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TRAB. AC Sócio Histórica PSI

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1 INTRODUÇÃO
Este trabalho visa reconhecer e compreender os principais conceitos das avaliações que estudamos e nossa capacidade de relacionar os dados adquiridos através das bibliografias referentes à disciplina de Psicologia Sócio Interacionista. 
O objetivo é compreender e identificar as bases metodológicas presentes no ensino dessa nova psicologia. 
Realizamos uma leitura cuidadosa do texto, A Psicologia Sócio-histórica (uma perspectiva crítica em psicologia), visando levantar informações que permitam conhecer os aspectos fundamentais desta nova Psicologia que se apresenta desde seus primórdios como uma possibilidade de superar essas visões dicotômicas ela está fundamentada no método de investigação reflexológico e psicológico ela concebe o homem como ativo, social e histórico; a sociedade como produção histórica do homem que através do trabalho, produzem sua vida material; as ideias, como representações da realidade material e a realidade, como fundada em contradições que se expressam nas ideias. E assistimos a entrevista de Maria Helena Souza Patto, fornecida ao Projeto Diálogos 6, que tem por objetivo registrar depoimentos de profissionais vistos como referência na área de produção psicológica, onde ela explica as bases teóricas e metodológicas do seu trabalho, respondendo a várias psicólogas, perguntas que abordavam sua trajetória profissional, como ela se envolveu na psicologia escolar, como ela se vê resistindo a um movimento social, e onde ela fala também sobre a carência cultural.
 	Depois de uma leitura criteriosa do texto e da análise da entrevista devemos salientar os pontos de convergência e divergência dos dados levantados na entrevista com as informações obtidas no texto. 
2 DESENVOLVIMENTO
A psicologia surge no ano de 1875, num período em que a burguesia moderna ascende enquanto classe social, com o objetivo de construir um conhecimento pela experiência e pela razão, ela se utiliza de um método científico rigoroso que permitia ao cientista observar o real e construir um conhecimento racional sem interferência de suas crenças e valores.
Algumas características marcaram essa ciência: a positivista, porque se constituiu como sistema baseado no observável; racionalista, pela ênfase na razão como possibilidade de desvendar as leis naturais; mecanicista porque se pautou na ideia do funcionamento regular do mundo, guiado por leis que poderiam ser conhecidas; associacionista, porque se baseou na concepção de que as ideias se organizam na mente de forma a permitir associações que resultam em conhecimento; atomista pela certeza de que o todo é sempre o resultado da organização de partes; determinista, porque pensou o mundo como um conjunto de fenômenos que são sempre causados e que essa relação de causa efeito pode ser descoberta pela razão humana.
Wundt sugere duas psicologias por não ter instrumentos metodológicos para solucionar essas contradições, que só seriam solucionadas pelo método dialético, nenhuma dessas psicologias superou a perspectiva mecanicista e determinista, a compreensão do fenômeno psicológico ficou incompleta, pois sempre está faltando o outro lado.
A psicologia sócio histórica se apresenta desde seus primórdios como uma possibilidade de superar essas visões dicotômicas, ela se fundamenta no método de investigação reflexológica e psicológica, essa psicologia concebe o homem como ativo, social e histórico; a sociedade como produção histórica dos homens que através do trabalho, produzem sua vida material; as ideias como representações da realidade material e a realidade como fundada em contradições nas ideias.
Para o liberalismo, o fenômeno psicológico, seja qual for sua conceituação é descolado do próprio individuo e o mundo social visto como um estranho ao eu, em que é preciso adaptar-se e para a psicologia sócio-histórica o fenômeno psicológico não pertence a natureza humana, não é preexistente ao homem e reflete a condição social, econômica e cultural em que vivem os homens.
Para essa nova psicologia, falar do fenômeno psicológico é falar da sociedade.
Para compreender o mundo psicológico, a psicologia terá de trazer para seu âmbito alguns elementos como, a realidade social na qual o fenômeno psicológico se constrói fazer da psicologia sócio-histórica uma abordagem critica e nos permitir afirmar a perspectiva critica da psicologia sócio-histórica.
