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DISCIPLINA: GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS AULA 6 Prof.ª Carolina Walger 2 CONVERSA INICIAL Olá! Seja bem-vindo à sexta aula da disciplina “Gestão de Recursos Humanos”! Confira a seguir quais serão os temas trabalhados a partir de agora: Indicadores de RH Consultoria e auditoria em Recursos Humanos Ferramentas de RH para gerenciamento ético Indicadores de RH e Benchmarking Sistemas de trabalho de alto desempenho INTRODUÇÃO Você sabe qual a função da área de RH? Além de cuidar das pessoas que estão na organização, a área de RH não deve esquecer o principal desafio da empresa: o resultado. É preciso também que ela forme lideres, os quais ajudem os gestores e funcionários a ter um melhor equilíbrio de vida. Ou seja, não se pode esquecer como se ganha dinheiro, como se faz negócio, como se satisfaz o cliente e como se alavanca o valor de sua marca. Quem opta pela área de RH, deve estar disposto a trabalhar fora de sua área de conforto, principalmente no que se relaciona com o desenvolvimento das competências, que são necessárias para enfrentar os grandes desafios do século. O grande desafio da área de RH é mais tático que estratégico, ou seja, deve entender a necessidade de capacitar mais rapidamente as pessoas para ocupar os espaços que a empresa está gerando, além de acompanhar a velocidade dos jovens, para aproveitar suas competências e a visão que eles têm do mundo empresarial. 3 Com os conceitos e temas que abordaremos nesta aula, você como futuro gestor, terá oportunidade de se preparar de forma mais consciente para desempenhar da melhor maneira seu papel como líder dos processos. Vamos lá? Antes de começar, acesse o material on-line e confira um vídeo com as considerações iniciais da professora Carolina! CONTEXTUALIZANDO Você vai ver que os temas dessa aula são muito atuais. Hoje, um dos maiores desafios, para qualquer funcionário que esteja diretamente ligado às funções da área de Recursos Humanos, é o conhecimento e a aplicabilidade dos indicadores de RH. A consultoria alinhada à auditoria podem facilitar a tomada de decisão e melhorar os processos organizacionais em RH. E o que são as políticas de RH? Qual é seu papel dentro da organização? As políticas de Recursos Humanos são guias para ação. Servem para promover a resolução dos problemas que acabam ocorrendo com frequência no mundo organizacional. Com as grandes mudanças sofridas ao longo das últimas décadas, o mercado descobre cada vez mais novas ferramentas de RH para auxiliar na administração de funcionários, as quais ampliam as possibilidades e vantagens no mundo corporativo. Uma dessas ferramentas é o benchmarking, o qual permite que as empresas possam comparar dados, medidas e estatísticas de sua empresa com o mercado. O objetivo dos temas que serão trabalhados é ter uma visão geral, que permita perceber através de uma visão sistêmica a importância e a interdependência que existe entre eles. Acessando o material on-line você confere um vídeo com mais algumas informações sobre a aplicação dos conteúdos que serão trabalhados durante essa aula. Não deixe de conferir! 4 Problematização Leia com atenção o trecho a seguir: “Diante de um cenário que causa temores em vários setores da economia, no qual várias empresas estão reduzindo investimentos e expectativas de crescimento, qual é o papel que o Recursos Humanos deve adotar para auxiliar a sua organização a não perder o rumo em direção às metas e objetivos do negócio. A redução nos investimentos e no crescimento implica em maior austeridade na gestão das empresas. Em um cenário de crise as companhias devem implementar cortes de custos e maior exigência de performance de suas equipes. Volta a valer o antigo bordão: “fazer mais, com menos”. Disponível em: <http://www.revistamelhor.com.br/artigo/9381/os-desafios-do-rh-em- um-novo-cenario-brasileiro>. Qual dos títulos a seguir você acha que é adequado para o texto anterior? a. Economia em crise global. b. Programa de austeridade empresarial. c. Corte de gastos: salvação das empresas. d. Saída da crise: reduzir os Recursos Humanos. e. O papel do Recursos Humanos em cenário de crise. Anote a resposta em seu caderno e, em seguida, veja o gabarito comentado que a professora Carolina preparou para você: a. Falsa. O texto trata do papel dos Recursos Humanos e não da crise global da economia. b. Falsa. Redução de investimentos e austeridade podem ser necessários, mas o texto enfatiza o papel dos Recursos Humanos na implementação dessa política. c. Falsa. Por si só, o corte de gastos não garante a salvação das empresas. Pode até ser necessário, mas o que salva as empresas é a performance dos seus funcionários. 