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Anatomia Roteiro prático Abdome

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Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
1 
 
www.medresumos.com.br 
 
INTRODUÇÃO AO ABDOME: PAREDES, CAVIDADES, REGIÕES E PLANOS 
 
Abdome é a região do tronco entre o tórax e a pelve, limitada 
posteriormente pelas vértebras lombares e discos intervertebrais, e 
anterolateralmente por paredes músculo-tendíneas. É um recipiente 
dinâmico e flexível, que abriga a maioria dos órgãos do sistema 
digestório e parte dos sistemas urinário e genital. O abdome é capaz 
de encerrar e proteger seu conteúdo enquanto permite e a flexibilidade 
entre o tórax mais rígido e a pelve, necessária para a respiração, 
postura e locomoção. 
 Para estudo anatômico, a cavidade abdominopélvica será 
dividida em duas porções: cavidade abdominal (cavidade peritoneal e 
vísceras abdominais) e cavidade pélvica. 
 As paredes abdominais músculo-aponeuróticas dinâmicas 
não apenas se contraem para aumentar a pressão intra-abdominal, 
mas também se distendem consideravelmente, acomodando as 
expansões causadas por ingestão, gravidez, deposição de gordura ou 
patologias. As paredes anterolaterais do abdome e diversos órgãos 
situados contra a parede posterior são cobertos em suas faces 
internas com uma membrana serosa ou peritônio (serosa) que também 
se reflete (dobra-se agudamente e continua) sobre as vísceras 
abdominais, como o estômago, intestino, fígado e baço. Assim, se 
forma uma bolsa ou espaço virtual revestido (cavidade peritoneal) 
entre as paredes e as vísceras, que normalmente contém apenas 
líquido extracelular (parietal) suficiente para lubrificar a membrana que 
reveste a maior parte das superfícies das estruturas que formam ou 
ocupam a cavidade abdominal. 
 
 
CAVIDADE ABDOMINAL 
 É a cavidade situada entre o diafragma torácico e abertura superior da pelve (diafragma da pelve). Essa 
cavidade não possui assoalho por ser contínua com a cavidade pélvica. Ela está protegida pela caixa torácica 
superiormente e, consequentemente, alguns órgãos (baço, fígado, parte dos rins e estômago) são protegidos pela caixa 
torácica. Ela é encerrada anterolateralmente por paredes abdominais músculo-aponeuróticas que possuem várias 
camadas. 
 
REGIÕES DA CAVIDADE ABDOMINAL 
 A cavidade abdominal é dividida em nove regiões por quatro planos: 2 planos horizontais (transversais): plano 
subcostal (atravessa a margem inferior da 10ª cartilagem costal de cada lado) e plano transtubercular (que atravessa os 
tubérculos ilíacos ao nível do corpo de L5); e 2 planos verticais (sagitais): geralmente são o planos médio-claviculares 
(que seguem do ponto médio das clavículas até os pontos médio-inguinais, que são os pontos médios das linhas que 
unem a espinha ilíaca anterossuperior e a margem superior da sínfise púbica). 
 As regiões delimitadas por esses planos são: Hipocondríaca direita, Hipocondríaca esquerda, Lombar direita, 
Lombar esquerda, Inguinal direita, Inguinal esquerda, Epigástrica, Umbilical e Hipogástrica. 
 
QUADRANTES ABDOMINAIS 
 A cavidade abdominal pode ser dividida também em quatro quadrantes, a partir de planos como o plano 
mediano (vertical), seguindo o trajeto da linha alba; e o plano transumbilical (horizontal), ao nível do disco IV entre 
L3 e L4. Os quadrantes são: 
 Quadrante superior direito: lobo direto do fígado, vesicular biliar, piloro do estômago, duodeno (1ª – 3ª parte), 
cabeça do pâncreas, glândula suprarrenal direita, rim direito, flexura hepática direita do colo, parte superior do 
colo ascendente, metade direita do colo transverso. 
 Quadrante superior esquerdo: lobo esquerdo do fígado, baço, estômago, jejuno e íleo proximal, corpo e cauda 
do pâncreas, rim esquerdo, glândula suprarrenal, flexura cólica (esplênica) esquerda, metade esquerda do colo 
transverso, parte superior do colo descendente. 
 Quadrante inferior direito: ceco, apêndice vermiforme, maior parte do íleo, parte inferior do colo ascendente, 
ovário direito, tuba uterina direita, ureter direito (parte abdominal) funículo espermático direito (parte abdominal), 
útero (se aumentado) e bexiga (se muito cheia). 
Arlindo Ugulino Netto. 
ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO ABDOME 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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 Quadrante inferior esquerdo: colo sigmoide, parte inferior do colo descendente, ovário esquerdo, tuba uterina, 
ureter esquerdo (parte abdominal) funículo espermático esquerdo (parte abdominal), útero (se aumentado) e 
bexiga (se muito cheia). 
 
 
 
PONTOS ÓSSEOS DE REFERÊNCIA PARA O ESTUDO DO ABDOME 
 Quanto aos pontos ósseos, serão identificados acidentes nos Ossos do Quadril (Ílio, Ísquio e Púbis) e na 
Coluna lombossacral (Vértebras lombares, Sacro e Cóccix). 
 
QUADRIL – ÍLIO, ÍSQUIO E PUBIS 
 
OBS: O forame obturado é limitado pelo ísquio e púbis, pelo canal obturatório e pela membrana obturatória. 
OBS: O acetábulo é a cavidade para articulação com a cabeça do fêmur. É formado pelo encontro do ílio, ísquio e 
púbis. Está divido em fossa do acetábulo, face semilunar e incisura do acetábulo. 
 
 
VÉRTEBRAS LOMBARES 
 Em número de cinco, possuem corpo vertebral grande e maciço. Suas lâminas são robustas e seus processos 
espinhosos são espessos e largos, voltados posteriormente. Possuem processos transversos, processos 
articulares, processos mamilares nos processos articulares superiores e processos acessórios na face posterior da 
base dos processos transversos. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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SACRO 
 Grande osso cuneiforme triangular formado pela união de 5 vértebras sacrais. Forma o teto e parede póstero-
superior da cavidade pélvica. 
 
COCCIX 
 Pequeno osso triangular formado pela fusão de 4 vértebras rudimentares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PAREDE ABDOMINAL ÂNTERO-LATERAL 
 Estrutura músculo-tendínea limitada 
superiormente pelas 7ª a 10ª cartilagens costais e 
inferiormente pelo ligamento inguinal (estrutura 
ligamentar que se estende desde a espinha ilíaca 
anterossuperior até a região do tubérculo púbico) e 
ossos da pelve. 
 As camadas, de superficial para região mais 
interna, que formam essa parede são: pele, tecido 
subcutâneo ou fáscia superficial (camada gordurosa e 
camada membranácea), fáscia profunda (epimísio), 
músculos, fáscia ou gordura endoabdominal 
(transversal) e peritônio parietal. 
 
MÚSCULOS DA PAREDE ABDOMINAL ÂNTERO-LATERAL 
 Músculos planos: Oblíquo externo do abdome, Oblíquo interno abdome, Transverso do abdome. 
 Músculos verticais: Reto do abdome e Piramidal. 
 
1. Músculo Oblíquo Externo do Abdome: é o mais superficial. Suas fibras correm ínfero-medialmente, 
possuindo duas porções: muscular e aponeurótica. Sua margem inferior forma o ligamento inguinal e o 
ligamento inguinal reflexo. 
 Origem: Face externa da 5ª a 12ª costela. 
 Inserção: Linha alba, Tubérculo púbico e Metade anterior da crista púbica. 
 Ação: Flete e gira o tronco, comprime e suporta as vísceras abdominais. 
 Inervação: Nervos tóracoabdominais (ramos cutâneos anteriores dos nervos intercostais) de T7 a 
T11 e nervo subcostal. 
 
2. Músculo Oblíquo Interno do Abdome: localizado em uma posição intermediária. Suas fibras correm 
supero-medialmente, possuindo duas porções: muscular e aponeurótica. Sua margem inferior participa na 
formação do anel inguinal superficial e canal inguinal e na foice inguinal. 
 Origem: Fáscia toracolombar, 2/3 anteriores da crista ilíaca e ½ lateral do ligamento inguinal. 
 Inserção: 10ª a 12ª costela, Linha alba e Linha pectínea através do tendão conjunto. 
 Ação: flete e gira o tronco, comprime e suporta as vísceras abdominais. 
 Inervação: Nervos toracoabdominais (T7 a T11) e 1º nervo lombar. 
 
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3. Músculo Transverso do Abdome: músculo mais profundo da parede antero-lateral. Suas fibras correm 
transverso-medialmente e as fibras inferiores paralelas as do músculo oblíquo internoe contribuem na 
formação do canal inguinal. Suas porções são: muscular e aponeurótica. 
 Origem: Face interna da 7ª a 12ª cartilagem costal, Fáscia toracolombar, Crista ilíaca, 1/3 lateral do 
ligamento inguinal. 
 Inserção: Linha alba, Crista púbica e Linha pectínea através do tendão conjunto. 
 Ação: Comprime e suporta as vísceras abdominais. 
 Inervação: Nervos toracoabdominais (T7 a T11) e 1º nervo lombar. 
 
OBS: Foice inguinal: Reunião das fibras tendíneas mediais inferiores dos músculos oblíquo interno e transverso do 
abdome, que se curvam para se fixar na crista do púbis e na linha pectínea. 
OBS²: Tendão conjunto: Reunião das fibras dos músculos oblíquo interno e transverso do abdome, que formam a 
porção mais medial da foice inguinal e se inserem na linha pectínea. 
 
4. Músculo Reto do Abdome: músculo em faixa que ocupa verticalmente a parede anterior. Em nº de dois, 
separados pela linha alba, são largos e finos superiormente, e estreitos e grossos inferiormente. Estão 
presentes três intersecções tendíneas que fixam transversalmente o músculo reto à lâmina anterior de sua 
bainha, estando ao nível: Processo xifoide, Cicatriz umbilical e uma entre as duas anteriores. 
 Origem: sínfise púbica e crista púbica. 
 Inserção: processo xifoide, 5ª a 7ª cartilagens costais. 
 Ação: Flete o tronco, comprime as vísceras abdominais. 
 Inervação: Nervos toracoabdominais (T7 a T11). 
 
5. Músculo Piramidal: Pequeno músculo triangular situado na porção inferior da bainha do reto, anteriormente 
ao músculo reto. Estende-se do pube até meia distância entre este e a cicatriz umbilical. Mede em torno de 
7cm, podendo variar de 1,5 a 12cm. Está ausente em 10% da população. 
 Origem: corpo do pubis. 
 Inserção: parte inferior da linha alba. 
 Ação: tensiona a linha alba. 
 Inervação: ramos de T12. 
 