2.1 Análise do texto e entrevista:
Psicóloga Maria Helena de Souza Patto do Departamento de Psicologia da Aprendizagem do Desenvolvimento e da Personalidade do Instituto de Psicologia da USP. Experiência na área de Psicologia Escolar.
A definição segundo a qual o objetivo do texto sobre a psicologia Sócio-Histórica uma perspectiva crítica em psicologia, de acordo com a concepção na entrevista da psicóloga Maria Helena Souza Patto, em uma das suas obras ela utiliza o materialismo histórico e define como necessário conhecer, pelo menos em seus aspectos fundamentais, a realidade na qual se engendrou uma determinada versão sobre as diferenças existentes entre crianças de diferentes origens sociais.
A autora enfatiza que, na análise das dificuldades de aprendizagem escolar, a Psicologia, influenciada por uma visão organicista das aptidões humanas carregada de pressuposto racistas e elitistas e por uma concepção atenta ás influências ambientais, produz, consequentemente, uma explicação impregnada dessa ambiguidade, que será uma característica presente no discurso sobre as causas do fracasso escolar, nos países capitalistas ao longo do século XX, fundamentando, inclusive, a teoria da carência cultural.
Ao fazer uma análise ideológica dessa teoria, Patto elabora algumas conclusões a respeito do tema, fazendo uma revisão crítica das teorias do déficit e da diferença cultural:
A inadequação da escola decorre, principalmente, de sua má qualidade, da representação negativa que os seus profissionais tem da capacidade dos alunos, consequência da desvalorização social dos seus usuários mais empobrecidos.
O fracasso da escola pública elementar é o resultado inevitável de um sistema educacional congenitamente gerador de obstáculos á realidade de seus objetivos. Esse fracasso é administrado por um ‘discurso’, cientifico escudado em sua competência, naturaliza esse fracasso aos olhos de todos os envolvidos no processo.
 
 
 
2.2 Entrevista           
1.Fale um pouco sobre sua trajetória escolar e como se envolveu com a psicologia escolar?
R: M.H fez curso de psicologia, que naquela época era muito simplificado. Leu um texto chamado “Os falsos débeis”. Fez grupos escolares numa escola de periferia muito pobre. Começou se interessando pela psicologia escolar por que se identificava e se revoltava com a situação das crianças pobres dentro da escola.
2. Como você se vê resistindo aos movimentos sociais sempre contrario as suas vontades?
R: Indo ás escolas de periferia vendo a realidade, porque nossas teorias filtram essa realidade, E olhando a realidade da historia de forma vivida e pensada, fazendo a critica da escola e denunciando esta realidade dentro da escola, porque esta realidade contribui para dominação, esta psicologia tira dessas crianças o seu direito de cidadão. Vejo a educação cada vez pior. Essa psicologia caminha afinada com os interesses não populares. Essas psicologias contribuem para dominação, chega a ser em determinados momentos criminosas e frias com nossas crianças tirando delas o direito de cidadão, eu sempre fui muito critica a essa psicologia e isso deve causar raiva entre os psicometristas, pois acho os testes um crime contra os cidadãos.
3. Avaliar as políticas de educação nas escolas públicas.
R: Minha tese de mestrado foi sobre a teoria da carência cultural, foi horrível. pois fui conviver com a periferia e vi que a realidade era totalmente oposta ás teorias. Pois as teorias diziam que os pobres eram débeis incapazes de pensar,falar, etc...
 Quando vi a realidade vi que era diferente, esse povo era capaz sim de tudo.
 Partindo do principio de que as ideias são geradas numa realidade social concreta você cai no idealismo. E as idéias vem de onde? Então eu estou em busca da constituição histórica das ideias presentes na psicologia.
 Acho que a política educacional atualmente é feita com dois objetivos:
 Baratear a escola pública e o ensino ao máximo, acabar com a reprovação, acelerar, botar crianças de 14 anos no supletivo, tudo isso é para baratear o ensino.
 Maquiar estáticas, porque quando dizem que 98% das crianças brasileiras estão na escola, aí eu pergunto: Mas dentro de que escola?  Fazendo e aprendendo o que? É uma força, estão criando ilusões nos cidadãos, porque esses indivíduos jamais terão condições de competir em igualdade com outros que estudaram nas escolas particulares. Essa nova política que segura os excluídos dentro do sistema escolar, apenas esta adiando a exclusão.