5 d. Falsa. Embora em época de crise as empresas cortem pessoal de RH, essa redução será inútil se os resultados não melhorarem. e. Correta. O texto destaca a importância do Recursos Humanos para que a empresa não se perca em situação de crise. TEMA 1 - INDICADORES DE RH Para um gestor de RH, é indispensável saber utilizar corretamente os indicadores de Recursos Humanos, a fim de demonstrar os resultados dos investimentos em gestão de pessoas. Para iniciar os estudos a respeito desse assunto, é importante responder a algumas questões. Clique em cada uma e veja a resposta: Quais os passos para sua implantação? Os passos mais importantes para implantação destas métricas são a criação de fontes confiáveis, a sistematização periódica dos dados e sua utilização adequada para a tomada das decisões dos gestores. Para que eles servem? O Sistema de indicadores de Recursos Humanos é utilizado para medir e avaliar como se comporta e se administra o talento na organização. Os indicadores podem ser medidas, números, fatos, opiniões ou percepções que sinalizem condições ou situações específicas e particulares. A partir deles, é possível medir as mudanças, já que auxiliam na percepção e no entendimento dos resultados das iniciativas ou das ações concretas que tenham sido tomadas. São instrumentos valiosos na busca de melhores resultados em determinados projetos. Como eles devem ser? Os indicadores devem ser pertinentes, precisos, confiáveis e econômicos na sua mensuração. É impossível avaliar, planejar, prevenir, corrigir ou inovar sem mensurar rigorosamente todas as atividades da organização, que estão vinculadas à área de RH. 6 A seguir você confere os diferentes tipos de indicadores e seus respectivos objetivos. Seleção Treinamento e Desenvolvimento Clima Organizacional Salários 7 Baseado em: Thinking People. Los sistemas de indicadores como procedimiento de medición en la nueva función de RRHH. Disponível em: <http://www.thinkingpeoplerecursoshumanos.es/blog-thinking-people/los-sistemas-de- indicadores-como-procedimiento-de-medicion-en-la-nueva-funcion-de-rrhh/>. Acesso em: 19 nov. 2015. Os indicadores destacados no mapa têm três objetivos principais: Conhecer a situação atual da empresa Perceba, por exemplo, que cada um dos indicadores colocados tem um objetivo intimamente relacionado. Através deles, é possível perceber claramente as condições reais nas quais a empresa se encontra. Fica clara a função da área de RH na manutenção e prática destes indicadores. Essa função está relacionada à administração de pessoal, à redução de custos da seleção, assim como aoajuste do funcionário à função para a qual foi selecionado. Auxiliar na definição de uma meta futura Veja agora a área de Treinamento e Desenvolvimento. Com os indicadores, os gestores de RH perceberão claramente a efetividade do treinamento, se ele alavanca promoções e se as avaliações de desempenho mensuram os resultados, através da qualidade do trabalho. É possível perceber as capacidades diretivas, o potencial dos funcionários, sua produtividade e a adequação deles com suas funções. Comparar resultados e metas Através deste indicador o gestor poderá visualizar e sentir o clima organizacional, por meio do sentido de pertinência dos funcionários e da satisfação com a organização. De igual forma, facilita-se perceber a diminuição da rotatividade e do absenteísmo, graças à satisfação dos funcionários em suas funções e com as políticas da empresa. 8 Podemos afirmar que graças ao panorama oferecido especificamente por estes indicadores, as pessoas já não são consideradas como gastos inevitáveis, mas sim como capital humano, indispensável para atingir os resultados da organização. Da mesma forma, os indicadores com seus respectivos objetivos possibilitam um diagnóstico mais profundo de situações problema, permitindo um planejamento eficiente de intervenções para solucionar os problemas. Segundo Assis (2005), existem fórmulas que ajudam na medição de algumas questões: Turnover (rotatividade de pessoal) O cálculo do índice de rotatividade é baseado no volume de entradas e saídas de pessoal em relação aos recursos humanos disponíveis na organização, dentro de certo período de tempo