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1 Apostila Unicamp SPES 2006

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo 
Departamento de Arquitetura e Construção 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO 
 
FONTE: APOSTILA DA ESCOLA POLITÉCNICA DA USP, DE AUTORIA 
DE: PROF. DR. DANIEL C.DOS SANTOS, 
PROFa. Dra. MARINA S. DE OLIVEIRA ILHA E 
PROF. DR. ORESTES M. GONÇALVES 
 
Última atualização: 03/2006 
 
 
EC-712 - Instalações Prediais Hidráulicas e Sanitárias 
1º semestre de 2006 
 
 
 
Profa. Dra.: Marina S. de Oliveira Ilha 
BIPED: Marcus A. S. Campos 
PED: Laís A. Ywashima 
 
 
 
Campinas, SP 
 
2
1. INTRODUÇÃO 
A importância do Sistema Predial de Esgoto Sanitário na Construção Civil relaciona-se não 
apenas com as primordiais necessidades relativas à higiene e saúde, mas também com as 
evolutivas noções de conforto, impostas por um dinâmico comportamento social. 
Neste cenário encontra-se o projetista, cuja missão é atender aos anseios sociais, em meio a 
emergentes avanços tecnológicos e à necessidade ímpar de racionalização, questões estas 
singulares na competitiva estrutura econômica estabelecida. 
Isto posto, é oportuno supor que o projetista necessite de informações básicas relativas a 
modernas metodologias de dimensionamento, às inovações tecnológicas, assim como dos 
princípios teóricos que sustentam tanto o convencional quanto o novo. 
Inserido nesse contexto, este Texto Técnico, cujo tema central é o Sistema Predial de Esgoto 
Sanitário (SPES), propõe-se a abordar, em nível de informações básicas, diversos temas 
pertinentes ao referido sistema. Desta forma, inicialmente é apresentado o SPES no referente 
a sua função, seus requisitos de desempenho e sua constituição básica. Os dois itens 
seguintes, 3 e 4, apresentam noções teóricas sobre escoamento dos esgotos e os respectivos 
fenômenos associados. No item 5, são classificados os SPES. Seguem os itens 6 e 7, os quais 
apresentam, respectivamente, o projeto e o dimensionamento, enquanto que o item 8 completa 
o texto, abordando componentes e materiais afins. Anexos acompanham o texto, ilustrando e 
exemplificando tópicos diversos. 
 
2. APRESENTAÇÃO DOS SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTOS 
SANITÁRIOS (SPES) 
2.1 Função e Requisitos de Desempenho 
O sistema predial de esgoto sanitário (SPES) é um conjunto de tubulações e acessórios, o qual 
destina-se a coletar e conduzir o esgoto sanitário a uma rede pública de coleta ou sistema 
particular de tratamento. Além desta função básica, o SPES deve atender aos seguintes 
requisitos segundo a norma brasileira NBR 8160 “Sistemas prediais de esgotos sanitários – 
Projeto e execução” (ABNT, 1999): 
a) deve ser garantida a qualidade da água de consumo; 
b) permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando a 
ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das tubulações; 
c) impedir que os gases provenientes do interior do SPES atinjam áreas de utilização; 
d) deverá haver uma separação absoluta em relação ao sistema predial de águas pluviais. 
A contaminação da água de consumo deve ser evitada, protegendo-se tanto o interior dos 
sistemas de suprimento, como os ambientes receptores. 
A necessidade de viabilizar o rápido e seguro escoamento do esgoto sanitário, assim como 
garantir o funcionamento adequado dos fechos hídricos, deve ser considerada desde a 
concepção do SPES. A velocidade do escoamento nos trechos horizontais está associada à 
eficiência no transporte dos materiais sólidos, evitando que estes venham se depositar no 
fundo das tubulações. Nos trechos verticais, a velocidade do escoamento influencia 
significativamente nas pressões pneumáticas desenvolvidas no interior das tubulações. 
 
3
Já os fechos hídricos funcionarão adequadamente se os mesmos não se romperem, uma vez 
que os mesmos impedem que os gases no interior das tubulações penetrem no ambiente, 
conforme já comentado. Esta condição de não rompimento será garantida se as variações das 
pressões pneumáticas no interior do sistema forem limitadas, conforme o clássico trabalho de 
WILY; EATON (1965). Os fenômenos que induzem as variações das pressões pneumáticas 
serão discutidos posteriormente. 
A separação absoluta do SPES em relação ao sistema predial de águas pluviais deve ser 
garantida, assegurando a inexistência de ligação entre tais sistemas. 
 
2.2 Constituição 
2.2.1 Subsistemas do Sistema Predial de Esgoto Sanitário 
O SPES pode ser dividido nos seguintes subsistemas: 
a) Coleta e Transporte de Esgoto e 
b) Ventilação. 
O subsistema de coleta e transporte é composto pelo conjunto de aparelhos sanitários, 
tubulações e acessórios destinados a captar o esgoto sanitário e conduzi-lo a um destino 
adequado. 
O subsistema de ventilação, por sua vez, consta de um conjunto de tubulações e/ou 
dispositivos destinados a assegurar a integridade dos fechos hídricos, de modo a impedir a 
passagem de gases para o ambiente utilizado, assim como conduzir tais gases à atmosfera. 
Outra classificação que tem sido freqüentemente utilizada considera o sistema de aparelhos 
sanitários independente do de esgoto sanitário, já que o mesmo consiste em uma interface 
entre aqueles dois sistemas. 
Neste documento está sendo considerada a primeira classificação citada, tendo em vista que o 
escoamento no interior dos aparelhos sanitário influencia o escoamento no sistema de esgoto 
sanitário. 
Na Figura 1 é apresentado um esquema do sistema predial de esgoto sanitário. 
 
4
 
Onde: 
CGD: caixa de gordura dupla; CI: caixa de inspeção; 
RS: ralo seco; R: ralo seco; 
CV: coluna de ventilação; 
Figura 1: Esquema geral do SPES. 
 Fonte: Macintyre, 1996. 
 
2.2.2 Componentes 
2.2.2.1 Subsistema de Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário 
a) Aparelhos Sanitários 
Com a função básica de coletar os dejetos, os aparelhos sanitários devem propiciar uma 
utilização confortável e higiênica por parte do usuário. Entre os aparelhos sanitários usuais 
encontram-se a bacia sanitária, o lavatório, a banheira, o bidê, etc. 
 
5
b) Desconectores 
Um desconector tem por função, através de um fecho hídrico próprio, vedar a passagem de 
gases oriundos das tubulações de esgoto para o ambiente utilizado. Tal contenção ocorre 
através da manutenção do referido fecho hídrico por meio do controle das ações atuantes 
sobre o mesmo. Entre estas ações, vale citar a auto-sifonagem, a sifonagem induzida, a 
sobrepressão e a evaporação. Exemplos de desconectores são a caixa sifonada, o ralo sifonado 
e os sifões. Observar Figuras 2 e 3. 
 
Figura 2: Bloqueio de gases no desconector. 
Fonte: Gonçalves et al., 2000. 
 
 
 Nota: h = altura do fecho hídrico 
Figura 3: Tipologias dos desconectores. 
Fonte: Gonçalves et al., 2000. 
As caixas sifonadas recebem o esgoto de vários ramais de descarga, encaminhando-os para o 
tubo de queda, através de um ramal de esgoto (estas definições são apresentadas a seguir) 
Anteriormente, dispunha-se apenas de caixas sifonadas onde as entradas (3 para a caixa 
100x100x50 e 7 para a caixa 150x150x50) estavam dispostas seguindo um determinado 
ângulo (45° ou 90°), conforme lista a Figura 4. Atualmente, existe no mercado uma caixa 
sifonada que permite ângulos diferenciados entre as entradas e a saída da mesma, o que evita 
uma patologia bastante comum nos SPES no Brasil, o aquecimento das tubulações para a 
obtenção de desvios. Na Figura 5 é ilustrada a referida caixa sifonada. 
 
6
 
 
Figura 4: Caixas Sifonadas com ângulo de 45° ou 90°. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Caixas Sifonadas com ângulos diferenciados. 
c) Tubulações 
As tubulações do sistema predial de esgoto sanitário compreendem os ramais de descarga e de 
esgoto, tubos de queda, subcoletores e coletores. Suas respectivasdefinições são as seguintes: 
- Ramal de Descarga: Tubulação que recebe diretamente os efluentes dos aparelhos 
sanitários; 
- Ramal de Esgoto: Tubulação, usualmente horizontal, que recebe os efluentes dos 
ramais de descarga, diretamente, ou através de um desconector 
(caixa sifonada, por exemplo);. 
- Tubo de Queda: Tubulação vertical para a qual se dirigem os efluentes dos ramais 
de esgoto e de descarga; 
 
7
- Subcoletor: Tubulação horizontal que recebe efluentes dos tubos de queda e/ou 
dos ramais de esgoto; e 
- Coletor: É a tubulação horizontal que se inicia a partir da última inserção do 
subcoletor (ou ramal de descarga ou ramal de esgoto) e estende-se 
até o coletor público ou sistema particular de tratamento e 
disposição de esgoto. 
 
d) Conexões 
Elementos cuja função é interligar tubos, tubos e aparelhos sanitários, tubos e equipamentos, 
além de viabilizar mudanças de direção e diâmetro da tubulação. São exemplos o Tê, o 
cotovelo, a junção simples, curvas, etc., nos mais variados diâmetros, conforme ilustra a 
Figura 6. 
 
Figura 6: Conexões do sistema predial de esgoto sanitário. 
 
