliopsida
(Magnoliatae)
	Magnoliidae
Divisão: é a categoria que fica logo abaixo do Reino, formada por um conjunto de classes. Em regra, são tomados para sua constituição caracteres gerais relacionados com estruturas reprodutivas, morfológicas ou anatômicas.
Classe: categoria hierarquicamente inferior à Divisão, constituída por um conjunto de Ordens.
Ordem: formada por um conjunto de famílias, é estabelecida com base em particularidades mais definidas (caracteres filogenéticos).
Família: constituída por mais de um gênero. Sua descrição é feita de modo a contemplar características dos gêneros quase sempre numerosos. Quando se está interessado em identificar um material botânico desconhecido, comumente procura-se, em primeiro lugar, conhecer a família a que pertence. A partir daí, com ou sem uso de chaves, chega-se aos grupos subordinados.
O nome da Família é formado pelo radical do nome de um de seus gêneros, acrescido da terminação aeae. 
Gênero: categoria formada pela reunião de espécies semelhantes, cujo relacionamento não se baseia somente em caracteres morfológicos, mas também em particularidades de outra natureza, como a origem, as migrações, o comportamento genético, fisiológico e ecológico.
Espécie: até meados do século XVII, a designação de uma planta era freqüentemente polinomial, isto é, formada por varias palavras que eram uma descrição da espécie. À medida que crescia o número de espécies conhecidas, evidenciava-se a impraticabilidade desse procedimento. O sistema binomial passou a ser adotado a partir de Lineu (1753), daí por diante se tornou normativa a nomenclatura binária. Usa-se sp. ou spp. para espécie ou espécies respectivamente.
Nomenclatura binária: segundo o sistema de nomenclatura binária, universalmente adotado, as plantas são cientificamente designadas por um conjunto de duas palavras latinas ou latinizadas, correspondentes ao nome genérico e ao epíteto especifico (exemplo: Croton sonderianus). A primeira palavra (nome genérico) indica o gênero a que pertence a espécie e a segunda (epíteto especifico) permite designar espécies diferentes dentro de um mesmo gênero.
Para distinguir as espécies com exatidão, torna-se necessário que em todo o Reino Vegetal só haja um nome de gênero válido e que em determinado gênero não se repita o mesmo epíteto especifico.
Categorias infraespecíficas: no Código de Nomenclatura Botânica, são previstas as seguintes categorias taxonômicas: subespécie, variedade, subvariedade, forma e subforma. Subespécie, variedade e subvariedade são abreviadas para subsp., var. e subvar.
Citação dos nomes dos autores
	Os nomes das plantas devem ser escritos seguidos dos nomes dos autores:
Mimosa platycarpa Ducke
Cassia catártica var. tenuicaulis Irwin
	Quando os autores são botânicos bastante conhecidos, podem ser escritos abreviadamente: Tricogonia Endl. (Endlicher).
	Às vezes, são usadas abreviações extremas como L. para Lineu, M. para Martius, etc. as quais são inteligíveis por representarem nomes consagrados.
Casos especiais – Plantas cultivadas
	As plantas cultivadas se desenvolvem como populações artificiais, mantidas e propagadas pelo homem. Por esta razão, a hierarquia botânica de categorias infraespecificas baseia-se na categoria Cultivar, sendo às vezes chamadas erroneamente de variedades.
	Uma cultivar é um conjunto de plantas cultivadas o qual se distingue claramente por uma serie de caracteres, os quais se mantêm nos descendentes, quando estes se reproduzem tanto sexuada como assexuadamente. Algumas cultivares têm-se originado naturalmente, mas a maioria é criada por cultivo. O nome da cultivar se escreve com inicial maiúsculo e precedido pela abreviação cv., ou colocando-o entre aspas. Por exemplo: Phaseolus vulgaris L.cv. Carioca. O nome da cultivar deve ser imaginário, em línguas modernas (não se usa o latim).
	 
As Fanerógamas (plantas com órgãos de reprodução visíveis) ou Espermatófitas (plantas cuja reprodução se realiza através da semente) ou Embriófita Sifonógamas (plantas que como resultado da fecundação formam um embrião e apresentam tubo polínico),compreendem dois grupos de plantas, que são as Pinophyta (Gimnospermae) e as Magnoliophyta (Angiospermae).
Uma das mais importantes inovações que apareceram durante a evolução das plantas vasculares foi a semente. As sementes parecem ser um dos fatores responsáveis pela dominação das espermatófitas na flora atual. A razão é simples, a semente tem capacidade de sobrevivência.
Todas as plantas com sementes possuem macrofilos e incluem cinco Divisões com representantes atuais: Cycadophyta, Ginkgophyta, Coniferophyta, Gnetophyta (Gimnospermas) e, Anthophyta (Angiospermas).
GIMNOSPERMAS
A palavra Gimnosperma, oriunda do grego, significa semente (sperma) nua (gymnos). A etimologia indica que os componentes desta Subdivisão carecem de frutos verdadeiros, apresentando sementes provenientes de óvulos nus, dispostos na superfície do macrosporófilo. A palavra foi cunhada por Teofrasto, discípulo de Aristóteles no ano 300 a.C.
As gimnospermas, pouco numerosas no contexto da flora atual, reúnem apenas 675 espécies, arranjadas em 63 gêneros. Correspondem a um grupo de plantas que surgiu provavelmente no período Devodiano da era Paleozóica, há cerca de 400 milhões de anos. Com o aparecimento das angiospermas no período Jurássico (cerca de 160 milhões de anos), o conjunto das gimnospermas entrou em rápido declínio mantendo, contudo, uma grande importância na composição florestal das regiões temperadas e frias do mundo.
Como grupo de plantas produtoras de madeira, as gimnospermas cumprem um papel insubstituível. 
As espécies de gimnospermas são em geral gregárias, compondo florestas relativamente homogêneas. A vasta região das florestas boreais euro-siberianas, inclui algumas espécies de Pinus, Larix e Picea. Só as florestas de lariço (Larix sp.) cobrem cerca de 2,5 milhões de Km2 na Sibéria. Mesmo em países tropicais como o Brasil, pode ser observada esta tendência gregária. O gregarismo das gimnospermas vincula-se à polinização anemófila, característica do grupo, que pressupõe e requer um adensamento de indivíduos, para haver uma adequada fertilização. 
As gimnospermas também se notabilizam pelo crescimento monopodial. A dominância permanente do meristema apical do tronco sobre s demais, acaba por produzir uma forma arbórea vantajosa, composta de um longo fuste retilíneo, e ramos relativamente delgados.
Sob o ponto de vista tecnológico, as gimnospermas constituem o grupo das chamadas ‘madeiras macias’ ou ‘madeiras de fibras longas’, ‘Softwood’ em inglês. O termo ‘madeira de fibra longa’ explica-se pela predominância no lenho das gimnospermas de um único tipo celular: o traqueóide longitudinal (condução e sustentação mecânica). Os gêneros Ephedra, Gnetum e Welwitschia constituem uma exceção dentro das gimnospermas por apresentar vasos verdadeiros e fibras na estrutura básica do xilema, assemelhando-se às angiospermas.
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GIMNOSPERMAS
	CLASSE
	ORDEM
	Família
	Gênero - espécie
	Cycadophyta
	Cycadales
	Zamiaceae
	Dioon spp.
	
