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Introdução 
O presente trabalho tem como tema o Solo: Solo é a camada superficial da crosta terrestre e importante na vida de todos o seres vivos, pois Fornece nichos ecológicos onde vivem milhões de seres vivos desde pequenos mamíferos, fungos e bactérias. Dai que há uma necessidade de se aprofundar cada vez mais no que diz respeito a esse ecossistema rico e de grande valor. Assim sendo tem como objectivos: 
Objectivo geral
Conhecer o solo e suas características;
Objectivos específicos 
 Descrever as características do solo;
Identificar os diferentes tipos de solos,
O trabalho obedece a seguinte estrutura:
Introdução;
Desenvolvimento;
Conclusão e;
Sua respectiva bibliografia.
1.O solo
Solo é a camada superficial da crosta terrestre.
1.2.Composição do solo
O solo é composto por quatro elementos nomeadamente: matéria orgânica, inorgânica, agua e ar.
Matéria inorgânica: Formado por uma parte mineral (pequenos fragmentos de rocha).
Matéria orgânica: resultante da decomposição de restos de plantas e animais. 
Agua e ar: estes ocupam os poros ou interstícios existentes no solo, e uma grande variedade de seres vivos. 
 O solo é um verdadeiro ecotono onde se reúnem e se interpenetras os três compartimentos da biosfera: a atmosfera, a hidrosfera e a litosfera.
Segundo CELESTE (2012): o solo é fundamental para os seres vivos pois ele e que suporta as plantas das quais dependem os seres vivos. O homem utiliza o solo para diversos fins, como, construção de casas, fabricas, estradas, pontes e para a agricultura. 
1.3.Factores de formação do solo
O solo é um sistema aberto que envolve contribuições e respostas físicas. Os factores de formação do solo são: rocha original ou mãe, organismos vivos, relevo, tempo, clima. 
Rocha original: é a rocha que se degrada originando a matéria inorgânicas cobre as rochas. Os solos recem formados apresentam a cor da rocha-mãe.
Organismos vivos: a massa acumulada de restos de plantas e animais sofre o processo de decomposição. A acção combinada de plantas e animais facilita a circulação de água e do ar e que vai acelerar a decomposição da matéria orgânica. A matéria orgânica origina o que se chama húmus dando ao solo uma cor escura, e consequentemente, maior fertilidade. Se a cor escura revela o solo rico em matéria orgânica (fértil), a cor clara indica a escassez em matéria orgânica (não fértil) e que é impróprio para a prática da actividade agrícola. 
Relevo: interfere na formação do solo através da influência que exerce no movimento das águas. Os terrenos mais ou menos plano facilitam a infiltração, reduzem a erosão desenvolvem um perfil mais evoluído e fixam a vegetação enquanto os terrenos inclinados são favoráveis a recorrência superficial, aumentam a erosão do solo, sobre tudo se a cobertura vegetal for escassa, e o perfil apresenta-se pouco evoluído.
Tempo: o desenvolvimento do solo depende do espaço de tempo durante o qual actuam os factores de formação. Assim sendo, o solo mais antigo tem um perfil mais evoluído do que um solo recente.
Clima: a temperatura e a precipitação são elementos do clima muito importantes na formação do solo porque intensificam a meteorização das rochas, que formam a parte mineral. Alem disso, determinam as características da cobertura vegetal, assim sendo o clima quente e húmido e mais favorável a formação de um solo evoluído do que o clima quente e seco.
Alem dos cinco factores destacados, o factor humano exerce uma certa influencia na formação ena transformação do solo, por exemplo no uso de adubos e fertilizantes químicos.
1.4.Propriedades do solo
De entre as propriedades do solo, refere-se a que algumas das mais importantes:
Textura – é a proporção em que encontram no solo as diferentes classes de partículas. São os elementos minerais considerados para determinação desta propriedade de acordo com a classificação ATTERBENG as partículas do solo repartem-se por diversas classes, tais como:
	Partículas 
	Classe de dimensão 
	Pedra, cascalho e saibro
	>2mm
	Areia 
	0,02-2mm
	Limo
	0,02-0,0002mm
	Argila 
	<0,0002mm
Estrutura_ as partículas do solo agrupam-se por sua vez, em aglomerado de maior dimensão. A maneira como as partículas se organizam para formar os aglomerados chama-se estrutura. O arejamento do solo depende muito desta propriedade.
Porosidade _ esta propriedade refere-se ao espaço do solo que não e ocupado por partículas duma maneira geral, o solo de textura fina tem maior porosidade e solos arenosos tem menor porosidade.
Permeabilidade _ refere-se maior ou menor facilidade com que a agua, ar e as raízes das plantas atravessam o solo. Os solos que se deixam atravessar mais facilmente denominam-se permeáveis. Aquelas que não se deixam atravessar chamam-se impermeáveis.
Coesão_ é a forma como as partículas do solo se encontram entre si. Os solos cujas as partículas apresenta uma baixa capacidade de agregação entre si são chamados leves e soltos; caso se verifique inverso denominam-se compactos e fortes.
