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Livro Texto Unidade I - UNIP - TÉCNICAS DE INFORMÁTICA

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Autor: Prof. Antônio Palmeira de Araújo Neto
Colaboradores: Prof. Santiago Valverde
 Prof. Marcelo Mello
Técnicas de Informática
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Professor conteudista: Antônio Palmeira de Araújo Neto
Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade Paulista – UNIP (2013). Especialista em Gestão da Tecnologia 
da Informação pelo Centro Universitário Uninassau, em Pernambuco (2010). Engenheiro de telecomunicações pela 
Universidade de Pernambuco (2008). Profissional certificado em ITIL v3 Foundation e COBIT v4.1 Foundation. 
Professor de disciplinas de Tecnologia da Informação dos cursos de graduação (presencial e a distância) em Gestão 
de TI do Centro Universitário do Senac. Professor de disciplinas de Tecnologia da Informação e Redes de Computadores 
na UNIP. Professor de disciplinas técnicas de Telecomunicações do Instituto Técnico de Barueri.
Experiência em Gestão e Governança de TI e prestação de serviços de TI a empresas do segmento financeiro e 
concessionárias de serviços de telecomunicações.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
A658t Araújo Neto, Antônio Palmeira de.
Técnicas de informática. / Antônio Palmeira de Araújo Neto. – 
São Paulo: Editora Sol, 2014.
96 p., il.
Nota: este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XX, n. 2-108/14, ISSN 1517-9230.
1. Técnicas de informática. 2. Tecnologia da informação. 3. 
Infraestrutura de TI. I. Araújo Neto, Antônio Palmeira de. II. Título.
CDU 681.3.06
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Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Prof. Dr. Luiz Felipe Scabar
Prof. Ivan Daliberto Frugoli
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial: 
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Carla Moro
 Virgínia Bilatto
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Sumário
Técnicas de Informática
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................9
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................ 10
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI) ....................................................................... 11
1.1 Histórico e evolução da TI ................................................................................................................. 11
1.1.1 Surgimento da Tecnologia da Informação nas empresas .......................................................11
1.1.2 Tecnologia da Informação nos dias de hoje ................................................................................ 12
1.2 Conceito de dado, informação e conhecimento ..................................................................... 13
1.2.1 Conceito de dado .................................................................................................................................... 13
1.2.2 Conceito de informação ...................................................................................................................... 14
1.2.3 Conceito de conhecimento ................................................................................................................. 15
1.3 Conceito de tecnologia ...................................................................................................................... 16
1.3.1 A tecnologia e o seu histórico ........................................................................................................... 16
1.3.2 Tecnologia da Informação ................................................................................................................... 17
1.4 Infraestrutura de TI e o seu papel nos negócios...................................................................... 17
1.4.1 Conceito de infraestrutura de TI ....................................................................................................... 17
1.4.2 Papel da infraestrutura de TI nos negócios .................................................................................. 19
1.4.3 Recursos da infraestrutura de TI ....................................................................................................... 19
1.4.4 Gestão da infraestrutura de TI........................................................................................................... 20
1.4.5 Custo total de propriedade dos recursos da infraestrutura de TI ....................................... 21
2 INFRAESTRUTURA DE TI: HARDWARE .................................................................................................... 22
2.1 Conceito de hardware e de computador .................................................................................... 22
2.1.1 Introdução ................................................................................................................................................. 22
2.1.2 O computador .......................................................................................................................................... 23
2.2 Evolução do hardware ........................................................................................................................ 24
2.2.1 Antecedentes dos computadores ..................................................................................................... 24
2.2.2 Geração zero dos computadores ...................................................................................................... 24
2.2.3 Primeira geração dos computadores .............................................................................................. 24
2.2.4 Segunda geração dos computadores ............................................................................................. 25
2.2.5 Terceira e quarta gerações dos computadores ........................................................................... 25
2.3 Estrutura básica de um sistema computacional ..................................................................... 27
2.3.1 Arquitetura básica dos computadores ........................................................................................... 27
2.3.2 Unidade central de processamento ................................................................................................. 27
2.3.3 Memórias ................................................................................................................................................... 28
2.3.4 Barramentos..............................................................................................................................................29
2.3.5 Dispositivos de entrada e saída ......................................................................................................... 29
2.4 Tipos de computadores e seu uso nos processos de negócios .......................................... 30
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2.4.1 Tipos de computadores ........................................................................................................................ 30
2.4.2 Desktops, notebooks e tablets ........................................................................................................... 30
2.4.3 Mainframes e supercomputadores .................................................................................................. 31
2.4.4 Capacidade de hardware ..................................................................................................................... 32
3 INFRAESTRUTURA DE TI: SOFTWARE ....................................................................................................... 32
3.1 Introdução ao software ..................................................................................................................... 32
3.1.1 Conceito de software ............................................................................................................................ 32
3.1.2 Tipos de software .................................................................................................................................... 34
3.2 Software de sistemas .......................................................................................................................... 35
3.2.1 Introdução ................................................................................................................................................. 35
3.2.2 Sistemas operacionais ........................................................................................................................... 35
3.2.3 Programas utilitários e middleware ................................................................................................ 36
3.3 Software aplicativo .............................................................................................................................. 37
3.3.1 Introdução ................................................................................................................................................. 37
3.3.2 Software proprietário e software de prateleira .......................................................................... 37
3.3.3 Software de produtividade geral ...................................................................................................... 39
3.3.4 Make or buy .............................................................................................................................................. 39
3.4 Utilização de softwares nos processos de negócios .............................................................. 39
3.4.1 Processadores de texto ......................................................................................................................... 39
3.4.2 Planilha eletrônica .................................................................................................................................. 40
3.4.3 Geradores de apresentação ................................................................................................................ 41
4 INFRAESTRUTURA DE TI: BANCOS DE DADOS ..................................................................................... 41
4.1 Fundamentos dos bancos de dados .............................................................................................. 41
4.1.1 Recursos de dados .................................................................................................................................. 41
4.1.2 Banco de dados ....................................................................................................................................... 42
4.2 Tipos de bancos de dados ................................................................................................................. 43
4.2.1 Banco de dados hierárquico ............................................................................................................... 43
4.2.2 Banco de dados do tipo rede ............................................................................................................. 43
4.2.3 Banco de dados relacional .................................................................................................................. 44
4.2.4 Banco de dados orientado a objeto ................................................................................................ 45
4.3 Sistemas de gerenciamento de bancos de dados (SGBD) .................................................... 46
4.4 Tomada de decisão baseada em dados ....................................................................................... 47
4.4.1 Conceitos básicos .................................................................................................................................... 47
4.4.2 Inteligência de negócios ...................................................................................................................... 47
Unidade II
5 INFRAESTRUTURA DE TI: REDES DE COMPUTADORES ..................................................................... 49
5.1 As telecomunicações e a reinvenção do fluxo da informação .......................................... 49
5.1.1 Impacto das redes de computadores na sociedade .................................................................. 49
5.1.2 Telecomunicações ................................................................................................................................... 50
5.1.3 Sistemas det .............................................................................................................................................. 51
5.2 Tipos de redes e seus elementos .................................................................................................... 51
5.2.1 Classificação das redes de computadores..................................................................................... 51