 
 
 
BAINHA DO MÚSCULO RETO DO ABDOME 
A bainha do músculo reto do abdome é o compartimento fibroso incompleto e forte dos músculos reto do 
abdome e piramidal. Também são encontradas nessa bainha as artérias e veias epigástricas superiores e inferiores, 
vasos linfáticos e as partes distais dos nervos toracoabdominais (partes abdominais dos ramos anteriores dos nervos 
espinais de T7-T12). 
A bainha é formada pela decussação e pelo entrelaçamento das aponeuroses dos músculos planos do abdome. 
Podemos dividi-la em duas lâminas: 
 Lâmina anterior: Aponeurose do m oblíquo externo e Lâmina anterior do m oblíquo interno 
 Lâmina posterior: Lâmina posterior do m oblíquo interno e Aponeurose do m transverso do abdome. 
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OBS: Começando a aproximadamente um terço de distância do umbigo até a crista púbica, as aponeuroses dos três 
musculos planos passam anteriormente ao músculo reto do abdome para formar a lâmina anterior da bainha do reto, 
deixando apenas a fáscia transversal relativamente fina para cobrir o músculo reto do abdome posteriormente. 
OBS: A linha arqueada é uma linha crescente que demarca a transição entre a parede posterior aponeurótica da bainha 
que reveste os três quartos superiores do reto e a fáscia transversal que reveste o quarto inferior. 
OBS: Em toda a extensão da bainha, as fibras das lâminas anterior e posterior entrelaçam-se na linha mediana para 
formar a complexa linha alba. Consiste em uma rafe tendínea fibrosa vertical entre os dois músculos retos do abdome. 
Ela segue verticalmente por toda a extensão da parede anterior do abdome e separa as bainhas do reto bilateralmente, 
estreita-se inferiormente ao umbigo até a largura da sínfise púbica e alarga-se superiormente até a largura do processo 
xifoide. A linha alba dá passagem a pequenos vasos e nervos para a pele 
OBS: Em sua porção média, subjacente ao umbigo, a linha alba contém o anel umbilical, um defeito na linha alba 
através do qual os vasos umbilicais fetais entravam e saíam do cordão umbilical e da placenta. 
 
PLANO NEUROVASCULAR DA PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR 
 É um plano entre os músculos oblíquo 
interno e transverso do abdome, que contém: 
 Nervos toracoabdominais: divisões 
anteriores dos nervos intercostais (T7 a 
T11) 
 Nervo subcostal (T12): o grande ramo 
anterior do nervo espinhal T12. 
 Nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal (L1): 
ramos terminais do ramo anterior do nervo 
espinal L1. 
 Artérias: intercostal inferior, subcostal e 
lombar. 
 Artéria circunflexa ilíaca profunda (ramo da 
artéria ilíaca externa). 
 
 
 
 
 
 
 
 
NERVOS DA PAREDE ABDOMINAL ÂNTERO-LATERAL 
 Nervos toracoabdominais (T7 a T11): São as continuações dos nervos intercostais T7 a T11. Tem trajeto no 
plexo neurovascular, com ramos: musculares, cutâneos laterais e cutâneos anteriores. Inervam músculos da 
parede abdominal, pele suprajacente e periferia do diafragma. 
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 Nervos subcostais (T12): grandes ramos anteriores do 12° nervo torácico. Tem trajeto na margem inferior da 
12ª costela. Distribui-se para o M. oblíquo externo, pele sobre o quadril e pele sobre a espinha ilíaca ântero-
superior. 
 Nervo ilío-hipogástrico (L1): Ramos anteriores do 1° nervo lombar. Distribui-se para pele sobre a crista ilíaca, 
pele da região hipogástrica e para os Músculos oblíquo interno e transverso do abdome. 
 Nervo ilíoinguinal (L1): Ramos anteriores do 1° nervo lombar. Tem trajeto no plano neurovascular e através do 
canal inguinal. Distribui-se para: pele do escroto, lábio maior, monte do púbis, face medial da coxa e para os 
Músculos oblíquo interno e transverso do abdome. 
 
IRRIGAÇÃO DA PAREDE ABDOMINAL ÂNTERO-LATERAL 
 Artéria epigástrica superior: Ramo terminal da artéria torácica interna, tem trajeto na bainha do reto, entre o 
músculo e a lâmina posterior. Irriga o músculo reto do abdome e porção superior da parede abdominal. 
 Artéria epigástrica inferior: Ramo da artéria ilíaca externa acima do ligamento inguinal. Tem trajeto ascendente 
superficialmente à fáscia transversal, ultrapassa a linha arqueada para entrar na bainha do músculo reto 
abdominal Irriga o músculo reto do 
abdome e porção medial da parede 
abdominal. 
 Artéria circunflexa ilíaca profunda: 
Ramo da artéria ilíaca externa. Trajeto 
na face profunda da parede abdominal 
anterior, paralela ao ligamento inguinal. 
Irriga músculo ilíaco e parte inferior da 
parede abdominal anterolateral. 
 Artéria epigástrica superficial: Ramo 
da artéria femoral. Tem trajeto na fáscia 
superficial ao longo do canal inguinal. 
Irriga pele e subcutâneo da parte 
inferior da parede anterolateral. 
 Artéria circunflexa ilíaca superficial: 
Ramo da artéria femoral. Tem trajeto na 
fáscia superficial em direção à cicatriz 
umbilical. Irriga pele e subcutâneo da 
região púbica e infraumbilical. 
 Ramos das artérias intercostais 
posteriores (10º e 11º) e subcostal 
 Ramos da artéria musculofrênica 
 
DRENAGEM VENOSA DA PAREDE ABDOMINAL ÂNTERO-LATERAL 
 As veias seguem acompanhando as 
artérias de mesmo nome. Lembrar que as 
veias circunflexa ilíaca superficial e 
epigástrica superficial são tributárias da veia 
safena magna. 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DA PAREDE 
ABDOMINAL ÂNTERO-LATERAL 
 Vasos linfáticos superficiais: acima 
do umbigo drenam para os linfonodos 
axilares e linfonodos paraesternais. 
Abaixo do umbigo, drenam para os 
linfonodos inguinais superficiais. 
 Vasos linfáticos profundos: drenam 
para os linfonodos ilíacos externos, 
ilíacos comuns e lombares (aórticos 
laterais). 
 
 
 
 
 
 
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FACE INTERNA DA PAREDE ABDOMINAL ÂNTERO-LATERAL 
 O aspecto interno da parede 
abdominal anterolateral é revestido pelo 
peritônio parietal, que forma cinco pregas 
peritoneais umbilicais, fossas peritoneais, e 
os ligamentos falciforme e redondo do 
fígado. 
 Prega umbilical mediana: do fundo 
da bexiga urinária ao umbigo. Recobreo ligamento umbilical mediano, 
remanescente do úraco. 
 Prega umbilical medial: Recobre o 
ligamento umbilical medial, 
remanescente das artérias umbilicais 
obliteradas. 
 Prega umbilical lateral: Recobre os 
vasos epigástricos inferiores 
 Fossa supravesical: entre a prega 
umbilical mediana e a medial 
 Fossa inguinal medial: entre a prega 
umbilical medial e a lateral, que 
contém o trígono inguinal (Limites: 
Borda lateral do músculo reto do 
abdome, Vasos epigástricos inferiores, 
Ligamento inguinal), região propensa à 
formação de hérnia inguinal direta. 
 Fossa inguinal lateral: lateralmente à prega umbilical lateral, sendo um local propenso a hérnia inguinal 
indireta. 
 Ligamento Redondo: é um remanescente fibroso da veia umbilical. Estende-se do umbigo ao fígado. 
 Ligamento falciforme: Reflexão peritoneal orientada verticalmente. Estende-se da parte superior da parede 
abdominal anterior até o fígado. Inclui o ligamento redondo na margem livre. 
 
 
PAREDE POSTERIOR DO ABDOME 
 A parede posterior do abdome é formada principalmente por: 
 5 Vértebras lombares e discos intervertebrais associados. 
 Músculos: Psoas, Ilíaco, Quadrado do lombo, Transverso e oblíquos, Diafragma. 
 Plexo lombar. 
 Fáscia toracolombar. 
 Gordura, vasos, nervos e linfonodos. 
 
FÁSCIA DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR 
 A parede posterior do abdome é coberta 
por uma camada continua da fáscia 
endoabdominal situada entre o peritônio parietal e 
os músculos. A fáscia que reveste a parede 
posterior do abdome é contínua com a fáscia 
transversal que reveste o músculo transverso do 
abdome. É comum denominar a fáscia de acordo 
com a estrutura que reveste. 
 A fáscia iliopsoas que cobre o músculo 
psoas maior (bainha do psoas) está fixada 
medialmente às vértebras lombares e à margem 
da pelve. A fáscia (bainha) iliopsoas é espessada 
superiormente para formar o ligamento arqueado 
medial. A fáscia iliopsoas funde-se lateralmente 
com as fáscias do músculo quadrado do lombo 
e da aponeurose toracolombar, formando o 
ligamento arqueado lateral. 
 
 
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APONEUROSE TORACOLOMBAR 
 É um complexo fascial extenso fixado à coluna vertebral medialmente que, na região lombar, possui lâminas 
posterior, media e anterior com músculos encerrados entre elas. É uma fáscia densa que se estende da 12ª costela até a 
crista ilíaca e envolve os músculos dorsais profundos. Fixa-se lateralmente aos músculos oblíquo interno e transverso do 
abdome, além do latíssimo do dorso. 
 
MÚSCULOS DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR 
1. Músculo psoas maior: Situado lateralmente às vértebras lombares. 
 Origem: Porção lateral dos corpos das vértebras T12 a L5, Processos transversos L1-5 e Discos 
intervertebrais. 
 Inserção: Por tendão no trocanter menor do fêmur. 
 Inervação: Plexo lombar (Ramos anteriores de L2-L4). 
 Ação: Flexão da coxa, Flexão lateral da coluna, Flexão do tronco. Exercícios abdominais até certo 
ponto, apenas o músculo reto abdominal é usado. A partir de ângulos de 30º, usa-se então esforços 
do psoas maior e ilíaco. 
 
2. Músculo Ilíaco: Situado lateralmente à parte inferior do músculo psoas maior 
 Origem: 2/3 superiores da fossa ilíaca, Asa do sacro, Lig. Sacroilíacos anteriores. 
 Inserção: Tendão do músculo psoas maior (forma o m. iliopsoas), Trocanter menor do fêmur. 
 Inervação: Nervo femoral (L2-L4). 
 Ação: Conjunta com o m. psoas maior, Flexão da coxa, Estabilização da articulação do quadril. 
 