	
	
	Encephalartos spp.
	
	
	
	Zamia ulei, Zamia boliviana, Z. brogniarti *
	
	
	Cycadaceae
	Cycas revoluta *, C. circinalis, C. media
	Ginkgophyta
	Ginkgoales
	Ginkgoaceae
	Ginkgo biloba *
	Coniferophyta
	Coniferales
	Pinaceae
	Abies alba *, A. balsamea
	
	
	
	Larix decidua, L.laricina*
	
	
	
	Picea abies *
	
	
	
	Cedros atlântica *, C. deodora *, C. libanii *
	
	
	
	Pinus canariensis, P.echinata, P.elliottii *, P.taeda *, P.patula
	
	
	Cupressaceae
	Chamaesyparis lawsoniana, Chamaesyparis pisifera *, Cupressus arizonica, C. funebris *, C. lusitanica *, C. macrocarpa*, C. sempervirens *, Thuja occidentalis, Thuja orientalis *, Junniperus communis
	
	
	Taxodiaceae
	Cryptomeria japonica , Cunninghamia lanceolata *, Metasequoia glyptostroboides *, Sequóia sempervirens*, Sequoiadendron giganteum, Taxodium disticum*, 
	
	
	Podocarpaceae
	Podocarpus lambertii *, P. selowii
	
	
	Cephalotaxaceae
	Cephalartus harringtonia
	
	
	Araucariaceae
	Agathis robusta, A. angustifólia *, A. araucana, A. bidwilii*, A. columnaris*, A.heterophylla
	Taxophyta
	Taxales
	Taxaceae
	Taxus baccata
	Chlamydospermae
	Gnetales
	Ephedraceae
	Ephedra tweeieana
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Verifica-se uma nítida preponderância das coníferas (Classe Coniferophyta – Ordem Coniferales) sobre os demais táxons gimnospérmicos, a qual se manifesta tanto no número de espécies como na amplitude da distribuição geográfica e na importância econômica.
Não se pode esquecer, que gimnospermas e coníferas não são termos equivalentes e que o ultimo, é apenas parte do primeiro. Os Ginkgo, Taxus e Ephedra, por exemplo, não são coníferas, apesar de verdadeiras gimnospermas.
 As gimnospermas são pouco numerosas na flora brasileira, incluindo apenas os gêneros Araucaria, Podocarpus, Zamia, Gnetum e Ephedra. Destes, somente os dois primeiros incluem espécies arbóreas. Os demais carecem de interesse econômico atual e não produzem madeira utilizável, tendo os indivíduos adultos uma estrutura caulinar pouco lenhosa (Zamia) ou do tipo cipó (Gnetum e Ephedra).
O gênero Zamia possui de seis a oito espécies amazônicas. O gênero Gnetum também inclui diversas espécies hileianas, conhecidas localmente como ‘toás’ e utilizadas em trabalhos de cestaria. Ephedra tweediana, a única espécie sul-rio-grandense do gênero, é também arbusto trepador, pouco conhecido e se interesse na atualidade. Os gêneros Araucária e Podocarpus possuem espécies nativas valiosas pela produção de madeira.
 Apesar de reduzido o número de espécies de gimnospermas na flora brasileira, o grupo assume grande importância, devido às numerosas espécies introduzidas para fins ornamentais ou madeireiros. O catálogo das gimnospermas cultivadas depende da região focada. As espécies mais comuns no sul do Brasil são originarias dos Estados Unidos (Pinus elliottii, Pinus taeda) e Europa (P. silvestris, P.pinaster e P.pinea), ao passo que no centro e norte do país são cultivadas espécies de caráter mais tropical, provenientes de América Central (Pinus caribeana, P.oocarpa) ou Sudeste Asiático (P.merkusii, P.kesiya).
I. CLASSE CYCADOPHYTA – CYCADATAE
	Os representantes incluídos nesta classe têm folhas inteiras ou mais ou menos penadas, grandes, em geral pecioladas. Óvulos produzidos em megasporófilos, em geral modificados.
Ordem Cycadales:
São plantas caulescentes ou acaules, com folhas grandes, penadas, dispostas em espiral. As folhas nascem enroladas e em geral são produzidas em grupos numerosos, periodicamente; são longamente persistentes e ao caírem deixam os restos do pecíolo revestindo o caule. Este pode ter a forma de estipe ou então se apresentar algumas vezes bifurcado, sempre com o ponto vegetativo coroado por um tufo de folhas. Nos gêneros acaules, as folhas nascem diretamente de uma porção subterrânea, globoide. As plantas são de sexo separado.
Família Zamiaceae
As flores masculinas e femininas estão reunidas em densos estróbilos e ocupam uma posição lateral na coroa de folhas. São cultivadas como ornamentais. Destacam-se Dioon (originário do México), Encephalartos (originário da África) e Zamia (com espécies no Brasil, Bolívia, Porto Rico e Estados Unidos).
Zamia ulei, Zamia boliviana, Z. Brongniarti: as três espécies são espontâneas no Brasil, na Bacia Amazônica até os Andes Bolivianos.
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Família Cycadaceae
Flores masculinas em enormes estróbilos laterais. Flores femininas terminais, não estrobiliformes, são livres, dispostas no centro da coroa das folhas assimiladoras.
Cycas revoluta: o tronco alcança 5-8m de altura, sustenta uma coroa de folhas; o comprimento das folhas varia entre 1,5 e 2m. Folíolos rígidos, retos, lanceolados, com margem revoluta. O parênquima da medula do tronco fornece matéria prima para preparação de sagu. Por isto e por ser altamente ornamental é cultivada em larga escala nos países de clima tropical e subtropical. Espécie dióica, originária da Ilha de Java. No Sul o Brasil é conhecida como‘sagu-de-jardim’ ou ‘palma-de-ramos’.
As folhas são verde-escuras na face superior e verde-claras na inferior, apresentam uma única nervura longitudinal.
Os estróbilos masculinos são oblongos (30 a 40mm) e compostos por escamas planas de cor castanha. Os indivíduos cultivados, em geral femininos, apresentam cone terminal não estrobiliforme reunindo folhas carpelares aveludado-ocráceas. Os óvulos, em número de 2 a 8, dispõem-se na parte inferior e lateral das folhas carpelares.
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I. CLASSE GINKGOPHYTA 
Ordem Ginkgoales:
	
