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Repartição de Competências slide tema 2

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Federalismo Clássico Norte-americano
“A divisão de poder entre Washington e os governos estaduais prevista na Constituição foi durante muito tempo dominada por esta doutrina do federalismo dual. A doutrina baseou-se na noção de dois campos de poder mutuamente exclusivos, reciprocamente limitados, cujos ocupantes governamentais se defrontavam como iguais absolutos. De acordo com ela, tanto o governo federal quanto os governos estaduais tinham destinada a eles uma área de poder rigidamente definida. Nesta visão, o equilíbrio apropriado necessário ao funcionamento de um sistema federal e estadual. Os Estados e a Nação são concebidos como rivais iguais e, a menos que haja uma delimitação rígida de sua respectivas competências, teme-se que a própria União sofra uma ruptura em decorrência de sua rivalidade. Isto é verdadeiro especialmente no que se refere à expansão da autoridade federal. Os poderes reservados aos Estados precisam ser preservados zelosamente para não serem tragados pelo Governo de Washington.” (Bernald Schwartz)
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Modelos de Repartição de Competências Federalismo Dual
 Discriminação expressa e detalhada das competências da entidade central, reservando as competências remanescentes para as unidades regionais (EUA)
 Previsão expressa e minuciosa das competências das unidades regionais, ficando a competência residual para o nível central (Canadá) 
 Repartição expressa e exaustiva das competências de cada entidade federativa (Índia) 
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Federalismo Brasileiro Federalismo de Equilíbrio ou de Cooperação
“A despeito de a Constituição de 1988 ter tentado implantar um federalismo cooperativo, a principal característica da nossa forma de Estado, infelizmente, ainda continua a ser o seu caráter centrípeto, em que há uma predominância da União, incumbindo-se de um maior número de funções e de prerrogativas. O que não quer dizer que se possam desrespeitar as competências indicadas para os Estados e para os Municípios. [...] No Brasil não existe uma rígida separação de competências. Há competências numeradas para os três entes estatais, convivendo com competências concorrentes, residuais e comuns. Essa pluralidade denota a complexidade do federalismo brasileiro. Sua intenção foi implantar uma simbiose entre os entes estatais, de forma que pudesse haver uma junção de esforços para a consecução do bem comum.” (AGRA)
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Princípio da Predominância do Interesse
 UNIÃO
 ESTADOS-MEMBROS
 MUNICÍPIOS
 DISTRITO FEDERAL
interesse geral
interesse regional
interesse local
regional + local
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COMPETÊNCIAS
 MATERIAIS: exercício de atribuições administrativas, de execução, gerais ou, simplesmente, não-legislativas.
 LEGISLATIVAS: exercício da capacidade de autonormatização ou autolegislação.
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Competências Materiais
1º) Enumeração das competências exclusivas da União (art. 21, CF) para desempenhar atividades de caráter político, administrativo, econômico ou social, as quais são atribuídas, por sua natureza, ao Poder Executivo, que as realizará isoladamente ou com a participação, prévia ou a posteriori, do Poder Legislativo (art. 49, II e IV, CF). 
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Competências Materiais
2º) Estabelecimento de algumas competências político-administrativas para os Municípios (art. 30, III, IV, V e VIII, CF) – de forma expressa, mas não taxativa –, indicando a existência de uma área de competências materiais privativas que decorrem dos assuntos de “interesse local” sobre os quais o Município deverá legislar (art. 30, I, CF). 
ASSUNTO DE INTERESSE LOCAL
ASSUNTO DE PECULIAR INTERESSE
=
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Competências Materiais
3º) Atribuição da competência remanescente ou residual aos Estados-Membros (art. 25, § 1º, CF), ou seja, a competência dos Estados será tudo o que não se incluir entre as competências enumeradas ou implícitas da União e dos Municípios, observadas as vedações constitucionais que limitam a atuação das entidades federativas (art. 19, CF). 
EXCEÇÃO (COMPETÊNCIA EXPRESSA): 
 exploração, com exclusividade, dos serviços locais de gás canalizado pelos Estados (art. 25, § 2º, CF), após a pesquisa e lavra das jazidas de gás natural pela União (art. 176 c/c art. 177, I, CF)
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Competências Materiais
4º) Concessão do somatório das competências estaduais e municipais ao Distrito Federal, que responde pelos interesses predominantemente regionais e locais (arts. 32; 147, in fine, e 155, CF). 
Não esquecer! O DF não mantém o Poder Judiciário, o Ministério Público, a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar (art. 21, XIII e XIV, CF, com a redação dada pela EC nº 69/2012). 
