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PORTFÓLIO TECNOLOGIA A SERVIÇO DA INCLUSÃO (1)

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ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO | NÚCLEO DE PRÁTICAS | PORTFÓLIO 
TENOLOGIA A SERVIÇO DA INCLUSÃO DOS DEFICIENTES VISUAIS NA ESCOLA
Por: Andrea Caetano do Carmo, RU: 1243658
Cíntia Rosa Arrighi, RU: 920718
Kleber Gonçalves de Oliveira, RU: 1205351
Polo – Rio Pomba
Data (29/08/2017)	
 
 Paulo Roberto (na foto à esquerda), capacita alunos do IBC (Foto: Divulgação)
Segundo dados do Censo Escolar 2008/2009, feito pelo Inep/MEC, mais de 55 mil alunos têm deficiência visual no país. Desse total, 51.311 são os chamados estudantes com baixa visão e 4.604 são cegos. Para estudar, seja na escola regular ou na escola especial, eles contam com um grande aliado: a informática. São softwares desenvolvidos justamente para atender à realidade desse público, o que facilita e muito o aprendizado e a inclusão desses alunos. Para Paulo Roberto, técnico em assuntos educacionais do Instituto Benjamin Constant (IBC), referência no país em educação de deficientes visuais, o acesso a esses programas é fundamental para que a pessoa possa interagir melhor com a sociedade e o mundo que a cerca: “Tenho 60 anos e na época em que fui alfabetizado, não tínhamos esses recursos. Hoje as coisas estão mais fáceis. Porém, essa facilidade não pode 
fazer com que a gente se acomode. É preciso continuar indo além, testar nossos limites, nos superar.”
A informática adaptada para o deficiente visual tem três tipos de programas: os leitores de tela, os ampliadores de tela e os digitalizadores de texto. Os leitores, como o próprio nome sugere, lêem tudo o que está na tela do computador, seja texto, Access, Power point, linguagem de programação, e-mail, MSN, etc. Por isso, são ideais para os cegos totais. Os ampliadores são bons para os chamados baixa visão. Como o programa amplia os ícones, as imagens, as letras e cria contrastes, facilita a leitura de quem tem a patologia da baixa visão, ou seja, não é totalmente cego. Já os digitalizadores transformam textos em sons. “Todos são muito bons mas cada um atende a uma realidade específica. E um complementa o outro. Por isso, é comum usarmos mais de um programa. Eu por exemplo, gosto muito do DOSVOX e do NVDA.” Os dois programas citados por Francisco são free, ou seja, podem ser baixados gratuitamente pela internet. O DOSVOX, inclusive, foi desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NCE/UFRJ). Outros muito bons citados por ele são o JAWS e o Virtual Vision, mas têm o inconveniente de serem pagos. São todos leitores. Na linha de ampliadores, existem o Magic e o ZoomText, também pagos. Já o Openbook é um digitalizador de texto gratuito.	
O Ministério da Educação desenvolve, em parceria com os Estados, Municípios e o Distrito Federal, o Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais e o Projeto Livro Acessível para alunos com deficiência visual. Essas ações têm como objetivo a promoção da acessibilidade aos alunos da Educação Especial no ensino regular. Dessa forma, o MEC disponibiliza materiais didáticos e pedagógicos, equipamentos, mobiliários e laptops para comporem as Salas de Recursos Multifuncionais com o objetivo de apoiar a organização da oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar à escolarização nas escolas da rede pública e laptops aos alunos com cegueira matriculados no fim do ensino fundamental, no ensino médio, na EJA e na Educação Profissional, como recurso de acessibilidade ao livro e à leitura. 
Os laptops destinados aos alunos com cegueira são disponibilizados justamente com o sistema DosVox e se destinam ao uso individual em sala de aula e demais atividades educacionais, podendo ser utilizados em domicílio, mediante assinatura de termo de responsabilidade, conforme critério estabelecido pela direção da escola.
Assim aos poucos, as crianças com deficiência visual vão tendo a oportunidade de serem incluídas nas escolas e com um ensino de qualidade e com tecnologias desenvolvidas exclusivamente para eles.

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