5.2.2 Elementos de uma rede ........................................................................................................................ 52
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5.2.3 Meios físicos .............................................................................................................................................. 53
5.3 A segurança nas redes de computadores ................................................................................... 54
5.3.1 A segurança da informação ............................................................................................................... 54
5.3.2 Ferramentas e soluções de segurança ............................................................................................ 55
5.4 Uso das telecomunicações e das redes de computadores 
nos processos de negócios ....................................................................................................................... 55
5.4.1 A internet ................................................................................................................................................... 55
5.4.2 Videoconferência .................................................................................................................................... 56
5.4.3 Tecnologia de voz sobre IP .................................................................................................................. 56
5.4.4 Telefonia móvel celular........................................................................................................................ 57
6 A TI E O SEU PAPEL ESTRATÉGICO NOS NEGÓCIOS ........................................................................... 58
6.1 O papel estratégico da TI ................................................................................................................... 58
6.1.1 Introdução ................................................................................................................................................. 58
6.1.2 Impacto estratégico da TI .................................................................................................................... 59
6.2 O valor da TI para os negócios ........................................................................................................ 60
6.2.1 As empresas do século XXI e o valor da TI .................................................................................... 60
6.2.2 O valor da TI .............................................................................................................................................. 60
6.3 TI e as suas vantagens competitivas ............................................................................................ 61
6.3.1 Vantagens competitivas alcançadas por meio da TI ................................................................ 61
6.3.2 TI verde ........................................................................................................................................................ 61
6.4 Alinhamento estratégico da TI ........................................................................................................ 63
6.4.1 Fatores Críticos de Sucesso (FCS) ..................................................................................................... 63
6.4.2 Alinhamento entre TI e negócio ....................................................................................................... 65
6.4.3 Tipos de alinhamento estratégico .................................................................................................... 67
6.4.4 Evolução do conceito de alinhamento estratégico .................................................................. 67
7 INTRODUÇÃO AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................................................................ 68
7.1 Conceito de sistemas .......................................................................................................................... 68
7.1.1 Definição de sistemas ........................................................................................................................... 68
7.1.2 Características e classificação dos sistemas ................................................................................ 69
7.2 Sistemas de informação .................................................................................................................... 70
7.2.1 Introdução ................................................................................................................................................. 70
7.2.2 Dimensões de um sistema de informação ................................................................................... 71
7.2.3 Abordagem sistêmica ............................................................................................................................ 72
7.2.4 Tipos de sistemas de informação ..................................................................................................... 72
7.3 Sistemas ERP .......................................................................................................................................... 73
7.3.1 Conceito de ERP ...................................................................................................................................... 73
7.3.2 Composição do ERP ............................................................................................................................... 74
7.3.3 Vantagens e desvantagens do ERP .................................................................................................. 75
7.4 Sistemas de suporte a decisão ........................................................................................................ 76
7.4.1 A tomada de decisão ............................................................................................................................. 76
7.4.2 Tipos de decisões ..................................................................................................................................... 77
7.4.3 Sistemas de suporte a decisão .......................................................................................................... 78
8 APLICAÇÕES DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NOS NEGÓCIOS ............................................. 79
8.1 Inteligência artificial ........................................................................................................................... 79
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8.1.1 Visão geral da inteligência artificial ................................................................................................ 79
8.1.2 Ramos da inteligência artificial ........................................................................................................ 80
8.2 Sistemas de gestão do conhecimento ......................................................................................... 81
8.2.1 Conhecimento .......................................................................................................................................... 81
8.2.2 Classificação e tipos de conhecimento .......................................................................................... 82
8.2.3 Sistemas de gestão do conhecimento ........................................................................................... 82
8.3 Comércio eletrônico ............................................................................................................................ 83
8.3.1 Introdução ................................................................................................................................................. 83
8.3.2 Tipos de comércio eletrônico ............................................................................................................. 85
8.4 Outras soluções de TI aplicadas aos negócios .......................................................................... 86
8.4.1 Redes sociais ............................................................................................................................................. 86
8.4.2 Identificação por radiofrequência (RFID) ...................................................................................... 86
8.4.3 Tecnologia da Informação aplicada à logística .......................................................................... 86
8.4.4 Computação nas nuvens ..................................................................................................................... 87
8.4.5 Rede virtual privada .............................................................................................................................. 87
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APRESENTAÇÃO
O objetivo desta disciplina é entender os principais conceitos de Tecnologia da Informação (TI), todo 
o seu ferramental e papel dentro de uma perspectiva estratégica, destacando as vantagens competitivas 
alcançadas; e discutir a infraestrutura de TI, composta por hardware (sistema computacional como 
um todo), software (de sistema e de aplicação), bancos de dados (tipos e o suporte a decisão) e redesde computadores, apontando o seu uso nos processos de negócios e como é possível agregar valor 
às corporações. Completa o conjunto de conteúdos explorados, uma abordagem sobre os sistemas de 
informações, assim como as principais soluções de TI utilizadas pelas empresas.
Ao ler este livro-texto, espera-se uma compreensão básica sobre as ferramentas tecnológicas 
utilizadas pelas corporações e como elas agregam e entregam valor aos negócios, atendendo às suas 
expectativas.
Outro objetivo é o entendimento inicial sobre os sistemas de informações e seus tipos, com um 
pouco mais de ênfase nos sistemas de planejamento de recursos empresariais, conhecidos como ERP. 
Por fim, um último objetivo é impulsionar você a mergulhar no mundo da tecnologia e fomentar o 
hábito de procurar em todas as fontes aconselhadas neste material um entendimento sobre a importância 
das ferramentas tecnológicas na vida das pessoas, das empresas e de toda a sociedade.
Este livro-texto apresenta duas unidades. Na primeira unidade será feita uma introdução das 
terminologias básicas da TI, mencionando seu histórico, evolução e seu papel nos negócios. Começaremos 
a falar sobre os itens da infraestrutura de TI, primeiro sobre o hardware, mostrando um pouco de sua 
estrutura básica, evolução e os tipos de computadores mais utilizados.
Essa unidade também será dedicada ao estudo do software, dividindo-se em software de sistemas e 
software aplicativo, e algumas das aplicações mais utilizadas no dia a dia das empresas.
Ainda, trará os conceitos de bancos de dados, sua fundamentação e tipos. E como os dados são 
importantes para a tomada de decisão organizacional, finalizaremos falando de ferramentas de 
inteligência de negócio, muito conhecidas pelo seu nome em inglês business intelligence (BI).
Na unidade II encerra-se o estudo da infraestrutura de TI com os conceitos e fundamentos das redes 
de computadores e das telecomunicações.
Serão abordados os conceitos de estratégia de TI, com ênfase no alinhamento estratégico da TI, e em 
como a TI agrega e entrega valor aos negócios para atender às suas expectativas.
Essa unidade também traz os conceitos introdutórios de sistemas de informação, com ênfase nos 
sistemas de planejamento de recursos empresariais e para os sistemas de suporte a decisão.
Por último, traz um apanhado de outras soluções tecnológicas até então não mencionadas e 
utilizadas pelas áreas de negócios.
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Espero que você tenha uma boa leitura e se sinta motivado a ler e conhecer mais sobre Tecnologia 
da Informação.
Boa leitura!
INTRODUÇÃO
Hoje não é possível mais imaginar uma corporação que funcione sem o uso de ferramentas de 
Tecnologia da Informação (TI). Seja uma pequena empresa ou escritório até uma multinacional, todas 
precisam de acesso à internet, dos editores de texto, das planilhas eletrônicas, enfim, de todo um aparato 
tecnológico.
Muitos são os recursos que a TI oferece a partir de toda uma infraestrutura composta por hardware, 
software, bancos de dados e redes de computadores. A chave do sucesso é descobrir como utilizar todas 
essas “peças” de modo estratégico, em vista de agregar valor ao negócio.
Conhecer e entender TI não é algo fácil, porque nesta área tudo se atualiza muito rápido. Logo as 
tecnologias ficam obsoletas. Por isso, a importância da busca constante do conhecimento em TI.
Os futuros gestores, administradores, analistas, profissionais são sempre chamados a compreender 
como empregar TI da melhor maneira em seu dia a dia e assim manter-se constantemente atualizado.
