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DIGESTÃO E ABSORÇÃO GASTROINTESTINAL

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Bárbara Oenning da Gama 
digestão e absorção gastrointestinal 
 
* Absorção de nutrientes acontece no intestino delgado. 
® Vilosidades intestinas ® intactas ® enzimas da borda de escova; 
® Superfície absortiva: 250m2. 
 
* Digestão ocorre 25-30% antes do duodeno + 70-75% no duodeno e jejuno. 
® Fluido laminar lento (muco e água); 
® Camada de água não emulsionada ® problemas para moléculas hidrofóbicas/lipídicas. 
 
* Funções do intestino delgado: 
® Digestão enzimática; 
® Absorção de água, íons e vitaminas; 
® Defesa do hospedeiro (IgA); 
® Pregas, vilosidades e microvilosidades multiplica, em 600 vezes a superfície absortiva e 
digestiva do intestino delgado; 
® Enterócitos: 
Þ Células absortivas nas vilosidades com enzimas de absorção; 
Þ Criptas de Lieberkuhn: secreções intestinais 1800ml/dia, pH 7,5-7,8. 
® Células calciformes: produção de muco; 
® Células glanulares (Paneth): produção de enzimas e proteção das bactérias; 
® Células APUD: produção de hormônios (secreção e motilidade); 
® Parte proximal: absorve cálcio, magnésio, vitaminas A, D, E, K, proteínas, gorduras, 
monossacarídeos, dissacarídeos, vitaminas hidrossolúveis (tiamina, riboflavina, ácido fólica e 
ácido ascórbico); 
® Parte distal: absorve B12 e sais biliares; 
® Absorção de água em24 horas: 2 litros de água ingerida – 12 a 20 litros de líquido extracelular 
– perda fecal de 200ml. 
 
* Digestão e absorção no trato gastrointestinal: 
® Hidrólise: processo básico da digestão que conta com enzimas digestivas: 
Þ Carboidratos: dissacarídeos e polissacarídeos; 
Þ Triglicerídeos: gorduras neutras (3 ácidos graxos + 1 glicerol); 
Þ Proteínas: aminoácidos e ligações peptídicas. 
 
* Digestão dos carboidratos: 
® Principais açúcares: 
Þ Sacarose (cana-de-açúcar); 
Þ Lactose (leite); 
Þ Amido (cereais); 
Þ Frutose (monossacarídeo – frutas, xaropes, adoçantes); 
Þ Amilose, glicogênio, ácido lático, ácido pirúvico, pectinas, dextrinas, celulose. 
® Alfa-amilase (amilase salivar – 20% a 40%): produzida pelas glândulas salivares ® quebra o 
amido em maltose e polímeros de glicose (3 a 9 moléculas de glicose ® maltose e dextrina); 
1. Duodeno: amilase pancreática (50-80%) ® amido; 
2. Fase intramucosa: vilosidades ® dissacaridades da borda estriada (hidrólise em 
monossacarídeos): 
Þ Maltase ® maltose ® glicose; 
Þ Isomaltase ® isomaltose ® glicose; 
 Bárbara Oenning da Gama 
Þ Sacarase ® sacarose ® glicose + frutose; 
Þ Lactase ® lactose ® glicose + galactose (falta leva à intolerância à lactose); 
Þ Alfa-dextrinases ® dextrinas ® glicoses; 
Þ Alguns parasitas (giárdia) atrofiam as vilosidades e esses dissacarídeos não conseguem ser 
digeridos. 
3. Fase pós mucosa: transporte ativo e difusão facilitada. 
Þ Glicose: difusão facilitada (co-transporte com o sódio): transportadores SGLT-1: 
ž Posterior osmose de água; 
ž Transporte pelo solvente (condições de alta concentração de glicose); 
ž Aplicação clínica: terapia de reidratação oral (princípio da reidratação oral: soro oral 
feito de água, açúcar e sal) ® glicose entra na célula levando consigo água e sal. 
Þ Galactose: difusão facilitada (co-transporte com o sódio); 
Þ Frutose: difusão facilitada através no enterócito, onde é transformada em glicose. 
 
