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FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 PORTO ALEGRE - RS 1 Roteiro do Ponto 4. TIPOS DE CONSTITUIÇÃO. 1) Pode um costume constitucional alterar norma de Constituição escrita? Examinar e discorrer. Constituições Costumeiras ou históricas são as Constituições formadas por usos e costumes válidos como fontes de direito, como, por exemplo, as que referem à reunião anual do Parlamento, à demissão do Gabinete, à dissolução da Câmara dos Comuns, na Inglaterra. Acentua-se, contudo, que há na Constituição inglesa normas escritas que compõem a Constituição histórica. E, as Escritas são as que expressam suas normas em um ou vários documentos escritos, como por exemplo, a Constituição da Suécia (1722), EUA (1787) e França (1791). Por fontes do Direito entende-se, em sentido técnico-jurídico, os modos de formação e revelação das regras jurídicas. Fontes formais do Direito em geral, isto é, a lei, o costume e a jurisprudência se acham presentes no DC. A lei constitui fonte das Constituições formais do século XVIII, já que triunfou sobre os costumes, em decorrência, sobretudo, da centralização do poder e do jusracionalismo. Na Inglaterra fala-se, por aplicação do sistema de commom law, em costume como fonte da Constituição, único modelo de Constituição baseada nesta fonte de Direito. Considerando que a Constituição formal escrita resulta de um ato constituinte, verifica-se a primazia da normatividade constitucional. No entanto, os costumes podem vir a completar, integrar ou desenvolver as normas escritas da Constituição, formando com as normas Constitucionais uma inseparável contextura sistemática. O exame, portanto, dos costumes, em se tratando de Constituição formal, não se situa no momento de sua elaboração originária, mas quando da criação superveniente das normas constitucionais, como o processo de revisão, emenda ou reforma da Constituição. Não necessariamente o costume é uma expressão natural da sociedade. Por vezes, um único precedente passa a integrar um costume, algumas vezes pode ser uma construção pelos donos do poder. O costume pode em sua natureza um objetivo material e um subjetivo formal. O costume constitucional tende a fortalecer os poderes, pois, tem como fonte o objetivo material, ou seja, a força dos poderes. Os costumes, quanto à extensão ou às modalidades, podem ser secundum legem, praeter legem, e contra legem. Não. A constituição costumeira pode conviver com normas escritas e as escritas podem conviver com a costumeira. Há três tipos de costumes no contexto da constituição escrita: Interpretativas: “Secundum Legans” – Conforme a Lei; esses costumes não se opõem a nova constituição escrita e procuram interpretar a norma constitucional escrita. Introdutores: Praeter Legem” – Além da Lei; elas suprem lacunas, vazios da constituição e agrupam novas normas compatíveis com a constituição escrita. Essa modalidade FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 PORTO ALEGRE - RS 2 desempenha papel interpretativo e integrativo de preceitos constitucionais escritos, clarificando-os, desenvolvendo-os e adequando-os à necessidade da evolução social. Revogadores ou Revogativas: “Contra Legem”- Contra-Lei; elas revogam a norma constitucional escrita, portanto, não são aceitos na constituição escrita e são rejeitados pela doutrina; a evolução do parlamento contribuiu para que isso ocorresse. Então, essa modalidade de costume passa a ser inconstitucional, já que a Constituição escrita e formal o rejeita e é ela que regula todo o processo político. 2) Tipos de Constituição: Constituições no sentido material e Constituições no sentido formal; Constituições Costumeiras e Constituições Escritas; Constituições Sintéticas e Analíticas. Constituição Material ou Substancial: são as que versam sobre temas materialmente constitucionais, independente de serem produzidos por uma fonte constitucional. Possuem como foco todas as normas jurídicas que tratem da organização dos poderes públicos e dos direitos fundamentais. Ela não se limita ao texto constitucional escrito, pois a ele soma-se as normas infraconstitucionais. Constituição Formal: são as Constituições escritas, estabelecida pelo poder constituinte originário, que não só contêm temas materialmente constitucionais, com também sem conteúdo constitucional, de modo a não poderem ser do alteradas senão de acordo com um processo mais difícil e complexo do que o previsto para elaboração da legislação de nível inferior. Então, ela traz um conjunto de regras que foram introduzidas no ordenamento jurídico por um processo legislativo mais dificultoso do que das demais normas jurídicas. Não contém sempre todas as regras cuja matéria é constitucional. Elege como critério a formação e não o conteúdo das normas. Logo, diz a respeito das normas de hierarquia formalmente constitucional, Constituição rígida. Constituições Costumeiras ou