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Seminario extase final

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Êxtase
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FASAR – Faculdade Santa Rita
Prof.º : Danielle Cristiane Correa de Paula.
Toxicologia – 7° Período 
Aluna(s): Carolina F. Lazzarini
	Priscilla Honholtz Piancó
	Thaisa de P. Miranda
Junho, 2017.
	
3,4 - metilenodioximetanfetamina (MDMA)
Êxtase – “Droga Social”
“Êxtase” ou 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA), derivado sintético da anfetamina.
 Sensacionalismo e popularidade apregoaram frases : “A droga aproxima o amante de sua amada”, “o pai do filho”, “o terapeuta do paciente”, “uma sessão com “êxtase” equivale a um ano de psicoterapia”;
 Nomes criativos: "SuperMan Azul", "Infinity Roxa", "Espadilha Rosa", "Charada Verde", "Audi Branca", "Ferrari Vermelha", "Apple Roxa", "Volkswagen Verde", “Ganesh”, e “Pílula do amor”.
LARANJEIRA, R.; DUNN, J.; RASSI, R.; FERNANDES,M.;1996.
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Classificação e Composição 
MDMA dupla classificação - estimulante e alucinógena (sendo por vezes classificada como uma anfetamina alucinógena); 
Composição – Devido a ilegalidade, não possui controle farmacêutico. Com isto, seu grau de pureza é variável em função da diversificação da mistura. Pode apresentar –se misturados com outras drogas: metilenodioxietanfetamina (MDEA, análogo sintético da MDMA), metanfetamina, anfetamina, paracetamol, cafeína ou ketamina.
 não existe controle de qualidade no mercado de drogas ilícitas os consumidores precisam ser informados deste risco adicional.
Wolff K, Hay AW, Sherlock K, Conner M. Contents of “ecstasy” [letter]. Lancet 1995; 346(8982):1100–1101.
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Farmacocinética
Via de administração - principalmente via oral, através de 
formas farmacêuticas: comprimidos, tabletes e cápsulas. Mas,
 existe relatos de administração intravenosa e intranasal;
Absorção- 	após administração oral, é rapidamente absorvida pelo trato intestinal e o seu máximo de concentrações plasmáticas é atingido cerca de 90 minutos a 2 horas, embora os primeiros efeitos possam ser detectáveis a partir dos 20 minutos, após a ingestão da MDMA;
		Os efeitos psicoestimulantes - 20 a 60 minutos após a ingestão de doses moderadas do êxtase (75 a 100 mg), persistindo por 2 a 4 horas.
		
de La Torre, R., Farré, M., Ortuño, J., Mas, M., Brenneisen, R., Roset, P., et al. (2000). 
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Farmacocinética
 Distribuição - ampla distribuição tecidual e são lipossolúveis, com boa capacidade de atravessa facilmente as barreira hematoencefálica;
	 	 tempo de meia-vida plasmática é de 7,6 horas;
		 apresenta baixa taxa de ligação a proteínas plasmáticas.
		
Metabolização - ocorre principalmente a nível hepático, através do conjunto de isoenzimas que compõe o citocromo P450 (CYP1A2, CYP2D6); 
		
Eliminação - principalmente renal (65%) e depende do pH, quanto mais ácido mais facilmente é eliminada;
Carmo et al., 2006; de la Torre, 2005
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Farmacodinâmica-Mecanismo de Ação
Age sobre o SNC, aumentando a libertação de 5-HT, mas também de outros neurotransmissores como a Dopamina e a Noradrenalina em neurônios pré- sinápticos;
impede a recaptação desses neurotransmissores inibindo a ação da MAO, enzima responsável pela metabolização da serotonina e dopamina no terminal nervoso, contribuindo para um aumento destes neurotransmissores.
Iravani, M., Asari, D., Patel, J., Wieczorek, J., & Kruk, L. (2000) .
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Mecanismo de Ação – MDMA 
	À esquerda, sinapse serotonérgica normal, e à direita, com o MDMA. Os vermelhinhos são serotonina, os rosas são MDMA, as bolonas são as vesículas com serotonina, os verde-azul é o SERT (proteína transportadora da serotonina, que está com a direção de fluxo invertida com o MDMA); embaixo, no dendrito do neurônio pós-sináptico, os diversos receptores de serotonina, com destaque para o 5-HT2 (azul) e a sua afinidade com o MDMA.
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Farmacodinâmica-Mecanismo de Ação
MDMA - alta afinidade para o transportador da serotonina (SERT), comportando-se como substrato deste e promovendo a libertação do neurotransmissor ; 
MDMA inibe a recaptação da 5-HT por interação, a nível sináptico, com o transportador o SERT. 
Assiste-se, portanto a um aumento da concentração intra-sináptica destes neurotransmissores, principalmente da 5-HT, seguido por um período de depleção do neurotransmissor. 
Huether, G., Zhou, D., & Rüther, E. (1997)
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Efeitos Positivos 
 O MDMA produz aumento na vivacidade, paciência, e sensação de energia, despertar sexual e adiamento da fadiga e sono (aumento do despertar e vigília).
 Os efeitos fisiológicos observados são descritos como euforia, bem-estar percepção sensorial aguçada, melhora socialidade, extroversão, aumento na sensação de intimidade e proximidade com outras pessoas, maior tolerância à opinião e sentimentos alheios.
Oga, S.; Carmago, M .M. A. Batistuzzo, J. A. O; 2014
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Ferigolo M, Machado AGS, Oliveira NB et al 2003;58:332-341.
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FONTE: Departamento de Farmácia de Brasília, 2000.
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Tolerância e Dependência
 Tolerância - indivíduos que usam subsequentes quantidades maiores do “êxtase” para reforçar os efeitos psicoativos;
 Produz dependência fisiológica e dependência Psicológica, segundo a American Psychiatric Association (1995), já que preenche 4 critérios diagnósticos: 
induz tolerância
é usado em doses maiores do que o planejado; 
É usado apesar de se ter conhecimento dos efeitos adversos; 
produz ressaca após o uso caracterizada por insônia, cansaço.
American Pshiayctric Association (1995).
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Tratamento da Intoxicação 
Retirada do fármaco;
Boa ventilação e perfusão sanguínea, desobstrução das vias aéreas e acesso venoso;
Não existe um antídoto ou inibidor farmacológico, trata – se os efeitos tóxicos do uso pelos sinais e sintomas;
Síndrome serotoninérgica caracterizada por agitação, hipertermia, rigidez muscular, hipertensão e taquicardia e quadros convulsivo – Benzodiazepínicos;
	Não havendo resultado na hipertensão e taquicardia – associar bloqueadores alfa- adrenérgicos fentolamina; 
	Cuidado com uso de neurolépticos, que podem potencializar a hipertermia;
  