Família Ginkgoaceae
Restringe-se atualmente a um único gênero e espécie – Ginkgo biloba -, tida como um verdadeiro fóssil vivo por seus caracteres morfológicos e anatômicos. O nome genérico vem do japonês ‘gin-kyo’, que significa ‘fruto-de-prata’.
A família teve uma distribuição muito ampla no passado. No Rio Grande do Sul, por exemplo, registra-se a presença de Ginkgoites antartica no afloramento Passo das Tropas, da Formação Santa Maria.
Ginkgo biloba L. 
Sinonímia: Salisburia adiantifolia Smith. Originário do Leste da Ásia é cultivado como curiosidade cientifica e para fins ornamentais em muitos países. A espécie nunca foi encontrada em forma silvestre e sobreviveu até hoje por serem as árvores reverenciadas por monges budistas na China e Japão. No século XVIII foi introduzida na Europa, sendo desde então muito admirada no mundo ocidental e amplamente difundida. É arvore de grande porte, dióica, caducifólia e de ramificação simpodial. Alcança 30m de altura, constituindo-se de um ou vários troncos e copa geralmente estreita, de forma piramidal. A casca varia de castanho-acinzentada a castanho-escura, mostrando fissuras profundas e entrelaçadas em indivíduos adultos.
As folhas, simples, pecioladas e reunidas em fascículos, estão dispostas em curtos raminhos laterais. O limbo varia de 3 a 8 cm de comprimento e tem forma de leque, inteiro, lobulado ou dentado na parte superior, e com nervação dicotômica muito característica. A forma e disposição das nervuras lembram certas pteridófitas, sugerindo a especulação sobre a origem das gimnospermas a partir deste grupo de plantas.
 As flores masculinas, reunidas em estróbilos cilíndricos, de cor amarela, dispostos sobre curtos brotos, compõem-se de muitos estames, com anteras bitecas divergentes. A polinização é anemófila.
A estrutura feminina reduz-se a dois ou três óvulos, sustentados por um longo pedúnculo comum. Quando desenvolvida, tem o aspecto de uma falsa drupa de cor amarela e odor desagradável, medindo de 1,5 a 2,5 cm de comprimento. A semente, comestível quando tostada, tem forma oval.
A maioria dos indivíduos cultivados no Rio Grande do Sul é do sexo feminino. São arvores muito ornamentais, destacando-se pela coloração amarela das folhas no outono.
Pode ser considerada como a mais primitiva das espécies arbóreas existentes.
A estrutura anatômica do tronco de Ginkgo biloba é semelhante à das Coniferophyta, que são de evolução superior. A medula é fracamente desenvolvida. Da medula para a periferia acha-se o xilema secundário, composto de traqueídes e contendo estreitos raios medulares. A camada cambial acrescenta cada ano novos cilindros de xilema secundário.
As árvores de Ginkgo biloba podem alcançar até 4m de circunferência. 
Esta espécie é considerada um fóssil vivo, pois é o único sobrevivente de um numeroso grupo. Mesmo este sobrevivente está desaparecendo sem que se saibam as causas.
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FECUNDAÇÃO: nas Cycadaceas e Ginkgoáceas, a fecundação é intermediária entre as samambaias e outras plantas sem frutos, os anterozóides ‘nadam’. Os gametófitos masculinos são haustoriais, absorvendo nutrientes do óvulo enquanto crescem. O tubo polínico não penetra no arquegônio, se rompe na vizinhança e libera anterozóides multiflagelados. Os anterozóides nadam para o arquegônio e um deles fecunda a oosfera.
III. CLASSE CONIFEROPHYTA 
	Plantas com folhas geralmente pequenas, sésseis, inteiras, de orma aciculada, lanceolada ou escamiforme. 
Órgãos de reprodução reunidos em cones (estróbilos), freqüentemente acompanhados de escamas estéreis. Tem o maior número de representantes vivos, com cerca de 600 espécies, distribuídas principalmente no Hemisfério Norte, tanto nas planícies como nas montanhas, formando em algumas regiões, matas extensas, compostas de uma só ou poucas espécies. No Hemisfério Sul ocorrem com freqüência nas zonas temperadas, formando matas nas planícies. Nas zonas tropicais adaptam-se ao ambiente de altitudes maiores, ocorrendo nas planícies, com maior freqüência os grupos termófilos.
A maioria são plantas arborescentes com ramificação monopodial.
Ordem Coniferales:
Famílias: Pinaceae, Cupressaceae, Taxodiaceae, Podocarpaceae, Araucariaceae.
1. Família Pinaceae 
Plantas arbóreas de grande porte. Tem grande importância econômica, pois são fornecedoras de madeira, matéria prima para produção de papel, resinas e vários outros produtos.
As folhas são persistentes, com exceção de Larix, que são caducas. Os estróbilos são unissexuados e a maioria dos gêneros é monóico-diclinos. Os estróbilos masculinos são menores, quando novos de cor amarelada ou avermelhada; os femininos são de tamanho maior, verdes quando jovens e de cor marrom após a maturação. É a maior família de Gimnospermas vivas, com centro de dispersão no Hemisfério Norte. Pertencem a ela os gêneros: Abies, Cedrus, Larix, Picea e Pinus.
 
