Buscar

PTE HEXAPARTIÇÃO DE PODERES

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

História da Separação dos Poderes: da concentração à Hexapartição de Poderes
Introdução ao estudo da divisão de Poderes: Reino Medieval Feudal e Estado Moderno
 A unidade política ocidental nasceu, no oeste europeu, em lento processo histórico, de pelo menos cinco séculos, a partir do desaparecimento do Império Romano (século V), o denominando Reino Medieval Feudal. Depois disso, há o desmoronamento desse sistema, do feudalismo, e a perda da influência da Igreja sobre a autoridade política vai possibilitar a unidade do Estado moderno inserido na forma de monarquia absoluta, considerada solução capaz de, pelo governo centralizador, enfeixar territórios separados e dominar populações dispersas, ainda pelas contingências feudais e religiosas. As condições que viabilizaram o nascimento desse Estado foram econômicas e sociais (enriquecimento dos citadinos, os quais apóiam e financiam os reis), cientificas e tecnológicas (descobertas em geral que permitiram outros avanços, expansão comercial e administração centralizada por papéis), jurídicas (direito escrito, desenvolvimento do direito publico) e doutrinarias). A concentração dos poder político (pouvoir) resultou então de um complexo de fatores estruturais, culturais, de condicionamento inspirando-se em doutrinas e ideologias. O tipo de poder político que emerge com o Estado Nacional Moderno o qual foi denominado pelos filósofos de absoluto e pelos juristas de soberano (poder que não está subordinado a nenhum outro). As idéias políticas, que propõem as bases dos modelos institucionais, são principalmente as de Jean Bodin (Os seis Livros da República) e Thomas Hobbes (O Leviatã) nos séculos XVI e XVII. O mais influente pensador da concentração do poder foi o jurista Bodin, teorizador político que desenvolveu o ideal de soberania, sendo o governo o exercitor das funções da soberania. Entende-se, em suma, que a organização da soberania pela qual a totalidade das funções poltiicas esta concentrada em um so órgão –o Poder da Coroa- caracteriza o primeiro sistema de governo da história: o sistema absolutista ou sistema de cumulação máxima. 
Concentração de poder- Estado Burocrático Concentrado Territorial Nacional propriamente dito:
 O Estado com características de Burocrático Concentrado Territorial Nacional concentra as cinco funções políticas (função de autoridade de última instancia, função executiva ou administrativa, função de direção ‘governamental’, função judiciária e função deliberativa ou legislativa) na figura do Rei. É preciso também a observação de uma distinção feita na época do Estado Nacional, que é: o poder da esfera pública absolve-se da sociedade para concentrar-se em uma instituição jurídica: o Rei enquanto Rei, isto é, a Coroa, a pessoa jurídica. Essa distinção permitiu que, no avanço do Estado Nacional, se pudesse separar o patrimônio pessoal do rei (privado) do patrimônio da Coroa (público). Nessa distinção, nutriu-se as Leis Fundamentais do Reino, referente ao direito publico; assim, juridicamente, o poder do rei, no Estado-Nação, encontrava limites. Foi nesse contexto que surgiu o espaço publico independente, porem ainda não pode ser ainda considerado um Estado de Direito, pois não há supremacia do direito. O ultimo ponto a ser entendido antes da divisão de poderes é o de que a concentração de poder e a supremacia do direito seriam, em principio, incompatíveis. Essa dependeria de uma distribuição mínima de funções entre órgãos de poder de soberania distintos. 
Subtipos de Estado Nacional Moderno: Transição entre Era Medieval para a Era Liberal
 Pode-se classificar o Estado Nacional Moderno- vale dizer o processo político de transição do medievo para a Era Liberal do século XVIII- em três subtipos: britânico, francês e português. Na Inglaterra, as forcas sociais (nobreza/burguesia) mantêm seu poder. Há equilíbrio entre Parlamento (canal representativo e rei). Na França, as forças sociais perdem o poder para o Rei, que domina o Parlamento. Já em Portugal, as forças sociais sempre careceram de poder. O Estado era ele mesmo um feudo; nunca houve tradição parlamentar.