Kish SJ ,(2002)
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Tratamento da Intoxicação 
Arritmia cardíaca - propranolol ou do esmolol;
Vasoespasmo arterial- derivados do ergot, tal como a ergotamina, que provoca bloqueio alfa-adrenérgico;
Hiponatremia associada a edema cerebral e sudorese- solução fisiológica de NaCl a 0,9% por via intravenosa.
Risco de rabdomiólise - alcalinização da urina por meio de ampolas de bicarbonato de sódio e suplemento de potássio, podendo-se acrescentar manitol.
Graeme KA, (2000).
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Referências Bibliográficas
AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION.Diagnostic and statistical manual of mental disorders. 4th ed. Washington, DC, 1995. p. 175-272. COLLIN, M. E.; GODFREY, J. Altered State: the story os ecstasy culture and acid house. London: Serpent’s Tail, 1998.
CARLINI, Elisaldo de Araújo; NAPPO, Solange; NOTO, Ana Regina; BAPTISTA, Murilo Campos. O uso do Êxtase (MDMA) na cidade de São Paulo e imediações: um estudo etnográfico. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, v. 51, n. 2, 2002.
Carmo, H., Brulport, M., Hermes, M., Oesch, F., Silva, R., Ferreira, L., M,, et al. (2006). Influence of CYP2D6 polymorphism on 3,4-methylenedioxymethamphetamine (“ecstasy”) cytotoxicity. Pharmacogenet Genomics, 16, 789-799.
de La Torre, R., Farré, M., Ortuño, J., Mas, M., Brenneisen, R., Roset, P., et al. (2000). Non-linear pharmacokinetics of MDMA (‘ecstasy’) in humans. British Journal of Clinical Pharmacology, 104-109.
 
de la Torre, R., Farré, M., Mathuna, B. O., Roset, P. N., Pizarro, N., Segura, M., et al. (2005). MDMA (ecstasy) pharmacokinetics in a CYP2D6 poor metaboliser and in nineCYP2D6 extensive metabolisers. Eur J Clin Pharmacol, 61, 551-554
.
Ferigolo M, Machado AGS, Oliveira NB et al – Ecstasy intoxication: the toxicological basis for treatment. Rev Hosp Clin Fac Med São Paulo, 2003;58:332-341.
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Referências Bibliográficas
Graeme KA. Pharmacologic advances in emergency medicine. New drugs
of abuse – 3,4-methylenedioxymethamphetamine. Emergency Medicine Clinics of North America,, 2000. 
Huether, G., Zhou, D., & Rüther, E. (1997). Causes and consequences of the loss of serotonergic presynapses elicited by the consumption of 3,4-methylenedioxymethamphetamine (MDMA, “ecstasy”) and its congeners Journal of Neural Transmission 104, 771-794. 
Iravani, M., Asari, D., Patel, J., Wieczorek, J., & Kruk, L. (2000). Direct effects of 3,4-methylenedioxymethanphetamine (MDMA) on serotonin or dopamine release and uptake in the caudate putamen, nucleus accumbens, substantia nigra pars reticulata, and the dorsal raphé nucleus slices. Synapse, 36, 275-285.
Kish SJ – How strong is the evidence that brain serotonin neurons are damaged in humans users of ecstasy? Pharmacol Biochem Behav, 2002;71:845-855.
LARANJEIRA, R.; DUNN, J.; RASSI, R.; FERNANDES, M. ”Êxtase” (3,4metilenodioximetanfetamina, MDMA): uma droga velha e um problema novo? 77-81, 1996.
Oga, S.; Carmago, M .M. A. Batistuzzo, J. A. O; 2014. Fundamentos de toxicologia. Editora Atheuneu São Paulo, IV ed.;2014.
Wolff K, Hay AW, Sherlock K, Conner M. Contents of “ecstasy” [letter]. Lancet 1995; :1100–1101.
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