Gênero Abies Mill., com cerca de 40 espécies, conhecidas popularmente como abetos, caracteriza-se pela presença de cones eretos e folhas solitárias, providas de duas faixas estomáticas esbranquiçadas na face inferior. Das várias espécies européias de interesse florestal, destaca-se Abies alba Mill., produtora de madeira valiosa para confecção de tampos de instrumentos musicais e, Abies balsamea (L.) Mill., originária da América do Norte, é a fonte do ‘bálsamo-do-Canadá’, utilizado em microscopia.
Gênero Larix Mill., reúne cerca de 10 espécies caducifólias, raramente encontradas no Brasil, mas de grande importância florestal em seus países de origem. Com cinco ou mais folhas lineares curtas por fascículo, e cones eretos de maturação anual, os ‘lariços’ apresentam algumas espécies que merecem destaque. Larix decidua Mill., originaria da Europa Central, é a arvore produtora da ‘terebentina-veneziana’. Larix laricina (DuRoi) K. Kock, uma das mais importantes árvores do Canadá.
Gênero Picea A. Dietrich, compreende cerca de 40 espécies de interesse madeireiro e ornamental. As árvores apresentam folhas solitárias de secção quadrada e cones pendentes. Picea abies (L.) Karsten é uma das mais importantes essências florestais da Europa Central, sendo ainda tradicionalmente utilizada como árvore de natal em sua região de origem.
Gênero Cedrus Link – compreende apenas quatro espécies, originárias da região do Mediterrâneo e Himalaia. Árvores ornamentais e de aspecto majestoso pela copa ampla e longos ramos horizontais, apresentam folhas persistentes em secção geralmente triangular, que se reúnem em fascículos com mais de cinco acículas, concentradas na extremidade de curtos raminhos laterais. Os cones, eretos, levam de 2 a 3 anos para amadurecerem. Ao contrario das demais coníferas, os cedros florescem em outono. São de relativa freqüência em praças e jardins no Sul do Brasil.
Cedrus atlantica (Endl.) Carr.
Sinonímia: Cedrus africana Gordon ex Knight; Pinus atlantica Endl.; Abies atlantica Lindley & Gordon. 
Árvore de grande porte (40m), originaria da África. São muito características a copa cônico-irregular organizada em camadas, a ramificação horizontal, a folhagem verde-azulada e a posição ereta dos brotos terminais. A casca, lisa e castanho-acinzentada, torna-se escura e sulcada ao envelhecer, desprendendo-se em lâminas. O crescimento é lento, ultrapassam os 500 anos de idade.
As folhas, de 1 a 3cm de comprimento, apresentam secção quadrada e se agrupam em fascículos de 40 a 70 acículas,dispostas na extremidade de curtos raminhos laterais, à semelhança de um pincel.
Os estróbilos masculinos, de cor amarela e com 2 a 5cm de comprimento, são cilíndricos, estreitos e ligeiramente curvos em direção ao ápice. Os cones femininos, cilíndrico-oblongos e de cor marrom clara, medem cerca de 6 cm de comprimento e 4 cm de diâmetro. As escamas muito largas têm o ápice achatado ou ligeiramente fendido, e as sementes, resinosas, são providas de asa bem desenvolvida (2cm).
As árvores, muito ornamentais pela forma e tonalidade da copa, requerem espaços abertos, sendo indicadas para parques e praças públicas. A propagação é fácil via sementes. Preferem solos permeáveis, arenosos ou pedregosos. Resiste bem a geadas e poluição ambiental. 
A madeira é durável e de boa qualidade para carpintaria, moveis de jardim e revestimentos.
Cedrus deodora (Roxb.) Loud.
Sinonímia: Cedrus indica Chambray; Cedrus libani var. deodora Hook; Abies deodora Lindley; Larix deodora K.Koch; Pinus deodora Roxb.
Árvore de grande porte, copa piramidal e longos ramos horizontais. O ápice do tronco e as extremidades dos ramos são pendentes.
A casca, acinzentada e lisa em plantas jovens, quando velha forma escamas de cor escura, com 5 a 25cm de comprimento.
As folhas são aciculares, verde-escuras e um pouco mais longas do que na espécie atlantica. Os estróbilos masculinos, de cor amarela, medem entre 2,5 e 5 cm de comprimento, os femininos, eretos, marrom-avermelhados e sésseis, variam de 7 a 12 cm de comprimento e têm forma ovóide.
Espécie de crescimento rápido, requer solos profundos, férteis e arejados, as árvores são parcialmente caducas em invernos muito frios.
É originário do Himalaia e largamente cultivado em todo o mundo para fins ornamentais. Produz madeira aromática moderadamente dura e muito resistente à intempérie, prestando-se para a construção civil, telhas, dormentes, móveis e trabalhos de carpintaria.
Cedrus libani (Loud.) A. Rich.
Sinonímia: Cedrus libanensis Juss. ex Mirbel; Cedrus libanitica Trew ex Pilger;
Cedrus cedrus Hunt; Cedrus patula K.Koch; Pinus cedrus L.; Larix cedrus Mill.; Larix patula Salib.; Abies cedrus Poiret.
Árvores de grande porte (até 40m), apresentam tronco geralmente bifurcado, folhagem verde-escura e casca acinzentada. Os indivíduos velhos caracterizam-se pela forma aplanada do ápice da copa e a disposição em camadas das robustas ramificações.
Distingue-se da espécie do Himalaia pelos ramos com extremidades eretas, não pendentes.
A casca, castanho escura, é densamente fissurada e as acículas, muito curtas (2 a 3cm), aparecem reunidas em fascículos, na extremidade de curtos braquiblastos.
Os estróbilos masculinos são oblongos, de 2,5 a 4 cm de comprimento. Os cones femininos, eretos e dispostos em ramos de cor castanha, mostram uma forma ovóide-oblonga, com 9 a 14 cm de comprimento. As sementes são aladas, irregularmente triangulares e membranáceas.
Originaria das montanhas do Líbano. A espécie se propaga com facilidade através de sementes, que conservam o poder germinativo por até 2 anos. Prefere terrenos permeáveis, pedregosos ou arenosos, desde que a umidade seja suficiente. Resiste bem a geadas. Possui crescimento lento, alcança cerca de 1.000 anos. Apresenta madeira leve, amarelada, muito cheirosa e de grande durabilidade natural.
Gênero Pinus L. – os pinheiros incluem as gimnospermas mais comuns, eles dominam em amplas extensões da América do Norte e Eurásia e são amplamente cultivados mesmo no Hemisfério Sul.
Há cerca de 90 espécies de pinheiros, todas caracterizadas pela filotaxia das folhas, que é única entre todas as coníferas atuais. As folhas dos pinheiros são aciculares. Nas plântulas, elas têm arranjos espiralados e nascem solitárias sobre os caules. Após um ou dois anos de crescimento, o pinheiro começa a produzir suas folhas em grupos ou fascículos, cada um dos grupos de pinheiros contendo um número especifico de folhas aciculadas e longas, de uma a cinco dependendo da espécie.
A identificação das espécies de Pinus baseia-se principalmente em caracteres das folhas, cones e sementes.
O gênero Pinus L., de fácil cultivo em povoamentos homogêneos, são plantas largamente utilizadas em reflorestamento, inclusive no Brasil. Sua importância florestal é extraordinária, devido à qualidade da madeira, valorizada para fins construtivos e mobiliários, também para produção de celulose e resina.
As espécies de Pinus que se destacaram, inicialmente, na silvicultura brasileira, foram Pinus elliottii e Pinus taeda, introduzidos dos Estados Unidos, visto que as atividades com florestas plantadas eram restritas às regiões Sul e Sudeste. A partir dos anos 60, iniciaram-se experimentações com espécies tropicais como P.caribeana, P.oocarpa, P.patula, entre outros, possibilitando a expansão da cultura de Pinus em todo o Brasil, usando-se a espécie adequada para cada região ecológica. 
Pinus canariensis Smith
Originário das Ilhas Canárias. As árvores com até 30m de altura, formam uma copa estreita e curtos ramos laterais. A casca, espessa e gretada, compõe grandes placas irregulares castanho-avermelhadas.