e em termos percentuais. A fórmula é a seguinte: A = Admissões de pessoa na área considerada dentro do período considerado (entradas). D = Desligamento de pessoa (tanto por iniciativa da empresa como por iniciativa do empregado) na área considerada dentro do período considerado (saídas). EM = Efetivo médio da área considerada dentro do período considerado. Pode ser obtido pela soma dos efetivos existentes no início e no final do período, dividida por dois. Absenteísmo É a relação do grau de ausência ao trabalho multiplicado pelas horas trabalhadas (total de horas trabalhadas no fechamento da folha de pagamento). Considerar as ausências ao trabalho de dias inteiros dos empregados ativos e até, no máximo, 15 dias para os casos de auxílio doença e acidente de trabalho. 9 HP = Horas perdidas. HT = Horas trabalhadas (total de horas trabalhadas no fechamento da folha de pagamento). Porcentagem de horas extras x horas trabalhadas É a relação entre a quantidade de horas extras (horas extras realizadas independentemente de serem pagas ou não - banco de horas) x horas trabalhadas. HE = Horas extras (horas extras realizadas, inclusive banco de horas, durante o mês corrente). HT = Horas trabalhadas (total de horas trabalhadas no fechamento da folha de pagamento). Índice de reclamações trabalhistas É a relação entre o número de reclamações trabalhistas acumuladas nos últimos 12 meses multiplicado pelo número de funcionários desligados acumulados nos últimos 12 meses: Porcentagem da folha bruta x faturamento líquido É a relação do valor da folha bruta multiplicado pelo valor do faturamento líquido. 10 Porcentagem do valor investido em treinamento x faturamento líquido É a relação do valor mensal gasto com treinamento (considerar treinamento externo e interno, incluindo despesas de viagens) multiplicado pelo faturamento líquido: Estes indicadores fundamentam e justificam investimentos que possibilitam o crescimento das organizações numa perspectiva tangível, na qual é possível mensurar os investimentos em diversos processos da área, aplicando os recursos de maneira adequada e resultante. Como gestor, você deve conhecer esses indicadores, mesmo que não os use na sua prática diária. Isso porque um gestor deste século deve dominar os conceitos para poder fazer análises sistêmicas, que resultam em decisões mais objetivas nos processos de gestão e nos processos produtivos da organização. Você já parou para pensar que a diversidade constatada nas empresas (de nacionalidade, religião, posicionamento político etc.) deve ser um fator norteador dos indicadores de Recursos humanos? A seguir é possível ler um interessante texto que trata da aplicabilidade na prática da introdução da diversidade. http://exame.abril.com.br/negocios/como-a-bloomberg-introduziu-a-diversidade- na-pratica/ Complemente seus estudos! Acesse o link a seguir e assista a um interessante vídeo sobre os indicadores de recrutamento e seleção. https://www.youtube.com/watch?v=NcypSVq5jb0 11 TEMA 2 - CONSULTORIA E AUDITORIA EM RECURSOS HUMANOS Ao desempenhar suas funções como gestor, é importante ter claro os conceitos e as práticas que diariamente se apresentam dentro de uma organização. Através do desenvolvimento desse tema, você perceberá que existem poucas diferenças entre Consultoria e Auditoria, uma vez que ambas se preocupam com a melhor forma de administrar uma determinada empresa. Mas é necessário saber que a consultoria é uma atividade profissional regulamentada, que visa auxiliar as organizações. Consultoria A consultoria é uma prestação de serviços solicitada geralmente pelas empresas de acordo com suas necessidades. Observe as ações que um consultor contratado por uma empresa deve desenvolver e ser responsável: Identificar os pontos fortes e fracos da organização; Propor soluções para as possíveis deficiências da empresa; Realizar palestras motivacionais para os funcionários; Elaborar e realizar pesquisas; Auxiliar a área de Recursos Humanos; Assessorar a empresa na tomada de decisões. Constata-se, no ambiente de trabalho, que as consultorias são contratadas por temporadas curtas, dependendo da necessidade da empresa. Mesmo assim, algumas organizações preferem contratar os serviços de uma consultoria por um tempo mais longo, porque acreditam que o resultado é mais eficaz. A influência dos processos liderados pela consultoria pode alavancar e estimular respostas mais rápidas ou mais elaboradas. Então, é necessário que haja