 3. Músculo Quadrado do Lombo: Lâmina muscular espessa 
 Origem: Margem inferior da 12ª costela (metade medial), Processos transversos lombares. 
 Inserção: Lig. Iliolombar, Lábio interno da crista ilíaca. 
 Inervação: Ramos anteriores de T12 e nervos L1-L4. 
 Ação: Estende a coluna, Flete lateralmente a coluna, Fixa a 12ª costela na inspiração. 
 
NERVOS DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR 
 Os componentes dos sistemas nervosos somático e autônomo (visceral) estão associados à parede posterior do 
abdome. 
 
1. Nervos Somáticos 
a) Nervos Subcostais: ramos anterior de T12, ou seja, originam-se no tórax, passando logo então 
posteriormente aos ligamentos arqueados laterais até o abdome e seguem ínfero lateralmente na face 
anterior do músculo quadrado do lombo para inervarem o músculo obliquo interno e pele da parede 
anterolateral do abdome. 
 
b) Ramos primários anteriores dos Nervos lombares: Nervos espinais lombares (L1-L5) que se 
originam no intimo do músculo psoas maior, conectando-se aos troncos simpáticos. 
 
c) Plexo lombar de nervos: rede composta pelos ramos anteriores dos nervos L1 a L4, sendo formado 
anteriormente aos processos transversos lombares, dentro da fixação proximal do musculo psoas 
maior (posteriormente a ele). Os nervos à seguir são ramos do plexo lombar; os três maiores são 
citados primeiro: 
 Nervo Femoral (ramos posteriores de L2-L4): emerge da margem lateral do musculo psoas 
maior, inerva o musculo ilíaco e passa profundamente ao ligamento inguinal/trato iliopúbico 
até a face anterior da coxa, suprindo os flexores do quadril e extensores do joelho. 
 Nervo obturatório (ramos anteriores de L2-L4): emerge da margem medial do musculo psoas 
maior e segue até a pelve menor, passando inferiormente ao ramo superior do púbis 
(através do forame obturado) até a face medial da coxa, inervando os músculos adutores. 
 Tronco lombosacral (L4, L5): passa sobre a asa do sacro e desce até a pelve para participar 
na formação do plexo sacral com os ramos anteriores dos nervos S1-S4. 
 Nervos ilioinguinal e ílio-hipogástrico (L1): originam-se do ramo anterior de L1, entrando no 
abdome posteriormente ao ligamento arqueado medial e seguindo ínfero-medialmente, 
anteriormente ao músculo quadrado do lombo. Seguem superior e paralelamente à crista 
ilíaca, perfurando o M. transverso do abdome perto da EIAS. Atravessam os Mm. Oblíquos 
para inervar os músculos abdominais e pele da região inguinal e púbica. 
 Nervo genitofemoral (L1, L2): perfura o musculo psoas maior e segue inferiormente sobre 
sua face anterior, profundamente à fáscia iliopsoas. Divide-se lateralmente às artérias ilíacas 
comum e externa em ramos femoral (supre a pele do trígono femoral) e genital (M. 
cremáster e pele anterior do escroto/lábios maiores). 
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 Nervo cutâneo femoral lateral da coxa (L2, L3): segue ínfero-lateralmente sobre o músculo 
ilíaco e entra na coxa profundamente ao ligamento inguinal/trato iliopúbico, logo 
medialmente a EIAS. Inerva a pele na face anterolateral da coxa. 
 Nervo obturatório acessório. 
 
 
 
2. Nervos Autônomos (Parte Simpática): a inervação simpática do abdome se dá pelos nervos esplâncnicos 
abdominopélvicos. Ação simpática nas vísceras abdominais causa vasoconstricção e inibição do 
peristaltismo. As fibras aferentes viscerais acompanham fibras simpáticas e carregam sensações dolorosas 
(distensão) tipo cólicas. 
 Nervos esplâncnicos torácicos inferiores: Nervo esplâncnico maior (T5-T9), Nervo esplâncnico 
menor (T10- T11) e Nervo esplâncnico mínimo (T12). 
 Nervos esplâncnicos lombares: Originam-se do tronco simpático abdominal, composto por 4 
gânglios simpáticos paravertebrais lombares, que se comunicam com os ramos anteriores dos nervos 
espinais lombares. São 3 ou 4 nervos, cujas fibras passam para os plexos intermesentérico, 
mesentérico inferior e hipogástrico superior. As fibras destes plexos são conduzidas para os gânglios 
simpáticos pré-vertebrais (a frente da coluna lombar e da aorta): gânglio celíaco, gânglio aorticorrenal, 
gânglio mesentérico superior, gânglio mesentérico inferior, ou outros Gânglios pré-vertebrais que 
ocorrem dentro do plexo intermesentérico e hipogástrico superior. Dos gânglios, as fibras simpáticas 
pós-ganglionares passam para as vísceras abdominais para seguir com os ramos do tronco celíaco, 
das artérias mesentéricassuperior e inferior e com os da artéria renal até alcançar as vísceras. 
 
OBS: As vísceras só transmitem dor de distensão. Seria impossível sentir dores ao se cortar uma víscera. Ao contrário 
do que ocorre quando o canal alimentar está repleto de gases, por exemplo, em que as dores são retrato da falta de 
oxigenação (hipóxia) das paredes das vísceras devido a sua distensão ou por contrações tônicas (como nas cólicas 
uterinas). 
 
3. Nervos Autônomos (parte parasimpática): também é realizada por nervos esplânicos abdominopelvicos. 
 Troncos vagais anterior e posterior: Suas fibras passam para os plexos aórticos abdominais e 
periarteriais, dá inervação parassimpática até a flexura cólica esquerda. 
 N. esplâncnicos pélvicos: Formado pelos ramos anteriores de S2 - S4. Inervação parassimpática após 
a flexura cólica esquerda. 
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 Gânglios parassimpáticos intrínsecos: Plexo mioentérico na túnica muscular da parede das vísceras. 
 Plexos autônomos abdominais: Fibras simpáticas e parassimpáticas que circundam a aorta e seus 
ramos principais. 
 Plexos periarteriais: Plexo celíaco, mesentérico superior, mesentérico inferior, plexo intermesentérico 
(origina os plexos renal, testicular ou ovárico e uretérico) e plexo hipogástrico superior. 
 
ARTÉRIAS DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR 
 A maioria das artérias que irrigam a parede posterior do abdome origina-se da parte abdominal da aorta. Seu 
trajeto no abdome tem início no hiato aórtico ao nível de T12, descendo anteriormente aos corpos vertebrais de T12 a L4 
e terminando ao nível de L4 (ao nível do umbigo), onde se divide em artéria ilíaca comum D e E. 
 A porção abdominal da aorta relaciona-se anteriormente: Plexo e gânglio celíaco, Corpo do pâncreas, Veias 
esplênica e renal esquerda, parte horizontal do duodeno, alças de intestino delgado; Lado esquerdo: Pilar esquerdo do 
diafragma, Gânglio celíaco esquerdo; Lado direito: Veia ázigo, Cisterna do quilo, ducto torácico, Pilar direito do 
diafragma, Gânglio celíaco direito; Posteriormente: Vértebras T12 a L4. 
 São ramos da porção abdominal da artéria aorta: 
 
1. Ramos viscerais Ímpares: 
 Tronco celíaco (L1): Ramo da parte abdominal inicial da aorta descendente (dentro do hiato aórtico). 
Após pequeno trajeto anteroinferior, bifurca-se nas artérias esplênica e hepática comum, enviando 
antes a artéria gástrica esquerda. É responsável por suprir, diretamente ou indiretamente, o esôfago, 
estômago, fígado/aparelho biliar, pâncreas. 
 A. Gástrica Esquerda: ramo inicial do tronco celíaco. Ascende no retro peritônio fornecendo 
um ramo esofágico e desce pela curvatura menor do estomago para se anastomosar com a 
artéria gástrica direita (ramo da artéria hepática comum). 
 A. Esplênica: ramo terminal esquerdo do tronco celíaco. Segue no retroperitônio, ao longo 
da margem superior do pâncreas, atravessa o ligamento esplenorrenal até o hilo esplênico. 
Tem como ramos: A. gástrica posterior, Aa. Gástricas curtas e A. gastromental esquerda. 
 A. Gástrica posterior: ramo da artéria esplênica, posteriormente ao estômago. Segue ao 
longo da parede posterior da bolsa omental para entrar no ligamento gastrofrênico. Irriga a 
parede posterior e o fundo do estômago. 
 Aa. Gástricas curtas: em número de 4 a 5, são ramos da artéria esplênica quando esta se 
aproxima do hilo do baço. Passa entre as lâminas do ligamento gastroesplênico até o fundo 
do estômago para irriga-lo junto à A. gástrica posterior. 
 A. gastromental esquerda: ramo da artéria esplênica no hilo do baço. Desce ao longo da 
curvatura maior do estomago para se anastomosar com a artéria gastromental direita (ramo 
da A. gastroduodenal). 
 A. Hepática Comum: ramo terminal direito do tronco celíaco. Segue no retroperitônio para 
chegar ao ligamento hepatoduodenal, passando entre as suas lâminas, bifurcando-se em A. 
Hepática própria e A. gastroduodenal. 
 A. Hepática Própria: ramo terminal ascendente da A. hepática comum que segue em direção 
à porta do fígado passando por entre o ligamento hepatoduodenal, onde divide-se em um 
ramo direito (que origina a A. cística para irrigar a vesícula biliar e o ducto cístico) e outro 
esquerdo, em que ambas entram no hilo do fígado. 
 A. Gástrica direita: ramo da artéria hepática própria. Segue ao longo da curvatura menor do 
estomago para se anastomosar com a artéria gástrica esquerda. 
 A. Gastroduodenal: outro ramo da artéria hepática comum. Desce retroperitonealmente, 
posterior à junção gastroduodenal. Seus ramos terminais são: A. supraduodenal, A. 
pancreaticoduodenal superior (divide-se nas artérias anterior e posterior que descem de 
cada lado da cabeça do pâncreas para se anastomosar com ramos da A. 
pancreaticoduodenal inferior) e A. gastromental direita. A artéria pancreáticoduodenal 
inferior (divide-se nas artérias anterior e posterior que ascendem de cada lado da cabeça do 
pâncreas para se anastomosar com ramos da A. pancreáticoduodenal superior) é ramo da 
artéria mesentérica superior. 
 