Os desvios na horizontal das tubulações do sistema de esgoto sanitário devem ser efetuados 
com peças com ângulo central igual ou inferior a 45°. Em função disso, as conexões 
disponíveis no mercado possibilitavam desvios a 45° ou a 90° (vertical ou horizontal). 
Atualmente, dispõe-se de algumas conexões que permitem desvios em ângulos variáveis, 
sempre inferiores a 45°, tal como a representada na Figura 7. Este tipo de conexão evita o 
aquecimento de tubos para a obtenção de desvios. 
 
 
 
 
Figura 7: Curvar. 
 
8
e) Caixa de Gordura 
Trata-se de um dispositivo complementar, cuja finalidade é a retenção de substâncias 
gordurosas contidas no esgoto. Na Figura 8 é apresentado um esquema de uma caixa de 
gordura pré-fabricada, em material plástico e na Figura 9 ilustra-se uma caixa de gordura em 
argamassa. 
 
Figura 8: Caixa de gordura pré-fabricada em material plástico. 
 
 
Figura 9: Caixa de gordura em argamassa. 
 
f) Dispositivos de Inspeção 
 
São elementos complementares, através dos quais tem-se acesso ao interior do sistema, de 
maneira a possibilitar inspeções e desobstruções eventuais. A caixa de inspeção e as conexões 
com uma das derivações com um plug ou com um cap são dispositivos de inspeção bastante 
usados. A Figura 10 ilustra uma junção simples com um plug. 
 
9
Figura 10: Junção simples com plug. 
A Figura 11 mostra uma caixa de inspeção em argamassa e a Figura 12 mostra uma caixa de 
inspeção pré-fabricada, em material plástico. 
 
Figura 11: Caixa de inspeção em argamassa. 
 
 
Figura 12: Caixa de inspeção pré-fabricada em material plástico 
 
 
10
2.2.2.2 Subsistema de Ventilação 
 
O subsistema de ventilação pode ser composto apenas de ventilação primária ou pelo 
conjunto de ventilação primária e secundária. A ventilação primária constitui-se no 
prolongamento do tubo de queda além da cobertura do prédio, denominado tubo ventilador 
primário, enquanto que a ventilação secundária consiste de ramais e colunas de ventilação ou 
de apenas colunas de ventilação. Não obstante, a ventilação secundária pode ser configurada 
também pela utilização de dispositivos de admissão de ar, os quais podem substituir ramais e 
colunas de ventilação, conforme FERNANDES (1993). A eficiência deste subsistema será 
satisfatória na medida em que os fechos hídricos sejam preservados. As definições destes 
componentes são as seguintes (ver Figura 13): 
 
- Tubo Ventilador 
Primário: 
É o prolongamento do tubo de queda além da cobertura do 
prédio, cuja extremidade deve ser aberta à atmosfera; 
- Ramal de Ventilação: Tubulação que conecta o desconector, ramal de descarga ou 
ramal de esgoto à coluna de ventilação; 
- Coluna de Ventilação: Tubulação vertical que abrange um ou mais andares, com a 
extremidade superior aberta ou conectada a um barrilete de 
ventilação; 
- Barrilete de Ventilação: Consta de uma tubulação horizontal aberta à atmosfera, na qual 
são conectadas as colunas de ventilação, quando necessário; 
- Dispositivos de 
Admissão de Ar: 
Elementos cuja finalidade é a atenuação das flutuações das 
pressões pneumáticas desenvolvidas no interior das tubulações. 
 
 
Figura 13: Componentes do subsistema de ventilação 
Fonte: Fernandes, 1993. 
 
11
3. TIPOS DE ESCOAMENTOS NO SPES 
 
Os tipos de escoamentos que se estabelecem em um sistema predial de esgoto sanitário 
variam por trechos da configuração. Com relação ao subsistema de coleta e transporte do 
esgoto sanitário, nos trechos horizontais (ramais de descarga e de esgoto, subcoletores e 
coletores) admite-se que o escoamento seja em canal (ver Figura 14). Nos trechos verticais 
(tubo de queda), o escoamento é anular, isto é, uma lâmina de água escoa pelas paredes do 
tubo em forma de anel e, no interior deste, há escoamento de ar (ver Figura 15). Quanto ao 
subsistema de ventilação, admite-se que o escoamento de ar desenvolva-se sob regime 
permanente e forçado. 
 
 
Figura 14: Trechos horizontais. 
Fonte: Fernandes, 1993. 
 
 
Figura 15: Trechos verticais. 
Fonte: Fernandes, 1993. 
 
 
4. FENÔMENOS OCORRENTES NO SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO 
SANITARIO 
 
4.1 Estabelecimento da Velocidade Terminal 
Conforme já comentado no item anterior, o escoamento de esgoto no tubo de queda é 
considerado anular, isto é, o esgoto escoa no formato de um cilindro oco, aderido à parede do 
tubo. A velocidade de escoamento deste cilindro é crescente até atingir um valor máximo e 
constante, a qual é denominada velocidade terminal. 
 
12
A distância ao longo do eixo do tubo de queda, entre o ramal mais a jusante que está 
contribuindo (de cima para baixo) e o ponto onde o escoamento atinge a velocidade terminal é 
denominado comprimento terminal. Este comprimento é relativamente curto, situando-se 
normalmente entre 3,0 e 4,0 m. 
A determinação da velocidade e comprimento terminais é importante para a estimativa das 
vazões de ar no núcleo do tubo de queda, conforme será abordado posteriormente. A Figura 
16 apresenta o perfil de distribuição de velocidades na seção transversal. 
 
 
Figura 16: Perfil de distribuição de velocidades. 
Fonte: Fernandes, 1993. 
 
4.2 Ações sobre os Fechos Hídricos 
4.2.1 Ações Decorrentes do Escoamento 
O escoamento do esgoto nas tubulações horizontais deve ser a conduto livre e nos trechos 
verticais deve ser anular, uma vez que deve ser evitado o desenvolvimento de cargas 
hidrostáticas no interior das tubulações, conforme WILY; EATON (1965). Estas restrições 
também podem evitar distúrbios excessivos das pressões pneumáticas no interior do sistema, 
que podem ter origem nos fenômenos de auto-sifonagem, sifonagem induzida e sobrepressão, 
de acordo com a AMERICAN SOCIETY OF PLUMBING ENGINEERS (ASPE, 1991). 
A auto-sifonagem atua sobre um fecho hídrico quando através deste ocorre uma descarga. 
Nesta situação, desenvolve-se uma depressão a jusante do fecho hídrico, o qual poderá ser 
rompido, dependendo da magnitude desta depressão. A figura 17 ilustra o desenvolvimento 
deste fenômeno. 
 
13
a) cuba cheia de água 
 
b) inicio do escoamento 
 
c) estabelecimento da pressão negativa do 
escoamento 
 
d) o fecho hídrico é aspirado e o ar passa a 
borbulhar através do sifão. O 
borbulhamento arrasta a água do fecho 
hídrico 
 
e) restabelecimento do fecho hídrico, com 
o equilíbrio de pressões, o fecho hídrico 
oscila; 
 
f) estabelecimento do fecho hídrico 
residual. 
 
Figura 17: Desenvolvimento da auto – sifonagem 
 
A sifonagem induzida, igualmente, impõe depressões a jusante de um determinado fecho 
hídrico, com a diferença que o escoamento não se desenvolve através destefecho hídrico, mas 
sim ao longo de outras tubulações conectadas a ele, conforme se observa na Figura 18. Por 
outro lado, quando a jusante do fecho hídrico forem desenvolvidas pressões positivas, ocorre 
a sobrepressão. Este fenômeno pode fazer com que os gases borbulhem através do fecho 
hídrico e atinjam o ambiente. A Figura 19 apresenta tais fenômenos, onde percebe-se que a 
sobrepressão surge em regiões próximas ao encontro do tubo de queda com o subcoletor, 
devido à mudança de direção do escoamento. 
Em ASPE (1991) é salientado também o problema gerado pela formação de espumas, devido 
ao uso de detergentes. A espuma dificulta a ventilação do sistema e tende a propagar-se 
 
14
através das tubulações nos primeiros andares, podendo atingir os fechos hídricos e, 
conseqüentemente, penetrar nos ambientes. 
 
 
Figura 18: Sifonagem induzida. 
 Fonte: Graça, 1985. 
 
 
Figura 19: Sifonagem induzida e sobrepressão. 
 Fonte: Graça, 1985. 
 
4.2.2 Ações Independentes do Escoamento 
A evaporação, a tiragem térmica e a ação do vento no topo do tubo de queda são fenômenos 
que podem atuar nos fechos hídricos independentemente do sistema estar em uso. 
A tiragem térmica é função da diferença entre as temperaturas do ar no interior das 
tubulações (temperatura interna) e no meio ambiente (temperatura externa). Se a temperatura 
interna for superior à externa, se desenvolverão depressões pneumáticas no interior do tubo de 
queda, uma vez que neste caso o ar tende a sair do tubo de queda para atingir o meio 
ambiente. Sendo a temperatura interna inferior à externa, inverte-se o sentido do fluxo do ar e 
sobrepressões se estabelecerão no interior do tubo de queda. (Figura 20). 
 
15
 
Nota: htq= altura do tubo de queda. 
 ρi = densidade do ar interno. 
 ρe = densidade do ar externo. 
Figura 20: Tiragem térmica no tubo de queda. 
Fonte: Graça, 1985. 
A ação do vento no topo do tubo de queda pode gerar depressões ou sobrepressões no interior 
do sistema, o que depende da posição da ponta do tubo de queda em relação à cobertura da 
edificação. A Figura 21 ilustra o fenômeno. 
Nota: Vê = velocidade do vento. 
Figura 21: Efeito do vento em terminais do tubo de queda. 
Fonte: Graça, 1985. 
 
