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07/03/2017 1 Profa. Me. Amanda Alves da Silva Licenciada e Graduada em Educação Física pela UCB Mestra em Gerontologia pela UCB Doutoranda em Gerontologia pela UCB temperatura corporal, frequência cardíaca e frequência respiratória amandaalvesgerontologia@gmail.com O que são sinais vitais? Sinais vitais são medidas que fornecem dados fisiológicos indicando as condições de saúde da pessoa. Temperatura (T), Pulso ou batimentos cardíacos (P ou bpm), Respiração (R ou rpm) e Pressão ou Tensão Arterial (PA ou TA). Têm como objetivo auxiliar na coleta de dados e avaliação das condições de saúde da pessoa, bem como instrumentalizar na tomada de decisão sobre intervenções específicas. 07/03/2017 2 Essas medidas revelam a eficácia das funções corporais, circulatória, respiratória, renal e endócrina. Em razão de sua importância são denominados sinais vitais. Quando verificar os sinais vitais? Na admissão do paciente Dentro da rotina de atendimento Pré consulta ou consulta hospitalar ou ambulatorial. Antes e depois de qualquer procedimento cirúrgico. Antes e depois de qualquer procedimento invasivo de diagnóstico Antes e depois da administração de medicamentos que afetam as funções cardiovasculares, respiratória e de controle da temperatura. Sempre que o paciente manifestar quaisquer sintomas inespecífico de desconforto físico 07/03/2017 3 Os sinais vitais fazem parte do histórico do profissional de saúde. O profissional de saúde deve saber: Ver, compreender, interpretar e comunicar os valores; Equipamento adequado; Conhecer faixa normal dos sinais vitais; Conhecer história clínica; Minimizar fatores ambientais; Abordar com calma e cuidadosamente; Demonstrar habilidade; Informar ao paciente; Materiais Relógio Bandeja contendo: Termômetro Lenços de papel Esfisgmomanômetro e estetoscópio Recipiente c/ algodão c/ alcool a 70% Saco ou cuba p/ desprezar resíduos Caneta Caderneta p/ anotação Acessórios p/ temp. Retal (luvas e vaselina) 07/03/2017 4 SINAIS VITAIS PRINCIPAIS: Frequência Cardíaca; Pressão arterial; Temperatura; Respiração / Frequência Respiratória; Dor; Frequência Cardíaca 07/03/2017 5 PULSO Expansão e contração das artéria superficiais, sentidas pelos dedos que palpam, e assim, avaliam suas características. o pulso é a contração e expansão alternada de uma artéria A pulsação das artérias se faz sentir em diversas partes do corpo. Fatores de alteração: Vários são os fatores que provocam a alteração no pulso: Emoções; Exercícios físicos; Alimentação; Drogas; Traumas; Entre outros. 07/03/2017 6 Frequentemente é utilizado a artéria radial; Utiliza-se os dedos indicador e médio; Apalpar delicadamente sobre a artéria selecionada; Realizar a contagem mentalmente da frequência cardíaca; Durante 60 segundos; 07/03/2017 7 Como verificar o pulso? Lavar as mãos Orientar o paciente quanto ao procedimento Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo Contar durante 1 minuto inteiro Lavar as mãos Anotar no prontuário 07/03/2017 8 Características: Ao examinar uma pulsação devemos analisar: Estado da parede arterial; Frequência; Ritmo; Amplitude; Comparação; Frequência: É necessário contar sempre o número de pulsações durante um minuto, comparando com os batimentos cardíacos. Normal 60 a 100 bpm TAQUICARDIA: Aumento da frequência do pulso acima de 100 batimentos por minuto. BRADICARDIA: Diminuição da frequência de pulso, abaixo de 60 bpm. 07/03/2017 9 Ritmo: É dado pela sequência das pulsações. Quando ocorre uma contração ineficiente do coração, que falha em transmitir a onda de pulso para o local periférico, cria um déficit de pulso. Se elas ocorrerem a intervalos iguais o ritmo é REGULAR; Se os intervalos são variáveis , ora mais longos , ora mais curtos, o ritmo é IRREGULAR; A arritmia traduz alteração do ritmo cardíaco. Amplitude: É avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está relacionada com o enchimento da artéria durante a sístole e seu esvaziamento durante a diástole. Intensidade com que o sangue bate nas paredes das artéria. Classificação: Pulso amplo/magnus; Mediano; Pequeno ou parvus; Forte e cheio Fraco e fino - Filiforme. 