Introdução ao significado de Poder e sua respectiva partição 
 No singular, poder, em sentido largo, significa a capacidade ou a possibilidade de pessoas decidirem ou influírem sobre outras pessoas. Ainda no singular, Poder, com maiúsculo, significa o conjunto de instituições que, de forma concentrada ou dividida, numa sociedade, detém ou exerce o poder de mando de última instância. Sendo então a política que envolve todas as atividades que, de alguma maneira, referem-se ao poder institucionalizado do Estado. Até então, como já pontuado, houve a concentração do poderes políticos em um mando unificado e soberano, uma monopartição, um executivismo absoluto até que essa situação começa a mudar: há a bipartição, tripartição, tetrapartição, pentapartição até chegar à hexapartição do poder político.
 BIPARTIÇÃO- F. legislativa
 Para que haja uma divisão de poderes é pressuposto que haja uma concentração de poder político em um mando unificado e soberano, que foi o que ocorreu do século XV ao final do século XVII. Todavia, a divisão dos poderes teve de esperar, ainda, que essa emergência concentrada do poder produzisse duas conseqüências que vieram a acontecer no Ocidente: a institucionalização de uma esfera autônoma e abstrata (o público) e o desenvolvimento da técnica de representação, pela qual existiram delegações da sociedade inglesa medieval, os antigos parlamentos. Com o tensionamento das relações entre rei e parlamento na Inglaterra, há, no século XVII, em guerra civil, e, no seu final, em revolução. A Revolução Gloriosa de 1688 sacramentou a vitória do Parlamento, que conquistou do Rei, definitivamente, a função deliberativa legislativa, a primeira função política a sair das mãos da Coroa e a passar ao órgão coletivo autônomo de representação da sociedade. O teorizador da bipartidação dos poderes foi John Locke, especialmente no Segundo Tratado do Governo Civil. O sistema de bipartição lockeana foi mais tarde denominado executivismo arcaico.
 TRIPARTIÇÃO – F. judiciaria
 Ainda com relação à Inglaterra, até o século XVIII, a função judicial estava inserida no Poder do Rei. O Ato de Estabelecimento de 1701, aprovado pelo parlamento, determinou de modo explicito que os magistrados conserva-se-iam não mais enquanto contassem com o beneplácito real, mas enquanto cumprissem seus deveres funcionais. Nascia no Ocidente o Judiciário como poder independente. A teoria clássica da tripartição de poderes é da obra “O espírito das Leis“ de Montesquieu. A filosofia política que o inspira é liberal. O Estado Liberal nascente ainda não está completamente subordinado ao Direito, gerando o Estado de Direito só no sec18?. Porem, a tripartição foi um grande passo em direção a esse Estado, já que viabilizou a supremacia do Direito sobre o publico, especificamente, a independência dos Juizes frente ao executivo e legislativo.
 Os três poderes (Poder do Rei, Poder Legislativo e Poder Judiciário) partilham o mesmo espaço publico do Parlamento. Ambos órgãos posicionados com exercício especializado em um mesmo plano de igualdade e de hierarquia, reforçado com mecanismos adicionais de travamento no qual ‘o poder freia o poder’ 
 A ampla difusão da tripartição de poderes ocorreu pelas comunidades inglesas independentes, na elaboração da constituição da America do Norte. Alem disso, com a independência da America Latina, a formula de Montesquieu foi consagrada pela quase totalidade de Estados do subcontinente, inclusive pela Constituição republicana brasileira de 1891.
O sistema de tripartição foi denominado executivismo clássico.