* Digestão de proteínas: 
® Proteínas: longas cadeias de aminoácidos unidos por ligações peptídicas ® características 
pela sequência dos aminoácidos; 
® Início da digestão no estômago pela enzima pepsina (proveniente da conversão de 
pepsinogênio em pepsina): 
Þ Ativação da pepsina pelo pH ácido do estômago; 
Þ Pepsina hidrolisa certas ligações peptídicas e quebra a proteína em polipeptídeos 
menores. 
® Duodeno e jejuno pela ação de enzimas proteolíticas (tripsina, quimiotripsina, 
carboxipolipeptidases e pró-elastase: 
Þ Quebra das proteínas em proteoses, peptonas e polipeptídeos; 
Þ Borda em escova e citosol do enterócito: peptidases. 
 
* Digestão de gorduras: 
® As gorduras da dieta são gorduras neutras (triglicerídeos), fosfolipídeos, ésteres de colesterol e 
colesterol; 
® Triglicerídeos são diglicerídeos e ácidos graxos livres (AGL); 
® Início da digestão na boca pela lipase lingual ® menos de 10% da digestão das gorduras; 
® No estômago há a ação da lipase gástrica ® diglicerídeos e AGL. 
Þ Agitação mecânica ocorre no estômago. 
® No intestino delgado há a ação da lipase pancreática (CKK): 
Þ Lipase ® TGL ® monoglicerideos + AGL; 
Þ Hidrolases de ésteres de colesterol ® ésteres + colesterol ® colesterol + AGL; 
Þ Fosfolipase A2 ® fosfolipídeos ® lisofosfolipídeos + AGL. 
® Formação de micelas: 
Þ Ácidos biliares e lecitina (fosfolipídeo): porção hidrossolúvel e porção solúvel; 
Þ A gordura é desdobrada em partes menores ® facilitação da ação da lipase pancreática ® 
aumento da área de superfície para a digestão. 
® Papel dos sais biliares na formação das micelas: 
Þ Hidrólise dos triglicerídeos é um processo altamente reversível; 
Þ Sais biliares possuem um núcleo esterol lipossolúvel e uma parte hidrossolúvel; 
Þ Micelas possuem extremidades hidrofílicas dos sais biliares de fora e extremidade 
lipofílicas do lado de dentro envolvendo os lipídeos. 
ž Núcleos esteróis de 20 a 40 moléculas sofrem a agregação com o glóbulo de gordura 
no interior; 
 Bárbara Oenning da Gama 
ž Funções: remover os monoglicerídeos e ácidos graxos da vizinhança das gorduras da 
digestão e transportar esses monoglicerídeos e ácidos graxos até a borda em escova 
dos enterócitos. 
® Sem os sais biliares as micelas não serão produzidas ® pode ocorrer obstrução/cálculos do 
colédoco, obstruindo a saída de sais biliares da bile, causando diarreia ou a retirada do 
intestino delgado ou doenças na parte final do intestino delgado, levando à diarreia (doença 
inflamatória intestinal) ® apresentação de falta de nutrientes, pois não absorverá lipídeos. 
 
* Absorção de água e eletrólitos: 
® Existência de uma densa rede de capilares, vênulas e lactíferos que permeiam os vilos 
intestinais, permitindo o aporte de substâncias de drenagem de nutrientes, água e eletrólitos 
absorvidos pelo epitélio intestinal; 
® 9 litros de água são absorvidos com os nutrientes e os eletrólitos ® transporte por difusão 
(osmose). 
Þ Quimo: suficientemente diluído; 
Þ Absorção isosmótica (igual ao plasma); 
Þ Via de canais de água ou paracelular. 
* Princípios básicos da absorção no trato gastrointestinal: 
® Transporte ativo: 
Þ Com gasto de energia (ATP); 
Þ Pode ser: 
ž Primário ® bomba de sódio (Na K ATPase); 
ž Secundário ® co-transporte com Na+ (glicose) ® troca de Na/H (Na entra nas 
células e H deixa as células). 
® Transporte passivo: 
Þ Sem gasto de energia; 
Þ Pode ser: 
ž Difusão simples: a favor do gradiente de concentração; 
ž Difusão facilitada: através de canais com comportas ou proteínas carreadoras. 
® Transporte por difusão; 
® Transporte pelo solvente; 
® Os nutrientes são absorvidos no intestino delgado; 
® O cólon absorve água e íons ® quase nenhum nutriente. 
 