As acículas, longas (20-25cm), pendentes e dispostas em verticilos de 3, possuem cor verde-clara, bordos finamente serrilhados, secção triangular e apresentam dois canais resiníferos em cada lado do feixe libero-lenhoso.
Os cones femininos são pendentes, com pedúnculos curtos e providos de apófise escura e obtusa. Medem de 12 a 20 cm de comprimento por 5 a 7 cm de diâmetro. As sementes têm cerca de 12 mm de comprimento e exibem asa lateral bem desenvolvida (cerca de 2 cm), membranácea e estriada.
A espécie é bastante sensível ao frio e exigente em luz (heliófila), produz madeira de boa qualidade, pesada, durável e com alto teor de resina, sendo indicada para dormentes, carpintaria e construção em geral. O cerne é cor castanho-avermelhado e o alburno é amarelo.
Pinus echinata Mill.
As árvores caracterizam-se pelo porte grande (24-31m), fuste reto, pode alcançar 120 a 180 cm de diâmetro, casca espessa e avermelhada, dividida em placas de forma irregular.
As folhas, encontradas geralmente em pares, às vezes em fascículos de 3, são curtas (7 a 12 cm), possuem cinco canais resiníferos no mesófilo e dois feixes vasculares internamente à endoderme. Cor verde-azulada e secção semicircular.
Os cones femininos, oblongos, escuros e reunidos geralmente aos pares ou em grupos, são pequenos (4 a 6 cm), sésseis ou em curtos pedúnculos. As escamas delgadas terminam em um curto espinho. As sementes, com formato triangular, possuem asa avermelhada de 3,5 cm de comprimento.
Originário do Leste dos Estados Unidos. Fornece madeira pesada, resistente e moderadamente resinosa.
Pinus pinea L.
Nativa do sul da Europa e cultivada no Rio Grande do Sul, principalmente como ornamental, esta espécie de pinheiro apresenta árvores que alcançam de 25 a 30 m de altura, produzindo uma copa ampla, muito ramificada e semi-esférica (forma de sombrinha). Este aspecto, de expressivo efeito plástico, reduz o valor da espécie para fins madeireiros, devido à produção de troncos grossos, relativamente curtos e retorcidos. É, contudo indicada para o cultivo em faixas litorâneas por aliar rusticidade e beleza, qualidades importantes para o reflorestamento de dunas marítimas e arborização de balneários. Na América do Sul é bastante cultivada no litoral uruguaio.
Apresenta casca acinzentada-escura, com fissuras profundas e raminhos marrom-claros.
As acículas, em número de 2 por fascículo, são rígidas e de cor verde-clara, tendo margem serrilhada e comprimento variável entre 10 e 20 cm. Possuem secção semi-circular.
Os cones femininos maduros, com formato arredondado, medem de 8 a 15 cm de comprimento por 7 a 10 cm de diâmetro. A cor oscila do castanho-claro ao castanho-avermelhado.
As sementes são grandes (até 2 cm) e comestíveis, ápteras ou providas de asas rudimentares. São muito ricas em óleos, constituindo alimentobastante apreciado na região de origem e utilizadas em numerosos pratos da cozinha italiana.
A madeira contém pouca resina, dureza baixa a média, resistência mecânica mediana e baixa retratibilidade, sendo indicada para postes, estacas, esteios de minas, estruturas, soalhos, parquetes, janelas, mobiliário maciço e embalagens.
 Pinus elliottii Engelm – ‘Pinheiro-americano’
Originário do Sudeste dos Estados Unidos, este pinheiro cresce em terras de baixa altitude (até 150 m). Em razão do excelente crescimento em zonas de clima subtropical úmido, é largamente cultivado no sul do Brasil.
As árvores alcançam de 25 a 30 m de altura com 60 a 90 cm de D.A.P. A casca, acinzentada e sulcada em indivíduos jovens, modificam-se apresentando placas espessas (2 a 4 cm), marrons-avermelhadas em exemplares adultos.
As folhas, reunidas em fascículos de 2 a 3 acículas, são longas (12 a 30 cm), flexíveis, cor verde-brilhante e com margem finamente serrilhada. Possuem 2 a 10 canais resiníferos, situados internamente no mesófilo, e bainha persistente.
Produzidos no inicio da primavera, os estróbilos masculinos concentram-se nas extremidades dos brotos jovens; os cones femininos, pedunculados, têm forma ovóide, ligeiramente, curva e assimétrica. As sementes possuem asas oblíquas de 2 a 3 cm de comprimento.
Espécie heliófila, de rápido crescimento. Assemelha-se a Pinus taeda, diferindo em alguns aspectos importantes. As acículas de P. elliottii, mais longas e de cor verde mais clara, têm secção semicircular, ocasionalmente triangular; os cones são nitidamente pedunculados e castanho-avermelhados. Em P.taeda, as acículas, normalmente mais curtas, mostram um tom mais escuro e secção sempre triangular; os cones são sub-sésseis e de cor acinzentada.
A madeira é usada para construções leves e pesadas, confecção de embarcações e caixas, para poste requer tratamento preservativo. As fibras são longas e adequadas para fabricar papel. Produz bastante resina.
A planta tem baixa exigência nutricional o que permite seu plantio em ambientes com condições adversas, como regiões áridas, frias, topos de montanhas e solos com baixa fertilidade. Em 8 anos já está pronto para o corte.
P. elliottii é um simbionte obrigatório de um basidiomiceto que forma micorrizas. Essa micorriza tem maior chance de se estabelecer em solos ácidos. A associação entre o fungo e as raízes facilita o estabelecimento deste Pinus em solos pobres.
Foi introduzido em São Paulo em 1948 por interesse florestal. É a principalmente espécie plantada para fins comerciais no sul do Brasil. Suas principais finalidades são madeira (móveis, celulose, laminação, compensados, etc.), celulose de fibra longa e resina.
Impactos ecológicos: na região da Estepe, representa a total substituição da vegetação original, pois essas espécies são heliófilas. Já em ambientes florestais, tendem a permanecer algumas espécies do sub-bosque. Os povoamentos de Pinus spp.tendem a ser monoespecíficos impedindo a instalação de outras formas de vegetação. Aumentam a acidez do solo. Transformação de ecossistemas abertos (campos, restingas, etc.) em ecossistemas fechados (florestal) com perda de biodiversidade por sombreamento, o que leva à exposição do solo e erosão, e assoreamento de cursos de água, com impactos sobre a fauna aquática. A deposição de serrapilheira de lenta decomposição dificulta a germinação de espécies nativas.
Prevenção: espécies anemocóricas são muito difíceis de controlar após o estabelecimento, pois o vento pode propagar suas sementes por centenas de metros, o melhor é não plantar a espécie, mas caso isto ocorra, deve-se plantar uma linha de árvores quebra-vento ao redor do talhão.
O fomento ao uso da espécie no país carece de medidas adequadas de controle da dispersão das plântulas. O uso da espécie deve ser destinado exclusivamente para produção comercial, cessando o uso ornamental, de paisagismo rodoviário ou de sombreamento.
Pinus taeda L. – ‘Pinheiro-americano’
Oriundo das planícies do Golfo de México e Costa Atlântica do sudeste dos Estados Unidos. Embora coincidente com a área original do P. elliottii, apresenta distribuição mais ampla. 
É a espécie madeireira mais importante dos Estados Unidos. No Brasil, é cultivado principalmente nas terras mais altas da Serra Gaúcha, Planalto Catarinense e Paraná, com aproximadamente 1 milhão de hectares.
As árvores alcançam 20m de altura e 100cm de D.A.P., com copa densa, ramos acinzentados e casca gretada.
Folhas aciculares, verde-escuras, reunidas em grupos de 3 por fascículo e medem 15 a 20 cm de comprimento.
Cones masculinos cilíndricos e amarelados. Os cones femininos ovado-oblongos, com 6 a 12 cm de comprimento, são sésseis ou sub-sésseis, muito persistentes e com escamas espinhosas. As sementes são pequenas (5mm) com asas de até 25 mm.
A espécie asemelha-se a P. elliottii, diferindo em vários aspectos de fácil reconhecimento:
	
	P. taeda
	P. elliottii
	Acículas 
	*mais curtas e mais escuras, secção transversal triangular
*sempre 3
	*mais longas, verde mais clara, secção semi-circular, às vezes triangular
*3 ou às vezes 2
	Cones 
	*praticamente sésseis, cor acinzentada
	*pedunculados, tendem ao castanho-avermelhado
A madeira é usada para construção, móveis e caixotaria. Fibras longas adequadas para fabricação de papel. Produz bastante resina.
Prefere locais com precipitação entre 900 e 2.200 mm, com períodos de seca de até 2 meses, com temperatura mínima de 4ºC e máxima de 25ºC. solos de textura leve a pesada, geralmente ácidos, suporta curtos períodos de alagamento.
Espécie heliófila, de rápido crescimento e alta competitividade. Invasora nos mesmos ecossistemas que P. elliottii.
Pinus patula Cham.et Schlecht.
Originário da região montanhosa do México Central, em regiões com altitude entre 1.500 a 3.100m, apresenta o melhor desenvolvimento em solos úmidos e bem drenados, em locais com precipitação média anual entre 1.000 e 1.500 mm.
É uma espécie facilmente identificada pelas acículas verde-pálidas, finas e pendentes, acículas longas (20 a 30 cm), bordes finamente serrilhados, reunidos em fascículos de 3, bainha persistente.
Casca grossa, acinzentada e fissurada na base, e casca fina marrom-avermelhada e desprendendo-se em escamas na parte superior.
Os cones femininos são sésseis, extremamente persistentes, medem de 7 a 10 cm de comprimento e dispõem-se em grupos de 3 a 6.
A espécie foi introduzida com muito sucesso em numerosos países tropicais e subtropicais. Sua madeira tem grande utilidade para processamento mecânico e na fabricação de papel.
Na Serra da Mantiqueira, no Sudeste de Minas Gerais e no Nordeste de São Paulo, bem como no Oeste de Santa Catarina e Serra do Rio Grande do Sul, esta espécie apresenta produtividade de madeira mais alta do que P. taeda.
 
2. Família Taxodiaceae 
Cerca de 15 espécies pertencentes a 10 gêneros. Tiveram no passado geológico grande importância na composição das florestas do Hemisfério Norte, apresentando na atualidade uma distribuição nitidamente retidual.
São árvores monóicas, de grande porte, e folhas escamiformes ou aciculares.
Os estróbilos femininos, em geral terminais e solitários, compõem-se de numerosas escamas persistentes e brácteas. As sementes, de pequeno tamanho, têm asa circundante reduzida.
As principais taxodiáceas cultivadas no Brasil são:
Cryptomeria japonica (L.f.) D.Don. ‘cedro-japonês’
Árvore de grande porte, de forma colunar ou piramidal. Folhas aciculares, de filotaxia espiralada, medem de 10 a 15 mm de comprimento, com ponta aguda e arqueada em direção ao ramo.
Os estróbilos masculinos são ovóides, reunidos nas extremidades dos raminhos, cerca de 10 mm de comprimento. Os cones femininos são globosos, de maturação anual, medem de 10 a 25 mm, as escamas têm 4 a 5 dentes na margem superior e um múcron curvo.
A espécie chega a ocupar 30% da área florestal do Japão. Foi introduzida no Brasil para finsornamentais e produção de celulose. Em São Paulo o crescimento é satisfatório, de 0,5 a 1,5 m/ano. 
Cunninghamia lanceolata (Lamb.) Hook. ‘pinheiro-chinês’
Inadequadamente conhecido como ‘pinheiro-alemão’. A área natural de ocorrência compreende a China Central e Meridional, Taiwan, Vietnam e Laos, onde cresce em altitudes de 500 a 1.800m. Fora desta área original, é plantada em vários países de clima subtropical, tropical e temperado, incluindo o Brasil.
A árvore apresenta tronco retilíneo, copa piramidal e ramificação irregular, tende a formar verticilos com a idade. Alcança 25 a 30 m de altura e 200 cm de D.A.P. A casca é espessa, cor castanha, com fissuras longitudinais.
Folhas lanceoladas, de 2 a 5 cm de comprimento, dispostas em raminhos segundo dois planos divergentes. Coloração verde-escura na face superior e duas faixas estomáticas esbranquiçadas na face inferior.
Cones masculinos dispostos em fascículos na extremidade dos ramos do ano. Cones femininos terminais, ovóides e sésseis; medem cerca de 2 cm de comprimento, compostos de numerosas escamas coriáceas, imbricadas e providas de dentes.
A espécie é pouco competitiva, resiste mal à pressão exercida por espécies sombreadoras. A regeneração natural ocorre apenas em povoamentos adultos e ralos.
Apresenta intensa rebrota a partir de gemas dormentes, esta propriedade assegura uma brotação de cepo, o que a torna uma das poucas coníferas possíveis de serem manejadas por talhadia.
A madeira é muito leve e uniforme, bastante durável, resistindo à intempérie e insetos; empregada para construção em geral, miolo de compensados, caixotaria, revestimentos internos, palitos de fósforo, industria de celulose.
Metasequoia glyptostroboides Hu et Cheng
Árvore de até 45m de altura, com ramificação ascendente e copa longa, caducifólia.
Folhas opostas, lineares, achatadas, retas, medem 1 a 3 cm de comprimento por 2mm de largura. No outono, antes de cair adquirem coloração de amarelo-claro a marrom-avermelhado.
Cones femininos com longo pedúnculo, globosos ou fusiformes, medem até 2,5cm de comprimento.
A espécie é considerada um ‘fóssil-vivo’ por ser a única remanescente de um gênero que teve larga distribuição na era Terciária. Por sua raridade, é cultivada como ornamental ou curiosidade cientifica. A utilização da madeira é desconhecida. Podemos encontrá-la em Canela, RS.
Sequoia sempervirens (D.Don.) Endl.
Árvore de grande porte, copa piramidal, com folhagem persistente e casca espessa, marrom-avermelhada. É o ‘redwood’ dos Estados Unidos, a espécie arbórea de maior porte em todo o mundo, com alguns exemplares gigantes com mais de 100m de altura.
Folhas lineares ou lanceoladas, de até 2,5cm de comprimento; cor verde-escura e duas faixas estomáticas mais claras na face inferior, organizadas em planos divergentes, nos dois lados dos raminhos.
Estróbilos masculinos solitários, em disposição lateral ou terminal, medem 7mm. Os cones femininos têm consistência lenhosa, são ovóides, medem de 1,5 a 2,5cm de comprimento, com maturação anual; sementes achatadas, com asa lateral estreita.
Espécie originária de uma faixa costeira estreita dos Estados Unidos que vai do Sul do Oregon até o Centro da Califórnia, região de clima muito úmido.
Merece maior difusão no Rio Grande do Sul, na Serra demonstrou excelente crescimento.
A madeira é muito resistente à decomposição e ao ataque de insetos; muito forte indicada para obras ao ar livre ou para interiores.
Sequoiadendron giganteum (Lindl.) Bucholz.
Árvore de grande porte, copa piramidal e folhagem persistente. Originária da Serra Nevada, na Califórnia, conhecida como ‘big tree’ ou ‘sequoia gigante’, famosa por sua extraordinária longevidade (alguns possuem ao redor de 4.500 anos). 
 A casca é muito grossa (até 60 cm), macia, avermelhada, com profundas fissuras.
Folhas escamiformes ou sub-aciculares, com 11 mm de comprimento; cor verde-azulada, dispostas espiraladamente em raminhos.
Estróbilos masculinos terminais, solitários e sésseis. Cones femininos de forma ovóide e maturação bianual.
A espécie distingue-se pelo tronco mais robusto que a Sequóia sempervirens, produzindo maior volume de madeira. O famoso ‘General Sherman’, no Parque Nacional das Sequóias (Califórnia), ultrapassa os 9 m de D.A.P. e o peso do seu tronco foi estimado em 1.400 tn.
A altura dos maiores indivíduos é inferior à Sequóia sempervirens, alcançando no máximo 80 a 90 m. 
 