As perdas de fecho hídrico por evaporação dependem do tempo de exposição do mesmo ao 
ambiente (maior tempo de exposição causa maior perda), temperatura e umidade relativa do 
ar ambiental e do coeficiente de evaporação do sifão. Em locais onde associam-se altas 
temperaturas e baixos valores de umidade relativa do ar, maiores são as perdas por 
evaporação. Outro fenômeno ainda a ser citado é o congelamento do fecho hídrico que pode 
ocorrer em regiões de baixa temperatura, inviabilizando assim o escoamento, não sendo 
comum no Brasil. 
 
 
16
5. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS PREDIAIS DE ESGOTOS 
SANITÁRIOS 
 
5.1 Critério de Classificação 
O critério básico de classificação do Sistema Predial de Esgoto Sanitário 
refere-se ao tipo de ventilação existente no mesmo. Assim, tem-se as seguintes tipologias 
básicas: 
a) SPES com ventilação primária e secundária; 
b) SPES apenas com ventilação primária. 
Todavia, existem tipologias alternativas, dentre as quais salientam-se: 
a) SPES com dispositivos de admissão de ar; 
b) Sistema Sovent; 
c) Sistema Gustavsberg. 
 
5.2 Tipologias Básicas 
5.2.1 SPES com ventilação primária e secundária 
a) Ventilação através do tubo ventilador primário, coluna e ramais de ventilação. 
Esta tipologia encontra-se ilustrada na Figura 22. A linha contínua representa o subsistema de 
coleta e transporte de esgotos sanitários (aparelhos sanitários, ramais de descarga e de esgoto, 
tubo de queda, subcoletores e coletores). Já a linha pontilhada representa o subsistema de 
ventilação. O subsistema de ventilação desta tipologia divide-se em primário e secundário. 
A ventilação primária é basicamente a extensão do tubo de queda além do ramal conectado 
mais elevado; esta extensão é denominada tubo ventilador primário e sua extremidade fica em 
contato com a atmosfera. Já a ventilação secundária é composta de colunas e ramais de 
ventilação. 
b) Ventilação através do tubo ventilador primário e coluna de ventilação. 
Esta tipologia, conforme Figura 23, diferencia-se da tipologia anterior apenas pelo fato de não 
apresentar ramais de ventilação, isto é, a ventilação secundária consta somente de uma 
colunas conectadas ao tubo de queda. 
5.2.2 SPES apenas com ventilação primária 
Nesta tipologia, há apenas previsão da ventilação primária, através do prolongamento do tubo 
de queda, conforme anteriormente comentado (Figura 24). 
 
17
 
Figura 22: SPES com ventilação através do tubo primário, coluna e ramais de ventilação. 
Fonte: Fernandes, 1993. 
 
Figura 23: SPES com ventilação através do tubo ventilador primário e coluna de ventilação. Fonte: 
Fernandes, 1993. 
 
Figura 24: SPES apenas com ventilação primária. 
Fonte: Fernandes, 1993. 
 
18
5.3 Tipologias Alternativas 
5.3.1 SPES com Dispositivos de Admissão de Ar 
Conforme FERNANDES (1993), os dispositivos de admissão de ar são utilizados no intuito 
de substituir os ramais e colunas de ventilação, equilibrando as pressões pneumáticas que 
normalmente se estabelecem no interior do sistema quando sob solicitação. 
Quanto à concepção, há dois tipos básicos de dispositivos de admissão de ar: 
• válvulas de admissão de ar 
• sifões auto-ventilados 
a) Válvulas de Admissão de Ar 
As válvulas de admissão de ar, em função de suas dimensões e pontos de instalação, dividem-
se em dois tipos: 
 - válvulas de topo de tubo de queda; 
 - válvulas para ramais. 
As válvulas de topo de tubo de queda possuem dimensões maiores em relação às para ramais 
e são instaladas de forma a evitar a perfuração dos telhados para a passagem de ventilação. a 
Figura 25 ilustra uma válvula para topo de tubo de queda. 
 
Figura 25: Válvulas de topo de tubo de queda. 
Fonte: Fernandes, 1993. 
 
As válvulas para ramais podem ser instaladas no topo do tubo de queda, porém, para a 
instalação no tubo de queda há limitações a serem observadas quanto a somatória das 
Unidades de Contribuição de Hunter (UHCs) e do diâmetro do tubo de queda. A Figura 26 
apresenta a estrutura da válvula para ramais. A Figura 27 apresenta os posicionamentos 
possíveis das válvulas. 
 
 
19
 
Figura 26: Componentes da válvula para ramais. 
 Fonte: Fernandes, 1993. 
 
 
Figura 27: Posicionamento das válvulas. 
 Fonte: Catálogo da Studor. 
 
Ambos os tipos de válvulas apresentam o mesmo mecanismo de funcionamento, conforme 
pode ser observado na Figura 28. Quando ocorrem depressões pneumáticas no interior da 
tubulação, o diafragma abre-se, possibilitando, assim, o acesso de ar para o interior da mesma 
equilibrando, consequentemente, a pressão pneumática. Atingido tal equilíbrio, o diafragma 
fecha-se e obstrui a saída dos gases. 
 
 
20
 
Figura 28: Princípio de funcionamento das válvulas de admissão de ar. 
Fonte: Fernandes, 1993. 
 
b) Sifões Auto-Ventilados 
Consta de um sifão ao qual é acoplado um mecanismo que viabiliza sua auto-ventilação 
quando surgem depressões pneumáticas no interior dos respectivos ramais, conforme 
FERNANDES (1993). 
5.3.2 Sistema SOVENT 
Este sistema, segundo ASPE (1991), é composto, basicamente, pelos seguintes componentes 
(ver Figura 29): 
- um ramal de descarga por andar; 
- tubo de queda único; 
- uma conexão aeradora por andar; 
- uma conexão deaeradora nas mudanças de direção. 
 
 
Figura 29: Componentes do sistema SOVENT. 
 Fonte: Fernandes, 1993. 
 
Tanto a conexão aeradora, assim como a deaeradora possuem a função de equilibrar as 
pressões pneumáticas no interior da tubulação. A conexão aeradora equilibra as pressões 
 
21
negativas, enquantoos deaeradores aliviam as sobrepressões. Estas conexões encontram-se 
esquematizadas na Figura 30. 
 
Figura 30: Conexões do sistema “Sovent”. 
 Fonte: Fernandes, 1993. 
 
 
5.3.3 Sistema Gustavsberg 
O objetivo deste sistema é atender os requisitos básicos de um SPES, viabilizando 
concomitantemente economia no consumo de água e redução das quantidades e diâmetros das 
tubulações. Os componentes deste sistema são os seguintes: 
- Bacia sanitária com caixa acoplada de volume reduzido de descarga; 
- Diafragma instalado entre a bacia sanitária e o ramal de descarga, cuja função é 
aumentar a capacidade de sifonagem da bacia; 
- Tubulações em PVC, cujos diâmetros são reduzidos em conformidade aos volumes 
reduzidos de descarga; 
- Reservatório com sifão, no qual um certo volume de esgoto será acumulado, 
viabilizando posterior carregamento dos dejetos, de maneira a garantir a auto-
limpeza das tubulações. 
A Figura 31 ilustra o detalhe da bacia sanitária com caixa acoplada, reservatório com sifão e 
diafragma. O nível a indica o limite de reservação de águas residuais oriunda de diversos 
aparelhos sanitários. A Figura 32 demonstra o funcionamento do referido sistema. 
 
 
22
 
Figura 31: Componentes do sistema Gustavsberg. 
Fonte: Graça, 1985. 
 
 
 Atingido o nível a, na seguinte descarga o sifão b é preenchido de esgoto, a ponto de gerar uma auto-sifonagem no reservatório. 
 
 A ação de auto-sifonagem esvazia o reservatório; na seqüência, mais ar é succionado, ventilando desta forma o sistema. 
Figura 32: Funcionamento do sistema Gustavsberg. 
Fonte: Graça, 1985. 
 
 
23
6. PROJETO DO SISTEMA PREDIAL DE ESGOTO SANITÁRIO 
Neste capítulo é apresentada, inicialmente, a estrutura básica de um projeto do sistema predial 
de esgoto sanitário. Posteriormente, encontram-se algumas recomendações técnicas 
relacionadas ao desenvolvimento do projeto propriamente dito. 
6.1 Estrutura Básica 
As etapas do projeto do SPES são as seguintes: 
1º) concepção; 
2º) dimensionamento; 
3º) elaboração do projeto de produção; 
4º) quantificação e orçamentação; 
5º) elaboração do projeto “como construído” (as built). 
Inicialmente, concebe-se o SPES estabelecendo-se uma configuração que deverá ter um 
desempenho adequado diante das diversas solicitações previstas. Devem ser consideradas, 
igualmente nesta fase fatores como a integração deste sistema com os demais sistemas da 
edificação, a normalização vigente, materiais e componentes disponíveis no mercado, etc. 
Concebido o SPES e definida uma configuração, procede-se o dimensionamento do mesmo, 
onde as dimensões obtidas deverão atender às solicitações previstas. Concluído o 
dimensionamento do sistema, elabora-se o projeto para a produção, o qual consta de 
simbologia utilizada, representações gráficas e um conjunto de documentos. A representação 
gráfica deve conter, basicamente, o seguinte: 
- planta baixa da cobertura, do pavimento tipo, do térreo e do subsolo, apresentando 
os tubos de queda, ramais, desvios, colunas de ventilação e dispositivos diversos; 
- planta baixa do pavimento inferior, apresentando os subcoletores, coletores, 
dispositivos de inspeção, pontos de emissão dos esgotos sanitários, entre outros 
detalhes específicos; 
- esquema vertical (fluxograma) sem escala, no qual serão apresentados os 
principais componentes do sistema; 
- plantas dos ambientes sanitários apresentando o traçado e diâmetros das 
tubulações, normalmente em escala 1:20; 
- detalhes específicos. 
No Anexo B são apresentadas a simbologia e algumas representações gráficas usualmente 
empregadas no projeto dos SPES. 
A documentação básica, por sua vez, é a seguinte: 
a) memorial descritivo; 
b) memória de cálculo; 
c) especificações técnicas; 
d) quantificação; e, 
e) orçamentação. 
 