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TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
Unidade I
1 INTRODUÇÃO À TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO (TI)
1.1 Histórico e evolução da TI
1.1.1 Surgimento da Tecnologia da Informação nas empresas
Foi na década de 1960 que as empresas, principalmente nos países desenvolvidos, deram 
os seus primeiros passos no uso da Tecnologia da Informação. Ela estava marcada pelo uso de 
equipamentos de grande porte, conhecidos como mainframes, extremamente caros e disponíveis 
por meio de poucas opções tecnológicas. Nesta época, a área de TI tinha a função de apenas 
fornecer tecnologia para auxiliar o controle rotineiro da empresa. O centro de processamento de 
dados (CPD) era de difícil acesso, atuava principalmente com a disponibilização de tecnologia e 
processamento de dados. O CPD tinha o objetivo de manter as máquinas funcionando ou processar 
dados por meio de computadores.
As áreas responsáveis pelo desenvolvimento de aplicativos para negócios tinham uma estrutura 
tímida e as soluções construídas eram praticamente artesanais, além de não existir ferramentas de 
suporte aos processos e aos responsáveis pelo desenvolvimento. A importância maior era dada ao 
conhecimento dos sistemas computacionais, bem como dos sistemas operacionais e linguagens de 
programação, do que ao processo de fazer software (REINHARD, 1996).
Grande parte das aplicações desenvolvidas era voltada para automação de tarefas manuais, 
principalmente administrativas e financeiras. A formação de pessoal qualificado ficava ao cargo das 
empresas e dos fornecedores de computadores. Havia uma escassez de mão de obra em todos os setores 
de hardware e software.
Na década de 1970 surge o conceito de sistemas de informação como um diferencial no dia a dia 
do ambiente organizacional, impactando positivamente sobre os processos de negócios das empresas. 
A TI começa a se tornar importante e as corporações começam a percebê-la como um recurso da 
organização (REINHART, 1996).
Conforme Reinhard (1996), em 1970, aparecem diversos conceitos que modificam outros já existentes, 
com destaque para os de desenvolvimento organizacional, processo decisório, adoção de inovações, 
aprendizagem, interfaces homem-máquina, relacionamentos entre profissionais de TI e os usuários. 
Inicia-se um período que ficou conhecido como Era do Processamento de Dados. Neste momento, os 
recursos de informática se tornam instrumentos de apoio aos negócios, estimulando a construção de 
sistemas de apoio à decisão.
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Unidade I
Já na década de 1980, os vieses de mudança relacionam-se ao modo como a TI presta os seus serviços 
para as áreas de negócios. Surgem as terceirizações. Outro ponto de destaque desta época é o crescimento 
das empresas e suas internacionalizações, acarretando a criação de sistemas interorganizacionais, 
integração dos sistemas e a ênfase nas arquiteturas de sistemas. Sistemas distribuídos regionalmente 
e a necessidade do uso maciço das telecomunicações trazem impactos significativos nos processos e 
tecnologias de construção de software e hardware. Outros fatores da década envolvem os aspectos 
econômicos, legais, políticos e culturais. A execução dos negócios se torna ao final da década dependente 
cada vez mais da aplicação da TI (BRITO, 1996).
Na década de 1990, a TI é colocada como centro da estratégia empresarial e, de acordo com muitos 
autores, assume um caráter mais estratégico e passa a proporcionar uma transformação dos negócios. 
Uma das consequências dessa transformação é que a TI permite a transformação do conhecimento 
como uma fonte de geração de valor para as organizações.
No início deste milênio (ano 2000), contempla-se uma mudança do modelo cliente-servidor para os 
modelos baseados na web, em que os sistemas são operados por meio da internet. Também se verifica 
que os sistemas proprietários vão dando cada vez mais espaço para uma proposta de sistemas abertos, 
com o uso do software livre e destaque parao sistema operacional aberto Linux atuando como o 
sistema dos servidores das redes no ambiente web.
Observa-se também uma integração cada vez maior entre as práticas gerenciais e de governança 
corporativas com as práticas da governança da TI. A qualidade sai do mundo acadêmico e se transforma 
numa alternativa quase que obrigatória nos processos e produtos da TI (COSTA et al., 2012).
1.1.2 Tecnologia da Informação nos dias de hoje
A Tecnologia da Informação (TI) tem sido considerada um dos componentes 
mais importantes do ambiente empresarial atual, e as organizações 
brasileiras têm utilizado ampla e intensamente essa tecnologia, tanto 
em nível estratégico como operacional. Essa utilização oferece grandes 
oportunidades para as empresas que têm sucesso no aproveitamento dos 
benefícios oferecidos por este uso. Ao mesmo tempo, ele também apresenta 
desafios para a administração de TI da qual as empresas passam a ter 
grande dependência e que apresenta particularidades de gerenciamento. 
Neste cenário complexo, um dos desafios críticos é identificar o nível de 
contribuição que esta tecnologia oferece aos resultados das empresas 
(ALBERTIN; ALBERTIN, 2012, p. 126).
Como estamos na Era da Informação, em que a riqueza nasce de ideias inovadoras e do uso inteligente 
da informação, para a maioria das empresas é impossível desligar seus sistemas de computadores, 
mesmo que por um curto período de tempo. Isso acontece porque as organizações precisam reagir de 
modo rápido aos problemas e às oportunidades que surgem desse ambiente empresarial moderno e 
altamente competitivo (FOINA, 2006).
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TÉCNICAS DE INFORMÁTICA
A Tecnologia da Informação tornou-se realidade inerente à vida de todos, pessoas e empresas, e é 
uma ferramenta fundamental para as organizações, agindo diretamente na produtividade e qualidade 
dos produtos e serviços.
Para Albertin (2001), as organizações perceberam a importância da TI e seus impactos sociais e 
econômicos, deste modo buscam e utilizam essa tecnologia para se tornarem mais competitivas, 
analisando mais profundamente e alterando estratégias de atuação e processos operacionais; os 
planejamentos futuros passaram a ter como uma de suas bases a TI. A tecnologia tem auxiliado na 
habilidade de manipular um grande volume de transações num custo unitário médio decrescente, de 
apoiar operações geograficamente dispersas por intermédio do processamento distribuído e de oferecer 
novos produtos e canais de distribuição.
1.2 Conceito de dado, informação e conhecimento
1.2.1 Conceito de dado
Dado é qualquer elemento identificado em sua forma bruta que, por si só, não conduz a uma 
compreensão de determinado fato ou situação. É a representação de algo que não está estruturado 
(O’BRIEN; JAMES, 2002).
Como bom exemplo de dado temos uma sequência de números sem qualquer relação uns com os 
outros: 1,0; 2,0; 3,0; 5,0. Outros exemplos poderiam ser um determinado valor de temperatura (20 ºC) 
ou, um valor de velocidade do vento (30 km/h).
Observe que a sequência de números nada revela por si só, poderia ser uma sequência de notas, ou 
tempo em minutos etc. Da mesma forma, a temperatura de 20 ºC nada revela, porque não podemos 
afirmar se está quente ou frio, abafado ou fresco.
Laudon e Laudon (2011) afirmam que “dados são como correntes de fatos brutos que representam 
eventos que estão ocorrendo nas organizações ou nos ambientes físicos antes de terem sido organizados 
ou arranjados para poderem ser usados”.
O quadro a seguir mostra os tipos de dados que podem ser encontrados.
Quadro 1 − Tipos de dados
Tipos de dados Representado por
Dados alfanuméricos Números, letras e outros caracteres
Dados de imagens Imagens gráficas e figuras
Dados de áudio Som, ruídos ou tons
Dados de vídeo Imagens ou figuras em movimento
Fonte: Stair; Reynolds (2011, p. 5).
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1.2.2 Conceito de informação
Informação é um conjunto de dados organizados com valor adicional, que podem representar algo 
estruturado. Gordon e Gordon (2006) definem informação como um conjunto de dados processados, 
que foram analisados, filtrados, organizados, formatados e finalizados.
Para melhor exemplificar, lembre-se de que anteriormente mencionaram-se exemplos de dados. 
