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RESENHA DO FILME BRIGADA 49

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RESENHA DO FILME BRIGADA 49
O filme começa com um prédio em chamas onde mostra a coragem dos bombeiros ao tentar salvar as vidas ameaçadas pelas chamas que consomem as paredes do prédio, destruindo a construção. É então que a companhia de bombeiros denominado de “Brigada 49” chega ao local e seus integrantes entram no prédio a fim de resgatarem possíveis vítimas. Porém, depois de salvar um homem que estava preso em um dos andares, o bombeiro Jack é surpreendido por uma explosão e cai em uma fenda, ficando aprisionado em meio ao fogo e aos escombros. Enquanto seus companheiros lutam para salvá-lo, o filme nos mostra sua história desde sua chegada na corporação, os amigos, as brincadeiras, sua vida familiar e as perdas de companheiros, como também as vidas salvas. O espírito de amizade dentro do quartel é agradável e divertido de se acompanhar. São constantes as partidas que os vários elementos pregam uns aos outros, mas quando se trata de salvar vidas, a brincadeira fica de fora e entra em ação a competência e a concentração. Em um trabalho que exige confiança absoluta nos companheiros, é notório perceber que os bombeiros não hesitam em colocar suas vidas nas mãos um do outro. Para os bombeiros, o único inimigo em comum é o fogo em si. Além disso, numa equipe, não existe heroísmo individual, pois o coletivo demonstra que a morte de um bombeiro representa para seus companheiros a perda não apenas de um colega de trabalho, mas de um amigo. No filme foi notado que os bombeiros usavam frequentemente os equipamentos de segurança, como por exemplo, capacetes, luvas, roupas apropriadas e materiais adequados de combate ao fogo. Outro fato notado foi à intensa organização de trabalho em equipe, no qual o espírito de liderança foi decisivo para conseguir os objetivos da corporação.
Depois de salvar um homem, o chão sob os pés do bombeiro Jack (Joaquin Phoenix) cede e ele fica entre a vida e a morte no meio dos escombros, fumaça e fogo. Muito fogo. Enquanto seus companheiros lutam para salvá-lo, o filme nos mostra sua história na brigada 49 que dá nome ao filme.
Brigada 49 mostra todos os meandros da vida de Jack e seus companheiros de trabalho, incluindo o capitão Mike (John Travolta), desde sua chegada na corporação, os amigos, as brincadeiras, o casamento, o nascimento de seus filhos e, claro, as perdas de companheiros e vidas salvas ao longo de dez anos, aproximadamente. Ao mesmo tempo em que vemos Jack padecendo no incêndio, o diretor Jay Russell mostra-nos que, apesar dele e seus companheiros terem um emprego extraordinário, cuja função é enfrentar incêndios e salvar vidas, são tão humanos quanto você ou eu.
Tudo muito bonito, tudo muito tocante. Brigada 49 foi, definitivamente, feito para arrancar lágrimas do público. Somente pessoas realmente sem coração não se emocionam com tudo aquilo. Russell não tem dó, faz com que personagens carismáticos vivam momentos de tensão e tragédias, sabendo direitinho que o espectador vai sentir um nó na garganta. É como mexer em casa de abelha para ser perseguido, sabe? O problema é: qual seria o propósito de se fazer um filme gratuitamente emotivo? Até a novela das oito consegue mostrar que bombeiros são pessoas nobres, por que precisamos de mais um filme exaltando isso? É óbvio que essas pessoas resolvem seguir essa carreira para salvar vidas, no mínimo. É aí que entra a questão do público: produzir um filme como Brigada 49 mexe com os sentimentos patrióticos dos norte-americanos, ainda mais em momentos pós-atentados de 11 de setembro, quando esses profissionais foram homenageados exaustivamente.
Brigada 49 cumpre muito bem seu papel no sentido de provocar reações no espectador. Mas não acrescenta em nada. É um dramalhão sem propósitos, que não faz diferença alguma. Não para mim.

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