07/03/2017 10 NUNCA COM O POLEGAR “O examinador poderá sentir seu próprio pulso digital” TÉCNICA - Pulso radial: a artéria radial encontra-se no punho, palpá-los emprega-se os dedos indicador e médio, com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo e vice versa . 07/03/2017 11 PULSO CAROTÍDEO As pulsações da carótida são visíveis e palpáveis medialmente aos músculos esternocleidomastoideos. Para sua palpação, devemos colocar o indicador e dedo médio sobre a carótida direita e vice- versa, no terço inferior do pescoço, adjacente à margem medial do músculo esternocleiomastóideo bem relaxado, aproximadamente ao nível da cartilagem cricóide. PULSO BRAQUIAL Palpar a artéria braquial (face interna do cotovelo), sendo que o braço do paciente deve repousar com o cotovelo estendido e as palmas da mão para cima. 07/03/2017 12 PULSO FEMURAL PULSO POPLITEO 07/03/2017 13 Valores normais: RN 120 a 160 batimentos por minuto (bpm) Lactente 100 a 120 bpm Adolescente 80 a 100 bpm Mulher 65 a 80 bpm Homem 60 a 70 bpm. PRESSÃO ARTERIAL 07/03/2017 14 É a medida da força aplicada contra as paredes das artérias, quando o coração bombeia sangue através do corpo. A pressão é determinada pela força e quantidade de sangue bombeado e pelo tamanho e flexibilidade das artérias. A pressão ou tensão arterial é um parâmetro de suma importância na investigação diagnóstica, sendo obrigatório em toda consulta de qualquer especialidade; relacionando-se com o coração. É medida com a utilização do esfigmomanômetro e do estetoscópio. Resumindo: Quando o coração se contrai para bombear o sangue para o resto do corpo é chamada de PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA ou MÁXIMA. A pressão do sangue nos vasos quando o coração encontra-se na fase de relaxamento ou “Período de Repouso” é chamada PRESSÃO DIASTÓLICA ou MÍNIMA. 07/03/2017 15 Esfigmomanômetro É o instrumento utilizado para a medida da pressão arterial. Foi idealizado por três cientistas: VonBasch (1880), Riva-Ricci (1896) e Korotkoff (1905). O tamanho do aparelho depende da circunferência do braço a ser examinado, sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda à 40% da circunferência do braço, sendo que seu comprimento deve ser de 80%; manguitos muito curtos ou estreitos podem fornecer leituras falsamente elevadas. O esfigmomanômetro pode ser de coluna de mercúrio para a medida da pressão, ou aneróide. Existem aparelhos semi- automáticos que se utilizam do método auscultatório e oscilométrico, com grau de confiabilidade variável, devido sofrerem com freqüência alterações na calibração. COLUNA DE MERCÚRIO DIGITAL ESFIGMOMANÔMETRO aneróide 07/03/2017 16 ESTETOSCÓPIO - Existem vários modelos, porém os principais componentes são: Olivas auriculares: são pequenas peças cônicas que proporcionam uma perfeita adaptação ao meato auditivo, de modo a criar um sistema fechado entre o ouvido e o aparelho. Armação metálica: põe em comunicação as peças auriculares com o sistema flexível de borracha;é provida de mola que permite um perfeito ajuste do aparelho. Tubos de borracha: possuem diâmetro de 0,3 a 0,5 cm. e comprimento de 25 a 30 cm. Receptores: existem dois tipos fundamentais: o de campânula de 2,5 cm. que é mais sensível aos sons de menor freqüência e o diafragma que dispõe de uma membrana semi-rígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm., utilizado para ausculta em geral. ESTETOSCÓPIO 07/03/2017 17 DIAFRAGMA 07/03/2017 18 VERIFICANDO... A