* Mecanismos de transdução de sinal: 
1. Ligação de uma substância reguladora ao seu receptor (proteínas G); 
2. Acoplamento do receptor a proteínas efetoras dentro da célula; 
3. Ativação de sistemas de “segundos mensageiros” (AMPc, GMPc, Ca, IP). 
 
* Absorção no intestino delgado: 
® Transporte oposto: soluções hiperosmóticas descarregadas do estômago para o duodeno; 
® Aplicação clínica: síndrome de dumping (gastrectomias): quando a concentração de solutos 
fora da célula aumenta ® aumento da pressão coloide osmótica ® sai água das células para o 
intestino; 
® Diarreias osmóticas por laxantes; 
® Absorção de sódio e cloreto: 
Þ Quantidade diária de sódio nas secreções intestinais: 20-30g/dia ® quantidade ingerida: 
5-8g/dia ® menos de 0,5% deste total de sódio é perdido nas fezes; 
Þ Concentração de sódio no quimo:
142mEq/L ® semelhante à concentração plasmática; 
Þ Concentração de sódio no enterócito: 50mEq/L; 
 Bárbara Oenning da Gama 
Þ A absorção de sódio e cloreto acontece por difusão (quimo para enterócito), absorção 
ativa (enterócito para espaços paracelulares e sangue das vilosidades) ® gasto de energia 
ATP, trazendo passivamente o cloreto, e a parte absorvida em troca de K+ e H+; 
Þ Aldosterona aumenta a absorção de cloreto de sódio e água pelos rins, intestino delgado e 
intestino grosso. 
® Absorção de íons de bicarbonato do intestino delgado proximal: 
Þ Absorção ativa de íons de bicarbonato ® grande quantidade de bicarbonato no intestino 
delgado superior; 
Þ Parte do sódio é absorvido em troca de H+; 
Þ A água permanece no quimo e o CO2 é rapidamente absorvido e eliminado pelos 
pulmões. 
® Transporte de eletrólitos e fluidos no jejuno; 
® Secreção de bicarbonato no íleo e no intestino grosso: 
Þ Células epiteliais do íleo e do intestino grosso produzem o bicarbonato a partir da 
difusão facilitada de cloreto (entrada na célula); 
Þ Complementa a absorção de Cl-; 
Þ Íon bicarbonato neutraliza ácidos bacterianos no intestino grosso. 
 
* Absorção no intestino grosso: 
® Água e eletrólitos; 
® Absorção ativa de sódio: 
Þ Aldosterona; 
Þ Provoca absorção ativa do cloreto ® cloreto é trocado pelo bicarbonato. 
® Bactérias colônicas ajudam na absorção de poucas substâncias, produzem gases (CO2 e 
metano), levando à flatulência; 
® 200ml de líquidos são eliminados pelas fezes; 
® A capacidade absortiva máxima do intestino grosso é de 5-7 litros; 
® Perda fecal de sódio é muito pequena (1-5mEq/L); 
® Absorção de água e eletrólitos: 
Þ Aplicação clínica: diarreia secretória; 
Þ Mecanismo fisiopatológico da diarreia em pacientes com cólera: bactéria possui uma 
toxina que, por um segundo mensageiro, estimula a saída de água, Na+ e Cl- da célula 
intestinal (eletrólitos) ® canais de entrada de glicose não estão comprometidos, por isso 
pode se reidratar via oral. 
® Terapia de reidratação oral ® absorção de carboidratos: 
Þ Glicose entra por difusão facilitada (co-transporte com o sódio); 
Þ Posterior osmose da água; 
Þ Transportadores SGLT-1; 
Þ Transporte pelo solvente em condições de altas concentrações de glicose.

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