Constituições não escritas : preponderavam até fins do séc. XVIII, sendo raras as constituições escritas; essas constituições coincidem com os regimes absolutistas e são também conhecidas como Consuetudinária ou de costumes; são constituições costumeiras aquelas que a prática ou o costume sancionou ou impôs; a Constituição inglesa é um exemplo de costumeira, onde podemos citar 5 grandes marcos nela, chamadas de As Grandes Declarações 1) Magna Carta – 1215 2) Petição de Direitos – 1628 3) Habeas Corpus – 1679 4) Declaração de Direitos – 1688 5) Ato de Estabilidade – 1701 É a mistura entre leis (regras escritas) e costumes (regras não-escritas). Ela não traz regras em um único texto solene e codificado. Ex. a Constituição do Reino Unido, sendo que o 1º texto escrito da Constituição não-escrita foi a Magna Carta. FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 PORTO ALEGRE - RS 3 Constituições Escritas: As Constituições escritas são aquelas que foram promulgadas pelo órgão competente. Elas foram fruto das lutas políticas inglesas que redundaram no triunfo parlamentar e, por outra parte, o produto doutrinário do contrato social de Rousseau, que levou à crença de que era “mais adequado concretizar em um pacto ou contrato as normas de convivência entre governantes e governados”. Dessa forma nasce a idéia de constituição escrita, do pacto ou estatuto fundamental posto no papel e sancionado pela autoridade. No séc.XIX e XX com Os Atos do Parlamento (Parliament Acts), de natureza constitucional, de norma escrita foram marcados por eventos: 1) Ato de emancipação Católico – 1829 (liberdade religiosa) 2) Leis Eleitorais – direito de voto 3) Trade Unions Act – 1871 (liberdade constitucional de sindicatos) 4) Church of England Assembly Act – 1919 (organização da Igreja Anglicana) 5) Public Order Act – 1936 (liberdade de manifestação) Na Inglaterra são consideradas constitucionais e fazem parte da constituição as Práticas e Convenções ou Regras do Parlamento, sendo de natureza híbrida (costumeira + escrita). Cujas regras se contêmnum documento elaborado para fixar a organização fundamental (a Constituição no sentido escrito). Portanto, é aquela que traz um conjunto de regras sistematizadas em um único documento. Constituições Sintéticas: são também chamadas de constituição Sucinta, concisa, sumárias, de breves. Ela é sintética quando abrange apenas princípios gerais ou enuncia regras básicas de organização e funcionamento do sistema jurídico estatal. Via de regra nestes textos deve entrar somente, de modo sucinto, o que é matéria constitucional, em sentido estrito. Elas resultam numa maior estabilidade e flexibilidade que permite adaptar a constituição a situações novas e imprevistas no desenvolvimento institucional de um povo, a suas variações mais sentidas de ordem política, econômica e financeira, a necessidades de improvisar soluções que poderiam esbarrar na rigidez dos obstáculos constitucionais. Exemplo temos a Constituição dos EUA, a da França de 1946, Chile de 1833 1925 e República Dominicana de 1947 De acordo com o Art.16 – A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição – indica o conteúdo clássico das constituições (direitos fundamentais e organização dos políticos); hoje defender a constituição sintética é um projeto político conservador. É aquela que traz os princípios fundamentais e estruturais do Estado. É muito enxuta e duradoura, pois os princípios estruturais são interpretados e adequados aos novos anseios da sociedade, pela atividade da Suprema Corte. Ex: A Constituição dos EUA é a mesma desde sua promulgação (em 1788, com sete artigos e 27 emendas). FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 PORTO ALEGRE - RS 4 A Constituição Norte-Americana tem um texto Fundamental (1788), porém a ele adiciona-se ainda 27 emendas e a jurisprudência da corte suprema, onde aqui se verifica os Direitos Humanos. Então, a Constituição Norte-Americana induz ao erro ao ser considerada como sintética. Pois, o texto constitucional é apenas um dos 3 elementos que formam a Constituição. O correto é afirmar que o texto Fundamental de 1788 é sintético, mas os outros seguimentos não. Devido a essas agregações ao texto Fundamental foi possível manter a mesma Constituição Norte-Americana, mas vale ressaltar, que ela foi renovada ao passo das emendas e da jurisprudência . Constituições Analíticas: são também chamadas de constituição longa, ampla, extensa, desenvolvida, larga; iniciaram desde o início do séc passado; ela é mais ampla que a sintética em razão do avanço da sociedade no sentido cultural, financeiro, econômico e outros. Elas trazem matéria de natureza alheia ao direito constitucional propriamente dito. Trata de minúcias de regulamentação, que melhor caberiam em Leis complementares, ora de regras ou preceitos ao campo de legislação ordinária e não do DC, onde entram apenas formalmente para auferir garantias que só a constituição proporciona em toda a amplitude. São exemplos as constituições do Brasil de 1988, do México de 1917, da Índia de 1950. Elas não podem ser casuísticas (pormenorizadas) ou tornar-se conjunturas (curto prazo, ou seja, para certo momento somente). É aquela que aborda todos os assuntos considerados como fundamentais pelo povo, através de seu representante. É muito extensa, havendo necessidade de maiores modificações para atender às mutações sociais. 