algum problema para solicitar uma consultoria? A reposta com certeza é não. Essa solicitação deve ser prospectiva e se adiantar a possíveis dificuldades. Através de sua prática profissional, você poderá comprovar que existem dentro do âmbito profissional de RH dois tipos de consultores: 12 Existe também a possibilidade de que, em algum momento, seja realizado um trabalho, uma análise organizacional por exemplo, partindo de três formas diferentes de ação. Veja a formação da equipe de consultores nesses casos: A decisão, em todos os casos, de aprovar e contratar a intervenção de uma consultoria partirá sempre da alta gerência. Essa consultoria pode estar voltada para auxiliar a empresa em diferentes áreas, por exemplo: Estratégia empresarial; Gestão por competências; Sistemas de qualidade – implantação; Marketing e vendas. Como você percebeu são muitos os fatores que fazem com que uma empresa decida contratar os serviços de uma consultoria, dependendo da necessidade. As informações que são obtidas passam a fazer parte do Relatório de Análise Crítica, de forma a não comprometer o resultado. Nestes processos, a intenção não é buscar culpados, mas relatar os fatos tais quais eles são, para encontrar possíveis e viáveis soluções. 13 Auditoria Para Dessler (2014), a auditoria de RH geralmente envolve a revisão da funçãode recursos humanos da empresa (recrutamento, testes, treinamento e assim por diante) utilizando uma lista de verificação e assegurando que a empresa está coerente com seus regulamentos, leis e políticas. Na sua realização, os gestores muitas vezes comparam seus resultados com os de empresas semelhantes. Amostras (indicadores) podem incluir a relação dos profissionais de RH por funcionário da empresa. Auditorias de RH variam em escopo e foco, mas existem as áreas típicas auditadas. Veja a seguir quais são elas: 1. Número de pessoas e funções que realizam (incluindo descrições de cargos e funcionários com dedicação exclusiva ou não); 2. Conformidade com a legislação federal, estadual e local relacionada com o emprego; 3. Recrutamento e seleção (incluindo a utilização de ferramentas de seleção, verificação de antecedentes etc.); 4. Compensação (políticas, incentivos, procedimentos de pesquisa etc.); 5. Relações trabalhistas (acordos sindicais, gestão de desempenho, procedimentos disciplinares, reconhecimento do empregado etc.); 6. Benefícios obrigatórios (Previdência Social, seguro-desemprego, seguros por acidentes de trabalho etc.); 7. Benefícios de grupo (seguro, tempo de descanso, benefícios flexíveis etc.); 8. Folha de pagamento (cumprimento legal); 9. Documentação e manutenção de registros. Por exemplo, fazer com que os arquivos tenham informações, incluindo currículos e formulários, cartas de apresentação, descrições de cargos, avaliações de desempenho, formulários de inscrição em benefícios, avisos de mudança de folha de pagamento e documentação relacionada a ações de pessoal, como livro de anotações de reconhecimento ao funcionário; 14 10. Treinamento e desenvolvimento (orientação de novos funcionários, desenvolvimento técnico e de segurança da força de trabalho, planejamento de carreira etc.); 11. Comunicações ao empregado (manual do trabalhador, boletim informativo, programas de reconhecimento); 12. Políticas e práticas de desligamento e de transição. Auditoria da função da Gestão de Pessoas Para Chiavenato (2010), a avaliação da função de GP (também conhecida como Auditoria de RH) é uma revisão sistemática e formal desenhada para medir custos e benefícios do programa global de GP e comparar a eficiência e eficácia atual com o desempenho passado, com o desempenho em outras organizações comparáveis e verificar a contribuição para os objetivos da organização. Trata- se de avaliar o desempenho da GP na organização. A avaliação das atividades e dos programas de GP tem os seguintes propósitos: Justificar a própria existência, o orçamento de despesas de GP e o retorno; Melhorar continuamente a função de GP, proporcionando meios para decidir quando adicionar ou suprimir atividades, alterar rumos e práticas; Proporcionar retroação para os executivos de GP, executivos de linha e funcionários a respeito dos graus de eficácia da GP, da importância e do impacto no negócio da organização; Ajudar a GP a proporcionar uma contribuição significativa para os objetivos da organização e para as necessidades e expectativas dos diferentes stakeholders. A auditoria de GP é a análise