pressão arterial é transcrita com o valor da pressão sistólica seguido por uma barra e o valor da pressão diastólica. Por exemplo: 120/80mmHg (milímetros de mercúrio) – Lê-se: cento e vinte por oitenta. Valor ótimo de pressão arterial: 120 x 80 mmHg (12 por 8); Valor normal de pressão arterial: 130/85 mmHg a 140 x 90 mmHg; Valor ideal de pressão arterial para pessoas com risco de diabetes e doença renal: 130 x 80 mmHg 07/03/2017 19 OBSERVAÇÃO: Pressão sistólica (MÁXIMA) 90 a 140 mmHg Pressão diastólica (MÍNIMA) 60 a 90 mmHg HIPERTENSO: > 140 x 90 mmHg HIPOTENSO: < 90 x 60 mmHg Variações fisiológicas Idade - em crianças é nitidamente mais baixos do que em adultos Sexo - na mulher é pouco mais baixa do que no homem, porém na prática adotam-se os mesmos valores Raça - as diferenças em grupos étnicos muito distintos talvez se deva à condições culturais e de alimentação. Sono - durante o sono ocorre uma diminuição de cerca de 10% tanto na sistólica como na diastólica Emoções - há uma elevação principalmente da sistólica. Exercício físico - provoca intensa elevação da PA, devido ao aumento do débito cardíaco, existindo curvas normais da elevação da PA durante o esforço físico (testes ergométricos). Alimentação - após as refeições, há discreta elevação, porém sem significado prático. 07/03/2017 20 TEMPERATURA CORPORAL Temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo, mediado pelo centro termorregulador. Pode ser verificada na região: AXILAR/INGUINAL; ORAL; RETAL. 07/03/2017 21 Os seres humanos são homeotérmicos, seu organismo é capaz de regular sua temperatura corporal. TERMÔMETRO CLÍNICO 07/03/2017 22 Valores de Referência: Padrão Normal: Temperatura Oral – De 36,2º a 37,2º C; Temperatura Retal (leitura mais precisa) – De 36,4º a 37,4ºC; TAX (Temperatura Axilar) (Menos precisa) - De 36º a 37ºC; Oscila de acordo com a atividade e repouso Leituras mais baixas ocorrem entre 4 e 5h da manhã. Leituras mais altas se situam entre 4 e 6 horas da noite. Mulheres tem temp. + alta que homens Temp. é mais alta em RN e mais baixa em idosos. Fatores que alteram a temperatura: Atividades físicas; Fatores Emocionais; Distúrbios da Glândula Tireoide; Alimentação; Ambiente; Vestuário; Efeito da ovulação sobre a temperatura; Medicamentos; Doenças; Traumas; 07/03/2017 23 Locais de mensuração: A temperatura corporal normal pode variar de 36,5°C ( graus Celsius) a 37,2° C. AXILAR (podem apresentar 0,3 a 0,6°C mais baixas oral ou retal); ORAL (podem ser medida pela boca usando o termômetro vidro, termômetro digital ); RETAL (tendem ser 0.6 °C mais altas do que oral); CENTRAL (realizada com sensor, no conduto auditivo, variável em 0,6); Temperatura bucal Explique ao paciente Abaixe a coluna de mercúrio Posicione a ponta do termometro sob a lingua do paciente em local profundo em qualquer lado do frenulo lingual Instrua o pcte a fechar os labios, mas não encostar os dentes Deixar por 7 minutos Registre a temperatura com a letra B (boca) Para completa precisão, nunca faça a verificação após o paciente ter fumado ou tomado bebidas quentes. Espere de 20 a 30 minutos.- termometro individual 07/03/2017 24 Verificando a temperatura retal Deite a pessoa de lado com a perna de cima dobrada. Cubra-o p/ proporcionar privacidade Passe lubrificante no papel e lubrifique o termometro 1,5cm p/ crianças e 2 cm p/ adultos Erga a região glutea superior Introduza cuidadosamente o termômetro no reto, em direção ao umbigo. Segure o termômetro p/ evitar danos Remova cuidadosamente após 7 minutos, limpe e faça a leitura anotando a letra R (retal) Temperatura axilar Posicione o paciente confortavelmente Seque delicadamente a axila c/ lenço de papel Peça ao pcte p/ colocar a mão sobre o torax e segurar no ombro oposto c/ o cotovelo erguido Posicione o termometro na axila Solicite ao pcte