3) Constituição escrita e rígida é incompatível com a existência de costume constitucional Rígida: O termo emprega-se para designar dentre as Constituições escritas aquelas que só se alteram mediante processos especiais. Ou seja, para modificar suas próprias regras é necessário um procedimento muito mais formal e solene do que o procedimento que ela prevê para as demais normas não constitucionais. Ex: todas as Const. Federais, com exceção da Constituição do Império (1824). Não são incompatíveis, pois vai depender de qual costume em questão. Vamos exemplificar os três tipos de costumes no contexto da constituição escrita: Interpretativas: “Secundum Legans” – Conforme a Lei; elas não se opõe a nova constituição escrita e procuram interpretar a norma constitucional escrita Introdutores: Praeter Legem” – Além da Lei; elas suprem lacunas, vazios da constituição e agrupam novas normas compatíveis com a constituição escrita Revogadores ou Revogativas: “Contra Legem”- Contra-Lei; elas revogam norma constitucional escrita; são incompatíveis com a constituição escrita; elas não são admitidas pela doutrina; a evolução do parlamento contribuiu para que isso ocorresse Concluindo, se for os costumes revogadores aí sim elas serão incompatíveis com a existência de costume constitucional, do contrário não serão incompatíveis FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 PORTO ALEGRE - RS 5 4) As constituições Contemporâneas são em sua grande maioria sintéticas Não. Elas são em sua maioria analíticas. De acordo com o art.16 da Declaração dos Direitos Humanos: A sociedade em que não esteja assegurada a garantia dos direitos nem estabelecida a separação dos poderes não tem Constituição. Indica o conteúdo clássico das constituições (direitos fundamentais e organização dos políticos); hoje defender a constituição sintética é um projeto político conservador. As Constituições prolixas (analíticas), cada vez mais numerosas, são em geral aquelas que trazem matéria por sua natureza alheia ao direito constitucional propriamente dito. Trata-se ora de minúcias de regulamentação, que melhor caberiam em leis complementares, ora de regras ou preceitos até então reputados pertencentes ao campo da legislação ordinária e não do Direito Constitucional, em cuja esfera entram apenas formalmente, por arbítrio do legislador constituinte, para auferir garantias que só a Constituição proporciona em toda a amplitude. As Constituições se fizeram desenvolvidas, volumosas e inchadas em consequência principalmente das seguintes causas: a preocupação de dotar certos intitutos de proteção eficaz, o sentimento de que a rigidez constitucional é anteparo ao exercício discricionáreio da autoridade, o anseio de conferir estabilidade ao direito ligislado sobre determinadas matérias e enfim, a conveniência de atribuir ao Estado, através do mais alto instrumento juridico que é a Constituição, os encargos indispensáveis à manutenção da paz social. 5) A Constituição inglesa, caracterizada como Constituição costumeira é incompatível com a idéia de evolução necessária das Constituições, adaptando-se às novas circunstâncias da vida social Até os fins do século XVIII preponderavam as Constituições costumeiras, sendo raras as leis constitucionais escritas. As Constituições costumeiras coincidem historicamente, em grande parte, com a presença de regimes absolutistas. Antecedem, pois, os modernos sistemas políticos de limitação interna do poder soberano em cada Estado, mas, no século XIX, com o constitucionalismo liberal, perderam lugar para as Constituições escritas. Porém, alguns autores indicam que não se pode escrever a Constituição, pois a Constituição é existência e natureza, e não se pode escrever nem existência nem natureza. Na época contemporânea inexistem Constituições totalmente costumeiras,semelhante àquela que teve na França no antigo regime (realeza absoluta de Vedel) , antes da Revolução Francesa. Há também Constituições parcialmente costumeiras, quais a da Inglaterra, cujas leis abrangem o direito estatuário (statute law), o direito casuístico ou jurisprudencial (case law), o costume, mormente o de natureza parlamentar (Parliamentary custom) e as convenções constitucionais (constitutional conventions). Não. As Constituições Costumeiras preponderavam até fins do séc. XVIII, sendo raras as constituições escritas; essas constituições coincidem com os regimes absolutistas e são também conhecidas como Consuetudinária ou de costumes; são