24
Conforme BAZZO e PEREIRA (1993), o memorial descritivo deve apresentar, basicamente, 
as características da solução proposta. As justificativas dos métodos e técnicas para atingir tal 
solução também devem ser apresentadas. A memória de cálculo consta da apresentação de 
todo o dimensionamento e as referências normativas. As especificações técnicas devem 
conter, basicamente, a especificação comercial dos materiais e os detalhes construtivos, entre 
outras informações julgadas importantes. 
Na seqüência realiza-se a quantificação e a orçamentação dos componentes do sistema. O 
projeto “as built”, por fim, registrará aqueles detalhes executivos que não seguiram o projeto 
de produção visando-se, assim, ter o registro fiel do sistema instalado. 
6.2 Recomendações Gerais 
As seguintes recomendações são de caráter geral e estão em conformidade com a NBR-8160 
(ABNT,1999). Recomendações mais específicas devem ser observadas na norma citada. 
a) Todos os aparelhos sanitários devem ser protegidos por desconectores, os quais podem 
atender apenas um aparelho ou a um conjunto de aparelhos de um mesmo ambiente. 
b) As caixas sifonadas podem ser utilizadas para a coleta dos despejos de conjuntos de 
aparelhos sanitários (lavatórios, bidês, chuveiros) de um mesmo ambiente, além de águas 
provenientes de lavagens de pisos; neste caso as caixas sifonadas devem ser providas de 
grelhas. Quanto às bacias sanitárias, as mesmas já são providas internamente de um 
desconector, devendo, assim, ser ligadas diretamente ao tubo de queda (Figura 33). 
 
Figura 33: Bacia sanitária ligada diretamente ao tubo de queda 
 Fonte: Belinazo, 1993. 
 
25
c) Devem ser previstos dispositivos de inspeção nos ramais de descarga de pias de cozinha e 
máquina de lavar louças (ver Figura 34). 
 
Figura 34: Dispositivos de inspeção nos ramais de descarga das pias de cozinha 
 e Máquina de Lavar Roupas. 
 
d) Os tubos de queda devem, sempre que possível, ser instalados em um único alinhamento. 
Quando necessários, os desvios devem ser feitos com peças com ângulo central igual ou 
inferior a 90º, de preferência com curvas de raio longo ou duas curvas de 45º. 
e) Para edifícios de dois ou mais andares, quando os tubos de queda recebem efluentes 
contendo detergentes geradores de espuma, pelo menos uma das seguintes soluções, a fim de 
evitar o retorno de espuma para os ambientes sanitários, deve ser adotada: 
- não conectar as tubulações de esgoto e de ventilação nas regiões de ocorrência de 
sobrepressão; 
- atenuar a sobrepressão através de desvios do tubo de queda para a horizontal, 
utilizando uma curva de 90º de raio longo ou duas curvas de 45º; 
- instalar de dispositivos que evitem o retorno de espuma. 
 São consideradas regiões de sobrepressão (ver Figura 35): 
- o trecho, de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante de 
desvio para horizontal, o trecho de comprimento igual a 10 diâmetros 
imediatamente a jusante do mesmo desvio e o trecho horizontal de comprimento 
igual a 40 diâmetros imediatamente a montante do próximo desvio; 
- o trecho, de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante da base 
do tubo de queda e o trecho do coletor ou subcoletor imediatamente a jusante da 
mesma base; 
- os trechos a montante e a jusante o primeiro desvio na horizontal do coletor ou 
subcoletor, com comprimento igual a 40 diâmetros e a 10 diâmetros, 
respectivamente; 
 
26
- o trecho da coluna de ventilação, para o caso de sistemas com ventilação 
secundária, com comprimento igual a 40 diâmetros, a partir da ligação da base da 
coluna com o tubo de queda ou ramal de esgoto. 
 
Figura 35: Zonas de sobrepressão. 
 
f) Para pias de cozinha e máquinas de lavar louças, devem ser previstos tubos de queda 
especiais com ventilação primária; estes tubos devem descarregar em uma caixa de gordura 
coletiva. 
g) Recomenda-se o uso de caixas de gordura para efluentes que contenham resíduos 
gordurosos.h) As pias de cozinha e/ou máquinas de lavar louças instaladas superpostas em vários 
pavimentos devem descarregar em tubos de queda exclusivos, os quais conduzem os esgotos 
para caixas de gordura coletivas; sendo vetado o uso de caixas de gordura individuais nos 
andares. 
i) O interior das tubulações deve ser sempre acessível através de dispositivos de inspeção. 
j) Desvios em tubulações enterradas devem ser feitos empregando-se caixas de inspeção. 
l) A extremidade aberta de um tubo ventilador primário ou coluna de ventilação: 
- deve elevar-se verticalmente pelo menos 0,30 m acima da cobertura; todavia, 
quando esta atender outros fins além de simples cobertura, a elevação vertical 
deve ser, no mínimo, de 2,00 m (ver Figura 36); não sendo conveniente o referido 
prolongamento, pode ser usado um barrilete de ventilação. 
- deve conter um terminal tipo chaminé, tê ou outro dispositivo que impeça a 
entrada das águas pluviais diretamente ao tubo de ventilação. 
 
27
 
Figura 36: Prolongamento do tubo de queda e/ou coluna de ventilação. 
 
m) O projeto do subsistema de ventilação deve ser feito de modo a impedir o acesso de esgoto 
sanitário ao interior do mesmo. 
n) O tubo ventilador primário e a coluna de ventilação devem ser verticais e, sempre que 
possível, instalados em uma única prumada. 
o) Todo o desconector deve ser ventilado. A distância máxima de um desconector até o ponto 
onde o tubo ventilador que o serve está conectado consta na Tabela 1. 
Tabela 1: Distância máxima de um 
 desconector ao tubo ventilador. 
Diâmetro nominal
do ramal de 
descarga DN 
Distância 
máxima 
(m) 
40 1,00 
50 1,20 
75 1,80 
100 2,40 
 
p) Toda coluna de ventilação deve ter: 
- diâmetro uniforme; 
- a extremidade inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda, em ponto 
situado abaixo da ligação do primeiro ramal de esgoto ou de descarga, ou neste 
ramal de esgoto ou de descarga; 
- a extremidade superior situada acima da cobertura do edifício, ou ligada a um 
tubo ventilador primário a 0,15 m, ou mais, acima do nível de transbordamento da 
água do mais elevado aparelho sanitário por ele servido.1 
 
1 Entende-se por nível de transbordamento da água do mais alto dos aparelhos sanitários aquele referente aos 
aparelhos sanitários com seus desconectores ligados a tubulação de esgoto primário (bacias sanitárias, pias de 
cozinha, tanques de lavar, etc) excluindo-se aparelhos sanitários que despejem em ralos sifonados de piso. Não 
 
28
q) Quando não for conveniente o prolongamento de cada tubo ventilador até acima da 
cobertura, pode ser usado um barrilete de ventilação. 
r) As ligações da coluna de ventilação aos demais componentes do sistema de ventilação ou 
do sistema de esgotos sanitários devem ser feitas com conexões apropriadas: 
- quando feita em uma tubulação vertical, a ligação deve ser executada por meio de 
junção a 45°; 
- quando feita em uma tubulação horizontal, deve ser executada acima do eixo da 
tubulação, elevando-se o tubo ventilador de uma distância de até 0,15 m, ou mais, 
acima do nível de transbordamento da água do mais alto dos aparelhos sanitários 
por ele ventilados, antes de ligar-se a outro tubo ventilador, respeitando-se o que 
se segue: 
• a ligação ao tubo horizontal deve ser feita por meio de tê 90° ou junção 45°, 
com a derivação instalada em ângulo, de preferência, entre 45° e 90° em relação 
ao tubo de esgoto, conforme a Figura 37; 
• quando não houver espaço vertical para a solução apresentada no item acima, 
podem ser adotados ângulos menores, com o tubo ventilador ligado somente por 
junção 45° ao respectivo ramal de esgoto e com seu trecho inicial instalado em 
aclive mínimo de 2%; 
• a distância entre o ponto de inserção do ramal de ventilação ao tubo de esgoto e 
o cotovelo de mudança do trecho horizontal para a vertical deve ser a mais curta 
possível. 
s) Quando não for possível ventilar o ramal de descarga da bacia sanitária ligada diretamente 
ao tubo de queda, o tubo de queda pode ser ventilado imediatamente abaixo da ligação do 
ramal da bacia sanitária (ver Figura 38). 
t) É dispensada a ventilação do ramal de descarga de uma bacia sanitária ligada através de 
ramal exclusivo a um tubo de queda a uma distância máxima de 2,40m, desde que esse 
tubo de queda receba, do mesmo pavimento, imediatamente abaixo, outros ramais de esgoto 
ou de descarga devidamente ventilados, conforme Figura 39. 
u) Bacias sanitárias instaladas em bateria devem ser ventiladas por um tubo ventilador de 
circuito ligando a coluna de ventilação ao ramal de esgoto na região entre a última e a 
penúltima bacia sanitária, conforme a Figura 40. Deve ser previsto um tubo ventilador 
suplementar a cada grupo de, no máximo, oito bacias sanitárias, contadas a partir da mais 
próxima ao tubo de queda. 
 
devem ser considerados como pontos mais altos de transbordamento as grelhas dos ralos sifonados de piso, 
quando o ramal a ser ventilado serve também para outros aparelhos não ligados diretamente aos mesmos. 
 