sistemática das políticas e práticas de pessoal e a avaliação do funcionamento, tanto para a correção de desvios quanto para a melhora contínua. Trata-se, portanto, de um sistema de controle e se baseia na determinação de padrões de quantidade, qualidade, tempo e custo, os quais 15 permitem a avaliação e o controle pela comparação do desempenho com os resultados do que se pretende controlar. Qual é a mais importante então: a auditoria ou a consultoria? Acreditamos que tanto a consultoria quanto a auditoria, mesmo tendo suas especificidades, são atividades que se complementam. As informações de cada área são importantes, já que a visão de análise é diferente, permitindo que a leitura sobre a realidade da organização seja sistêmica, pelo tanto mais objetiva. Aprofunde seus conhecimentos com os conteúdos complementares a seguir! Qual é o papel do consultor interno na estrutura de RH? Você saberia responder? No link a seguir você confere uma reportagem da Revista “Você RH” que trata desse assunto. http://exame.abril.com.br/revista-voce- rh/edicoes/27/noticias/business-partner-longe-do-mundo-ideal Assista também a um vídeo que analisa o que é uma consultoria em Gestão Empresarial. https://www.youtube.com/watch?v=08y8RCsAmK4 Acesse o material on-line e confira o vídeo da professora Carolina! Ela vai trazer mais informações sobre a consultoria e auditoria, analisando suas diferenças e a importância de cada uma para desenvolvimento da organização. TEMA 3 - FERRAMENTAS DE RH PARA GERENCIAMENTO ÉTICO Por que são necessárias ferramentas de RH para gerenciar a ética? Quais seriam essas ferramentas? Qual é o papel que desempenham na gestão de pessoas? A resposta a estes questionamentos, acreditamos, terão que ser dadas à medida que vamos aprofundando os temas. Lembre-se de que você, como gestor deste século, precisa entender e praticar a ética, para que suas ações estejam de acordo com os valores éticos e justos que devem permear as ações dos gestores e das organizações. 16 Segundo Dessler (2014), existem várias ferramentas que o gestor de RH pode usar para promover um tratamento ético dentro da organização. Confira a seguir quais são elas: Ferramentas de seleção O escritor norte-americano James Krohe disse: “A maneira mais simples de ajustar uma organização, eticamente falando, é contratando as pessoas mais éticas”. Sendo assim, a contratação de pessoas éticas deve começar antes de os candidatos se candidatarem, com materiais de recrutamento que enfatizem o compromisso da empresa com a ética. Os gerentes podem utilizar ferramentas como testes de triagem de honestidade, verificação de antecedentes e perguntas como “Você já viu alguém violando as regras no trabalho? O que você fez?” Para filtrar posturas antiéticas indesejáveis. Da mesma forma, é preciso tratar os candidatos de maneira justa. Se por alguma situação os futuros funcionários perceberem que no processo de contratação as pessoas não são tratadas de forma justa, eles se sentirão no direito de assumir que o comportamento ético não é importante para a empresa. Ferramentas de treinamento A questão da ética nas empresas é tão séria que os gerentes devem influenciar a ética do empregado, cultivando com cuidado as normas corretas, a liderança, os sistemas de recompensa e a cultura. A ética é prejudicada quando as pessoas passam por desengajamento moral. Elas não sentem o tipo de sofrimento, ou culpa, que normalmente ocorre na violação de normas éticas pessoais. Essas diretrizes éticas, que envolvem decisões, leis e códigos de conduta, de um modo geral, devem ser transmitidas a todos os empregados, para que sejam treinados a reconhecer os dilemas éticos, saber como aplicar códigos de conduta para resolver problemas e usar de modo ético as atividades em equipe, como práticas disciplinares. O treinamento deve enfatizar os fundamentos morais da escolha ética e o profundo compromisso da empresa com a integridade e a ética, além de incluir 17 a participação de gestores do topo da hierarquia da empresa no programa para ressaltar esse compromisso. Treinamento de ética on-line A formação ética pode, inclusive, ser feita por meio da internet. Quer um exemplo? Os 160 mil funcionários da Lockheed Martin realizaram uma formação em ética e conformidade legal, valendo-se da intranet. O software dessa empresa também mantém o controle de quão bem a organização e seus empregados estãose saindo em termos da manutenção de elevados padrões éticos. Ferramentas