Observe:
• Relacionando uma temperatura de 20 ºC, uma velocidade do vento de 30 km/h, céu nublado, 
e entendendo que todos estes dados são da cidade do Recife − PE, tem-se a informação da 
temperatura no momento e que (guardando as particularidades regionais) está frio.
• Considerando que os números 1,0; 2,0; 3,0; 5,0 foram colhidos de um diário de classe de um 
professor sobre um determinado aluno, tem-se a informação das notas de suas provas.
A figura a seguir esboça o processo de transformação dos dados em informação.
Processo de
transformação
(Seleção / organização / 
manipulação)
Dados Informação
Figura 1 − Processo de transformação de dados em informação
A informação pode exercer três papéis fundamentais nas organizações:
• recurso – quando servir como um insumo ou um recurso a ser utilizado no processo produtivo de 
bens ou serviços;
• ativo – quando ela se torna uma propriedade de uma pessoa ou organização que agrega valor ao 
resultado das corporações;
• produto – quando ela é o resultado do processo produtivo.
 Observação
A informação tem muito valor nos dias de hoje para as corporações. No 
entanto, o seu valor está diretamente associado ao modo como ela suporta 
a tomada de decisão nas empresas.
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1.2.3 Conceito de conhecimento
Conhecimento é a compreensão sobre o valor das informações e a consciência sobre a maneira de 
utilizá-las no apoio a tarefas específicas ou para chegar à decisão.
O sucesso de uma corporação depende do conhecimento que ela mantém 
e aplica por meio de seus funcionários, executivos, diretoria e sistemas de 
informação. Construir este corpo de conhecimento corporativo é o objetivo 
primário da maioria dos negócios – que exige um esforço concentrado. Se 
negligenciado, o conhecimento corporativo se concentra em certas pessoas, 
que o obtém através do tempo e experiência, e torna-se inacessível quando 
essas pessoas saem da organização (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 411).
Como são sabidos, os dados são fatos brutos que podem ser processados, organizados em conjunto 
com valor, a fim de se obter a informação. Por meio das informações alcança-se o conhecimento. A 
figura 2 ilustra o conceito hierárquico de dados, informação e conhecimento.
Conhecimento
Informação
Dados
Figura 2 − Hierarquia dos dados, informação e conhecimento
Recorrendo aos exemplos das seções anteriores (as que mencionam o conceito de dado e de 
informação), pode-se afirmar que:
• se em Recife − PE temos a informação de que está frio, o conhecimento ajuda a tomarmos a 
decisão de utilizar agasalhos, desligar os condicionadores de ar e ligar os chuveiros elétricos;
• se o aluno tem as informações de notas iguais a 1,0; 2,0; 3,0; 5,0, o conhecimento impulsiona a 
estudar mais, porque as notas estão muito baixas.
O conhecimento nas corporações, de modo geral, pode ser classificado em conhecimento tácito ou 
explícito. O conhecimento tácito é aquele de propriedade dos indivíduos que não está documentado, 
composto por suas conclusões pessoais e intimamente ligado à suas experiências. O conhecimento 
explícito é o de maior interesse das corporações, porque está estruturado, documentado, claro para 
todosos envolvidos e pode ser disseminado.
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 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre o conhecimento, aconselha-
se a leitura do capítulo 8 do livro: COSTA NETO, P. L. O.; CANUTO, S. A. 
Administração com qualidade: conhecimentos necessários para a gestão 
moderna. São Paulo: Blucher, 2010.
1.3 Conceito de tecnologia
1.3.1 A tecnologia e o seu histórico
O conceito de tecnologia, a princípio, não possui uma associação direta com a informática, 
computadores, internet etc. A tecnologia é compreendida como um conjunto de procedimentos, 
inovações, processos, métodos, ferramentas e conhecimentos por meio do qual as capacidades humanas 
de uma sociedade podem ser ampliadas.
As tecnologias estão presentes na indústria, na medicina, no setor de serviços, na informática, na 
sociedade; são verificadas na forma de inovações, que têm contribuído para o aumento da produtividade 
e o bem-estar da sociedade. Sem falar em toda a mudança na forma como se vive nos dias de hoje, com 
estilos tão diferentes do passado. 
 Observação
É comum em algumas bibliografias a distinção entre tecnologia e 
técnicas. Tecnologia é o conhecimento da técnica. Técnica envolve a 
aplicação de conceitos.
Existe um considerável número de estudiosos que associam crescimento tecnológico às Grandes 
Guerras, quando aqueles que detêm poder militar na sociedade utilizam aparatos para se defenderem 
e atacarem as ameaças aos seus planos. No entanto, há de se afirmar que em tempos de paz essa 
sociedade desfruta da mesma tecnologia usada para matar.
Tigre (2006) mostra uma ligação muito forte entre tecnologia e economia, principalmente ao 
detalhar informações sobre a evolução tecnológica mundial.
As grandes mudanças tecnológicas são acompanhadas de transformações 
econômicas, sociais e institucionais, pois a tecnologia não se difunde no vácuo, 
necessitando de regimes jurídicos, motivação econômica e condições político-
institucionais adequados para se desenvolver. O processo de acumulação 
primitiva de capital, associado às revoluções burguesas europeias a partir 
do século XVI, criou as condições necessárias para as inovações técnicas que 
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deram origem à manufatura. Do ponto de vista tecnológico, a revolução 
industrial se caracteriza pela substituição da habilidade e do esforço humano 
pelas máquinas, pela introdução de novas fontes inanimadas de energia e 
pelo uso de matérias-primas novas e muito mais abundantes, sobretudo a 
substituição de substâncias vegetais ou animais por minerais. Além dessas 
inovações técnicas, ocorreram importantes inovações organizacionais, a 
exemplo da divisão de trabalho. Cabe lembrar que as inovações dessa época 
não eram ainda produtos da ciência, mas sim de observações, especulações 
e experimentação prática. Adam Smith e David Ricardo foram pioneiros na 
análise das causas e consequências da automação da manufatura, tendo 
em vista suas preocupações em identificar a origem da riqueza das nações 
e seus impactos sobre renda e trabalho. A identificação da tecnologia como 
fator de dinamismo econômico contrasta com o pensamento dos fisiocratas, 
que sustentavam que somente a terra ou a natureza seria capaz de produzir 
algo novo. As demais atividades, como a indústria e o comércio, não fariam 
mais do que transformar os produtos da terra (TIGRE, 2006, p. 15).
 Saiba mais
Para conhecer mais sobre evolução tecnológica e suas relações com a 
economia leia:
TIGRE, P. B. Gestão da inovação: a economia da tecnologia do Brasil. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2006.
1.3.2 Tecnologia da Informação
A Tecnologia da Informação (TI) é compreendida como o conjunto formado por hardware, softwares, 
bancos de dados e redes de computadores, que associados a procedimentos, inovações e métodos, 
auxiliam no processo de transformação de dados em informação e de informação em conhecimento, de 
modo a gerar valor para as pessoas e organizações que dela se utilizam.
A TI contribui para a tomada de decisão, gerando uma maior rapidez e flexibilidade nos 
processos de negócios, reinventando o fluxo de informação e o modo como o ambiente 
organizacional se desenvolve.
1.4 Infraestrutura de TI e o seu papel nos negócios
1.4.1 Conceito de infraestrutura de TI
Segundo os conceitos de governança de TI, os autores Weill e Ross (2006) afirmam que a 
infraestrutura de TI é o alicerce planejado de Tecnologia da Informação em toda a sua capacidade (tanto 
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no que diz respeito a questões técnicas como recursos humanos), disponibilizada por meio de serviços 
compartilhados, confiáveis para todo o negócio e utilizado por aplicações múltiplas.
A figura 3 denota este conceito de infraestrutura de TI, composta por:
• componentes de TI;
• recursos humanos de TI;
• serviços compartilhados de TI;
• aplicações de TI compartilhadas.