TETRAPARTIÇÃO- F. governativa- ministro/governar
 Montesquieu não podia ter previsto a nova função política que principiava a surgir: a função governamental moderna, pois, principalmente a partir do século XIX, há maior movimentação de recursos, tributos, aperfeiçoamento
de instrumentos coativos. O advento do governo moderno pôs em crise a tripartição montesquiana. É que coube ao Poder executivo- o rei hereditário e vitalício- exercer juntamente com a chefia de Estado e chefia da Administração, a função governamental que trazia ônus e desgastes, o que impossibilitou na prática a acumulação de todos esses poderes na mão do executivo. Assim, para preservar a instituição monárquica (uma chefia de Estado hereditária e vitalícia) institucionalizou-se, primeiramente no Reino Unido, um novo órgão: o Gabinete ou Conselho de Ministros, nascendo o quarto poder político. Com o ‘Reform Act’, em 1832, houve o golpe final no poder do Rei, desencadeando as forças que fizeram do Gabinete o instrumento pelo qual o povo poderia assumir o controle da política. Esse ato surge junto com o sistema de partidos, que, dali em diante, escolheriam o Primeiro Ministro e o Governo, e não mais o soberano. Inicia-se a era chamada de “Estado Liberal Pluralista”
A proposta de separação de Estado e Governo, isto é, a teoria da tetrapartição dos poderes foi formulada em 1814 na obra Princípios da Política por Benjamin Constant. Esse autor propôs que se distinguisse, funcional e organicamente, um poder novo, o pouvoir ministériel. Para ele, é o feixe de atividades de mando ou de execução relativas à governacao da sociedade. Assim para Constant, existiam quatro poderes: o poder real (ou neutro), poder ministerial, poder representativo e poder judiciário. As distinções de B. Constant ajudaram o Ocidente a conformarem seus rumos políticos. No Brasil, passa, com a Constituição de 1824, diretamente da concentração de poderes para uma tetrapartição. 
O surgimento do governo institucionalizado moderno abriu espaços institucionais novos para outras garantias à supremacia do direito. A idéia chave era acrescentar, às funções do chefe de Estado, uma atribuição expressa de defender a própria ordem constitucional, “a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia dos poderes”. Denominado “governamentalismo elitista” por Cezar Saldanha, segundo seu livro “Tribunal Constitucional como poder”, pois os partidos dessa fases de divisão de poderes são parlamentares e não de massas, e a posição ideológica ainda é relativamente baixa.
PENTAPARTIÇÃO- f. adm 	
 O Estado Liberal sobreviveu até a primeira guerra mundial, até que se agravam inúmeras desigualdades sócias exigindo , além da preservação de coquistas liberiais, como direitos de liberdade e supremacia do Direito, harmonizar, então, essas com as novas exigências de igualdade e justiça social.para essa tarefa, pela primeira vez, são convocados professores e cientistas sociais, há o fenômeno de racionalização do poder. É na Alemanha, na constituição de Weimar, de 1919, que se modelou a nova unidade política ocidental, consagrada com a denominação de Estado Social, a Alemanha saltou de uma tripartição de poderes direto para pentapartição, sem ter passado por um verdadeiro governo de gabinete (tetrapartição). Na Alemanha pós primeira guerra surge o problema da legitimidade, o qual põe em ‘cheque’ a validade da nova ordem constitucional. A grande contribuição veio de um professor chamado Max Weber que,
No Estado Social, a função administrativa, exercida antes pelo Chefe de Estado, chefe da abóbada, torna-se formalmente independente do governo e do próprio chefe de Estado: eis a Administração como quinto poder político. O poder Administrativo institucionalizado era entendido, nesse contexto, como imparcial, formando, em seu conjunto, um órgão constitucional, seria uma instancia neutra e suprapartidária, devotada a arbritar uma convivência democrática/pacifica, legal, civilizada na instancia governamental, na qual há divergências ideológicas que opunham forças, partidos. A função administrativa seria, portanto, o ‘poder de arbitragem do jogo político’, é uma função de serviço, cuidar de um interesse de que não se é propriamente dono, com o objetivo da melhor realização do interesse público.
Vale atentar que sua origem está mais inserida no contexto dos reis nacionais modernos, os quais de fato estruturaram corpos burocráticos para empreenderem a centralização administrativa dos Estados Nascentes. Nesse novo contexto, essa função está sujeita ao Direito e não mais não subordinada ao rei.