de treinamento on-line incluem, por exemplo, sites como Ética Empresarial para Gerentes (Business ethics for managers). A empresa Yahoo! Por exemplo, produziu um programa interativo contendo cenários éticos estabelecidos em escritórios da empresa ao redor do mundo. O programa de 45 minutos abrange o código de conduta Yahoo!, bem como questões sobre legislação estrangeira de práticas de corrupção. Ferramentas de avaliação de desempenho Avaliações injustas tendem a sugerir que o empregador pode desculpar ou relevar o comportamento antiético. Por isso: As normas para os empregados devem ser claras; Os funcionários devem entender a base sobre a qual eles serão avaliados; O superior deve realizar uma avaliação objetiva e imparcial. Igualmente, as empresas preocupadas com as questões éticas têm criado sistemas que mantêm a prática da ética nos diferentes processos e ações da organização. Temos, por exemplo, o sistema de recompensas disciplinares: os funcionários esperam que seus empregadores castiguem condutas antiéticas. A prática deste sistema abrange não só os funcionários, mas também executivos que, em algum momento, tenham cometido abusos em relação à ética. Existem também dentro desses sistemas a política de privacidade, o monitoramento de empregados e as questões legais. 18 Políticas de privacidade Muitas pessoas acham que a violação de sua privacidade é antiética e injusta. No trabalho, invasões de privacidade dos empregados incluem: intromissões (como no vestiário e na vigilância de e-mail), publicação de assuntos particulares, divulgação dos registros médicos, apropriação do nome ou da imagem de um empregado para fins comerciais, verificação de antecedentes criminais, conduta de monitoramento fora do horário de trabalho, questionamentos sobre o estilo de vida, testes de drogas, buscas e atividades de monitoramento no local de trabalho etc. Monitoramento de empregados O aumento do uso de blogues e redes sociais, como o Twitter, ampliou ainda mais as opções para a distribuição de conteúdo potencialmente questionável. Algumas empresas permitem que seus funcionários usem seus iPads e iPhones pessoais como ferramenta de trabalho, criando novos problemas. A segurança também é um problema. “Um MP3 player com capacidade de quatro gigabytes, bem como a primeira geração do iPod Mini, pode levar para casa uma grande quantidade de dados corporativos”, disse um empregador (processo também conhecido como podslurping 63). Permitir o uso de tais dispositivos no trabalho, portanto, exige planejamento e políticas especiais. Instituir políticas de privacidade de e-mail é um problema urgente que deve ser pensado e solucionado pelas empresas. Estas são algumas situações delicadas que algumas empresas enfrentaram ou enfrentam: Um hospital descobriu que, para facilitar o trabalho em casa, alguns médicos tinham registros confidenciais dos pacientes em e-mails pessoais, violando leis federais de privacidade. Algumas empresas enfrentam restrições legais para ter acesso ao e-mail de um empregado acusado de assédio sexual na empresa. A recente decisão da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos pode tornar as empresas responsáveis por propagandas enganosas que os 19 funcionários postam em seus próprios blogues ou redes sociais, como o Facebook, mesmo que os empregadores não autorizem as declarações. O Bronx Lebanon Hospital, de Nova York, usa scanners biométricos para garantir que os funcionários que registram ponto sejam realmente quem dizem que são. Digitalização pela íris tende a ser o dispositivo de autorização mais preciso. Uma pesquisa apontou que 40% das organizações pesquisadas têm uma política formal que rege as mídias sociais utilizadas pelos funcionários. No entanto, as empresas precisam formular tais políticas com cuidado. Indiscutivelmente, conhecer estes temas abre um leque enorme de informação. Atuando ou não na área de RH, é indispensável que você, como gestor, fique por dentro da importância que a ética tem nas práticas organizacionais. Acesse a Biblioteca Virtual e leia o livro “Administração de recursos humanos”, de Gary Dessler. Nas páginas 332 a 336 você vai encontrar o tópico ”O que molda o comportamento ético no trabalho”. O mesmo autor do livro acima (DESSLER, 2011 p. 329), aponta três razões para entender a necessidade da ética na organização: A ética não é teórica. Na verdade, ela colabora para que tudo funcione na empresa. Exemplos como gerentes que prometem aumentos, mas não cumprem; vendedores que dizem que “o pedido está chegando” quando não é verdade e gerentes de produção que aceitam propina de fornecedores colaboram para diminuir a confiança nas operações do dia a dia, das quais as empresas dependem. As decisões de recursos humanos são, normalmente, carregadas de consequências éticas. Por exemplo, deve-se monitorar as atividades de rede sociais dos funcionários ou não? Eu sei que minha equipe não deve trabalhar em determinada máquina até que eu tenha verificado a segurança, mas meu chefe está com pressa: o que devo fazer? 