29
 
Figura 37: Ligação de ramal de ventilação. 
 
Figura 38: Ligação de ramal de ventilação. Impossibilidade de ventilação do ramal de 
descarga da bacia sanitária. 
 
Figura 39: Dispensa de ventilação de ramal de descarga de bacia sanitária. 
 
 
30
Figura 40: Ventilação em circuito. 
 
7. DIMENSIONAMENTO 
As tubulações do SPES podem ser dimensionadas pelo Método das Unidades de Hunter de 
Contribuição (UHC) ou pelo Método Racional devendo, em qualquer um dos casos, ser 
respeitados os diâmetros mínimos dos ramais de descarga apresentados na Tabela 2, 
apresentada na seqüência. 
7.1 Método das Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) 
Este método baseia-se na atribuição de Unidades de Hunter de Contribuição (UHC) para cada 
aparelho sanitário integrante do SPES em questão. Tais unidades constam na NBR 
8160/1999, e encontram-se reproduzidos na Tabela 2. Definidas as UHC dos aparelhos 
sanitários integrantes do sistema, inicia-se o dimensionamento dos demais componentes, 
conforme será apresentado a seguir. No anexo C encontra-se um exemplo de 
dimensionamento. 
7.1.1 Subsistema de Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário 
a) Tubulações 
- Ramais de Descarga: 
Para os ramais de descarga devem ser adotados, no mínimo, os diâmetros apresentados na 
Tabela 2. Para aparelhos não relacionados nesta tabela, devem ser estimadas as UHC 
correspondentes e o dimensionamento deve ser feito pela Tabela 3. 
- Ramais de esgoto: 
 
31
Neste caso, deve ser utilizada a Tabela 4. Recomenda-se ainda, com relação às declividades 
mínimas: 
 - 2% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou inferior a 75, e 
 - 1% para tubulações com diâmetro nominal (DN) igual ou superior a 100. 
- Tubos de Queda 
Os tubos de queda devem ser dimensionados pela somatória das UHC conforme a Tabela 5. 
Todavia, quando apresentarem desvios da vertical, os tubos de queda devem ser 
dimensionados da seguinte forma: 
I) quando o desvio formar ângulo inferior a 45º com a vertical, o tubo de queda é 
dimensionado pela Tabela 5; 
II) quando o desvio formar ângulo superior a 45º com a vertical, deve-se dimensionar: 
• a parte do tubo de queda acima do desvio como um tubo de queda independente, 
com base no número de unidades Hunter de contribuição dos aparelhos acima do 
desvio, de acordo com a Tabela 5; e a parte horizontal do desvio de acordo com a 
Tabela 6, uma vez que, neste caso, o trecho é tratado como subcoletor; 
• a parte do tubo de queda abaixo do desvio com base no número de unidades 
Hunter de contribuiçãode todos os parelhos que descarregam neste tubo de queda, 
de acordo com a Tabela 5, não podendo o diâmetro adotado, neste caso, ser menor 
do que o da parte horizontal. Ver a figura 33, a qual ilustra a geometria dos desvios 
e opções de ventilação. 
 
Figura 33: Desvios do tubo de queda. 
 Fonte: ABNT, 1999. 
 
32
- Coletor Predial e Subcoletores 
O coletor predial e os subcoletores podem ser dimensionados pela somatória das UHC 
conforme a Tabela 6. O coletor predial deve ter, no mínimo, um DN igual a 100. 
No dimensionamento do coletor predial e dos subcoletores em prédios residenciais, deve 
ser considerado apenas o aparelho de maior descarga de cada banheiro para a somatória do 
número de unidades Hunter de contribuição. Nos demais casos, devem ser considerados todos 
os aparelhos contribuintes para o cálculo do número de UHC. 
 Tabela 2: Unidades de Hunter de Contribuição dos aparelhos sanitários e diâmetro 
nominal mínimo dos ramais de descarga. 
Aparelho sanitário 
 
Número de 
Unidades de 
Hunter de 
Contribuição
Diâmetro nominal 
mínimo do ramal de 
descarga 
DN 
bacia sanitária 6 100(1) 
banheira de residência 2 40 
bebedouro 0,5 40 
bidê 1 40 
chuveiro de residência 2 40 
 coletivo 4 40 
lavatório de residência 1 40 
 de uso geral 2 40 
mictório válvula de descarga 6 75 
 caixa de descarga 5 50 
 descarga automática 2 40 
 de calha 2 (2) 50 
pia de cozinha residencial 3 50 
pia de cozinha industrial preparação 3 50 
 lavagem de panelas 4 50 
tanque de lavar roupas 3 40 
máquina de lavar louças 2 50(3) 
máquina de lavar roupas 3 50 (3) 
(1) O diâmetro nominal DN mínimo para o ramal de descarga de bacia sanitária pode ser reduzido para DN75, caso 
justificado pelo cálculo de dimensionamento efetuado pelo método hidráulico apresentado no anexo B e somente 
depois da revisão da norma NBR 6452:1985 (aparelhos sanitários de material cerâmico) pela qual os fabricantes 
devem confeccionar variantes das bacias sanitárias com saída própria para ponto de esgoto de DN75, sem 
necessidade de peça especial de adaptação. 
(2) Por metro de calha – considerar como ramal de esgoto (ver Tabela 5) 
(3) Devem ser consideradas as recomendações dos fabricantes. 
 Fonte: ABNT, 1999. 
 
33
Tabela 3: Unidades de Hunter de contribuição para 
aparelhos não relacionados na Tabela 2. 
Diâmetro nominal mínimo 
do ramal de descarga 
Número de unidades de 
Hunter de contribuição 
(DN) (UHC) 
40 2 
50 3 
75 5 
100 6 
 Fonte: ABNT, 1999. 
Tabela 4: Dimensionamento de ramais de esgoto. 
Diâmetro nominal do tubo 
(DN) 
Número máximo de 
Unidades de Hunter de 
Contribuição 
(UHC) 
40 3 
50 6 
75 20 
100 160 
 Fonte: ABNT, 1999. 
 
Tabela 5: Dimensionamento de tubos de queda. 
Número máximo de Unidades de Hunter de Contribuição 
(UHC) 
Diâmetro 
nominal do tubo 
(DN) Prédio de até 03 pavimentos Prédio com mais de 03 pavimentos 
40 4 8 
50 10 24 
75 30 70 
100 240 500 
150 960 1900 
200 2200 3600 
250 3800 5600 
300 6000 8400 
 Fonte: ABNT, 1999. 
 
 
 
 
34
Tabela 6: Dimensionamento de subcoletores e coletor predial. 
Diâmetro nominal 
do tubo 
(DN) 
Número máximo de Unidades Hunter de Contribuição em 
função das declividades mínimas 
(%) 
 0,5 1 2 4 
100 --- 180 216 250 
150 --- 700 840 1000 
200 1400 1600 1920 216 
250 2500 2900 3500 840 
300 3900 4600 5600 1920 
400 7000 8300 10000 3500 
 Fonte: ABNT, 1999. 
 
b) Desconectores 
Os desconectores devem atender aos seguintes requisitos: 
I) ter fecho hídrico com altura mínima de 0,05 m; 
II) apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao do ramal de descarga a ele 
conectado. 
As caixas sifonadas devem ser dimensionadas conforme a Tabela 7. 
Tabela 7: Dimensionamento das caixas sifonadas. 
Diâmetro Nominal – DN
(mm) 
 
Valor máximo de 
UHC a montante 
da caixa sifonada 
100 06 
125 10 
150 15 
 Fonte: ABNT, 1999. 
No caso das caixas sifonadas especiais, o fecho hídrico deve ter altura mínima de 0,20 m; as 
mesmas devem ser fechadas hermeticamente com tampa facilmente removível e o orifício de 
saída deve ter o diâmetro nominal, de no mínimo 75. 
c) Dispositivos Complementares 
c.1) Caixas de Gordura 
As caixas de gordura são dimensionadas em função do número de cozinhas por elas 
atendidas. Desta forma, assim procede-se: 
- para a coleta de apenas uma pia de cozinha pode ser usada a caixa de gordura 
pequena; 
- para a coleta de uma ou mais cozinhas deve ser usada, pelo menos, a caixa de 
gordura simples; 
 
35
- para a coleta de duas a doze cozinhas deve ser usada, pelo menos, a caixa de 
gordura dupla; 
- para a coleta de mais de doze cozinhas, ou ainda, para cozinhas de restaurantes, 
escolas, hospitais, quartéis, etc. devem ser previstas caixas de gordura especiais. 
A tipologia das caixas de gordura em função de suas dimensões características é apresentada 
na Tabela 8. 
Tabela 8: Tipologia das caixas de gordura em função das dimensões características 
Tipologia Características 
Caixa de 
Gordura 
Pequena 
(CGP) 
Caixa de 
Gordura 
Simples 
(CGS) 
Caixa de 
Gordura 
Dupla 
(CGP) 
Caixa de 
Gordura 
Especial 
(CGE) 
diâmetro interno 
(m) 
 
0,30 
 
0,40 
 
0,60 
 
---- 
parte submersa do septo 
(m) 
 
0,20 
 
0,20 
 
0,35 
 
0,40 
capacidade de retenção 
( l ) 
 
18,00 
 
31,00 
 
120,00 
 
 
diâmetro nominal da 
tubulação de saída (mm) 
 
75 
 
75 
 
100 
 
100 
 Fonte: ABNT, 1999. 
 
Com relação a caixa de gordura especial (CGE), prismática de base retangular, as seguintes 
características devem ainda ser apresentadas: 
- o volume da câmara de retenção de gordura obtido pela fórmula: 
 V = 2N + 20 
 Onde: 
 N - número de pessoas servidas pelas cozinhas que contribuem para a caixa de gordura 
 V - volume em litros 
 - a altura molhada deve ser de 0,60 m; 
 - a distância mínima entre o septo e a saída deve ser de 0,20 m. 
b) Dispositivos de Inspeção 
b.1) Caixas de Inspeção: 
A caixa de inspeção é um dispositivo destinado a permitir a inspeção, limpeza, desobstrução 
das canalizações, a junção de coletores e a mudança de declividade. 
b.2) Caixas de Passagem: 
Caixas de passagem são dispositivos que permitem a inspeção, limpeza e desobstrução das 
canalizações de esgoto. São caixas de inspeção com apenas uma entrada e uma saída para o 
esgoto. Quando cilíndricas, devem ter diâmetro mínimo de 0,15 m e, quando prismáticas de 
base poligonal, permitir na base a inscrição de um círculo de diâmetro mínimo de 0,15 m; as 
mesmas devem possuir grelha ou tampa cega, e uma altura mínima de 0,10 m. 
 
36
c) Instalação de Recalque 
Esta instalação é utilizada para recalcar os esgotos acumulados em caixas coletoras situadas 
abaixo do nível da rede pública de esgoto, provenientes de aparelhos sanitários e de 
dispositivos instalados nesse nível. A caixa coletora, é disposta de modo a receber todo o 
esgoto por gravidade, sendo que, a partir dela, recalca-se o esgoto para o coletor predial ou 
dispositivo de tratamento de esgotos por meio de bombas. 
O dimensionamento da instalação de recalque deverá considerar aspectos como a capacidade 
da bomba, que deverá atender à vazão máxima provável de contribuição dos aparelhos e 
dispositivos instalados que possam estar em funcionamento simultâneo, o tempo de detenção 
do esgoto na caixa e o intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor. 
Quanto ao dimensionamento da caixa coletora, a mesma deve ter a sua capacidade calculada 
de modo a evitar a freqüência exagerada de partidas e paradas das bombas por um volume 
insuficiente, bem como a ocorrência de estado séptico por um volume exagerado. 
O volumeútil da caixa coletora (Vu), ou seja, o volume compreendido entre o nível máximo e 
o nível mínimo de operação da caixa (faixa de operação da bomba), pode ser determinado 
através da seguinte expressão: 
 Q x t 
 Vu = --------------- 
 4 
 
Onde: 
Q = capacidade da bomba, em m3 / min, determinada em função da vazão afluente de esgotos 
à caixa coletora; 
t = intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor, em min. 
 
O tempo de detenção do esgoto na caixa coletora (d) pode ser determinado a partir da 
seguinte equação: 
 Vt 
 d = ---------- 
 q 
 
Onde: 
d = tempo de detenção, em min. 
Vt = volume total da caixa coletora, em m3. 
q = vazão média de esgoto afluente, em m3 / min. 
 
O tempo de detenção do esgoto na caixa não deve ultrapassar 30 minutos. Quando receber 
efluentes de bacias sanitárias, a caixa coletora, deve possuir uma profundidade mínima de 
0,90 m, a contar do nível da geratriz inferior da tubulação afluente mais baixa. O fundo deve 
ser suficientemente inclinado para impedir a deposição de materiais sólidos quando a caixa 
for esvaziada completamente. A caixa coletora também deve ser ventilada por um tubo 
ventilador primário, independente de qualquer outra ventilação utilizada no edifício. Por outro 
lado, caso a caixa coletora não receba efluentes de bacias sanitárias, a profundidade mínima a 
ser considerada é de 0,60 m. 
As tubulações de sucção devem ser uma para cada bomba e possuir diâmetro uniforme e 
nunca inferior aos das tubulações de recalque. Já as tubulações de recalque devem atingir um 
 
37
nível superior ao da rede de maneira que impossibilite o refluxo dos esgotos, devendo ser 
providas de dispositivos para este fim. 
É recomendável que a capacidade da bomba seja considerada como sendo igual a duas vezes 
a vazão afluente de esgotos sanitários e que o intervalo entre duas partidas consecutivas do 
motor não seja inferior a 10 minutos, no sentido de se preservar os equipamentos 
eletromecânicos de freqüentes esforços de partida. 
7.1.2) Componentes do Subsistema de Ventilação 
São apresentados a seguir os critérios a serem coletados para o dimensionamento do sistema 
de ventilação secundária. 
a) Ramal de Ventilação: os diâmetros mínimos a serem utilizados constam na Tabela 9; 
b) Coluna de Ventilação: Os diâmetros nominais mínimos são apresentados na Tabela 10, em 
função das UHC e do comprimento. Este comprimento é medido desde a extremidade 
superior da coluna, que se encontra em contato a com atmosfera até sua base, no encontro 
com o tubo de queda; 
c) Barrilete de Ventilação: Os diâmetros nominais mínimos são apresentados na Tabela 10. O 
número de UHC de cada trecho é a soma das unidades de todos os tubos de queda servidos 
pelo trecho e o comprimento a considerar é o mais extenso, da base da coluna de ventilação 
mais distante da extremidade aberta do barrilete até essa extremidade; 
 
Tabela 9: Dimensionamento de ramais de ventilação 
Grupo de aparelhos sem bacias 
sanitárias 
Grupo de aparelhos com bacias sanitárias 
Número de 
Unidades Hunter 
de Contribuição 
Diâmetro nominal 
do ramal de 
ventilação 
Número de Unidades 
Hunter de 
Contribuição 
Diâmetro nominal 
do ramal de 
ventilação 
até 12 40 até 17 50 
13 a 18 40 18 a 60 75 
19 a 36 50 --- --- 
 Fonte: ABNT, 1999. 
 
 
38
Tabela 10: Dimensionamento de colunas e barriletes de ventilação 
 
Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação 
 
40 50 75 100 150 200 250 300
Diâmetro 
nominal do 
tubo de queda 
ou do ramal de 
esgoto 
(DN) 
Número de 
Unidades 
Hunter de 
Contribuição 
(UHC) Comprimento permitido (m) 
40 8 46 -- -- -- -- -- -- -- 
40 10 30 -- -- -- -- -- -- -- 
50 12 23 61 -- -- -- -- -- -- 
50 20 15 46 -- -- -- -- -- -- 
75 10 13 46 317 -- -- -- -- -- 
75 21 10 33 247 -- -- -- -- -- 
75 53 8 29 207 -- -- -- -- -- 
75 102 8 26 189 -- -- -- -- -- 
100 43 -- 11 76 299 -- -- -- -- 
100 140 -- 8 61 229 -- -- -- -- 
100 320 -- 7 52 195 -- -- -- -- 
100 530 -- 6 46 177 -- -- -- -- 
150 500 -- -- 10 40 305 -- -- -- 
150 1100 -- -- 8 31 238 -- -- -- 
150 2000 -- -- 7 26 201 -- -- -- 
150 2900 -- -- 6 23 183 -- -- -- 
200 1800 -- -- -- 10 73 286 -- -- 
200 3400 -- -- -- 7 57 219 -- -- 
200 5600 -- -- -- 6 49 186 -- -- 
200 7600 -- -- -- 5 43 171 -- -- 
250 4000 -- -- -- -- 24 94 293 -- 
250 7200 -- -- -- -- 18 73 225 -- 
250 11000 -- -- -- -- 16 60 192 -- 
250 15000 -- -- -- -- 14 55 174 -- 
300 7300 -- -- -- -- 9 37 116 287
300 13000 -- -- -- -- 7 29 90 219
300 20000 -- -- -- -- 6 24 76 186
300 26000 -- -- -- -- 5 22 70 152
 Fonte: ABNT, 1999. 
 
 
 
39
7.2 Dimensionamento Racional 
(Texto elaborado a partir de ILHA; SANTOS (1994)) 
 