constituições costumeiras aquelas que a prática ou o costume sancionou ou impôs. Segundo constituição norte americana algumas das principais normas constitucionais dos EUA, que definem as peculiaridades de sua organização política, não estão escritas na constituição de 1787 nem nas emendas aprovadas posteriormente assim como os distintos FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 PORTO ALEGRE - RS 6 aspectos do funcionamento dos partidos políticos. E também as normas escritas têm que ser sumamente flexíveis, porque é impossível regulamentar com absoluta precisão as eventualidades do futuro. A Constituição inglesa é um exemplo de costumeira, onde podemos citar 5 grandes marcos nela, chamadas de As Grandes Declarações A Constituição Inglesa é composta pelas Grandes Declarações, sendo elas: 1) Magna Carta – 1215 2) Petição de Direitos – 1628 3) Habeas Corpus – 1679 4) Declaração de Direitos – 1688 5) Ato de Estabilidade – 1701 A Constituição Inglesa é mais costume constitucional do que escrita. 6) As constituições rígidas são incompatíveis com a idéia de evolução necessária das Constituições, adaptando-se às novas circunstâncias da vida social A doutrina polêmica da Constituição pretendia que esta fosse imutável, ou somente se alterasse por um processo especial, distinto de modo ordinário do estabelecimento de regras jurídicas. Assim, gozariam de uma estabilidade, seriam rígidas. Porém, o conceito Constituição escrita não equivalia ao de Const. rígida. Pois, notou-se que as constituições escritas, como o estatuto Albertiano e a Constituição do reino da Itália, eram modificáveis por meio de leis ordinárias. Assim, o conceito Constituição rígida teve de ser restringido e passou-se então a usar o termo flexível. Ainda quanto à estabilidade, um 3º tipo foi identificado, o semi-rígido. Não. Isso é válido para as imutáveis e não para as rígidas; é mais lento, mas possível. As Constituições diferenciam-se pelo modo de alteração de modificação de mudança de suas normas: Rígida: quando existe procedimento especial de reforma constitucional, distinto do procedimento de elaboração da Lei Ordinária; há limitações do poder de reforma constitucional (ex: quórum qualificado, cláusulas pétreas); não é imutável, é passível de mudanças; há uma supremacia Formal da rígida; ex: conflito entre Norma constitucional e Infraconstitucional; a norma constitucional vai prevalecer, pois é hierarquicamente superior a norma infraconstitucional, ou seja, esse é o Princípio da hierarquia. Quase todos os Estados modernos aderem a essa forma, sendo que alguns sustentam a denominação de semi-rígida. Flexível: alterada pelo procedimento de elaboração de Lei ordinária; se inviabiliza o controle de constitucionalidade das Leis; ex: conflito entre Norma Constitucional e Lei Ordinária, quem prevalece? Princípio da Posterioridade, ou seja, prevalece a posterior, que nesse caso foi a Ordinária, porém, essa tem que ser interposta como EC ou não prevalecerá, ou seja, tem que ter valor como EC. Isso gera uma fragilização a Constituição, FACULDADE DE DIREITO DA FUNDAÇÃO ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO CREDENCIADA PELA PORTARIA MEC N.º 3.640, DE 17/10/2005 – DUO DE 20/10/2005 CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO AUTORIIZADDO PELA PORTARIA MECN.º846, DE 4 DE ABRIL DE 2006 – DUO DE 05/04/2006 PORTO ALEGRE - RS 7 por isso é necessário uma Constituição rígida, pois somente essa mantém o controle da Constitucionalidade. País típico de constituição flexível é a Inglaterra, onde as partes escritas de sua constituição podem ser juridicamente alteradas pelo parlamento com a mesma facilidade com que se altera a Lei ordinária. A flexibilidade se faz possível tanto nas constituições costumeiras como nas escritas; porém é errado pensar que toda constituição costumeira é flexível e toda constituição escrita é rígida. Semi-rígida: não é meio caminho entre as duas anteriores; a parte rígida só pode ser alterada por procedimento constitucional rígido; e a parte flexível pode ser alterada; ex: constituição de 1824 7) Constituição flexível possui supremacia formal Na Constituição flexível não há hierarquia entre as constituições e a lei infraconstitucional, logo, a posterior revoga a anterior. Prevalece, na realidade, a lei ordinária. Isso destrói a supremacia da Constituição. Então ela não possui supremacia formal, pois não exigem nenhum requisito especial de reforma; podem, por conseguinte, ser emendadas ou revistas pelo mesmo processo que se emprega para fazer revogar a Lei ordinária. Princípio da Posteridade: norma posterior revoga norma anterior, ou seja, prevalece a norma posterior. Princípio da Hierarquia: supremacia formal da Constituição, ou seja, a norma constitucional é sempre superior a norma infraconstitucional, se tiver que ser revogada quem prevalecerá será a norma constitucional.
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