para baixar o cotovelo Deixe no local por 5 minutos 07/03/2017 25 Oral: contra indicada para pacientes inconsciente, desorientados, ou propensos a convulsões, em crianças muito novas, bebês, pacientes com problemas orais ou nasais. Retal: contraindicada em casos de diarreia, cirurgias, ferimentos retais. Terminologia: Normotérmico/Apirexia : temperatura normal (36,5°C a 37,2° C). Afebril: 36 a 37ºC Estado febril ou Febrícula: 37,5 a 37,8ºC Febre ou hipertermia: a partir de 37,8º C a 38,9ºC Febre/Pirexia : aumento patológico da temperatura corporal (39 a 40º C); Hiperpirexia: elevação da temperatura do corpo ou de uma parte do corpo acima do valor normal (> acima de 40ºC); Hipotermia: redução da temperatura do corpo ou de uma parte do corpo abaixo do valor normal (< 35ºC); Hipertemia: 38 a 40ºC. 07/03/2017 26 FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA A respiração é a troca de gases dos pulmões com o meio exterior, que tem como objetivo a absorção do oxigênio e eliminação do gás carbônico. FREQUÊNCIA - crianças - 30 a 40 movimentos respiratórios/minuto adulto - 14 a 20 movimentos respiratórios/minuto 07/03/2017 27 Finalidade: Troca gasosa entre o sangue e o ar dos pulmões. Avaliação da Respiração Frequência – movimentos respiratórios por minuto; Caráter – superficial e profundo; Ritmo – regular ou irregular; 07/03/2017 28 Valores de Referência BEBÊ : 30 – 60 movimentos respiratórios por minuto, (mrpm/irpm). CRIANÇA : 20 – 30 movimentos respiratórios por minuto. ADULTO : 16 – 20 movimentos respiratórios por minuto. Alterações na respiração Dispneia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa. Ortopneia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta. Taquipneia : respiração rápida, acima dos valores da normalidade, frequentemente pouco profunda. Bradipneia : respiração lenta, abaixo da normalidade. Apneia: ausência da respiração 07/03/2017 29 DOR 07/03/2017 30 A dor pode ser definida como uma sensação desagradável, criada por um estímulo nocivo, e que atinge o sistema nervoso central por meio de vias específicas. A dor é causada pela modificação das condições normais de um organismo vivo. Esse organismo necessita apresentar capacidade de responder, com reações de adaptação, às modificações que ocorrem no meio ambiente. Os principais processos envolvidos na experiência sensorial da dor são dois: a percepção da dor e a reação à dor. A percepção da dor envolve mecanismos anátomo-fisiológicos, pelos quais um estímulo nocivo capaz de gerá-la é criado e transmitido por vias neurológicas desde os receptores da dor. Esta fase da dor é praticamente igual em todos os indivíduos sadios, mas pode ser alterada por doenças, pois a capacidade de perceber a dor depende, sobretudo, da integridade do mecanismo neural envolvido. A reação à dor vem a ser a manifestação do indivíduo de sua percepção de uma experiência desagradável. Esta fase do processo da dor envolve fatores neuroanatômicos e fisiopsicológicosextremamente complexos que englobam o córtex, sistema límbico, hipotálamo, tálamo, e que determinam exatamente a conduta do paciente a respeito de sua experiência desagradável. 07/03/2017 31 A dor aguda dura por segundos, dias ou semanas, é considerada como um sinal de ocorrência de uma infecção, inflamação, traumatismo, queimadura e cirurgia. A dor crônica é aquele que persiste por mais tempo, podendo durar por meses ou anos. Pode ser resultante, por exemplo, de diferentes tipos de câncer, LER (lesões por esforços repetitivos), neuropatias, fibromialgia e dores de coluna. A dor crônica, nos últimos tempo, tem desafio diferentes áreas da medicina e da psicologia, pela limitação de tratamento para determinados casos. 07/03/2017 32 07/03/2017 33 amandaalvesgerontologia@gmail.com
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