O primeiro dos pensadores reconhecidos a reivindicar a autonomia formal da Administração Publica como condição da ordem democrática foi Max Weber, principalmente com a obra Economia e Sociedade que, no contexto da Alemanha pós guerra defontra-se com o problema da legitimidade do poder. Weber pretende descobrir os motivos sociológicos pelos quais a sociedade obedece espontaneamente a autoridade. Sendo a legitimidade racional a própria da modernidade, que sustenta o regime democrático.seria a idéia de que a sociedade obedece os dirigentes porque eles seguem os parâmetros por ela estabelecidos na Constituição e nas leis. A legitimidade racional legal é tambem burocrática, e essa característica é fundamental para se entender o novo poder, o poder administrativo, pois é ele que consolida a burocracia como poder independente na sua função (formal), executar a função independente das interferências político-partidárias. No plano teórico, a racionalização formal produziu a Teoria Contemporânea da Constituição, que se deve principalmente a Kelsen. Em substituição do direito político, começa a ganhar forca o direito constitucional, a Constituição começou ter supremacia. No plano concreto, a separação de Administração, Governo e Chefia de Estado ampliou o alcance do controle jurídico dos atos administrativos, visto que a partir da pentapartição foram distinguidos dos atos políticos estrito senso.
 
HEXAPARTIÇÃO – f. jucidiciaria- tribunais constitucionais
O Tribunal Constitucional foi a instituição inventada no século XX para atender os desafios da nova fase do constitucionalismo, desafios como compatibilizar os valores ligados à dignidade da pessoa humana e o principio fundamental do respeito ao pluralismo ideológico e político. Com o constitucionalismo do segundo pós guerra, liderado pela constituição alemã de 1949, que retoma a linha de evolução do constitucionalismo racionalizado, democrático e ideologicamente pluralista da republica de Weimar desenvolve-se o sentido de uma Constituição de valores mínimos, e assim o Tribunal Constitucional triunfa definitivamente. Entende-se que o meio institucional que conferiu ao direito constitucional força normativa foi o Tribunal Constitucional. Sem esse órgão especializado e concentrador da jurisdição constitucional não seria possível o Verfassungsstaat (Estado Constitucional). A lei fundamental alemã de 1949 criou o Tribunal Constitucional que se tornou modelo no Ocidente.
 O Tribunal Constitucional, como órgão de poder independente, permite efetivar a protecao jurídica da dignidade humana, sem os riscos da posição ideológica afetar as decisões, alem de ter condicoes de jurisdicionalmente garantir o pluralismo político e ao mesmo tempo delinear seus limites legítimos diante dos valores do regime democrático. Ademais, é o único órgão apto a arbitrar os conflitos entre os objetivos próprios de Estado, Governo e Administração. As funções do Tribunal Constitucional são pensáveis em três perspectivas: material, instrumental e formal. Quanto à materialidade, a função política atua como ultima instancia. Instrumentalmente, a função por ele desempenhada é de natureza jurisdicional; assim o Tribunal so se pronuncia por instancia de legitimados, utilizando recursos como a hermenêutica(interpretação) jurídica. Assim tambem tem como forma a natureza legislativa, o Tribunal Constitucional como criador de direito. Em suma, entendemos o Tribunal Constitucional enquanto poder político, por desenvolver uma função materialmente política (de ultima instancia), instrumentalmente jurisdicional e formalmente legislativa.
 Em comparação aos outros poderes se entende a necessidade da hexapartição de poderes, já que o Parlamento e o
Governo respondem às divisões partidárias e ideológicas e o Poder Judicial, no sistema Romano-germanico, cumpre fielmente o direito posto pelo Parlamento. E a Administração executa a legislação, bem assim as políticas publicas determinadas pelo Governo. Todos esses tem em comum atuar em nível infraconstitucional, cabendo ao Tribunal Constitucional e ao chefe de Estado atuar em nível constitucional.
 Hans kelsen é o idealizador e o primeiro doutrinador da instituição Tribunal Constitucional. Um Tribunal capaz garantir a supremacia da Constituição e a construção de uma visão piramidal de ordenamento jurídico. Kelsen teve como inspiração Georg Jellinek, que sugere o possível desenvolvimento de uma justiça constitucional nos Estados federais. A genialidade de kelsen foi inventar, no projeto da Constituição Austríaca de 1920, um modelo de controle de constitucionalidade compatível com a cultura jurídica romano-germanica.