Cor _ a cor do solo resulta da natureza do material que lhe deu origem e também dos factores que levaram a sua formação.
Consistência do solo _ na ciência do solo, o termo de consistência e usado para descrever a coerência de um solo ou coesão de suas partículas. A consistência e um produto da textura (tamanho da particular) e da estrutura. A consistência representa a resistência do solo a quebra e manipulação sob condições variadas de unidades.
Um solo húmido esta saturado ate aproximadamente a metade da sua capacidade do campo (a capacidade de agua que o solo pode absorver). Sua consistência segue uma graduação do solto (não coerente) para friável (facilmente pulverizado).
Solo seco e tipicamente quebradiço e rígido onde a consistência varia do solto, para macio, para dura, ate extremamente dura.
Solo saturado - a plasticidade e qualidade de maleável e pode ser avaliada ao rolar uma porção do solo entre os dois dedos, para testar a capacidade de transforma-lo em um alindro delicado. 
Humidade do solo _ as plantas funcionam com maior eficiência quando o solo se encontra na capacidade de campo, que e disponibilidade máxima para plantas após a drenagem da agua de grandes espaços porosos. O tipo do solo determina a capacidade de campo. A profundidade na qual a planta desenvolve as suas raízes, determina a quantidade da humidade do solo disponível para planta. Se a humidade do solo e removida abaixo da capacidade do campo as plantas devem empenhar mais energia para obter a disponibilidade de agua. Essa ineficiência na remoção de humidade se agrava ate que a planta atinge seu ponto de murchamento.
1.4.1.Propriedades químicas do solo 
A química do solo envolve tanto o ar como a água. A atmosfera contida pelos poros do solo é primordialmente nitrogénio, oxigénio e dióxido de carbono. As concentrações de nitrogénio no solo são aproximadamente as mesmas que atmosfera, na concentração de oxigénio é menor, e o dióxido de carbono é maior devido aos processos respiratórios.
O dióxido de carbono combina com água para produzir ácido carbónico e vários materiais orgânicos misturam-se com água para produzir ácido orgânico. Esses ácidos são agentes activos dos processos do solo, assim como alcalóides e sais dissolvidos.
1.4.2.Acides e alcalinidade do solo
Uma solução do solo pode conter uma quantidade significativa de iões hidrogénio (H+), os catiões que estimulam a formação ácida. O resultado é um solo rico em iões de hidrogénio ou solo ácido. Por outro lado, uns solos que contem muitos catiões básicos (cálcio, magnésio, potássio e sódio) são um solo básico ou alcalino. Tal acidez ou alcalinidade é expressa ela escala do PH.
A acidez é considerada forte quando o valor na escala PH for igual ou abaixo de 5,0, ao passo que valores iguais ou maiores que 10,0, indicam forte alcalinidade. A maior contribuinte para a acidez do solo na era moderna é a precipitação acida (chuva, neve, neblina ou deposição seca).
1.5.Características do solo
A classificaçãodo solo é similar a classificação climática, pois ambas envolvem a interacção variável.
1.5.1.Perfil do solo 
Quando se observa um corte de terreno ou uma barreira verifica-se que esta é composta de camadas distintas que diferem na cor, na composição, na textura e na estrutura. Estas camadas designam-se por horizontes do solo e sua sequência (a partir da superfície) designa-se por perfil do solo. O perfil do solo completo possui quatro tipos de horizonte, convencionalmente identificadas pelas letras maiúscula O, A, B e C.
Horizonte O- camada orgânica constituída por folhas e restos de animais, são também designados por folhada.
Horizonte A- camada constituída por detritos orgânicos em estado de decomposição (húmus), contem ainda numerosos organismos vivos e raízes das plantas.
Horizonte B- esta camada é constituído por elementos minerais que se formam a partir dos compostos orgânicos (transportados pela agua a partir do horizonte A) por acção dos de compositores através de um processo denominado por mineralização. 
Horizonte C: Camada constituída por material mineral da rocha mãe pouco fragmentado. 
Rocha-mãe: Substrato rochoso inalterado, também designado por alguns autores de horizonte R. 
Segundo NRCS (2006): o conjunto dos horizontes AEB- é designada de solum que é a designação verdadeira do solo para o pedon, eles descrevem os processos activos do solo.
Pedom é a unidade amostral básica usada no levantamento de solo. Muitos pedons juntos formam um polipedom compreende uma área (usada na preparação de mapas de solos locais). A camada distinta exposta num pedon é um horizonte com características diferentes de cima a baixo.
1.6.Tipos de solos
Existem quatro tipos de solo principais que são: solo humoso, arenoso, argiloso e solo calcário.
Humoso _ presente em territórios com grandes concentrações de material orgânico em decomposição (húmus). É muito utilizado para a prática da agricultura, pois é extremamente fértil (rico em nutrientes para as plantas).
Arenoso _ como o próprio nome diz, esse tipo de solo é formado por uma grande quantidade de areia, como a areia da praia. É um tipo de solo bastante permeável, pois a água entra com muita facilidade, se infiltrando pelos espaços vazios que ficam entre os grãos da areia, normalmente, é um solo pobre em nutrientes, por esse motivo é difícil você ver muitas plantas em solos arenosos.