 A. mesentérica superior (L1): segundo ramo da parte abdominal da aorta. Segue na raiz do 
mesentério até a junção ileocecal. Distribui-se na parte do trato gastrointestinal derivada do intestino 
médio. 
 A. Intestinais (jejunal e ileal): ramos da artéria mesentérica superior. 
 A. Pancreaticoduodenal inferior: ramo da artéria mesentérica superior que divide-se nos 
ramos anterior e posterior que ascendem de cada lado da cabeça do pâncreas para se 
anastomosar com ramos da A. pancreáticoduodenal superior. 
 A. Cólica Média: ramo da mesentérica superior que supre o colo transverso. 
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 A. Cólica direita: ramo da mesentérica superior que supre o colo ascendente. 
 A. Íleocólica: ramo terminal da A. mesentérica superior. Segue ao longo da raiz do 
mesentério e divide-se em ramos ileal (bifurca-se em ramo cecal anterior e ramo cecal 
posterior) e cólico. A artéria apendicular, que irriga o apêndice, é oriunda do ramo cecal 
posterior da artéria ileal, que por sua vez, é ramo da A. ileocólica. 
 
 A. mesentérica inferior (L3): ramo da parte abdominal da aorta, que desce no retroperitônio à 
esquerda da parte abdominal da aorta. 
 A. Cólica Esquerda: ramo da A. mesentérica inferior que supre o colo descendente. 
 A. Sigmóidea: ramo da A. mesentérica inferior que supre o colo descendente e o sigmóide. 
 A. Retal: ramo terminal da A. mesentérica inferior que supre a parte proximal do reto. 
 
2. Artérias Viscerais Pares: 
 A. suprarrenais (L1) 
 A. renais (L1) 
 A. gonadais (L2) 
 
 3. Parietais pares 
 A. subcostais (T12) 
 A. frênicas inferiores 
 A. lombares (L1 a L4) 
 
4. Ramo parietal ímpar 
 A. sacral mediana 
 
VEIAS DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR 
 As veias da parede abdominal posterior do abdome são tributárias da VCI, exceto pela veia testicular e ovárica 
esquerda, que entra na veia renal esquerda, em vez de entrar na VCI. O sangue das vísceras abdominais atravessa o 
sistema venoso porta e o fígado antes de entrar na VCI através das veias hepáticas. 
 A VCI começa ao nível de L5, mantendo uma trajeto ascendente na parede abdominal posterior à direita da aorta, 
passando para o tórax através do forame da veia cava inferior (na parte tendínea direita do diafragma). Tem como 
tributárias: Veias ilíacas comuns, Veias lombares, Veias gonadais direitas, Veias renais, Veias lombares ascendentes, 
Veia suprarrenal direita, Veias frênicas inferiores e Veias hepáticas. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DA PAREDE ABDOMINAL POSTERIOR 
 Os vasos linfáticos e linfonodos situam-
se ao longo da aorta, da VCI e dos vasos 
ilíacos. Com isso, o trajeto da linfa se dá: 
Linfonodos ilíacos comuns, externos e 
internos  Linfonodos lombares  
Linfonodos pré-aórticos (celíacos, 
mesentéricos superior e inferior). 
 Recebem linfa também: Cisterna do 
Quilo, Tronco linfático intestinal,Tronco 
linfático lombar e Tronco linfático torácico 
descendente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA PORTA E ANASTOMOSES PORTO-SISTÊMICAS 
 A veia porta hepática (às vezes chamada simplesmente de veia porta) é uma veia porta no corpo humano que 
drena sangue do sistema digestivo e de suas glândulas associadas. É um dos principais componentes do sistema 
venoso porta-hepático. É formada pela união da veia esplênica com a veia mesentérica superior e se divide em ramos 
direito e esquerdo antes de entrar no fígado. É importante ressaltar que a veia porta do fígado drena sangue para o 
fígado, e não do fígado. O sangue que entra no fígado vindo da veia porta, depois de ser 'limpado' pelo fígado, vai até a 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Veia_porta
http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpo_humano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_digestivo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_venoso_porta_hep%C3%A1tico
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_venoso_porta_hep%C3%A1tico
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veia cava inferior através das veias hepáticas. A veia mesentérica inferior geralmente não se liga diretamente à veia 
porta hepática, vindo a drenar na veia esplênica. A veia porta se ramifica em diversas veias que se abrem nos 
sinusóides hepáticos. O sangue é posteriormente reabsorvido para a veia hepática e entra na veia cava inferior. As 
tributárias da veia porta hepática incluem: veia gástrica esquerda e veia gástrica direita, veia esplênica (onde desemboca 
a veia mesentérica inferior). 
 A veia porta do fígado é o canal principal do sistema porta venoso. Ela coleta sangue pouco oxigenado, mas 
rico em nutrientes, provenientes da parte abdominal do trato gastrintestinal, incluindo a vesícula biliar, pâncreas e baço, 
e o conduz até o fígado. Lá, ela se ramifica (única veia do organismo que se ramifica) para terminar nos capilares 
expandidos (sinusoides venosos do fígado). 
 O sistema venoso portal comunica-se com o sistema venoso sistêmico, formando anastomoses porto-
sistêmicas, nos seguintes locais: 
 A. Entre as veias esofágicas que drenam para a veia ázigo (circulação sistêmica) ou para veia gástrica 
esquerda (circulação portal). Quando dilatadas, formam as varizes esofágicas. 
 B. Entre as veias retais, em que a inferior e média drena para VCI (circulação sistêmica) e a veia retal superior 
continuando como a veia mesentérica inferior (circulação portal). 
 C. As veias paraumbilicais da parede abdominal anterior (sistema portal) que se anastomosam com as veias 
epigástricas superficiais (circulação sistêmica). Quando dilatadas, estas veias produzem a cabeça de Medusa. 
 D. Ramúsculos das veias cólicas (circulação portal) que se anastomosam com as veia retroperitoneais (circulação 
sistêmica). 
 
 As veias paraumbilicais estendem-se ao longo do ligamento redondo no ligamento falciforme umbilical mediano 
na prega umbilical mediana. Estas pequenas veias estabelecem anastomoses entre as veias da parede abdominal 
anterior e a porta do fígado e as veias ilíacas internas. 
 
 
OBS: As comunicações entre o sistema venoso portal e o sistema venoso sistêmico são importantes clinicamente no 
advento de um bloqueio venoso portal intra ou extra-hepático. Quando a circulação portal através do fígado é diminuída 
ou obstruída por causa de doença do fígado ou pressão física proveniente de um tumor, por exemplo, sangue do trato 
gastrintestinal ainda pode alcançar o lado direito do coração através da VCI por meio de diversas colaterais. Estas rotas 
alternativas estão disponíveis pois a veia porta e suas tributárias não possuem válvulas, por esta razão, o sangue pode 
fluir em uma direção contrária à veia cava inferior. 
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OBS: Quando a cicatrização e fibrose provenientes da cirrose obstruem a porta do fígado, a pressão aumenta na veia 
porta e suas tributárias, produzindo hipertensão portal. Nos locais de anastomoses entre as veias portal e sistêmica, a 
hipertensão portal produz veias varicosas e fluxo sanguíneo aumentado provenientes do sistema portal para o sistema 
sistêmico de veias. As veias podem se tornar tão dilatadas que suas paredes se rompem, resultando em hemorragias 
graves. 
OBS: Em casos graves de obstrução portal, até mesmo as veias paraumbilicais podem tornar-se varicosas e parecer um 
pouco com pequenas cobras irradiando-se sobre a pele em torno do umbigo. Esta condição é referida como cabeça da 
medusa. 
 
 
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PERITÔNIO E CAVIDADE PERITONEAL 
 
 O peritônio é uma membrana serosa transparente, brilhante e contínua que reveste a cavidade 
abdominopélvica e envolve as vísceras (MOORE; DALLEY, 2001), sendo ela a mais extensa serosa (mais extensa que a 
pleura e que o pericárdio) do corpo e consiste em um saco fechado no homem (GRAY, 1988) e parcialmente aberto nas 
mulheres. 
 O peritônio consiste em 2 lâminas 
contínuas: o peritônio parietal (fáscia 
transversal, por estar aderida ao M. Transverso 
do Abdome, e reveste a face interna da parede 
abdominopélvica) e peritônio visceral (fáscia 
subserosa, reveste vísceras como o estômago e 
o intestino). Histologicamente, as duas lâminas 
do peritônio correspondem ao mesotélio (células 
epiteliais simples pavimentosas). 
 
OBS: A cavidade abdominal contém o 
peritônio e as vísceras. Já a cavidade 
peritoneal é um espaço potencial entre as 
Lâminas do peritônio que não contém órgãos, 
mas sim, uma fina camada de líquido 
peritoneal. Ou seja, os órgãos estão envolvidos 
pelo peritônio visceral, mas a cavidade peritoneal 
não possui conteúdo algum senão uma pequena 
quantidade de líquido peritoneal. 
 
 A cavidade peritoneal está situada dentro da cavidade abdominal e continua inferiormente até a cavidade 
pélvica. A cavidade peritoneal é um espaço virtual com espessura capilar, situado entre as lâminas parietal e visceral do 
peritônio. Não contém órgãos, mas contém uma fina película de líquido peritoneal (composto de água, eletrólitos e 
outras substâncias derivadas do líquido intersticial de tecidos adjacentes). Esse líquido tem a função de lubrificar o 
peritônio visceral e as faces das vísceras, permitindo deslizamento sem atrito entre as vísceras. Além disso, contém 
leucócitos e anticorpos que resistem a infecções. Ele é absorvido pelos vasos linfáticos na face inferior do diafragma. 
 A cavidade peritoneal é completamente fechada nos homens; entretanto, há uma via de comunicação nas 
mulheres para o exterior do corpo através das tubas uterinas, da cavidade uterina e vagina. Esta comunicação constitui 
uma possível via de infecção do exterior. 
 
 Endometriose é uma doença que acomete as mulheres em idade 
reprodutiva e que consiste na presença de endométrio em locais fora do útero, 
como na cavidade peritoneal, devido à comunicação existente entre a luz das 
tubas uterinas e a esta cavidade entre as lâminas do peritônio. Os locais mais 
comuns da endometriose são: Fundo de Saco de Douglas (atrás do útero), septo 
reto-vaginal (tecido entre a vagina e o reto), trompas, ovários, superfície do reto, 
ligamentos do útero, bexiga, e parede da pélvis. Há diversas teorias sobre as 
causas da endometriose. A principal delas é que, durante a menstruação, células 
do endométrio, camada interna do útero, sejam enviadas pelas trompas para 
dentro do abdômen. Há evidências que sugerem ser uma doença genética. 
Outras sugerem ser uma doença do sistema de defesa. Os principais sintomas 
da endometriose são dor e infertilidade. A dor da endometriose pode ser cólica 
menstrual intensa, dor abdominal à relação sexual, dor no intestino na época das 
menstruações ou uma mistura destes sintomas. 
 