A infraestrutura de TI suporta as soluções e aplicações desejadas pelas áreas de negócios. São essas 
aplicações que suportam os processos de negócios, dentro da perspectiva do alinhamento estratégico.
Segundo os conceitos de sistemas de informação, os autores Stair e Reynolds (2011) mencionam que 
infraestrutura de TI é uma composição de itens compartilhados (hardware, software, bancos de dados, 
telecomunicações, pessoas e procedimentos) de sistemas de informação que forma a base dos sistemas 
computadorizados.
Aplicações 
de negócio
Aplicações de TI compartilhadas 
e padronizadas
Infraestrutura de TI
Serviços compartilhados de 
Tecnologia da informação
Recursos humanos
Componentes de TI
Figura 3 − Infraestrutura de TI, segundo os conceitos de governança de TI
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1.4.2 Papel da infraestrutura de TI nos negócios
Por ser a base da capacidade planejada de TI, a infraestrutura desponta como um dos itens mais 
importantes na área de tecnologia das empresas. Justamente devido a esta importância, os investimentos 
em infraestrutura correspondem a aproximadamente 55% do total de investimentos em TI (WEILL; 
ROSS, 2006).
Uma boa infraestrutura de TI permite um modelo de negócio flexível, de alta disponibilidade, 
garantindo que as organizações aumentem a sua produtividade e contribuindo para o sucesso das 
corporações (MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007).
Em meio aos negócios, tem crescido uma mudança nos conceitos de infraestrutura para serviços de 
infraestrutura, onde os componentes tecnológicos são convertidos em serviços comuns. 
Os serviços de infraestrutura de TI de uma empresa incluem, 
frequentemente, serviços de rede de telecomunicação; a provisão e 
o gerenciamento de computação em larga escala (como servidores e 
mainframe); o gerenciamento da base de dados compartilhada de clientes; 
a expertise em pesquisa e desenvolvimento, com o fim de identificar a 
utilidade de tecnologias emergentes para o negócio; e uma intranet 
para toda a empresa. Esses serviços podem ser prestados internamente 
ou por companhias terceirizadas, como a IBM Global Services, a 
Accenture e a HP. A infraestrutura interna da empresa frequentemente 
conecta-se a infraestruturas externas da indústria (como o sistema de 
pagamentos bancário) e a infraestrutura públicas (como a internet e as 
redes de telecomunicações). O conceito de serviços de infraestrutura de 
TI é muito poderoso, uma vez que os administradores podem valorizarmais prontamente um serviço, do que um componente técnico como 
um servidor ou um pacote de software. Além disso, o serviço de prover 
o acesso de um computador laptop à internet e a todos os sistemas da 
empresa pode ser especificado, mensurado e controlado através de um 
acordo de nível de serviço (WEILL; ROSS, 2006, p. 37).
1.4.3 Recursos da infraestrutura de TI
São quatro os recursos de infraestrutura de TI, segundo a maioria dos autores em sistemas de 
informações: hardware, software, bancos de dados e redes. Algumas bibliografias incluem também as 
pessoas como recursos, outros também incluem os serviços, mas nesta disciplina o recorte trará os 
quatro recursos inicialmente mencionados.
O hardware consiste nos recursos computacionais capazes de realizar as atividades de entrada, saída 
e processamento de dados. Neste item estão inclusos os computadores pessoais, notebooks, mainframes, 
dispositivos móveis e suas constituições.
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O software abrange os programas de computador que gerenciam as atividades computacionais 
(software de sistemas) e que auxiliam o usuário em suas atividades básicas nos processos de negócios 
(software aplicativo).
Os bancos de dados são uma coleção de dados organizacionais, contendo informações dos negócios, 
na forma de arquivos relacionados. Eles são um componente fundamental e valioso para o funcionamento 
dos sistemas computadorizados.
As redes consistem no componente que proporciona a comunicação de dados, voz e imagem dentro 
do negócio, por meio de uma transmissão eletrônica de sinais.
1.4.4 Gestão da infraestrutura de TI
Para que a infraestrutura de TI agregue valor aos negócios e atenda às suas expectativas, é necessário 
que ela seja bem-gerenciada em seus componentes, ou seja, na forma de serviços.
Segundo Magalhães e Pinheiro (2007), a gestão de infraestrutura é composta por cinco atividades:
• desenho – esta atividade consiste na elaboração da arquitetura de TI que deverá ser utilizada no 
ambiente organizacional;
• planejamento – esta atividade consiste no planejamento das aquisições, instalações e 
disponibilizações dos componentes da infraestrutura TI;
• implementação – esta atividade consiste na instalação e disponibilização para uso dos componentes 
da infraestrutura de TI.
• operação – esta atividade consiste na operação da infraestrutura disponível ao negócio;
• suporte – esta atividade consiste nas resoluções dos incidentes e problemas na infraestrutura de 
TI.
Visando ao alinhamento estratégico entre TI e negócio, buscando atender às necessidades 
dos negócios no que diz respeito a serviços de infraestrutura de TI, muitos frameworks têm sido 
criados. Esses frameworks e modelos são um conjunto de boas práticas que elevam a maturidade 
da gestão da TI.
Um dos mais conhecidos modelos de gestão de serviços, que incluem a infraestrutura de TI, 
é o Information Technology Infraestructure Library (ITIL). O ITIL é um conjunto de boas práticas, 
que não é regra obrigatória, para a gestão dos serviços de TI dentro de um ciclo de vida (FREITAS, 
2013).
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 Saiba mais
Para conhecer mais sobre o Modelo ITIL, leia:
FREITAS, M. A. S. Fundamentos do gerenciamento de serviços de TI. 2. 
ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2013.
1.4.5 Custo total de propriedade dos recursos da infraestrutura de TI
Além do custo com a aquisição de recursos de infraestrutura de TI (seja ele hardware, software, redes 
ou bancos de dados), há outro custo denominado custo total de propriedade, conhecido pela sigla TCO, 
que se refere ao termo em inglês total coast ownership.
Por exemplo, um computador pessoal pode ter um TCO que represente três vezes o custo com a sua 
aquisição. E por quê? Porque há custos com energia elétrica, manutenção, instalação, dentre outros.
Laudon e Laudon (2010) mencionam os seguintes itens que compõem o TCO de um recurso da 
infraestrutura de TI:
• aquisição de hardware – custo com a aquisição do equipamento ou sistema computacional, 
incluindo computadores, notebooks, tablets etc;
• aquisição de software – custo com a compra ou licença de software para cada usuário;
• instalação – custos com a instalação dos sistemas;
• treinamento – custos com treinamento de especialistas e usuários;
• suporte – custos com suporte técnico continuado;
• manutenção – custos de atualização da plataforma tecnológica;
• espaço e energia – custos imobiliários e com energia elétrica para alimentação dos equipamentos.
A avaliação do TCO é importante para uma organização priorizar seus 
investimentos na área de TI, compreender os seus custos atuais e tomar decisões 
tecnologicamente viáveis. A implementação de metodologia de apuração do 
TCO deixou de ser restrita a poucos iniciados para se tornar uma necessidade 
na área de gerenciamento de serviços de TI. No panorama atual em constantes 
mudança, como poderá uma organização suportar os custos relacionados à 
infraestrutura de TI? Paralelamente ao crescimento quase diário do grau de 
dependência dos negócios em relação aos serviços de TI, também crescem 
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os custos das atividades a eles relacionados, tais como: aprovisionamento, 
instalação, utilização e modificação. Geralmente, à medida que a organização 
passa de sistemas desenvolvidos para sistemas emergentes, verifica-se uma 
mudança de processos e custos de TI bem-pensados para estruturas de custos, 
processos e estratégias de gerenciamento pobres. Esses são os maiores riscos 
para uma boa administração dos serviços de TI. As ferramentas e metodologias 
de apuração do TCO ajudam os gestores da área de TI a planejar cuidadosamente 
o orçamento e os recursos que serão necessários, identificando oportunidades 
e satisfazendo as exigências da área de TI e das áreas-cliente dos seus serviços 
(MAGALHÃES; PINHEIRO, 2007, p. 81).