 O construtivismo é o maior referencial teórico da política educacional hoje. Eu não vejo essas deficiências nas crianças em seus ambientes carentes.
4. Como você vê a pesquisa na área educacional hoje, que dificuldades e que perspectivas você vê?
 Até anos atrás o único modelo era o experimental. Do ponto de vista de método, qualitativo, estudo de caso fez a psicologia crescer muito, fez a 
psicologia passar de conhecimento para produção de compreensão do seu objetivo de estudo Onde a pesquisa é feita no calor do estudo de caso. Estamos produzindo mais que conhecimento, estamos produzindo compreensão. Mas acho que ainda está faltando nos cursos de formação de psicólogos, um bom curso método. Acho que se poderia aprofundar mais as formações dos psicólogos como pesquisadores acham que está faltando pesquisadores.
5. Como você vê os desafios para formação de psicólogos? E que desafios estão colocados para formação dos psicólogos hoje?
R: Deveria ser colocada mais ética porque estão dando a este caráter uma concepção instrumental. Ética é muito mais do que trancar os laudos a sete chaves ou usar testes para atender os clientes na clinica. Os psicólogos atuais não sabem o que é ética. Onde deveriam saber que a ética deveria ser a humanização. 
 Precisamos do materialismo histórico para entender isso. Estão coisiificando o homem. Como dizia Marx: ele se humaniza naquilo que compartilha com animais e se desumaniza naquilo que se refere aos homens. Acho um horror colocar a criança diante de um teste como WISC, que tem como objetivo coisificar a criança com cronometro, para ela dizer o que você quer, se ela não diz o que você quer é 0 reprovou no teste. Se a criança for inteligente ela vai parar para pensar, ai já perdeu, pois se está cronometrando.
 Basta entrar e um hospital psiquiátrico ou numa escola da periferia para ver que esses indivíduos estão sendo tratados como “coisas”, estão coisificando o homem. Para ver que a dignidade não esta lá.
6. Que contribuições à psicologia poderia dar  á educação?
R: A psicologia precisa procurar outras formas de estar com as pessoas  tendo como objetivo em ajudá-las a entender o mundo que elas vivem e o lugar em que se ocupam neste mundo. Ela pode ser um instrumento interessante de colaboração com as pessoas no sentido de que elas reflitam.Reflexão no sentido de se conhecerem.
Como instrumento de reflexão. O psicólogo pode ser um desencadeador e um coordenador de uma atividade que pode ser individual ou grupal que eu chamo de intensificar o pensar, tem a ver com sua dinâmica psíquica toda ajudar as pessoas a se conhecer melhor no mundo. Que lugar eu ocupo, que papel eu desempenho. É fundamental que lidamos com o sofrimento das pessoas, pois podemos ajudar a amenizá-los.
 
 
3 CONCLUSÃO
Tendo em vista os aspectos estudados no texto da psicologia sócio-histórica e tomando por base Vygotsky, entendemos que ele questiona a psicologia anterior, que analisava o comportamento como um fenômeno abstrato e individual do sujeito. 
Ele acreditava que o fenômeno psicológico já estaria dado a cada sujeito não importando seu surgimento ou construção, mas sim, seu desenvolvimento que era uma conquista coletiva, fruto da união de um determinado número de pessoas. Pois se há psíquico embasado nas culturas da humanidade este foi desenvolvido durante os séculos, é fruto de um trabalho coletivo. Exemplos disso vêm desde civilizações antigas, quando os mesmo descobriram as ferramentas que desencadearam conhecimento psíquico. 
O mundo psicológico nunca foi o mesmo o que sabemos hoje não servirá amanhã para definir o futuro da humanidade. Exemplo disso são as diferentes culturas, como algumas tribos indígenas que festejam a morte.