Taxodium distichum (L.) Rich. ‘cipreste-calvo’ ou ‘cipreste-dos-pântanos’
Árvore de grande porte, copa cônica e folhagem caducifólia. Casca espessa (até 6 cm), cor marrom-avermelada. 
Folhas lineares, dispostas em dois planos divergentes nos raminhos, cor verde-claras, de até 2cm de comprimento.
Originaria das planícies costeiras do sudeste dos Estados Unidos, encontra-se principalmente no Delta do Mississipi e na Florida, onde cresce em altitudes de até 30m. Nos solos pantanosos desenvolve raízes respiratórias ou pneumatóforos.
Fácil propagação por sementes ou estacas, em substrato muito úmido.
Espécie de crescimento lento; madeira com alta durabilidade natural.
É uma espécie de alto potencial para a silvicultura brasileira, tendo em vista sua preferência por áreas alagadiças, ecologicamente incompatíveis com a maioria das espécies florestais nativas e comumente deixadas sem utilização.
Família Cupressaceae
Arbustos ou arvores, muito ramificados. Folhas geralmente escamiformes, pequenas, imbricadas.
Estróbilos masculinos pequenos, terminais, dispostos nas curtas ramificações. Estróbilos femininos com poucos pares de macrosporófilos.
A família está dividida em três subfamílias, segundo características dos estróbilos femininos:
Subfamília Cupressoideae
Estróbilos lignificados. Os macrosporófilos ao amadurecer afastam-se longe uns dos outros. Plantas monóicas. Cones femininos de maturação bianual (Cupressus). Cones femininos de maturação anual (Chamaesyparis).
Chamaesyparis lawsoniana (A. Murr.) Parl.
Árvore de grande porte (até 60m), copa piramidal; raminhos planos dispostos horizontalmente. Folhas escamiformes.
Estróbilos masculinos terminais, avermelhados quando maduros. Cones femininos globosos, castanho-claros, com 10 mm de diâmetro; possuem 8 escamas, com múcron agudo.
A madeira é de excelente qualidade para todos os usos e duradoura em contato com o solo.
Chamaesyparis pisifera (Sieb. et Zucc.) Endl.
Freqüente em parques e jardins no Sul do Brasil. Copa Piramidal, raminhos comprimidos, dispostos em forma horizontal.
Folhas escamiformes, acuminadas, de ápice recurvado, com bordas inteiras e faixas esbranquiçadas na parte inferior.
Cones globosos, de maturação anual, 7mm de diâmetro, com 10 a 12 escamas rugosas, providas de pequeno múcron dorsal. Sementes aladas.
Cupressus arizonica Greene
Árvore de madeira e ornamental, de crescimento rápido. Tronco reto e copa piramidal.
Folhas escamiformes, agudas, imbricadas, verde-azuladas e com finos dentes nas margens.
Cones femininos esféricos (2 a 3 cm), de cor verde-azulada, 6 a 8 escamas.
Espécie rústica, aceita qualquer condição de solo, mesmo terrenos superficiais, calcários ou secos. Resistente a baixas temperaturas, indicado para quebra-ventos.
Cupressus funebris Endl.
Árvore ornamental, de porte médio a grande (25 m). Distingue-se facilmente dos outros ciprestes por ter raminhos pendentes e ramificados num mesmo plano.
Folhas escamiformes, verde-claras, agudas e livres no ápice.
Cones femininos castanho-escuros, pequenos, globosos, 7 mm de diâmetro.
O porte pequeno limita o interesse para a silvicultura, seu cultivo é valorizado em cemitérios. No Sul do Brasil é conhecido como ‘cipreste-chorão’.
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Cupressus lusitanica Mill.
A árvore alcança até 30 m de altura, ampla copa piramidal, ramos horizontais que se curvam para baixo nas extremidades.
Folhagem verde-clara e casca marrom. Folhas escamiformes,

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