 Em suma, o Estado Social do segundo pós-guerra nasceu de um consenso politico-constitucional sobre os valores éticos mínimos. Para defende-los de totalitarismos e autoritarismos foi instituído um Tribunal, conformando uma hexapartição de poderes. A conformação geral da divisão dos poderes estabelece uma microdefinição, em cada realidade política nacional, das competências especificas de cada poder político. The new separation of powers (apresentada por Bruce Ackerman) confere legimidade democrática, especialização política e salvaguarda dos direitos fundamentais. A segunda independência da função judiciárias conferiu, pelo menos, uma idéia mínima de Estado de Direito, pois confere uma especifica partição de poderes alem da garantia dos direitos individuais.
CONCLUSÃO
 Da concentração inicial, no momento anterior às guerras civis inglesas do século XVII, à especialização crescente há uma linha de desenvolvimento histórico das instituições de direito publico. Ao longo de mais de trezentos anos, em fases sucessivas que podem ser identificadas, as instituições políticas ocidentais partiram-se em seis: chefe de Estado, Parlamento, Judiciário, Governo, Administração e Tribunal Constitucional, todo processo acompanhado pelas respectivas doutrinas políticas (John Locke, Montesquieu, Benjamin Costant, Max Weber e Hans Kelsen). Entendendo-se os três níveis fundamentais de função do Estado: funções vinculadas aos fins últimos do Estado (a de chefe do Estado e de guarda da Constituição), as funções vinculadas aos fins próximos do Estado (a de administração e a judiciária) e as funções vinculantes aos fins intermediários do Estado (a de deliberação política e a de governo), se entende o nível de complexidade e profundidade que exige, assim, uma especialização de poderes. A evolução da divisão dos poderes não para, avança não só na perspectiva interna, mas também rumo ao horizonte das relações políticas externas.
 “Se uma sociedade, atualmente, deseja um regime democrático de direito, cumprindo o Estado seu papel de efetivar direitos fundamentais, sociais, com estabilidade, governabilidade e progresso é necessário adotar a forma concreta de hexapartição de poderes”- frase retirada do livro “Tribunal Constitucional como Poder” de Cezar Saldanha.
BRASIL
 Depois da proclamação de Independencia brasileira, o país- com a Constuição de 1824- adota a tetrapartição de poderes. O Brasil foi o primeiro país a adotar a partição de Constant, entre Estado e Governo, importante para a construção de um sistema representativo. Mais tarde, com a república e a respectiva Constituição de 1891 o Brasil adota a tripartição clássica montesquiana, inspirado nos EUA. O país, então, involuiu institucionalmente aos tempos do Espírito das Leis, ou seja, mais de 150 anos. Com a constituição democrática de 1988, o Brasil quis ingressar na era do constitucionalismo de valores (dignidade da pessoa humana, justiça, função social e razoabilidade). Entretanto, essa aspiração não se alcança sem as instituições adequadas, na verdade essa Constituição entregou funções juspoliticas delicadas, que exigem um Tribunal Constitucional, aos órgãos judiciários. Alem do que, com a tripartição, a continuidade do Executivo acumulando as competências de Estado, Governo e Administração decretou, no século XX, a impossibilidade de uma área político-partidaria neutra, acima do nível governamental ideológico, onde se pudesse construir um consenso em torno dos valores fundamentais do regime democrático. 
Tipos weberianos pg 36
Sintese da hexapartição:
Função legislativa- Revolução Gloriososa 1688, Locke
Função judiciária- ato de estabelecimento 1702, Montesquieu
Função governativa- Reform Act 1832, Benjamin Constant 
Função administrativa- Constituição de Weimar 1919, Weber 
Função judicial- tribunal constitucional 1920, Kelsen 
Referências: 
Tribunal Constitucional como Poder de Cezar Saldanha
Aulas expositivas do professor de PTE Carlos Reverbel
Teoria Geral do Poder de Anderson Menezes

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais