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Resumo Direitos Humanos

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Direitos Humanos – 1º semestre – Nestor.
Conceito: Principio do entrelaçamento (unidade, indivisíveis)
Origem da disciplina – pós 2º Guerra Mundial, surgimento da ONU, mas é possível dizer que o primeiro órgão a defender os direitos humanos foi o Cristianismo.
Fundamentos – Dignidade humana; Indivisibilidade; Direitos Humanos – Inviolabilidade, autonomia e dignidade para a pessoa humana.
Características: Historicidade (primordiais vindos do Cristianismo); Universalidade; Essencialidade (basta ser para ter); Inexauribilidade (são inacabáveis no sentido de que podem ser expandidos, ampliados e novos direitos podem ser criados); Imprescritibilidade (não prescreve por desuso); Inalienabilidade (sem alienação ou transferência dos mesmos); Inviolabilidade (não podem ser violados por normas jurídicas); Limitabilidade (não são absolutos e podem sofrer restrições em momentos de crise e em casos que o interesse ou os direitos sejam mais importantes, o principio da ponderação); Efetividade (Direitos que funcionam no cotidiano); Complementaridade (não devem ser observados isoladamente, mas sim em conjunto com demais normas, princípios e objetivos do constituinte); Concorrência (Livre expressão); Irrenunciabilidade (não se pode abrir mão); Vedação do retrocesso (jamais podem ser diminuídos).
Gerações/dimensões dos Direitos Humanos:
- 1º dimensão/geração: são as liberdades públicas, os direitos políticos básicos. Surgem com a Magna Carta em 1215 e estão sistematicamente presentes em outros documentos históricos a partir da constitucionalização ocidental (séc. XVIII e XIX). Apresentam a liberdade de se opor ao Estado (direito a resistência) e representam os direitos civis e políticos do povo, traduzindo o valor de liberdade.
- 2º geração/dimensão: Surgem durante a Rev.Industrial (fim do século XIX e inicio do século XX), buscam estabelecer,também, melhorias em âmbito social do homem trabalhador e ganham força após a Primeira Guerra Mundial com a Constituição alemã de Weimar e com o Tratado de Versalhes (criação da OIT – Organização Internacional do Trabalho). Representam os direitos sociais, culturais e econômicos do povo inseridos no contexto de direitos de aplicação imediata e o valor da igualdade.
- 3º geração/dimensão: Derivados de grandes alterações sociais na comunidade internacional, causadas pela globalização da economia, avanços tecnológicos e científicos. Tais direitos direcionam-se para a preservação da qualidade de vida, tutelando o meio ambiente, permitindo o progresso sem detrimento da paz e autodeterminação dos povos, direito à comunicação e ao patrimônio comum da humanidade, constituindo-se em interesses difusos e coletivos, que transcendem o individuo ou grupos, representando os direitos de fraternidade ou solidariedade. Traduzem-se no valor da fraternidade.
- 4º geração/dimensão: Seriam direitos de preservação do ser humano (clonagem, sucessão de filhos gerados por inseminação artificial e etc.), também são direitos e garantias de proteção contra a globalização desenfreada, direito à democracia, direito à eutanásia, à bioética, às biociências e à informática. São os direitos das minorias, o direito de ser diferente, enfim, o direito da humanidade.
- 5º geração/dimensão: São direitos transportados diretamente da 3º geração para os dias de hoje, ou seja, o direito à paz permanente entre os povos.
 Princípios fundamentais:
 Apesar de ser uma palavra equivoca por possuir vários sentidos, podem ser interpretados como regras básicas de um sistema, as preposições mínimas que irão informar determinado sistema jurídico, integrando-se a ele. Possuem três espécies = Fundamentais (estrutura o Estado), Gerais (limitam o poder do Estado) e Especiais/Setoriais (informam um ramo/setor de direito).
Os princípios constitucionais fundamentais são os de soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre-iniciativa, do pluralismo políticos e separação de Poderes. Tais princípios podem ser aplicados em no molde de Estado Republicano (alternância no poder, mediante representatividade eletiva e divisão funcional do poder) do tipo Federalista (descentralização e repartição do poder e das rendas).
Princípios regentes das relações internacionais no Brasil (art. 4º da CF): Independência Nacional, prevalência dos direitos humanos, autodeterminação dos povos, não intervenção, igualdade entre os Estados, defesa da paz (solução pacífica dos conflitos), repúdio ao terrorismo e racismo, cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, concessão de asilo político e integração econômica.
Diferença entre Asilo e Refúgio: Asilo data da Antiguidade, limita-se a questões políticas, fundamentando-se em perseguição e não precisa de um órgão internacional de fiscalização, nem de obrigações internacionais ao Estado de acolhida ou decorrem de políticas de integração local. O Refúgio foi positivado no séc. XX, possui abrangência internacional e possui cinco casos específicos de refugiado (opinião política, raça, religião, nacionalidade e integração a grupo social), a perseguição só necessita ser fundamentada para existir, existe um órgão internacional que fiscaliza o refúgio. Uma vez reconhecido o status de refugiado, há obrigações internacionais para o Estado de acolhida e devem ocorrer políticas de integração local dos refugiados.
Direitos Humanos Fundamentais – Nacionalidade:
- Conceito: A nacionalidade é um vinculo jurídico-politico que une um individuo a um Estado. Trata-se de uma qualidade da pessoa que vive dentro de uma sociedade jurídica e politicamente organizada.