EMBRIOLOGIA DA CAVIDADE PERITONEAL 
 Quando o intestino é formado na vida embrionária, ele tem o mesmo comprimento do corpo em 
desenvolvimento. Entretanto,sofre crescimento exuberante para proporcionar a grande superfície de absorção 
necessária para a nutrição, a ponto de, no fim da 10ª semana, ser mais extenso que o corpo que o contém. Este 
crescimento é acomodado pelo desenvolvimento de uma cavidade serosa no tronco que abriga o intestino cada vez mais 
longo e contorcido em um espaço relativamente compacto. 
Arlindo Ugulino Netto. 
ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO ABDOME 2016 
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 No início de seu desenvolvimento, a cavidade embrionária do corpo (celoma intra-embrionário) é revestida por 
mesoderma. Em um estágio ligeiramente posterior, a cavidade abdominal primordial é revestida por peritônio parietal 
derivado do mesoderma, que forma um saco fechado. A luz do saco é a cavidade peritoneal. 
 À medida que se desenvolvem, os órgãos invaginam (protraem) em graus variáveis para o saco peritoneal, 
adquirindo um revestimento peritoneal, o peritônio visceral. 
 Uma víscera como o rim se protrai apenas parcialmente para a cavidade peritoneal; portanto, é basicamente 
retroperitoneal, sempre permanecendo externa à cavidade peritoneal e posterior ao peritônio que reveste a cavidade 
abdominal. Outras vísceras, como o estômago e o baço, protraem-se completamente para o saco peritoneal e são 
completamente revestidas por peritônio visceral, isto é, são intraperitoniais. Essas vísceras estão ligadas à parede 
posterior do abdome por um mesentério de comprimento variável, que é formado por duas lâminas de peritônio com 
uma fina lâmina de tecido conjuntivo frouxo entre elas. 
Em resumo, a invaginação dos órgãos é variável e leva a formação dos mesentérios, ligamentos, 
compartimentos abdominais, pregas e recessos. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS 
O peritônio e as vísceras estão na cavidade abdominopélvica. A partir da relação da víscera com o peritônio, ela 
pode ser classificada como intraperitoneais, retroperitoneais, extraperitoneais ou subperitoneais. 
 
INTRAPERITONEAIS 
 São órgãos quase completamente cobertos por peritônio visceral (Ex: estômago e baço). Neste caso, os órgãos 
não estão dentro da cavidade peritoneal (embora o termo seja usado clinicamente para designar substâncias injetadas 
nessa cavidade). 
 
EXTRAPERITONEAIS, RETROPERITONEAIS E SUBPERITONEAIS 
 São órgãos situados fora da cavidade peritoneal, estando eles, externamente, posteriormente ou inferiormente 
ao peritônio parietal, respectivamente. São apenas parcialmente cobertos por peritônio (geralmente sobre apenas uma 
superfície). Órgãos como os rins estão entre o peritônio parietal e a parede posterior do abdome, e têm peritônio parietal 
apenas nas faces anteriores (exceto de houver gordura interposta). Da mesma forma, a bexiga só tem peritônio parietal 
sobre sua face superior. 
 Posteriores ao peritônio parietal, podemos citar os rins, 
o pâncreas, parte do duodeno, os grandes vasos (aorta e veia 
cava inferior). 
 
ÓRGÃOS RETROPERITONEAIS SECUNDÁRIOS 
Classificação restrita para órgãos intraperitoneais (Ex: 
colo descendente e colo ascendente do intestino grosso) que, 
no decorrer da evolução embrionária, devido a falta de espaço, 
eles vão se aderindo a parede posterior do abdome. Nesse 
movimento, a lâmina visceral do mesentério se funde com o 
peritônio parietal, formando uma fáscia de fusão. 
 
 
 
 
FORMAÇÕES PERITONEAIS 
 A cavidade peritoneal tem um formato complexo. Com isso, são usados vários termos para descrever as partes 
do peritônio que unem os órgãos a outros órgãos ou à parede abdominal, e os compartimentos e recessos restantes. 
 
MESO 
Formado pela fusão de duas lâminas de peritônio, com tecido conjuntivo frouxo, que propicia suprimento 
neurovascular e sustentação dos órgãos à parede posterior do abdome. Liga um órgão intraperitoneal à parede 
abdominal posterior, contendo vasos sanguíneos, vasos linfáticos, nervos, linfonodos e gordura. 
O meso do intestino delgado é denominado, a rigor, mesentério. Entretanto, os meso relacionados a outras 
partes específicas do trato alimentar recebem denominações de acordo: mesocólos transverso e sigmoide, 
mesoapêndice, mesovário, mesoesôfago e mesogástrico. 
O mesentério propriamente dito é uma larga prega de peritônio em forma de leque, que prende as alças do 
jejuno e íleo à parede posterior do abdome. Entre seus folhetos, encontramos seu conteúdo: ramos intestinais da artéria 
mesentérica superior, ramos tributários da veia porta, plexo de nervos, vasos quilíferos, linfonodos mesentéricos. 
Podemos dividir o mesentério em duas porções: a raiz, que mede cerca de 5 cm e estende-se obliquamente desde a 
flexura duodenojejunal do lado esquerdo de L2 até a articulação sacroilíaca direita (GRAY, 1988); e a borda intestinal, 
que mede cerca de 6m, com largura de 20cm, sendo mais estreita superiormente. 
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OMENTO 
Omento, a rigor, é classificado como uma prega do peritônio que liga um órgão abdominal a outro. Ele é uma 
extensão ou prega de peritônio que passa do estômago e parte proximal do duodeno para órgãos adjacentes ou para 
parede abdominal. Divide-se em: omento maior e omento menor. 
 Omento menor: Liga a curvatura menor do estômago e porção proximal do duodeno ao fígado. 
 Omento maior: Prega peritoneal proeminente que se projeta da curvatura maior do estômago e parte proximal 
do duodeno e prende-se à face anterior do colo transverso. 
 
 
 
LIGAMENTO PERITONEAL 
 Consistem em uma dupla camada de peritônio que une um órgão a outro ou á parede abdominal. 
 
O fígado está conectado pelos seguintes ligamentos: 
 Ligamento falciforme: une o fígado à parede abdominal anterior. 
 Ligamento Coronário do fígado: reflexão do peritônio sobre o fígado, sendo formado por folhetos anteriores e 
posteriores. 
 Ligamentos Triangulares direito e esquerdo: pregas que se estendem lateralmente no encontro dos folhetos 
anterior e posterior do ligamento coronário. 
 Ligamento Hepatogástrico: parte membranácea do omento menor. 
 Ligamento Hepatoduodenal: margem livre do omento menor, e contém a veia porta, artéria hepática e ducto 
colédoco (tríade portal). 
 
O estômago está conectado pelos seguintes ligamentos: 
 Ligamento gastrofrênico: liga o estômago à face inferior do diafragma. 
 Ligamento Gastrocólico: une o estômago ao colo transverso (porção em avental do omento maior). 
 Ligamento gastroesplênico: une o estômago ao hilo do baço. 
 
Os ligamentos do diafragma são: 
 Lig. gastrofrênico: liga o estômago à face inferior do diafragma. 
 Lig. frenicolienal: reflexão do peritônio sobre o rim esquerdo para a flexura esplênica. 
 Lig. Frenicocólico: extensão lateral do omento maior, que liga a flexura cólica à parede póstero-lateral. 
 
PREGA PERITONEAL 
A prega peritoneal é uma reflexão do peritônio sobre estruturas da parede do corpo, como vasos sanguíneos, 
ductos e vasos fetais obliterados subjacentes (por exemplo, Prega umbilical mediana, Prega umbilical medial e Prega 
umbilical lateral). As pregas umbilicais medianas revestem o úraco, as pregas umbilicais mediais revestem os vasos 
umbilicais obliterados e as pregas umbilicais laterais contêm as artérias epigástricas inferiores. 
 
RECESSO PERITONEAL 
O recesso (ou fossa) peritoneal é uma bolsa de peritônio formada por uma prega peritonial. Está dividida em 
três grupos. São eles: Divididas em 3 grupos: Recessos duodenais, Recessos cecais e Recesso intersigmoideo. 
 
1. Recessos Duodenais 
 Recesso duodenal superior (50%): Superiormente a esquerda da porção ascendente do duodeno 
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 Recesso duodenal inferior (75%): Inferiormente a esquerda da porção ascendente do duodeno 
 Recesso Paraduodenal (raro) 
 Recesso retroduodenal (raro) 
 
2. Recessos Cecais 
 Recesso ileocecal superior: Fenda estreita entre o mesentério do íleo e a pregaileocecal superior (aloja a artéria 
cecal anterior) 
 Recesso ileocecal inferior: Entre o mesoapêndice e a prega ileocecal inferior (na junção ileocecal). 
 Recesso cecal: Posteriormente ao ceco, limitado à direita pela prega cecal. 
 
3. Recesso Intersigmoideo: Desaparece com a idade. Situa-se posteriormente ao mesocólon sigmoide, sobre os 
vasos ilíacos externos, no espaço entre os músculos psoas e ilíaco. Tem tamanho variável, desde uma simples 
fosseta até um aspecto afunilado, que permite introdução do dedo. 
 
OBS: Outros recessos existentes são: Recesso supra-hepático (sobre o fígado, delimitado pela lâmina anterior do 
ligamento coronário) e recesso hepatorrenal (abaixo do fígado, delimitado pela lâmina posterior do ligamento 
coronário do fígado). 
 
 
SUBDIVISÕES DA CAVIDADE PERITONEAL 
 Após a rotação e o desenvolvimento da curvature maior do 
estômago durante o desenvolvimento embrionário, cavidade 
peritoneal é dividida em sacos peritoniais maior (omental maior) e 
menor (omental menor, posteriormente ao estômago). 
O mesocolo transverso (meso do colo transverso) divide a 
cavidade abdominal em um compartimento supracólico e um 
compartimento infra-cólico. 
 Compartimento supracólico: Acima do mesocólon 
transverso. Contém o estômago, fígado e baço. 
 Compartimento infracólico: Abaixo do mesocólon 
transverso e posterior ao omento maior, sendo dividido em 
espaços infracólico direito e esquerdo pelo mesentério. 
Contém o intestino delgado e os colos ascendente e 
descendente. 
 