Quando o administrador de TI utiliza o TCO, ele tem condições de:
• auditar os resultados para apontar pontos fortes e fracos dos custos de TI;
• criar uma estrutura ideal de TI, base em custos aderentes às estratégias de negócios;
• fornecer simulação de custos e benefícios dos recursos de TI;
• conhecer os conceitos de apuração de custos;
• explorar situações e variáveis ligadas aos custos com infraestrutura de TI;
• redução de custos;
• desenvolvimento de orçamentos confiáveis;
• quantificar e priorizar alternativas de infraestrutura de TI.
2 INFRAESTRUTURA DE TI: HARDWARE
2.1 Conceito de hardware e de computador
2.1.1 Introdução
Os administradores normalmente não necessitam entender exatamente 
como um computador trabalha para fazerem seu trabalho, não mais do 
que motoristas precisam saber sobre o funcionamento de automóveis 
para poderem dirigi-los. Mas, da mesma forma que motoristas tornam-se 
melhores em dirigir e comprar carros na proporção em que entendem de 
mecânica de automóveis, assim também um usuário, comprador e diretor, 
à medida que utilizam computadores em sua organização e conhecem 
mais sobre a maneira com o os computadores trabalham (GORDON; 
GORDON, 2006, p. 60).
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Segundo Stair e Reynolds (2011), hardware é qualquer maquinário (utilizando circuitos digitais) que 
auxilia tarefas de entrada, saída, processamento e armazenamento de um sistema de informação.
Como componente da infraestrutura de TI,o hardware desponta como o item básico para a criação 
de vantagem competitiva. As organizações investem em hardware por diversos motivos, dentre eles:
• aumento da produtividade dos funcionários;
• aumento nas receitas;
• redução de custos de produção;
• melhoria nos serviços entregues aos clientes;
• aumento da velocidade dos processos de negócios;
• aumento da colaboração entre os seus trabalhadores.
2.1.2 O computador
O computador é o aparelho ou dispositivo capaz de realizar operações lógicas ou matemáticas. Ou 
seja, computador é aquele que computa, que calcula.
Trata-se na verdade de um sistema, porque é formado por partes em vista de um objetivo. Na 
verdade, seu objetivo é efetuar o máximo de tarefas em substituição à pessoa humana, por isso que são 
sempre feitas analogias entre os computadores e as pessoas.
No entanto, por mais que se tente assemelhar um computador a uma pessoa, ainda estamos muito 
longe disso. Pelo simples motivo de que o computador não “vê” a realidade do modo como vemos, porque 
todas as suas tarefas e processamentos são baseados em informações pré-instaladas que trabalham 
com as entradas e saídas.
Um computador realiza as suas operações por meio de instruções primitivas, denominadas linguagem 
de máquina. A linguagem de máquina remete ao primeiro nível de uma estrutura de computador, que 
não é “entendível” pelo usuário. O usuário “enxerga” a linguagem de alto nível do computador, que está 
separada e distante da linguagem de baixo nível ou linguagem de máquina.
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre computadores, leia:
STALLINGS, W. Organização e arquitetura de computadores. São Paulo: 
Prentice Hall, 2010.
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2.2 Evolução do hardware
2.2.1 Antecedentes dos computadores
Antes de entender os computadores de hoje, é necessário conhecer um pouco sobre a sua evolução. 
Compreendendo que “ao pé da letra” computar é calcular, inicialmente o intuito do ser humano foi 
descobrir um dispositivo que calculasse.
O ábaco foi o primeiro instrumento de cálculo, que apareceu milênios atrás (acredita-se que com 
os fenícios, espalhando-se depois em outras diferentes culturas), servindo apenas para operações de 
somar e subtrair. O ábaco consistia num artefato formado por uma moldura com bastões paralelos, que 
correspondem, da direita para a esquerda, às unidades, dezenas, centenas.
Por volta de 1622, surge outro dispositivo de cálculo, inventado pelo inglês William Oughtred. Esse 
instrumento, conhecido como régua de cálculo, continha escalas em que a posição dos números era 
proporcional ao seu logaritmo, permitindo operações básicas com precisão de até quatro dígitos.
2.2.2 Geração zero dos computadores
A geração zero dos computadores vai de 1642 até 1945. No início dessa geração, dois 
dispositivos de cálculo foram criados. O primeiro dispositivo, chamado Pascalina, foi criado em 
1642 por Blaise Pascal. Este dispositivo era totalmente mecânico e servia para operações de soma 
e subtração. Em 1672, Gottfried Wilhelm Von Leibniz criou a Staffelwalze, uma calculadora com 
as quatro operações básicas.
Por volta de 1800, Charles Babbage projetou um dispositivo mecânico, chamado de máquina 
diferencial, capaz de executar um algoritmo (sequência de instruções de um programa). Foi uma 
inovação até então, porque os outros dispositivos realizavam apenas operações simples, enquanto este 
novo produzia tabelas úteis para a navegação marítima.
Após Babbage, diversos dispositivos de calcular e programar foram desenvolvidos, até que em 1944, 
nos Estados Unidos, Howard Aiken criou o primeiro computador digital chamado de Mark I, marcando 
o fim dessa Era.
2.2.3 Primeira geração dos computadores
A primeira geração dos computadores vai de 1945 até 1955 e é conhecida como geração das 
válvulas (primeiro dispositivo utilizado em circuitos eletrônicos). O desenvolvimento de computadores 
desta geração é muito associado à Segunda Guerra Mundial e ao Pós-guerra, com o surgimento de 
computadores com fins militares na Alemanha e nos Estados Unidos.
O maior invento dessa época é o Eletronic Numerical Integrator and Computer (Eniac), 
desenvolvido em 1946 nos Estados Unidos, pesando 30 toneladas, consumindo 140 quilowatts de 
energia. O Eniac é também considerado o primeiro computador de uso geral, sendo uma resposta às 
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necessidades dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra, de cálculos balísticos mais precisos. 
Antes esses cálculos eram feitos de forma manual e levavam muito tempo para serem concluídos.
É nesta geração que a empresa International Business Machines (IBM) começa a se firmar no mercado 
de computadores comerciais voltados para aplicações científicas.
2.2.4 Segunda geração dos computadores
A segunda geração dos computadores vai de 1955 até 1965 e é conhecida como geração dos 
transistores (substituiu as válvulas nos circuitos eletrônicos). Como os transistores eram bem menores 
que as válvulas e com uma vida útil bem maior, os computadores desta época diminuíram drasticamente 
de tamanho e houve um aumento nas capacidades computacionais. 
O Massachusetts Institute of Technology (MIT) desenvolveu o primeiro computador, chamado de 
TX0. No entanto, foi a IBM e a empresa Digital Equipment Corporation (DEC), com as suas disputas por 
“fatias do mercado”, que criaram uma série de computadores para aplicações científicas e comerciais 
que marcaram esta geração.
2.2.5 Terceira e quarta gerações dos computadores
A terceira geração de computadores vai de 1965 até 1980 e é conhecida como geração dos circuitos 
integrados (chip que substituía muitos transistores num circuito eletrônico). Os chips permitiram a 
miniaturização dos sistemas computacionais.
Nesta época, a IBM era a líder no mercado de computadores com os modelos IBM7094 e o IBM1401. 
Eram duas máquinas diferentes e incompatíveis, o que forçou a IBM a substituí-las por um único produto 
já com circuito integrado, a família System/360.