Para os sócio-históricos não existe natureza humana, mas sim condição humana, e essa condição é representada pela construção de instrumentos para a satisfação de nossas necessidades, que dependera do momento histórico em que vivemos. Entendemos que a cultura não é um conjunto é a humanização de um mundo material. Assim, se conquistamos a escrita, criamos objetos para isso, se conquistamos a proteção do frio, criamos objetos para isso, se criamos a estética, temos objetos para isso se falarmos, criamos palavras para isso, são conquistas de possibilidades humanas de ser e estar no mundo que têm seus correspondentes em objetos. Isso é cultura, ela carrega possibilidades psíquicas, de subjetividade, que vamos reconstruindo em nós. Tendo em vista, que para a psicologia individuo e mundo são campos distintos, podemos dizer que o individuo ao transformar o mundo se constitui e constrói o mesmo. Quando conhecemos as ideias e os projetos de um ser humano, temos como consequência um conhecimento do seu comportamento, ideologia, linguagem, portanto, para psicologia não temos como compreender o homem se ignorarmos o mundo em que ele vive no sentido de descobrir seus valores. 
REFERÊNCIAS
Bock, A. M. B. A Psicologia Sócio-Histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. In: Bock, A.M.B.; Gonçalves, M.G.M.; FURTADO, O. (orgs). Psicologia Sócio-Histórica. 3ª  ed. São Paulo: Cortez, 2007. (p. 15-35).
SITE: HTTP://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/MariaHelenaSouzaPatto/MariaHelenaSouzaPatto.html. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS
FICHAMENTO DO TEXTO
A PSICOLOGIA SÓCIO-HISTORICA: uma perspectiva critica em psicologia (p.15-35) primeiro capitulo.
BOCK, A. M. B.; GONÇALVES, M. G. M.; FURTADO, O (orgs). Psicologia sócio-histórica. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2007.
“Psicologia tem muitos anos de existência, pois o marco que temos considerado para sua instituição enquanto área especifica na ciência é o ano de 1875. As condições para a Construção da Psicologia encontram-se, no século XIX. Período em que a burguesia moderna ascende enquanto classe social. Todas as transformações são consideradas condições históricas  para o surgimento da ciência moderna e posteriormente da Psicologia”. (p.15)
“A ênfase na razão humana, na liberdade do homem, na possibilidade de transformação do mundo real e a ênfase no próprio homem foram características do período de ascensão da burguesia que permitiram uma ciência racional, que buscou desvendar as leis da natureza e construir um conhecimento  pela experiência e pela razão. Método cientifico que permitia ao cientista observar o real e construir um conhecimento racional, sem interferência de sua crenças e valores. Assim, surge a ciência moderna experimental: experimental, empírica, quantitativa”. (p.15)
“A partir dessas concepções, em 1875 Wundt (1832-1920) distinguiu a Psicologia como uma ciência. Com um objetivo próprio: a experiência consciente [...] a Psicologia já em seu nascimento carregava contradições do humano, sem que fossem percebidas enquanto tais e sem que se pudesse pensar em uma ciência unificada”. (p.16)
“Wundit,por não ter instrumentos metodológicos para solucionar essa contradições, que só seriam solucionadas pelo método dialético, sugeriu duas Psicologias: uma Experimental e uma Psicologia Social”. (p.16)
“As diferenças entre as varias perspectivas teóricas vão se construindo aos poucos em uma dimensão: interno/externo; psíquico/orgânico; comportamento/vivencias subjetivas; natural/social; autonomia/determinação. A questão estava em que qualquer dos lados do pêndulo a compreensão do fenômeno psicológico é incompleta.” (P.17)
“A Psicologia Sócio Histórica que toma como base a Psicologia Histórico Cultural de Vigotski (1896-1934), apresenta-se desde seus primórdios como uma possibilidade de superação dessas visões dicotômicas”. (p.17)
“Esta fundamentada no marxismo e adota o materialismo histórico e dialético como filosofia, teoria e método. Concebe o homem como ativo social e histórico; a sociedade, como produção histórica dos homens; as ideias, como representações da realidade material; a realidade material, como fundada em contradições que se expressam nas ideias; e a historia, como o movimento contraditório constante do fazer humano, no qual, a partir da base material, deve ser compreendida toda produção de ideias, incluindo a ciência e a psicologia”. (P.17-18)