O dimensionamento racional visa flexibilizar a atuação do projetista do SPES, outorgando ao 
mesmo um poder de decisão maior do que aquele proporcionado pela metodologia 
convencional. Acredita-se que tal flexibilização auxilie substancialmente as emergentes 
necessidades de racionalização e otimização na Construção Civil. 
Este dimensionamento racional consta basicamente em estabelecer, em princípio, uma 
configuração inicial para o SPES apenas com ventilação primária; na seqüência, segue-se com 
a determinação probabilística das vazões de projeto, caracterização das vazões de descarga 
dos aparelhos sanitários, dimensionamento das tubulações e a verificação da suficiência da 
ventilação primária. Caso esta não seja suficiente, altera-se a geometria da configuração 
inicial proposta ou concebe-se para a mesma a ventilação secundária. Caberá ao projetista a 
definição da melhor solução. A idéia é que esta metodologia racional seja suficientemente 
abrangente, oferecendo ao projetista condições de trabalhar as diversas variáveis de projeto, 
isto é, flexibilidade. A escolha do tipo de bacia sanitária, por exemplo, poderá estar definindo 
o nível de ventilação necessária. 
7.2.1) Apresentação do Dimensionamento Racional 
A seguir será abordada a determinação probabilística da vazão de projeto e o equacionamento 
racional propriamente dito, onde equações básicas da hidráulica e algumas de suas variantes 
são utilizadas. Diversas formulações específicas desenvolvidas por pesquisadores do assunto 
são consideradas como, por exemplo, a determinação da velocidade e comprimento terminais, 
a capacidade do tubo de queda , entre outras. Por último será apresentada a idéia básica do 
modelo matemático para verificar a necessidade da ventilação secundária, este desenvolvido 
por GRAÇA (1985). 
a) Vazão de Projeto 
Uma postura adequada para determinar a vazão de projeto é considerá-la como função da 
simultaneidade de uso e da tipologia dos aparelhos sanitários. Há diversos métodos 
probabilísticos desenvolvidos para determinar a simultaneidade de uso, muitos deles baseados 
nas distribuições normal, binomial e multionomial. Entre estes métodos, pode-se citar os 
trabalhos de Hunter, Webster, Courtney, Konen e Murakawa, conforme GONÇALVES 
(1986). Este autor também desenvolveu um modelo probabilístico o qual é aberto para a 
entrada de diversos dados específicos da realidade de cada projeto. É importante também 
salientar que tais métodos estatísticos permitem ao projetista estabelecer qual o nível de 
confiança que o mesmo deseja trabalhar. Quanto ao levantamento da tipologia dos aparelhos 
sanitários, mais especificamente as bacias sanitárias, cresce em importância a escolhas de 
bacias eficientes mas de reduzido consumo de água, conforme ROCHA (1992). 
b) Equacionamento 
b.1) Dimensionamento o Subsistema de Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário. 
O escoamento no tubo de queda é considerado anular,isto é, o esgoto escoando pelas paredes 
do tubo de queda na forma de um cilindro ôco onde circula ar. Em qualquer seção transversal 
deste escoamento, a razão entre a seção de água e a seção de ar deve situar-se entre 1/4 e 1/3, 
de maneira a evitar que o escoamento preencha totalmente a seção transversal, condição esta 
que perturbaria sensivelmente as pressões de ar no interior do sistema. 
 
40
O diâmetro do tubo de queda pode ser determinado a partir da seguinte equação: 
 0,116 n3/8 Qtq3/8 
 dtq = --------------------------- (01) 
 to5/8 
 
 
Onde: 
dtq = diâmetro interno do tubo de queda, em m; 
Qtq = vazão de projeto no tubo de queda, em l/s; 
n = coeficiente de Manning, em s/m
1/3 ; 
to = taxa de ocupação de água durante o escoamento no tubo de queda. 
 
Esta equação é uma variante da equação de Manning para escoamento anular e permanente, 
onde o valor de Qtq é aquele onde ocorre a velocidade terminal. Sendo o escoamento no tubo 
de queda anular, o valor do to pode ser expresso da seguinte forma: 
 
 to = Se / Stq (02) 
 
Onde: 
Se = área da seção transversal da coroa circular por onde escoa a água no tubo de queda; 
Stq = área da seção transversal do tubo de queda 
 
A fim de se garantir a manutenção do escoamento anular no tubo de queda, recomenda-se 
utilizar to entre 1/4 e 1/3 conforme, comentado anteriormente. A velocidade terminal tem a 
seguinte formulação, conforme SWAFFIELD; CAMPBELL (1995): 
 
 Vt = 13 (Qtq / dtq) 2/5 (03) 
 
Onde: 
Vt = velocidade terminal, em m/s; 
dtq = diâmetro interno do tubo de queda, em mm. 
 
Com relação à vazão de projeto, a mesma pode ser obtida através das diversas metodologias 
citadas no item 3.4. Utilizando-se, por exemplo, a distribuição binomial, a qual foi 
incorporada no texto da NBR-8160 conforme ILHA; SANTOS (1994), tem-se a seguinte 
formulação básica: 
)(
1
i
N
i qmQtq ∗= ∑ (04) 
Onde: 
Qtq = a vazão de projeto no trecho considerado (l/s); 
 i = índice representativo do tipo de aparelho sanitário; 
 N = número de tipos de aparelhos sanitários no trecho considerado; 
mi = número de aparelhos sanitários do tipo i a serem considerados em uso simultâneo, 
 entre J aparelhos instalados, para um dado fator de falha; 
J = número de aparelhos sanitários do tipo i instalados no trecho considerado; 
qi = vazão unitária do aparelho sanitário do tipo i (l/s). 
 
 
41
A distribuição binomial estabelece, para um dado nível de confiança a ser estipulado pelo 
projetista, o número de aparelhos sanitários do tipo i em uso simultâneo (mi) entre o total 
instalado ao trecho considerado (J). O tipo de aparelho sanitário em questão determinará as 
respectivas vazões a serem fornecidas pelos fabricantes, assim como as freqüências de uso e 
durações das descargas, as quais são dados de campo. 
O diâmetro dos ramais de descarga, ramais de esgoto, sub-coletores e coletor predial pode ser 
calculado a partir da seguinte equação, considerando-se escoamento à meia seção: 
 n3/8 Qe3/8 I-3/16 
 de = ---------------------- (05) 
 6,644 
Onde: 
de = diâmetro do trecho considerado, em m; 
n = coeficiente de Manning, em s/m1/3 ; 
Qe = vazão no trecho considerado, em l/s; 
I = declividade do trecho considerado em m/m. 
 A vazão em cada trecho, no caso do ramal de descarga, será dada por: 
 
 Qe = qi (06) 
 
 A vazão em cada trecho, no caso do ramal de esgoto, será dada por: 
)(
1
i
N
i qmQe ∗= ∑ (07) 
Onde: 
N = número de tipos de aparelhos sanitários no trecho considerado; 
mi = número de aparelhos sanitários do tipo i a serem considerados em uso, simultâneo, para 
um dado fator de falha; 
qi = vazão de contribuição do aparelho sanitário do tipo i. 
 
A vazão em cada trecho, no caso dos sub-coletores, será dada por: 
 
 Qe = Qtq (08) 
 
A vazão em cada trecho, no caso do coletor predial, será dada por: 
 
)(
1
i
N
i qmQe ∗= ∑ (09) 
A declividade I adotada na equação 05 para o dimensionamento dos sub-coletores e coletores 
deve ser testada quanto as condições de arraste do material sólido através do princípio da 
tensão trativa: 
 Tr = γ Rh I ≥ 1,0 Pa (10) 
Onde: 
Rh = raio hidráulico, em m; 
Tr = tensão trativa, em Pa; 
γ = peso específico, em N/m2 . 
 
 
42
b.2) Dimensionamento do Subsistema de Ventilação 
O subsistema de ventilação pode ser composto por tubulações ou dispositivos de ventilação 
ou, ainda, uma combinação de ambos. O equacionamento da ventilação primária, isto é, o 
valor do diâmetro do tubo de queda que propicie uma vazão de ar que equilibre as pressões 
pneumáticas, no interior do sistema, em torno da pressão atmosférica, é dado pela seguinte 
equação, conforme GRAÇA (1985): 
 Qar = c Qtq2/5 - 1,5 Qtq (11) 
Onde: 
Qar = vazão de ar que escoa pelo núcleo de ar no tubo de queda, em l/s; 
c = coeficiente adimensional; 
Qtq = vazão de projeto no tubo de queda, em l/s. 
 
Já para o dimensionamento das tubulações da ventilação secundária, a seguinte equação é 
utilizada considerando-se uma perda de carga máxima de 25mmca e desconsiderando-se a 
perda de carga nas singularidades de acordo ASPE (1991): 
 
 Dv = 4,06 [f Lv (Qar')2)]1/5 (12) 
Onde: 
Dv = diâmetro da tubulação de ventilação, em mm; 
Lv = comprimento da tubulação de ventilação, em mm; 
f = coeficiente de perda de carga distribuída, adimensional; 
Qar’ = vazão de ar na tubulação de ventilação, em l/s. 
 
 A vazão de ar na coluna de ventilação é estimada como sendo igual a 2/3 da vazão de 
ar no interior do tubo de queda, chegando-se, então, a seguinte relação: 
 
 Qar' = 40 Qar (13) 
 
Onde 
 Qar = neste caso é a vazão de ar na coluna de ventilação, sendo obtida em l / min. 
 
Caso a ventilação secundária seja composta por dispositivos de ventilação, serão necessárias 
as especificações dos fabricantes, de acordo com FERNANDES (1993). 
 
c) Modelo para Verificação da Necessidade da Ventilação Secundária 
A verificação da necessidade da ventilação secundária em um SPES com tubo de queda único 
(sistema sem ramais e colunas de ventilação) é possível através da utilização de um 
equacionamento desenvolvido por GRAÇA (1985), onde são determinadas, a partir do 
conhecimento das características geométricas do sistema e das condições climáticas do 
ambiente , as magnitudes estimadas e admissíveis das variáveis referentes às perdas de altura 
do fecho hídrico assim como as pressões desenvolvidas no interiordo sistema. O conjunto de 
inequações a seguir, se obedecido, indica não ser necessária a ventilação secundária: 
 
 
43
a) Ha,i ≥ Hr,i b) Da,s ≥ Dr c) Sa,s ≥ Sr 
 
Onde : 
Ha,i = perda de altura do fecho hídrico admissível para o desconector i (mm); 
Hr,i = perda de altura do fecho hídrico provocada por auto-sifonagem (mm); 
Da,s = depressão admissível no sistema (N/m2); 
Dr = depressão máxima provocada pelos efeitos de sifonagem induzida, tiragem térmica e 
ação do vento e das variações da pressão ambiental (N/m2); 
Sa,s = sobrepressão admissível no sistema (N/m2); 
Sr = sobrepressão máxima no sistema ( N/m2). 
 
As variáveis Ha,i , Da,s e Sa,s dependem das características geométricas do sistema, enquanto 
as variáveis Hr,i , Dr e Sr dependem das condições ambientais dos fenômenos associados ao 
escoamento. Todas as equações envolvendo estas variáveis, as quais formam um 
equacionamento bastante extenso e complexo, estão detalhadamente apresentadas em 
GRAÇA (1985). 
 
 
8. MATERIAIS E COMPONENTES DO SISTEMA PREDIAL DE 
ESGOTO SANITÁRIO 
Neste capítulo são apresentados alguns materiais e componentes normalmente utilizados no 
SPES. 
8.1 Tubos e Conexões 
Os tubos e conexões comerciais encontram-se em vários tipos de materiais, entre eles o PVC 
rígido, a cerâmica vidrada, o fibrocimento e o ferro fundido os quais serão apresentados na 
seqüência. Em função da grande diversidade de recomendações existentes relativas à 
execução, as mesmas não serão apresentadas neste item. Todavia, tais recomendações devem 
ser observadas nos catálogos dos respectivos fabricantes. 
8.1.1 PVC Rígido 
Existem duas séries de tubos de PVC: Série normal (tubos com parede de menor espessura) e 
série reforçada (tubos com parede de espessura maior). 
A produção de tubos e conexões em PVC rígido deve atender às especificações contidas na 
NBR-5688 e NBR-7362. Para utilização deste material, a NBR 8160 prescreve os seguintes 
requisitos básicos a serem atendidos: 
a) os tubos e conexões devem ser protegidos contra choques e esforços de compressão; 
b) o referido material não deve ser exposto a temperaturas recomendadas pelos fabricantes. 
8.1.2 Cerâmica Vidrada 
Os tubos e conexões de cerâmica vidrada devem atender os requisitos da NBR-5645. Quanto 
à sua utilização, a NBR-8160 não permite o uso deste material em instalações aparentes ou 
embutidas. É importante também salientar que as tubulações deste material não devem ser 
expostas à choques e perfurações, tampouco serem utilizados em terrenos onde desenvolvam-
se recalques. 
 
44
8.1.3 Fibrocimento 
Segundo a NBR-8160/1999, a utilização de tubos e conexões de fibrocimento em instalações 
aparentes ou embutidas são possíveis apenas quando forem utilizadas juntas elásticas. Além 
disso, faz-se também necessário o uso de proteção adequada contra choques. 
8.1.4 Ferro Fundido 
Os tubos e conexões desse material devem atender os requisitos da NBR-8161. Com relação à 
sua utilização entretanto, os requisitos a serem atendidos constam na NBR-8160, a qual 
basicamente expressa que o ferro fundido deve apresentar revestimento adequado. 
Neste sentido, os fabricantes oferecem revestimentos betuminosos, tintas asfálticas, tintas à 
base de borracha clorada, tintas à base de resinas epóxicas, entre outros, segundo 
MACINTYRE (1996). Convém também salientar que este material pode ser enterrado, desde 
que adequadamente protegido, conforme já comentado. Os tubos de ferro fundido devem 
apresentar as seguintes características (Empacotando Sistemas Prediais,1999): 
• alta resistência contra choques; 
• alta resistência a produtos químicos; 
• baixo nível de ruído na condução dos esgotos; 
• serem incombustíveis; e 
• alta durabilidae. 
8.2 Aparelhos Sanitários 
Exemplos de aparelhos sanitários, cuja função básica é a coleta das águas servidas são: bacia 
sanitária, lavatório, banheira, mictório, etc. Há também equipamentos como a máquina de 
lavar roupas, a máquina de lavar pratos, entre outros. 
As bacias sanitárias podem ser utilizadas com à caixas de descarga (suspensas ou acopladas) 
ou à válvulas de descarga. 
Devido a grande variedade de modelos dentro de cada tipo de aparelhos/equipamentos 
sanitários, as cotas dos pontos de alimentação de água fria e quente e também de esgoto 
sanitário podem diferir de forma significativa . É recomendável consultar a especificação 
técnica de cada aparelho para que a locação destes pontos seja precisa e não ocasione 
retrabalho na obra. No anexo D encontram-se as distâncias dos pontos de esgoto dos 
aparelhos sanitários. 
9. BIBLIOGRAFIA 
ABNT. Sistema Predial de Esgoto Sanitário – Projeto e execução - NBR 8160, 
Brasil,1999. 
AMERICAN SOCIETY OF PLUMBING ENGINEERS (ASPE-1991) 
ASPE. Vents & Venting. ASPE DATA BOOK. Chapter 1, USA, 1988. 
BAZZO, W.A.; PEREIRA, L.T.V. Introdução à Engenharia. Editora da UFSC, 
Florianópolis, 1993. 
BELINAZO, H. J. Manual de Instalações Hidráulicas e Sanitárias. Santa Maria, 1993. 
Empacotando Sistemas Prediais – CD-ROM da Serie Empacotando Edifícios. 
 São Paulo, 1999. 
 
45
FERNANDES, V. M. C. Influência do Uso de Dispositivos de Admissão de Ar no 
Comportamento Hidráulico-Pneumático dos Sistemas Prediais de Coleta de Esgotos 
Sanitários de Edifícios Residenciais. PCC -EPEUSP, São Paulo, 1993. 
GRAÇA, M. E. A. Formulação de modelo para a avaliação das condições determinantes 
da necessidade de ventilação secundária em sistemas prediais de coleta de esgotos 
sanitários. PCC -EPUSP, São Paulo, 1985. 
GONÇALVES, O. M. Formulação de modelo para o estabelecimento de vazões de 
projeto em sistemas prediais de distribuição de água fria, São Paulo, 1986. 
GOLNÇALVES, O. M. Execução e manutenção de sistemas hidráulicos prediais. Editora 
PINI, São Paulo, 2000. 
ILHA, M. S. O. ; SANTOS, D. C. Normalização de sistemas prediais de esgoto sanitário. 
In: VIII Simpósio nacional de instalações prediais. São Paulo, 1994. Anais do VIII 
Simpósio nacional de instalações prediais. p31-37. 
MACINTYRE, A.J. Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais. Livros Técnicos e 
Científicos Editora, Rio de Janeiro, 1996. 
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO (MPO). Metas mobilizadoras 
nacionais. PROGRAMA BRASILEIRO DA QUALIDADE E PRODUTIVIDADE 
(PBQP).SECRETARIA DE POLÍTICA URBANA (SEPURB). Brasília. Julho, 1998. 
WILLY, R. S; EATON, H. N. Capacities of stacks in sanitary drainage systems for 
buildings. Washington, D.C., National Bureau of standards, 1961 (Monograph 31 – 
Reprinted with correction in 1965). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46
ANEXO A 
DETALHES DE PROJETO DO SISTEMA HIDRÁULICO PREDIAL DE 
ESGOTO SANITÁRIO 
 
 
Figura A1 – Solução para Lavanderia e Cozinha. 
 
 
 
 
Figura A2 – Adaptador para máquina de lavar roupa. 
 
58 
 59
ANEXO C 
EXEMPLO NUMÉRICO 
 
Figura C1 – Solução Banheiro Social – Planta 
Figura C2 – Solução Banheiro Social - Corte 
 
 
 
 
Corte CC
 60
Dimensionamento pelo Método das Unidades de Hunter de Contribuição 
 
DADOS: 
Pé Direito: 2,85m 
N° pavimentos: 8 + térreo+ casa de máquinas + subsolo 
Cobertura: Laje imperbeabilizada 
1- Ramais de descarga (Tabela. 2 – página 39 ): 
 
Aparelho Sanitário U
HC 
Ramal de Descarga (DN) 
Bacia Sanitária 6 100 
Lavatório 
Chuveiro 
1 
2 
40 
40 
 
2- Ramais de esgoto (Tabela 4 – página 40): 
DN ≤ 75 ⇒ i min = 2% 
DN ≥ 100 ⇒ i min = 1% 
 
Ramal de Esgoto S UHC DN 
B - D (1 + 2) =3 50 
D – TQ 04 (1 + 2) + 6 = 9 100 
 
3- Tubo de queda (Tabela 5 – página 40): 
 
Tubo de queda S UHC DN 
TQ 04 9 x 8 = 72 100 
 
 
4- Ramal de Ventilação (Tabela 9 – página 45): 
 
Ramal de Ventilação S UHC DN 
tê –CV03 (1 + 2) + 6 = 9 < 50 
 
 
5- Coluna de Ventilação (Tabela 10 – página 46): 
 
Coluna de ventilação S UHC Lcoluna ( metros) DN 
CV 03 
soma UHC x no 
pav. 
9 x 8 = 72 
2,85 x (8 + 1 + 1) + 
0,3 = 28,8 75 
Medidas em metros 
 
 
 
 
 61
ANEXO D 
DISTÂNCIAS DOS PONTOS DE ESGOTO DOS APARELHOS 
SANITÁRIOS 
 
• Bacia sanitária 
• Com caixa suspensa/embutida 
b 26 30 17 
 
 
• Bacia sanitária 
• Com caixa acoplada 
a 20 11,4 20 20 
b 15 14 15 14 
c 30,5 30,5 30 30 
 
 
 
 
 62
• Bacia sanitária 
• Com válvula de descarga 
a 33 33 33 
b 26 30 17 
 
• Linha infantil 
 
• Mictório 
• Suspenso 
 
 63
• Mictório 
• até o piso 
 
• Lavatório 
• Cuba em tampo 
 
 
• Lavatório 
• Com pedestal 
 
 64
• Lavatório 
• suspenso 
 
• Chuveiro 
 
• Tanque 
a 12 12,5 18 
b 45 45 45 
c 110 110 110 
 
 65
• Máquina de Lavar roupas 
 
• Máquina de Lavar pratos 
 
• Torneira de jardim 
 
 66
• Pia de cozinha 
• Cuba simples 
 
• Pia de cozinha 
• Cuba dupla

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