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Competências Materiais
5º) Estabelecimento de matérias de competência comum à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, os quais deverão cooperar na execução de tarefas e objetivos que interessam a todos – notadamente de caráter social – enunciados pela Constituição, cada ente atuando em seu âmbito territorial (art. 23, CF). 
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Competências Legislativas
1º) Enumeração das competências privativas da União para elaborar leis – sem ingerência das demais esferas de poder, tampouco subordinação hierárquica a outro ente, mediante processo legislativo estabelecido na Constituição –, as quais se encontram concentradas inicialmente numa relação principal (art. 22, CF), que, entretanto, não se faz taxativa. 
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Competências Legislativas
2º) Possibilidade de delegação das competências privativas da União aos Estados-Membros (art. 22, parágrafo único, CF) e ao Distrito Federal (art. 32, § 1º, CF), desde que preenchidos os seguintes requisitos: 
 FORMAL: lei complementar federal 
 MATERIAL: delegação de ponto específico 
 IMPLÍCITO: vedação de preferência entre os entes federativos (art. 19, III, in fine, CF) 
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Competências Legislativas
3º) Atribuição exclusiva das matérias de predominante interesse local aos Municípios, sem qualquer submissão hierárquica à legislação federal ou estadual, dada a compreensão da expressão genérica “interesse local” utilizada pelo legislador constituinte. 
COMPETÊNCIAS EXPRESSAS ESPECÍFICAS: 
 estabelecimento do plano diretor (art. 182, CF) 
 hipóteses que presumem a predominância do interesse local e/ou dão suporte às atividades administrativas (arts. 30, III, IV, V e VIII; 144, § 8º, CF) 
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Competências Legislativas
4º) Reserva da competência remanescente ou residual aos Estados-membros (art. 25, § 1º, CF), ou seja, os poderes privativos do Estado exsurgem por exclusão – após a enumeração da competência da União e a identificação da competência dos Municípios. 
COMPETÊNCIAS EXPRESSAS: 
 a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios (art. 18, § 4º, CF) 
 a instituição de regiões metropolitanas, aglomerados urbanos e microrregiões (art. 25, § 3º, CF) 
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Competências Legislativas
5º) Concessão do somatório das competências estaduais e municipais ao Distrito Federal (art. 32, § 1º, CF), exclusive sobre a organização judiciária e do Ministério Público (art. 22, XVII, CF, com a redação dada pela EC nº 69/2012) e a utilização das polícias civil e militar e do corpo de bombeiros militar (art. 32, § 4º, CF).
 
Atenção! Quando o DF legislar sobre matéria municipal (ex: IPTU) não cabe ADIN (art. 102, I, a, CF). 
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Competências Legislativas
6º) Estabelecimento de competências concorrentes não-cumulativas (verticais) entre União, Estados-Membros e Distrito Federal (art. 24, CF), com o objetivo de uniformizar o “essencial sem cercear o acidental, peculiar das unidades federadas” (DIOGO DE FIGUEIREDO MOREIRA NETO), através da definição do campo de atuação de cada esfera, que exercerá seus poderes com exclusividade, sem subordinação hierárquica, dentro dos limites definidos. 
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COMPETÊNCIAS CONCORRENTES
 Estados-Membros e Distrito Federal: exercer competência suplementar. Como?
 União: fixar normas gerais (art. 24, § 1º, CF).
 Competência complementar:
especificação de prévia lei federal de caráter nacional (normas particularizantes).
 Competência supletiva: exercício temporário de competência plena, diante da inércia da União.
Atenção! A União, a qualquer tempo, pode editar lei federal sobre normas gerais, suspendendo a eficácia de lei estadual, no que lhe for contrário.
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Competências Legislativas
7º) Autorização dos Municípios suplementarem a legislação federal e estadual (art. 30, II, CF), estabelecendo as normas específicas e as normas gerais (se for o caso), quando for necessário ao exercício de competências materiais (comuns ou privativas), no que couber (assuntos em que prevaleça o interesse local, inclusive as matérias previstas no art. 24 da Constituição Federal). 
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COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR DOS MUNICÍPIOS
 Competência supletiva: Não existindo as normas gerais da União, o Município poderá:
 Competência complementar: o Município especificará as normas gerais da União, não contrariando as normas estaduais de complementação (ajustando-as às peculiaridades locais).
 complementar as normas estaduais supletivas editadas em substituição às normas gerais da União para atender as peculiaridades locais; 
 suprir a lacuna, se não houver normas estaduais supletivas, editando normas gerais e específicas para suprimir as lacunas e omissões das normas federais e estaduais e, assim, atender as peculiaridades locais. 
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