-Nacionalidade x naturalidade x cidadania: Cidadania é a qualidade do nacional, isto é, aquele que está no gozo dos direitos políticos (eleitor); Nacionalidade é o vinculo jurídico-político entre o indivíduo e o Estado; Naturalidade é um conceito geográfico, um vinculo entre o individuo e seu lugar de nascimento.
-Espécie de nacionalidade: Primária é aquela adquirida com o nascimento; Secundária exige a manifestação de vontade do indivíduo e o consentimento do Estado (naturalização).
- Princípios referentes ao direito de nacionalidade: Atribuição estatal de nacionalidade (apenas os Estados podem criar regras sobre a nacionalidade), inconstrangibilidade (ninguém poderá ser constrangido a adquirir uma nacionalidade, nem mesmo os apátridas) e optabilidade ou livre opção (o individuo deve optar livremente pela mudança de nacionalidade).
- Critérios determinativos da nacionalidade na Constituição Federal: Territorialidade, Jus Soli, Art. 12, I, A ( leva em consideração o local de nascimento, considera-se nacional o individuo que nasce dentro do território de um Estado); Consangüinidade, Jus Sangui, Art 12, I, B (leva em conta critério de descendência, será nacional o individuo filho de nacionais) ; Consangüinidade + opção confirmativa, Art 12, I, C (os nascidos no estrangeiro de pai ou mãe brasileiros, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir no Brasil e optem, depois de atingir a maioridade, pela nacionalidade brasileira).
- Fenômenos excepcionais: Apátrida ou heimatlos é o individuo sem vinculação a qualquer país; Polipátrida é o receptor de mais de uma nacionalidade. Estrangeiro é a pessoa a quem o ordenamento jurídico interno não atribuiu a qualidade de nacional.
- Perda da Nacionalidade: Caso um brasileiro nato perca sua naturalização que o obrigara a abrir mão de sua nacionalidade primária. Existe duas correntes divergentes sobre tais casos, uma prega que a nacionalidade deve ser readquirida em sua totalidade por decreto presidencial desde que o ex-brasileiro esteja domiciliando no Brasil, a outra prega que a reaquisição só deve ocorrer mediante processo de naturalização, ou seja, o estado de brasileiro nato é perdido.
- O português equiparado: Depende na reciprocidade de tratamento entre os países, o português terá os mesmos direitos que um naturalizado sem passar pelo processo. Um ato de camaradagem entre os países, permitindo que os residentes‘trocados’ tenham uma facilidade maior para vivência no outro país sem perder o status nacional primário.
Dos direitos políticos como direitos humanos:
Conceito de direitos públicos: conjunto de prerrogativas referentes à participação popular no poder.
Natureza jurídica: direitos cívicos, de conteúdo constitucional. São direitos que permitem a participação do cidadão na vida pública do país. Referente ao art. 1º, parágrafo único da CF.
Espécies: direitos políticos positivos (direito de sufrágio, sistemas eleitorais e devido processo eleitoral = compreendem o direito de sufrágio e sua interação com os sistemas eleitorais e o devido processo eleitoral) e direitos políticos negativos ( Inelegibilidades e privação dos direitos políticos = compreendem as hipóteses de perda e suspensão e as inelegibilidades).
Direito de sufrágio: Ativo (direito de eleger), passivo (direito de ser eleito) – esse direito tem como característica principal o DEVER em ser feito; As demais características do sufrágio são: Universalidade, igualdade, secreto e personalíssimo; O sufrágio é o direito de escolher ou ser escolhido, o voto é o instrumento da escolha e o escrutínio é a forma ou meio de votação.
Restrição ao direito de sufrágio: Condições econômicas (voto censitário); Capacidades especiais (sufrágio capacitário); Sufrágio múltiplo (o eleitor vota mais de uma vez, em mais de uma circunscrição eleitoral); Sufrágio plural (o eleitor poderá votar mais de uma vez na mesma circunscrição eleitoral) ou Familiar (o eleitor pai de família disporia da quantidade de votos correspondentes ao números de membros do clã).
 Tratados Internacionais de Direitos humanos:
Conceito: art. 2º, parágrafo 1º - “ A convenção de Viena é o acordo formal, celebrado por escrito e concluído pelos sujeitos de Direito Internacional Público, visando produzir efeitos jurídicos para as partes contratantes e, em certos casos, para terceiros nas partes da avença.”
Terminologia: Tratado (acordo mais solene, cria situações jurídicas recíprocas); Convenção (acordo que cria normas internacionais); Protocolo (acordo secundário); Pacto (compromissos futuros com promessas recíprocas); Declaração (atitude política comum); Estatuto (cria a organismo judicial internamente); Concordata (ajuste religioso).
Formação de tratados: Negociação (ajustes preliminares diplomáticos); assinatura ou adoção (autenticado pelo Executivo ou plenipotenciário); aprovação parlamentar ou referendum; ratificação (concordância unilateral de aceite definitivo do compromisso, concluída com a troca de instrumentos que a consubstanciam); ou adesão ou acesso (quando o Estado não participou das negociações do tratado, mas deseja dele fazer parte). No Brasil acrescenta-se ainda a promulgação e publicação do tratado na imprensa oficial.
Estrutura dos tratados: Título (indica a matéria do ajuste); Preâmbulo (indica as partes contratantes – Estados e organizações internacionais); os considerandos (intenções das partes); o articulado (núcleo do tratado, com as cláusulas de execução); o fecho (especificação do local e data da celebração do acordo); a assinatura (do chefe de Estado ou do Ministro das relações Exteriores ou agente plenipotenciário); o selo de lacre (com as armas das altas partes contratantes – efeito simbólico).

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