Argiloso _ esse tipo de solo é formado por grãos de areia muito pequenos e bem mais compactados do que o solo arenoso, ele não deixa espaço entre os de areia, e por isso se torna impermeável, ou seja, difícil da agua se infiltrar. É um solo muito rico em nutrientes, e por ele pode ser muito bom para a pratica de actividades agrícolas.
Calcário _ possui poucos nutrientes, mas possui uma grande quantidade de pedaços rochosos em sua composição, ou seja, muitos pedaços de pedra em meio ao solo. É pouco indicado para a agricultura. 
1.6.1Ordens do solo
Segundo canadian system of soi classification (CSSC: 1998)
	Ordem
	Descrição
	Oxisols
	Vem da palavra oxido, utilizado como tijolo
	Aridisols
	Áridos (secos) desérticos
	Molisols
	Solos da padraria (trigo)
	Alfisols
	Solos férteis produz grãos 
	Ultisols
	Para cultivo de arvores
	Espodosol
	Spodus “cinza de madeiras” solo de florestas coníferas 
	Entisols
	Solos não desenvolvidos (recente) solos jovens
	Inseptisols
	Inseptum ‘inicio” solos húmidos e inférteis 
	Vertisols
	Verto “virar” solos argilosos expansíveis pesados de cor escuros.
	Andosols
	Ando “cinza vulcânica” na zona dos vulcões os solos são férteis e servem de pastagem e cultivo de grão .
	Histostosols
	Histo (tecidos) são solos orgânicos devidos da acumulação da matéria orgânica espessa.
	Gelisols
	Gelatio “congelante”, solos frios
1.7.Importância do solo
Para além da exploração agrícola, uma floresta, paisagem, jardim, o solo desempenha quatro funções; 
suporta o crescimento vegetal proporcionando um meio para o desenvolvimento das raízes, formando agua e nutrientes para a planta.
Recicla tecidos mortos, animais e vegetais, formando de novo disponíveis os elementos constituintes.
Fornece nichos ecológicos onde vivem milhões de seres vivos desde pequenos mamíferos, fungos e bactérias.
Controla o movimento e a qualidade da água nas bacias hidrográficas.
O solo é um elemento básico na produção de alimentos para a humanidade. Devido ao aumento da população ao nível mundial e a procura deste recurso é maior, sendo, em muitos lugares usado de forma muito intensiva. 	
Este papel relevante do solo para a humanidade levou o Homem a preocupar-se com as medidas de conservação do solo tais como: uso racional dos adubos e fertilizantes químicos, evitar as queimadas e a erosão, entre outros.
1.8.Contaminação do solo
O solo é um dos bens mais valiosos da humanidade. Ele permite a vida das plantas, dos animais, do homem e de muitos outros seres vivos na superfície da terra.
O solo é um recurso limitado que se destrói facilmente quando o seu equilíbrio se rompe ou sofre acção da água, do vento, e do próprio homem.
As formas mais comuns de destruição do solo pelos homens são:
Pratica de queimadas;
Pratica de monocultura:
Agricultura de monocultura;
Erosão e poluição através de resíduos industriais, fertilizantes e uso de pesticidas.
As queimadas descontroladas podem aumentar a erosão contribuindo para a destruição do solo, por outro lado a prática sistemática de monocultura acabara por provocar o empobrecimento do solo agrícola. Se a agricultura praticada for intensiva e sobre tudo, se for uma monocultura intensiva é hábito que se utilizem muitos fertilizantes e pesticidas. Com o tempo o excesso desses produtos alem de poluir o ambiente próximo acabara por desequilibrar e destruir o solo. As causas da degradação do solo por ordem de gravidade, incluem sobre-pastejo, remoção de vegetação actividade agrícola, sobre exploração, uso industriais e bioindustriais.
Conclusão 
Depois de elaborado o trabalho, pudemos constatar o quanto nós os seres vivos dependemos do solo sendo ele um recurso limitado que se destrói facilmente quando o seu equilíbrio se rompe ou sofre acção da agua, do vento, e do próprio Homem. Dai que leva o Homem a preocupar-se com as medidas de conservação do solo tais como: uso racional dos adubos e fertilizantes químicos, evitar as queimadas e a erosão, entre outros. Sendo assim é necessário conservar o solo evitando a sua contaminação e destruição, para que possamos usufruir do bom da terra. Chegando ao fim do nosso trabalho estamos cientes que não esgotamos todo o conhecimento, mas pudemos deixar aqui o essencial.
Bibliografia 
ROGER, Dajos: princípios de ecologia, autmed editora, 7ª edição pág 96,293.
VARENNES, De Ameriles: produtividade dos solos, escolar editora pág.20 e 21.
ROBERT, W. Christopherson: Geossistemas, uma introducao a geografia física, bookman editora, 7ª edição.
HENRIQUE, José: geologia geral, POPP, 5ª edição 1998.
COCHO, Estêvão Bento; Maria Clara Rombe: eu e a natureza, ciências naturais, 6ª classe. Longman Moçambique, 1ª edição 2012