As tecnologias com computadores de grande porte, também conhecidos por mainframes, surgiram 
nesse momento com a família System/360 da IBM. A empresa, que já tinha uma base de clientes, entrou 
no mercado com um conceito de família e modelos distintos, mas compatíveis. Nesse cenário, empresas 
com necessidades mais modestas tinham acesso à mesma tecnologia que as grandes corporações, o 
que mudava era o tempo de resposta dos equipamentos. Esse modelo foi de tal sucesso que a empresa 
chegou a deter 70% do mercado da época. Com algumas atualizações, essa arquitetura permanece nos 
dias atuais.
Outras empresas, como a Unisys, durante um bom tempo disputaram mercado de mainframe com a 
IBM, mas sendo rapidamente superadas.
A quarta geração de computadores vai de 1980 até os dias de hoje. É conhecida pela integração 
em larga escala, ou seja, a inclusão de milhares de transistores num chip de circuito integrado. Essa 
integração promoveu o surgimento do computador pessoal e de grandes empresas de Tecnologia da 
Informação, como a Microsoft e a Apple (fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak).
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A miniaturização favoreceu também a fabricação e comercialização de computadores portáteis, 
como laptops e smartphones, causando uma verdadeira revolução nos sistemas computacionais.
Com o surgimento dos servidores e sua popularização nos dias de hoje é que se permitiu a tecnologia 
de computação das nuvens, que dispensa o uso de computadores de alta capacidadede armazenamento 
por parte do usuário, de modo que tudo seja armazenado em poderosos centros de dados.
Os principais computadores criados no início desta época foram:
• Altair 8800 – utilizado para processar textos e planilhas;
• Apple I – popular entre os usuários domésticos e escolas, fazendo da Apple Computadores um 
participante sério no mercado da noite para o dia;
• IBM PC – funcionando com o sistema operacional MS-DOS da Microsoft;
• Macintosh – primeiro computador com interface gráfica para o usuário, permitindo maior 
interação.
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre a evolução dos computadores, leia:
 TANENBAUM, A. S. Organização estruturada de computadores. 5. ed. 
São Paulo. Ed. Pearson Prentice Hall, 2007.
O quadro a seguir mostra uma relação entre as gerações de computadores e suas respectivas 
velocidades de operação.
Quadro 2 − Comparação entre as gerações dos computadores
Geração Tecnologia de eletrônica Velocidade
Primeira Válvula 40.000 operações por segundo
Segunda Transistor 200.000 operações por segundo
Terceira Circuito integrado 1.000.000 operações por segundo
Quarta Circuito integrado 1.000.000.000 operações por segundo
Fonte: Stalling (2010, p. 27).
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2.3 Estrutura básica de um sistema computacional
2.3.1 Arquitetura básica dos computadores
De modo geral, é possível afirmar que a arquitetura básica de um sistema computacional é a mesma 
desde que foi inventada por John Von Neumann na década de 1940, quando o Eniac foi desenvolvido 
nos Estados Unidos. 
O sistema computacional básico é formado pelos seguintes componentes:
• Unidade central de processamento ou CPU – controla a operação do computador e realiza as 
funções de processamento de dados;
• Memória primária e secundária – armazenam dados;
• Entrada e saída – move dados entre o computador e seu ambiente externo;
• Barramento – mecanismo que oferece comunicação entre a CPU, E/S e memórias.
A figura a seguir mostra a estrutura básica do sistema computacional.
Barramento
Memórias 
primárias e 
secundárias
Entrada
e saída
CPU
Figura 4 − Estrutura básica do sistema computacional
2.3.2 Unidade central de processamento
A unidade central de processamento (UCP), também conhecida como processador ou CPU (central 
processing unit), é o coração do sistema computacional. Ela é responsável pela execução das instruções 
dos programas de computador.
As funções de uma CPU são:
• busca de instrução – lê uma instrução da memória;
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• interpretação da instrução – decodificação da instrução;
• busca de dados – uma instrução pode necessitar de diferentes dados da memória ou de E/S;
• processamento de dados – execução aritmética ou lógica sobre os dados;
• escrita de dados – os resultados podem necessitar escrever dados na memória ou em E/S.
O processador é composto por três componentes: unidade lógica e aritmética (ULA); unidade de 
controle; registradores.
A unidade de controle é responsável por buscar informações na memória principal. A unidade lógica 
e aritmética é responsável por realizar os cálculos e comparação entre os valores. Os registradores 
compõem uma memória de alta velocidade (interna a CPU) utilizada para armazenar resultados 
temporários e para o controle do fluxo de informações.
2.3.3 Memórias
A memória é um item da estrutura interna do computador onde são armazenados os programas e os 
dados. Há diversos tipos de memória no computador organizados de maneira hierárquica, que podem ser 
classificados quanto a sua proximidade do processador e também de acordo com as suas características.
Dentre todas as características das memórias, duas são fundamentais para o bom funcionamento do 
computador: tempo de acesso e capacidade armazenamento.
O tempo de acesso, também conhecido como latência, é tempo gasto para realizar uma operação de 
leitura e escrita. A operação de leitura é nada mais que copiar algo da memória, e a operação de escrita 
é copiar algo na memória. A outra característica importante é a capacidade, que expressa a quantidade 
de bytes que podem ser armazenados na memória.
Os principais tipos de memórias são:
• armazenamento temporário, conhecidas como memórias RAM (Random Access Memory), que 
significa memória de acesso aleatório. Quando o computador é desligado tudo que estava na 
memória é apagado;
• apenas de leitura, conhecidas como memórias ROM (Read Only Memory), que significa memória 
apenas de leitura. Quando o computador é desligado, nada do que estava na memória é perdido.
Exemplo de aplicação
Faça uma pesquisa em sites que comercializam equipamentos de informática e pesquise a capacidade 
das memórias de computadores e notebooks.
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2.3.4 Barramentos
Os barramentos são caminhos elétricos que promovem a ligação de dois ou mais dispositivos. Na 
história da computação existiram diversos tipos de barramentos; alguns já estão em desuso, enquanto 
outros continuam sendo utilizados por diversas placas.
Os principais tipos de barramentos são: ISA (Industry Standard Architecture); PCI (Peripheral 
Component Interconnect); AGP (Accelerated Graphics Port); AMR (Audio Modem Riser); CNR 
(Communications and Network Riser; ACR (Advanced Communications Riser); SATA (Serial Advanced 
Technology Attachment); SCSI (Small Computer System Interface); USB (Universal Serial Bus).
A USB é a tecnologia que permitiu o avanço da comunicação do computador com memórias 
secundárias. Promoveu a comunicação mais rápida, simples, que permitia a qualquer usuário colocar 
dispositivos no computador e utilizá-lo.
2.3.5 Dispositivos de entrada e saída
Os dispositivos de entrada e saída são os componentes do sistema computacional básico que fazem 
a interface deste com o mundo exterior, ou seja, com o usuário.
Os equipamentos de entrada e saída são conhecidos como periféricos. Dentre os principais, temos: 
teclado, mouse, monitor e impressora. Estes dispositivos também são conectados ao restante do sistema 
computacional por meio de barramentos e portas de comunicação.
Cada dispositivo de E/S consiste de duas partes: o dispositivo em si e o seu controlador. A função 
principal do controlador é controlar seu dispositivo de entrada e saída, garantindo o acesso ao barramento.
Em geral, as empresas desejam dispositivos de entrada que permitam colocar 
rapidamente os dados em um sistema computacional e querem dispositivos 
de saída que produzam resultados em tempo hábil. Quando selecionam os 
dispositivos de entrada e saída, as empresas também precisam considerar a 
forma da saída que desejam, a natureza dos dados necessários para gerar 
essa saída e a velocidade e exatidão de que necessitam para ambas. Algumas 
organizações têm necessidades muito específicas para a entrada e saída, 
exigindo dispositivos que desempenhem funções específicas. Quanto mais 
especializado o aplicativo, mais especializados são os dispositivos de entrada 
e saída do sistema associado. A velocidade e as funções dos dispositivos de 
entrada e saída devem ser equilibradas em relação a seu custo, controle 
e complexidade. Dispositivos mais sofisticados podem tornar mais fácil a 
entrada de dados ou as informações da saída, mas eles são geralmente mais 
caros, menos flexíveis e mais suscetíveis ao mau funcionamento (STAIR; 
REYNOLDS, 2011, p. 95).
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 Lembrete
Todos os componentes do sistema computacional são controlados de 
modo geral pela CPU.
2.4 Tipos de computadores e seu uso nos processos de negócios
2.4.1 Tipos de computadores
Considerando que o conceito de computador está associado a um dispositivo que processa os dados 
e supre as suas necessidades de informática, encontra-se em uso pelas pessoas e pelas organizações 
uma grande variedade destas máquinas.
Os principais tipos de computadores encontrados no dia a dia são: desktop (computadores pessoais), 
notebooks, mainframes, supercomputadores, tablets e smartphones.
2.4.2 Desktops, notebooks e tablets
O termo desktop significa computador de mesa e também computador pessoal, conhecido pela sigla 
PC das palavras em inglês personal computer.
O primeiro computador pessoal foi projetado por John Blankenbaker em 1971 e o seu nome era 
Kenbak-1. Segundo o Computer History Museum, ele não possuía processador, sendo formado por chips 
numa placa de circuito e forma; foram comercializados apenas 40 equipamentos.
O Micral 1973 foi o primeiro computador pessoal com um processador (utilizou o processador Intel 8080). 
Desenvolvido por Thi Truong, foi comercializado por U$ 1.750,00 e nunca entrou no mercado americano.
O Altair 8800 foi lançado em 1975 com uma capacidade bem-superior que o anterior, projetado por 
Ed Roberts, que cunhou pela primeira vez o termo computador pessoal. Ele custava U$ 297,00 e teve 
alta penetração no mercado americano.
Por volta de 1976, Steve Jobs e Steve Wozniak fundaram a Apple e projetaram o Apple I e, logo após, 
em 1977, o Apple II, computador pessoal um pouco mais parecido com a ideia de desktop que se tem 
hoje. O Apple III foi o PC projetado para concorrer com a IBM em 1981, que já comercializava os seus 
PCs. Em 1984, a Apple lança o Macintosh, o primeiro computador com interface gráfica.
 Saiba mais
Para conhecer um pouco mais sobre a história dos computadores 
pessoais, acesse o site <http://www.computerhistory.org>, do Computer 
History Museum, e conheça a linha do tempo da evolução dos PCs.
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O uso do desktop tem sido ainda frequente por usuários domésticos e também nos ambientes 
organizacionais. No entanto, o computador pessoal tem perdido cada vez mais espaço para os tablets, 
notebooks e até para os smartphones de ultima geração.
Dentro de um contexto corporativo e organizacional, a grande necessidade de mobilidade tem 
substituído o desktop pelo notebook. Este, que surgiu pela primeira vez em 1981 pelas mãos de Adam 
Osborne, recebeu o nome de Osborne 1, não se parece muito com os modelos mais modernos e parrudos 
de hoje em dia. 
 Saiba mais
Em recente pesquisa feita pela consultoria de tecnologia IDC, comentou-
se que o número de vendas de tablets e de notebooks ultrapassou as de 
desktop em 2013 pela primeira vez.
RAMACHANDRA, A.; DEHART, M.; LEVITAS, D. ConsumerScape 360: 
Worldwide and Brazil Tablet, PC, and Smartphone Cannibalization. 
IDC, mar. 2014. Disponível em: <http://www.idc.com/getdoc.
jsp?containerId=247153>. Acesso em: 2 dez. 2014. 
Assim como os notebooks, os tablets são computadores portáteis bem mais leves, permitindo que se 
trabalhe de modo semelhante a uma “prancheta”, pode ser utilizado com uma caneta ou com a simples 
ponta dos dedos. Os tablets alcançaram muita popularidade por meio dos iPads da Apple, lançados no 
início desta década.
Misturando os conceitos de notebook e tablets, tem sido comum a comercialização dos notebooks 
conversíveis, que ora são utilizados com uma função ora com outra, claro que com um preço diferenciado 
e maior que um notebook ou um tablet.
2.4.3 Mainframes e supercomputadores
Os mainframes são computadores potentes de alto desempenho e capacidade, desenvolvidos nos 
anos 1960 pela IBM para muitas corporações, mas hoje restrito a um número menor de modelos de 
negócios, tais como: bancos, varejistas, seguradoras, companhias aéreas, empresas de cartões de crédito, 
governos, entre outros. Normalmente são mantidos em centros de dados com acesso restrito e processam 
grandes quantidades de transações.
Os supercomputadores são também potentes, com altíssimo desempenho, mas, diferentemente dos 
mainframes, são utilizados em aplicações específicas que exigem capacidades computacionais extensas 
e rápidas. Entre as aplicações do mainframe, encontram-se pesquisas militares, previsão de desastres 
naturais, pesquisas nas áreas de saúde, dentre outros.
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 Saiba mais
Acesse o site <www.top500.org> e conheça a lista dos mais potentes 
supercomputadores do mundo. O maior supercomputador do Brasil está 
em Salvador e ocupa a posição 95 do ranking.
2.4.4 Capacidade de hardware
As estruturas de hardware precisam ter a sua capacidade medida. Essas medidas, ou melhor, as 
unidades de medida são de grande importância, porque indicam a velocidade ou a quantidade de 
operações que determinado componente desempenha ou comunica. Em algumas situações, um mesmo 
componente tem duas medidas para identificar seu desempenho. Por exemplo:
• velocidade do processador é medida em GHz;
• memórias, CD (Compact Disk), DVD (Digital Versatile Disc) e HDD (Hard Disk Drive) são medidos em 
KB, MB, GB, TB, entre outros;
• placas de rede são medidas em Mbps.
No entanto, não há uma medida única para cada elemento devido à existência de mais de uma 
característica que é inerente a cada um.
A medida de GHz serve para indicar a que velocidade trabalha um processador. Esta é a principal 
medida, mas há outras, como a quantidade de transistores, e até núcleos dentro do processador para 
medir seu desempenho.
3 INFRAESTRUTURA DE TI: SOFTWARE
3.1 Introdução ao software
3.1.1 Conceito de software
O software é indispensável a qualquer sistema de computador e às pessoas 
que o utilizam. Sem o software de sistema, os computadores não seriam 
capazes de dar entrada aos dados através do teclado, fazer cálculos ou 
imprimir resultados. O software de aplicação é a chave para ajuda-lo 
a atingir as metas de sua carreira. Os vendedores utilizam software para 
dar entrada nos pedidos de compras e ajudam seus clientes a obter o que 
desejam. Operadores de ações e títulos utilizam o software para tomar 
decisões em frações de segundo, que envolvem milhões de dólares. Os 
cientistas utilizam software para analisar a ameaça do aquecimento global. 
Independentemente de seu trabalho, você também provavelmente utilizará 
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software para ajudá-lo a avançar em sua carreira e ganhar melhores 
salários. Hoje muitas organizações não poderiam funcionar sem software 
de contabilidade para imprimir cheques de pagamento, dar entrada em 
pedidos de compra e enviar faturas. Pode-se usar o software para ajudar na 
preparação de seu imposto de renda, manter um orçamento e jogar jogos 
divertidos (STAIR; REYNOLDS, 2011, p. 122).
Os softwares são os programas que comandam a operação do computador e disponibilizam para 
o usuário aplicações para serem utilizadas em suas tarefas diárias. Estes programas são um conjunto 
de instruções que dizem o quê, quando e como devem ser realizadas as operações pelo sistema 
computacional.
O software praticamente surgiu junto com o hardware, quando o computador foi entendido 
não apenas como um instrumento para fazer cálculos. O primeiro programa surgiu no instrumento 
computacional criado por Charles Babbage, por

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