 
 
 
 
 
 
Há comunicação livre entre os compartimentos supracólico e infracólico através dos sulcos paracólicos, sulcos 
entre as faces laterais dos colos ascendente e descendente e a parede lateral do abdome. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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A bolsa omental é uma cavidade em forma de 
saco, situada posteriormente ao estômago e omento menor. 
Possui 2 recessos: um recesso superior (limitado 
superiormente pelo diafragma) e um recesso inferior (entre 
as lâminas do omento maior). Ela permite o livre movimento 
do estômago sobre as estruturas posteriores e inferiores a 
ela porque as paredes anterior e posterior da bolsa omental 
deslizam suavemente sobre a outra. Comunica-se com a 
cavidade peritoneal através do forame omental ou forame 
epiplóico, abertura posterior à margem livre do ligamento 
hepatoduodenal (omento menor). Tem como limites: 
 Anteriormente: Lobo caudado do fígado, Omento 
menor, Estômago e Omento maior. 
 Posteriormente: Omento maior, Cólon transverso, 
Pâncreas, Glândula suprarrenal esquerda e 
Extremidade cranial do rim esquerdo. 
 Lateralmente a direita: Forame omental. 
 Lateralmente a esquerda: Lig. Frenicolienal e Lig. 
Gastrolienal. 
O forame omental tem como limites: 
 Anteriormente: borda livre do omento menor com seu conteúdo (veia porta, artéria hepática, ducto colédoco). 
 Posteriormente: peritônio que recobre a veia cava inferior e pilar direito do diafragma. 
 Superiormente: peritônio visceral que recobre o lobo caudado do fígado. 
 Inferiormente: 1ª porção do duodeno e conteúdo do lig. Hepatoduodenal. 
 
OBS: Os apêndices epiploicos são pequenas bolsas de gordura, situadas ao longo do cólon e parte superior do reto. 
 
REFLEXÕES PERITONEAIS NA PELVE MASCULINA 
 Fossas pararretais: 
 Fossa retovesical: Lateralmente limitada pela prega retovesical ou sacrogenital 
 Fossa paravesical: Ao lado da bexiga 
 
 
REFLEXÕES PERITONEAISNA PELVE FEMININA 
 Fossas pararretais: 
 Fossa retovesical: Fossa (escavação) vesicouterina e Fossa (escavação) retouterina 
 Fossa paravesical: 
 Ligamentos largos: Da borda lateral do útero à parede lateral da pelve 
 Fossa ovárica 
 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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REGIÃO INGUINAL 
 
 A região inguinal (virilha), que se estende entre as 
espinhas ilíacas anterossuperiores e o tubérculo púbico, ou seja, 
inferiormente à parede anterolateral do abdome, é uma importante 
área do ponto de vista anatômico e clínico: anatomicamente, porque 
é uma região onde as estruturas entram e saem da cavidade 
abdominal, e clinicamente, porque as vias de saída e entrada 
(região de transição) são áreas de fraqueza, estando propensas 
então, a formação de hérnias. 
Na verdade, a maioria das hérnias abdominais ocorre nesta 
região, com as hérnias inguinais contribuindo para 75% de todas as 
hérnias abdominais. Estas hérnias ocorrem ambos os sexos, porém 
a maioria das hérnias inguinais (aproximadamente 86%) ocorre em 
homens, devido à passagem do funículo espermático através do 
canal inguinal, o qual é maior nesse sexo. 
 
 
LIGAMENTO INGUINAL E O TRATO ILIOPÚBICO 
 Faixas fibrosas espessas (retináculos) 
são encontradas relacionadas a muitas 
articulações que possuem grande amplitude de 
movimento para preservar estruturas contra o 
esqueleto durante as varias posições da 
articulação. O ligamento inguinal e o trato 
iliopúbico, que se estendem da EIAS até o 
tubérculo púbico, constituem um retináculo 
anterior (flexor) bilaminar da articulação do 
quadril. O retináculo cobre o espaço subinguinal, 
através do qual passam os flexores do quadril e as 
estruturas neurovasculares que servem à grande 
parte do membro inferior. 
 O ligamento inguinal é uma densa faixa 
que constitui a parte mais inferior da aponeurose 
do músculo oblíquo externo. Acima dele está 
presente o canal inguinal, e abaixo, os hiatos: 
hiato muscular (onde passa o M. iliopssoas) e o 
hiato vascular (artéria e veia femoral). Embora a 
maioria das fibras da extremidade medial do 
ligamento se insira no tubérculo púbico, algumas 
seguem outros trajetos: 
 Algumas das fibras profundas seguem posteriormente para fixarem ao ramo superior do púbis, lateralmente ao 
tubérculo, formando o ligamento lacunar. As fibras mais laterais continuam a seguir ao longo da linha pectínea 
do púbis como o ligamento do púbis. 
 As fibras superiores se abrem em leque, desviando-se do tubérculo púbico para fundirem-se com as fibras 
inferiores da aponeurose do M. oblíquo externo contralateral, formando o ligamento inguinal refletido. 
 
 O trato íliopúbico é a margem inferior e espessada da fáscia transversal acima do ligamento inguinal. Ele limita 
inferiormente o anel inguinal profundo e forma a margem súpero-medial do canal femoral. 
 O ligamento inguinal e o trato iliopúbico cobrem uma área de fraqueza inata na parede do corpo na região 
inguinal denominada orifício miopectíneo. Esta área fraca, que ocorre em relação às estruturas que atravessam a 
parede do corpo, é o local de hérnias inguinais (direta e indireta, e hérnia femoral). 
 
OBS: O trígono femoral está localizado no 
1
/3 súpero-medial da coxa. Látero-medialmente, o conteúdo do trígono 
femoral consiste em: nervo, artéria e veia femorais. Os limites do trígono femoral são: lateralmente, a borda medial do 
músculo sartório; superiormente (base), o ligamento inguinal; e, medialmente, a margem lateral do músculo adutor 
longo. O assoalho do trígono femoral é muscular, sendo composto látero-medialmente pelos músculos: ílio-psoas, 
pectíneo e porção lateral do adutor longo. O teto do trígono femoral é fascial, sendo formado pelas fáscias: lata e crivosa 
(mais profunda). 
Arlindo Ugulino Netto. 
ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO ABDOME 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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CANAL INGUINAL 
 O canal inguinal é formado em relação à descida do testículo durante o desenvolvimento fetal (descida do 
testículo). É uma passagem oblíqua situada na parte inferior da parede abdominal anterolateral, direcionada ínfero-
lateralmente, paralelo ao ligamento inguinal, cerca de 2 a 4 cm acima deste. Mede cerca de 4 cm de comprimento e dá 
passagem ao funículo espermático nos homens e ao ligamento redondo do útero nas mulheres. O canal inguinal 
também contem vasos sanguíneos e linfáticos e o nervoilioinguinal em ambos os sexos. 
 
OBS: O testículo é puxado pra fora por um ligamento chamado gubernáculo, que liga o testículo à pele. 
OBS: As hérnias inguinais são mais comuns nos homens devido ao fato do canal inguinal nas mulheres ser mais estreito 
e resistente. 
 
 Do canal inguinal, destacam-se as seguintes estruturas: aberturas (anel inguinal superficial ou externo; anel 
inguinal profundo ou interno), parede anterior, parede posterior, 
teto e assoalho. 
 
ANEL INGUINAL PROFUNDO 
 É a entrada para o canal inguinal, que consiste na 
evaginação da fáscia transversal, localizado na região 
intermediária do ligamento inguinal lateralmente à artéria 
epigástrica inferior. Em uma visão posterior da parede anterolateral 
do abdome, o anel inguinal profundo está localizado lateralmente a 
prega peritoneal lateral. A fáscia transversal forma o revestimento 
mais interno do canal inguinal. Através dessa abertura, o ducto 
deferente extraperitoneal e os vasos testiculares nos homens (ou 
ligamento redondo do útero em mulheres) entram no canal 
inguinal. 
 
ANEL INGUINAL SUPERFICIAL 
 Abertura tipo fenda entre as fibras da aponeurose do 
músculo oblíquo externo do abdome. Consiste na via de saída pela 
qual o funículo espermático em homens, ou o ligamento redondo 
em mulheres, emerge do canal inguinal. As partes da aponeurose 
que situadas laterais e mediais ao anel superficial, e que formam 
as suas margens, são os pilares: pilar medial (fibras que se 
prendem à crista púbica), pilar lateral (fibras que se prendem ao 
tubérculo púbico) e fibras intercrurais (ligam um pilar a outro para 
evitar o afastamento dessas estruturas). 
 
PAREDE ANTERIOR DO CANAL INGUINAL 
 Composta pela aponeurose do músculo oblíquo externo do 
abdome e fibras do músculo oblíquo interno do abdome na porção 
lateral. 
 
PAREDE POSTERIOR DO CANAL INGUINAL 
 Composta pela fáscia transversal com a presença da 
foice inguinal na parte medial (fusão das aponeuroses dos 
músculos oblíquo interno do abdome e transverso do abdome). 
 
TETO E ASSOALHO DO CANAL INGUINAL 
 O teto do canal inguinal é formado pelo arqueamento das fibras dos 
músculos oblíquo interno do abdome e transverso do abdome na porção 
medial. 
 O assoalho é formado pela face superior do ligamento inguinal, que 
forma uma calha para servir de assoalho, e pelo ligamento lacunar 
(extensão da porção medial do ligamento inguinal que se estende até a 
linha pectínea). 
 
 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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DESENVOLVIMENTO DO CANAL INGUINAL 
 Os testículos se desenvolvem no tecido conjuntivo extraperitoeneal na região lombar superior da parede 
posterior do abdome. O gubernáculo masculino é um cordão fibroso que une o testículo primordial à parede 
anterolateral do abdome no local do futuro anel inguinal profundo do canal inguinal. 
 Quanto a sua migração, o testículo na 12ª semana encontra-se na pelve, na 28ª semana alcança o anel inguinal 
profundo e começa a passar através do canal inguinal a ponto de na 32ª semana chegar ao escroto. 
 O processo vaginal é um divertículo peritoneal que atravessa o canal inguinal, conduzindo lâminas musculares 
e fáscias da parede abdominal para o escroto primordial. Isso é mais uma diferença do ser humano para os animais: 
enquanto que nos animais a cavidade inguinal é continua com a abdominal, no homem, há a formação de uma “bolsa” 
isolada do abdome. Ele é responsável pela formação das fáscias espermáticas interna e externa e músculo cremáster do 
escroto adulto. Seu pedículo se degenera no 6º mês e a sua parte sacular distal forma a túnica vaginal do testículo 
(bainha serosa do testículo). 
 
 
 Gubernáculo  ligamento escrotal 
 Processo vaginal  túnica vaginal do testículo 
 Lâminas musculares da parede abdominal anterolateral  músculo cremáster 
 Lâminas fasciais da parede abdominal anterolateral  fáscias espermáticas interna e externa 
 
 Na mulher, os ovários também se desenvolvem na região lombar superior da parede posterior do abdome e 
migram em direção à parede posterior lateral da pelve. O gubernáculo feminino liga o ovário e o útero primordial ao 
lábio maior, e forma, nas mulheres adultas, o ligamento útero-ovárico e o ligamento redondo que se insere no tecido 
subcutâneo do lábio maior. O processo vaginal forma o canal inguinal, que dá passagem ao ligamento redondo e nervo 
ilioinguinal. 
 
OBS: No adulto, não há superposição entre os anéis inguinais superficial e profundo, ou seja, os dois anéis não são 
contínuos: o profundo é lateral e o superficial é medial. Aumento na pressão intra-abdominal força a parede posterior do 
canal inguinal contra a anterior, diminuindo a probabilidade de herniação. 
 
 
FUNÍCULO ESPERMÁTICO 
 É uma bainha composta por fáscias que contém estruturas que entram e saem do testículo (contém vasos, 
nervos e ducto deferente) e suspende o testículo no escroto. Começa no anel inguinal profundo, passa através do canal 
inguinal e sai pelo anel inguinal superficial, terminando no escroto, na margem posterior do testículo. O revestimento do 
funículo espermático inclui: 
 Fáscia espermática interna: derivada da fáscia transversal 
 Fáscia cremastérica: derivada do músculo oblíquo interno 
 Fáscia espermática externa: derivada da aponeurose do músculo oblíquo externo 
 
OBS: Com isso, de superficial para profundo, tem-se: pele, tecido subcutâneo (túnica dartos) e músculo dartos, fáscia 
espermática externa, músculo cremáster e fáscia cremastérica, fáscia espermática interna, lâmina parietal da túnica 
vaginal e lâmina visceral da túnica vaginal (revestindo o testículo e o epidídimo), e por fim, a túnica albugínea (revestindo 
intimamente os lóbulos do testículo). 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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CONSTITUINTES DO FUNÍCULO ESPERMÁTICO 
 Músculo cremáster: é um músculo em alças que se originam dos fascículos inferiores do músculo oblíquo 
interno. É composto por fibras do músculo obliquo interno e fibras do transverso. Tem como ação tracionar o 
testículo superiormente na bolsa escrotal sendo inervado pelo ramo genital do nervo genitofemoral (L1-L2). 
 Ducto deferente 
 Artéria testicular: ramo da aorta, supre testículo e epidídimo. Ela é responsável por resfriar em cerca de 3º o 
sangue que chega aos testículos. 
 Artéria do ducto deferente: ramo da artéria vesical inferior 
 Artéria cremastérica: ramo da artéria epigástrica inferior 
 Vasos linfáticos: drenam para linfonodos abdominais, enquanto os vasos linfáticos do escroto drenam para 
linfonodos inguinais profundos. 
 Plexo pampiniforme: rede venosa que drena para as veias testiculares. De cada lado, esses plexos formam 
veias: a veia testicular direita drena para veia cava inferior; e a veia testicular esquerda drena para a veia renal. 
 Fibras nervosas simpáticas nas artérias 
 Fibras simpáticas e parassimpáticas no ducto deferente 
 Ramo genital do nervo genitofemoral 
 
OBS: Pessoas com varizes testiculares têm dificuldade do retorno venoso da região, podendo causar esterilidade. 
 
 
ESCROTO 
 Saco cutâneo composto por uma 
pele mais pigmentada que o restante do 
corpo (com a finalidade de proteger as 
células germinativas de radiações solares) 
e túnica dartos (lâmina de fibras 
musculares lisas, responsável pela 
contração da pele e aspecto enrugado). O 
escroto pode ser dividido em dois 
compartimentos pelo septo do escroto 
(internamente) e pela rafe do escroto 
(externamente - linha de fusão das 
eminências labioescrotais). 
 
OBS: As eminências labioescrotais são 
evaginações cutâneas da parede 
abdominal anterior que formam a bolsa 
escrotal. 
 
 A túnica dartos continua-se 
anteriormente como a lâmina 
membranácea da fáscia superficial na 
parede abdominal e posteriormente 
continua-se como tecido subcutâneo do 
períneo. 
 
SUPRIMENTO ARTERIAL DO ESCROTO 
 Artérias escrotais posteriores: provenientes do ramo perineal da artéria pudendainterna, ramo da ilíaca interna. 
 Artérias escrotais anteriores: provenientes dos ramos pudendos externos da artéria femoral. 
 Ramos cremastéricos da artéria epigástrica inferior (artéria ilíaca externa). 
 
DRENAGEM DO ESCROTO 
 Venosa: Veias escrotais anteriores e posteriores (acompanham as artérias) 
 Vasos Linfáticos: Drenam para os linfonodos inguinais superficiais 
 
INERVAÇÃO DO ESCROTO 
 Ramo genital do nervo genitofemoral: face anterolateral do escroto. 
 Nervos escrotais anteriores (ramos do nervo ilioinguinal): face anterior. 
 Nervos escrotais posteriores (ramos do nervo pudendo): face posterior 
 Ramos perineais do Nervo Cutâneo posterior da coxa: face inferior 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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EPIDÍDIMO 
 Estrutura formada por circunvoluções do ducto do 
epidídimo, situada na face posterior do testículo, que se 
continua como ducto deferente. Está dividido em cabeça, 
corpo e cauda. 
 Cabeça: Porção superior formada por lóbulos que 
reúnem 12 a 14 dúctulos eferentes. 
 Corpo: porção média formada pelas 
circunvoluções do ducto do epidídimo 
 Cauda: Porção mais inferior que continua-se com 
o ducto deferente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTÍCULO 
 Órgão ovoide situado na bolsa escrotal, responsável pela produção dos espermatozoides e hormônios 
masculinos. Está suspenso pelo funículo espermático. O testículo esquerdo é mais inferior. 
 Ele é recoberto por túnica fibrosa resistente (a túnica albugínea). Essa túnica emite septos que divide o 
testículo em lóbulos, que contém os túbulos seminíferos. A espermatogênese se dá nos túbulos seminíferos, enquanto 
os túbulos retos conectam os túbulos seminíferos à rede do testículo em seu mediastino. Da rede do testículo saem os 
dúctulos eferentes, que passam a constituir o ducto do epidídimo, que se continua como ducto deferente (termina na 
face póstero-inferior da bexiga, desembocando na próstata juntamente ao ducto da vesícula seminal, formando o ducto 
ejaculatório). 
 O testículo é recoberto externamente pela lâmina visceral da túnica vaginal (aderida a túnica albugínea). O 
seio do epidídimo é um recesso da túnica vaginal, entre o corpo do epidídimo e a face póstero-lateral do testículo. 
 
OBS: Entre a lâmina parietal da túnica vaginal (adjacente à fáscia espermática interna) e a lâmina visceral da túnica 
vaginal (aderida à túnica albugínea), tem-se a cavidade vaginal por onde percorre um líquido que permite a 
movimentação do testículo. 
 
IRRIGAÇÃO DO TESTÍCULO 
 É feita pelas artérias testiculares, ramos da face anterolateral da aorta abdominal, abaixo das artérias renais, 
que seguem no retroperitônio para cruzar os ureteres e a. ilíaca externa. 
 
DRENAGEM VENOSA DO TESTÍCULO 
 É feita por uma rede venosa que forma o plexo pampiniforme, sendo composta de 8 a 12 veias que emergem 
do testículo e epidídimo, anteriormente ao ducto deferente, com função termorreguladora para manter a fertilidade dos 
espermatozoides. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DO TESTÍCULO 
 Os vasos linfáticos dos testículos drenam para os linfonodos pré-aórticos e lombares (aórticos laterais). Note que 
os vasos linfáticos do escroto drenam para linfonodos inguinais superficiais e profundos. Esse plexo formará as veias 
testiculares, onde a direita desemboca na VCI e a esquerda na V. Renal. 
 
INERVAÇÃO DO TESTÍCULO 
 Nervos do plexo testicular na artéria testicular 
 Fibras parassimpáticas vagais 
 Fibras simpáticas do segmento T7 da medula espinhal 
 
 
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS 
 Varicocele: Varicocele, ou varizes do testículo, consiste na dilatação anormal das veias testiculares, 
principalmente após esforço físico. Essas veias fazem parte do cordão espermático. Sua dilatação pode dificultar 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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o retorno venoso provocando disfunção testicular e piora da qualidade do sêmen. Embora seja uma das causas 
da infertilidade masculina, varicocele não provoca distúrbios da potência sexual. 
 Hidrocele: Hidrocele é a coleção de líquido ao redor do testículo. Pode significar algum processo inflamatório, 
mas comumente está associada à persistência do canal peritôneo-vaginal no homem. O líquido que aí se 
acumula é o mesmo que lubrifica os intestinos dentro do peritôneo. Para ter certeza que estamos frente a uma 
hidrocele, usamos uma lanterna atrás da bolsa escrotal: Se a luz atravessar com uma cor avermelhada, é 
hidrocele. Se não, pode ser sangue (hematocele), pus (piocele), hérnia (ínguino-escrotal) ou tumor de testículo. 
Habitualmente seu crescimento é lento e indolor, diferente das demais causas citadas, que envolvem dor, 
trauma e alterações da pele da bolsa. O tratamento é cirúrgico. 
 Vasectomia: A vasectomia é a ligadura dos canais deferentes no homem. Ela corta apenas o canal que leva os 
espermatozoides do testículo até as outras glândulas que produzem o esperma masculino. Continua a haver 
ejaculação normal, apenas, agora, sem espermatozoides. É uma pequena cirurgia feita com anestesia local em 
cima do escroto (saco). Não precisa de internação. É uma cirurgia de esterilização voluntária definitiva e, por 
isto, o homem tem de ter certeza absoluta que nunca mais poderá ter filhos. 
 Criptorquirdia: termo usado para designar uma anomalia na posição do testículo que para no meio do caminho 
que deveria percorrer para chegar à bolsa escrotal. Essa alteração de percurso tem importância porque, para 
viabilizar a produção de espermatozoides, os testículos precisam estar um grau, um grau e meio abaixo da 
temperatura corpórea. Para manter o equilíbrio térmico, o escroto é formado por várias camadas de musculatura 
que o ajudam a relaxar no calor, permitindo que os testículos se afastem do corpo, ou a contrair-se no frio para 
trazê-los para perto do corpo. Além disso, o cordão espermático por onde caminham as artérias que vão nutrir os 
testículos e as veias que drenam o sangue, está envolto pelo músculo cremaster que também se distende no 
calor e retrai-se no frio. Esse mecanismo que permite a aproximação ou o afastamento dos testículos do corpo é 
crucial para manter a temperatura adequada para a produção de espermatozoides. 
 Hérnia Inguinal indireta (congênita): é a mais comum de todas as hérnias abdominais. Nesse caso, o órgão 
herniado deixa a cavidade abdominal lateralmente aos vasos epigástricos inferiores e entra no anel inguinal 
profundo, sendo revestido por um saco herniário formado por um processo vaginal persistente e todos os três 
revestimentos fasciais do funículo espermático. Essa hérnia atravessa todo o canal inguinal para sair no anel 
inguinal superficial. Comumente entra no escroto. 
 Hérnia inguinal direta (adquirida): o órgão herniado deixa a cavidade abdominal medialmente aos vasos 
epigástricos inferiores, protraindo-se não pelo anel inguinal profundo, mas por uma área relativamente fraca 
situada na parede posterior do canal inguinal – o trígono inguinal (limites  superolateral: A. epigástrica 
inferior; medialmente: margem lateral do M. Reto do abdome; inferiormente: ligamento inguinal). A víscera 
herniada é revestida por um saco herniário composto pela fáscia transversal. Não atravessa todo o canal 
inguinal e emerge através ou ao redor do tendão conjuntivo para alcançar o anel inguinal superficial, ganhando 
um revestimento da fáscia espermática externa. Quase nunca entra no escroto, contudo, quando o faz, passa 
lateralmente ao funículo espermático. 
 