 “O liberalismo, ideologia fundamental do capitalismo, nasceu com a revolução burguesa para revolucionar a ordem feudal e instituiu-se para garantir a manutenção da ordem que se instalava”.(p.18)
“A noção de eu e a individualização nascem e se desenvolvem com a historia do capitalismo. A ideia de um mundo ‘interno’ aos sujeitos, da existência de componentes individuais, singulares, pessoais, privados toma força, permitindo que se desenvolva um sentimento de eu. A possibilidade de uma ciência que estude esse fenômeno, como resultado do processe torna necessária uma Psicologia”. (p.19)
“As ideias “naturalizadoras” do liberalismo serão responsáveis pela concepção de fenômeno psicológico que se tornará dominante na Psicologia”. (p.20)
 “A linguagem é mediação para a internalização da objetividade, permitindo a construção de sentidos pessoais que constituem a subjetividade. O mundo psicológico é um mundo em relação dialética com o mundo social. Conhecer o fenômeno psicológico significa conhecer a expressão subjetiva de um mundo objetivo/coletivo.” (p.23)
“Um segundo elemento faz da Psicologia Sócio Histórica uma abordagem critica. Ela permite romper com uma tradição classificatória e estigmatizada da ciência e da profissão”. (p.26)
“Com as transformações decorrentes da colonização do Brasil por Portugal, no 
“O final do século XIX trouxe a Republica, a riqueza cafeeira e o desenvolvimento do polo econômico no Sudeste. A Psicologia adquiria o estatuto de ciência autônoma na Europa e, em seguida, nos Estados Unidos”. (p.27)
“A industrialização no Brasil trará novas exigências à Psicologia que, com a experiência da Psicologia aplicada à educação, pôde colaborar significativamente com seu conhecimento, possibilitando a diferenciação das pessoas para a formação de grupos mais homogêneos nas escolas e a seleção de trabalhadores mais adequados para a empresa”. (p.27)
“Com o conhecimento e as praticas produzidas na Europa e nos EUA, a Psicologia brasileira pode responder adequadamente aos interesses de grupos dominantes no Brasil. Tornou-se uma profissão classificatória e diferenciadora”. (p.28)
 “A posição critica da Psicologia Sócio Histórica, que entende o desenvolvimento do homem e de seu mundo psicológico como uma conquista da sociedade humana, permite denunciar esse trabalho de “ocultamento” das condições de vida nos discursos da Psicologia”. (p.30)
“Muitas vezes ouvimos psicólogos  dizerem: “nosso trabalho não modifica o individuo; apenas lhe da condições para que ele próprio se modifique”. (p.30-31)
[...] Ao realizar seu trabalho, o profissional deve ter consciência de que estará interferindo em um projeto de vida que não lhe pertence”. (p.31)
“A Psicologia Sócio Histórica é por fim, uma perspectiva critica porque supera a postura positivista e idealista que tem caracterizado a Psicologia como ciência, tomando como método o materialismo histórico dialético”. (p.31-32)
“O pensamento positivista foi incrementado pela postura idealista, que afirmou a existência apenas da razão subjetiva, [...]. [...] ao basear-se na naturalização dos fenômenos humanos e sociais e ao buscar, através  de um método objetivista, afastar os elementos   sociais e os valores culturais da produção da ciência, efetivou um real desligamento do pensamento de base material [...] O positivismo tornou-se idealista”. (p.32-33)
“Na Psicologia, o fenômeno psicológico, como entidade abstrata no homem, é expressão do positivismo”. (p.33)
[...] A metodologia materialista histórica e dialética surge como resposta a essas questões e possibilita superar a perspectiva positivista e idealista presente na Psicologia”. (p.33)
“Em síntese o método materialista e dialético caracteriza-se por: Uma concepção materialista[...]; uma concepção dialética[...];  uma concepção  histórica[...]”. (p.33-34)
“Assim, a Psicologia Sócio Histórica produzirá conhecimentos com outros pressupostos, abandonando a pretensa neutralidade do positivismo, a enganosa objetividade do cientista, a positividade dos fenômenos e o idealismo, colocando sua produção à materialidade do mundo e criando a possibilidade de uma ciência critica à ideologia até então produzida e uma profissão posicionada a favor das melhores condições de vida, necessárias à saúde psicológica dos homens de nossa sociedade”. (p.35)

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