Hérnia inguinal direta Hérnia inguinal indireta 
 Atravessa a parede abdominal diretamente 
(especificamente no trígono de Hasselbach) 
 Atravessa medial aos vasos epigástricos inferiores 
 Encarcera menos que a indireta. 
 
 
 Atravessa pelo anel inguinal profundo 
 Lateral aos vasos epigástricos inferiores 
 É mais fácil de encarcerar (pois passa por 
dentro de um anel anatômico) 
 
 
 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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www.medresumos.com.brVÍSCERAS ABDOMINAIS 
 
 As vísceras abdominais são todos aqueles órgãos localizados dentro da cavidade abdominal, ou que tenha 
origem na mesma. Eles podem ser intraperitoneais (aqueles que estão envolvidos por peritônio), como o jejuno, íleo e 
fígado ou retroperitoneais (primários ou secundários), como os rins e duodeno. A partir do colo transverso, podemos 
dividir a cavidade peritoneal em compartimento supracólico e infracólico. 
 
 
ESÔFAGO 
O esôfago é um tubo muscular com diâmetro médio de 2 cm que conduz o alimento da faringe para o estomago. 
Está localizado no quadrante superior esquerdo da cavidade abdominal, penetrando nesta região através do hiato 
esofágico no pilar direito do diafragma (T10) e termina na cárdia (T11). Ele tem uma situação retroperitoneal. 
Esse órgão atravessa o hiato esofágico elíptico no pilar muscular direito do diafragma, logo à esquerda do plano 
mediano no nível da vértebra T10. 
O esôfago é constituído por fibras circulares (internas) e longitudinais (externas). Em seu terço superior, ele é 
formado por fibras externas estriadas e no terço inferior de fibras lisas. A sua mucosa está separada da mucosa gástrica 
pela junção esofagogástrica. 
 
IRRIGAÇÃO ARTERIAL DO ESÔFAGO ABDOMINAL 
 A irrigação arterial da parte abdominal do esôfago é feita pela artéria gástrica esquerda (ramo do tronco celíaco 
da aorta abdominal), que fornece um pequeno ramo esofágico; e pela artéria frênica inferior esquerda. 
 
DRENAGEM DO ESÔFAGO ABDOMINAL 
 A drenagem venosa é feita por tributárias da veia gástrica esquerda, que segue para a veia porta. Além delas, 
o sangue é drenado para o sistema venoso sistêmico através das veias esofágicas que entram na veia ázigos. 
 
 
 
 
OBS: As anastomoses porto-sistêmicas ocorrem em três pontos do corpo: no esôfago, no umbigo (veias paraumbilicais) 
e na região retal. 
OBS: Como drenam para os sistemas venosos porta e sistêmicos, as veias submucosas da parte abdominal do esôfago 
constituem uma anastomose porto-sistêmica. Na hipertensão porta (um aumento anormal da pressão sanguínea no 
sistema venoso porta), como nos casos de necrose hepática e substituição do tecido hepático por tecido fibrosado, o 
sangue é incapaz de atravessar o fígado por meio da veia porta, causando uma inversão do fluxo na tributária esofágica. 
Esse grande volume de sangue desviado causa dilatação significativa das veias submucosas, formando varizes 
esofágicas, que podem se romper causando hemorragias graves e de difícil controle cirúrgico. 
Arlindo Ugulino Netto. 
ANATOMIA TOPOGRÁFICA DO ABDOME 2016 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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DRENAGEM LINFÁTICA DO ESÔFAGO ABDOMINAL 
Os vasos linfáticos dessa porção do esôfago drenam para os linfonodos gástricos esquerdos, que por sua 
vez, drenam para os linfonodos celíacos. 
 
INERVAÇÃO DO ESÔFAGO ABDOMINAL 
 Simpática: troncos 
simpáticos torácicos 
originados dos nervos 
esplâncnicos maior e 
menor e plexos que 
acompanham as artérias 
gástrica esquerda e frênica 
inferior. 
 Parassimpática: troncos 
vagais anterior e posterior. 
 
 
ESTÔMAGO 
O estômago é a parte expandida do trato alimentar entre o esôfago e o intestino delgado. É especializado para 
o acumulo de alimento ingerida, que é química e mecanicamente preparado para a digestão e passagem para o 
duodeno. Com exceção da parte pilórica, que está no quadrante superior direito, o estômago está localizado no 
quadrante superior esquerdo, quando apresenta um formato em “C” invertido, porém quando apresenta um formato em 
“J” em indivíduos longilíneos, em que ele pode se alongar até o quadrante inferior esquerdo. 
Anteriormente, o estomago se 
relaciona com: parede abdominal anterior, 
diafragma, margem costal esquerda e lobo 
esquerdo do fígado. Posteriormente, está 
relacionado com: bolsa omental, diafragma, 
baço, glândula suprarrenal esquerda, parte 
superior do rim esquerdo, artéria esplênica, 
pâncreas, mesocólon transverso e colo 
transverso. 
Externamente, o estomago é configurado 
pelas seguintes regiões: Cárdia (óstio 
cárdico), Fundo gástrico, Corpo gástrico, 
Parte pilórica (antro pilórico, canal pilórico, 
piloro e óstio pilórico), Parede anterior, 
Parede posterior, Curvatura maior (incisura 
cárdica) e Curvatura menor (incisura angular). 
Internamente, sua configuração constitui-se 
em: pregas gástricas, sulco gástrico, óstio 
cárdico e óstio pilórico. 
O estômago apresenta três camadas 
musculares: uma longitudinal (externa), uma 
circular (média) e uma oblíqua (interna). Essa 
camada obliqua adicional representa a 
necessidade de uma camada muscular extra 
para a função de propulsão e mistura 
realizada por esse órgão. 
 
IRRIGAÇÃO DO ESTÔMAGO 
De um modo direto (ou indireto), o estômago é amplamente irrigado pelo tronco celíaco. Este constitui o 
primeiro grande ramo da artéria aorta abdominal e dá origem a três ramos: a artéria gástrica esquerda, artéria esplênica 
e a artéria hepática comum. 
A artéria gástrica esquerda, ramo direto do tronco celíaco, segue ao longo da curvatura menor do estômago; a 
artéria esplênica, que parte por trás do estômago para irrigar o baço, fornece as pequenas artérias gástricas curtas e à 
artéria gastromental esquerda (que segue ao longo da curvatura maior do estômago); a artéria hepática comum dá 
origem à artéria gastroduodenal (que desce por trás do piloro e do duodeno dá origem à artéria gastromental direita) e à 
artéria gástrica direita (que segue ao longo da curvatura menor do estômago para se unir com a artéria gástrica 
esquerda). Depois que artéria hepática comum dá estes dois ramos, ela se torna a artéria hepática própria e segue para 
o hilo hepático. 
Arlindo Ugulino Netto ● MEDRESUMOS 2016 ● ANATOMIA TOPOGRÁFICA 
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Desta forma, temos: 
 Artéria gástrica esquerda: primeiro ramo do tronco celíaco que segue na curvatura menor do estômago para 
se anastomosar por inosculação com a A. gástrica direita 
 Artéria gástrica direita: ramo da artéria hepática própria (ramo da hepática comum, oriunda do tronco celíaco). 
 Artéria gastromental esquerda: ramo da artéria esplênica (ramo do tronco celíaco), que brota posteriormente 
ao estômago, seguindo na curvatura maior do estômago para se anastomosar com a A. gastromental direita. 
 Artéria gastromental direita: ramo da artéria gastroduodenal (que é ramo da A. hepática comum, oriunda do 
tronco celíaco). 
 Artérias gástricas curtas: ramos da artéria esplênica (ramo do tronco celíaco). 
 
 
 
OBS: Algumas dessas artérias fazem anastomoses por inosculação (como também ocorre nos arcos palmares), ou seja, 
“boca-a-boca”. Outros dois tipos de anastomose são aquelas transversais (como ocorre com a veia intermédia do 
cotovelo) e por confluência (caso como na junção das artérias vertebrais para formar a artéria basilar). 
 
DRENAGEM VENOSA DO ESTÔMAGO 
 Veia gástrica esquerda, que drena para a veia porta hepática. 
 Veia gástrica direita, que drena para a veia porta hepática. 
 Veias gástricas curtas, que drenam para a veia esplênica. 
 Veia gastromental esquerda, que drena para a veia esplênica. 
 Veia gastromental direita, que drena para a veia mesentérica superior. 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA DO ESTÔMAGO 
Seguem as artérias gástricas. 
 Vasos linfáticos Gástricos esquerdo  linfonodos celiacos 
 Vasos linfáticos Gástricos direito  linfonodos celíacos 
 Vasos linfáticos Gastromentais esquerdo  linfonodos esplênicos, pancreáticos e celíacos. 
 Vasos linfáticos Gastromentais direitos  linfonodos celíacos. 
 
INERVAÇÃO DO ESTÔMAGO 
 Simpática: plexo celíaco, cujos ramos seguem os vasos do tronco celíaco. 
 Parassimpática: Tronco vagal anterior e Tronco vagal posterior. 
 
 
INTESTINO DELGADO 
Porção mais longa do sistema digestório, que vai desde o estômago (piloro) até o intestino grosso (junção 
ileocecal). Está dividido em: duodeno, jejuno e íleo. 
 
DUODENO 
O duodeno, primeira porção do intestino

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