20 A maioria dos empregadores se esforça para manter relações positivas com os empregados, e isso é impossível se os funcionários da empresa ou seus gestores forem vistos como antiéticos ou injustos. Acesse o material on-line e assista ao vídeo da professora Carolina. Ela vai trazer mais informações sobre as ferramentas de RH para gerenciamento ético. Confira com atenção! TEMA 4 - INDICADORES DE RH E BENCHMARKING Estudando e entendendo este tema, você poderá facilmente obter informações comparativas dos aspectos e processos de sua organização. Da mesma forma, surgirão novas ideias através da recopilação das informações, que facilitarão a análise dos processos de sua companhia com outras empresas fortes dentro do mercado. Para começar, vamos entender o que é benchmarking: Em poucas palavras, o benchmarking é tomar como referência os melhores e adaptar seus métodos e suas estratégias. Por exemplo, podem-se adaptar as melhores práticas em atendimento ao cliente utilizadas por uma outra empresa. Existem dois provérbios que justificam a existência do benchmarking. Um chinês: Se você conhece seu inimigo e a si mesmo, não tem porque temer o resultado de 100 batalhas. Outro japonês: Lutar para ser o melhor dos melhores... Pode-se fazer uma comparação referencial, a partir das necessidades das empresas, buscando saber qual o desempenho de cada uma. Assim, é possível obter informações que permitem melhorar os processos e entrar em um amplo nível de competitividade, graças a busca contínua de melhoras, tanto nos processos comerciais quanto nos industriais. 21 Historicamente, o benchmarking tem o seguinte trajeto: Nasce nos Estados Unidos como um modelo de busca para aprender com experiência externas, identificando e melhorando os processos já estabelecidos por outras empresas. A primeira empresa que utilizou esta ferramenta foi a Xerox, que disfrutou durante muitos anos o monopólio na indústria copiadora. A partir da primeira crise competitiva, em 1979, companhias japonesas como Minolta, Cannon e outras começaram a vender fotocopiadoras com menor preço. Foi nesse momento que Charles Christ, presidente da Xerox, compreendeu que tinha nas mãos o mais grave problema da história da organização. Buscando uma saída, Christ enviou uma equipe ao Japão para estudar os processos, o produto e a matéria-prima utilizada. Suas palavrasde despedida foram ”necessito de uma referência”, ou seja, um benchmark. Algo com o qual se possa mensurar e entender para onde se deve ir, partindo do ponto atual. A visita confirmou que a Xerox estava muito longe do benchmarking. Mesmo assim, essa situação, significou a saída para a concorrência do mercado da Xerox. Assim, a empresa decidiu arriscar, aplicando o benchmarking. Os resultados foram espetaculares. A alta gerência exigiu que toda a organização aplicasse os estudos de benchmarking. Hoje, o mundo é extremamente competitivo. As empresas têm que se comparar com as melhores que existe no mercado para ganhar vantagens em áreas fundamentais, como: Nível de qualidade: significa o valor criado sobre um produto, tendo em conta o preço e os custos necessários para sua fabricação e venda; 22 Produtividade: as empresas comparam quanto produzem e consomem para obter determinadas quantidades, com o objetivo de comparar a eficiência nos processos. Para entender melhor o que é benchmarking, muitos autores o divide em tipos específicos: Interno Geralmente ocorre em organizações que têm muitos departamentos ou divisões, onde é comum comparar os níveis obtidos por cada uma dessas áreas. Exemplo: quando o setor de Compras visita o setor de Informática para obter determinada informação. Competitivo Ocorre quando se identifica que existe uma competição agressiva. Comparam- se aqui aspectos da empresa com os aspectos das empresas concorrentes, líderes do mercado em um determinado produto. Na prática, este tipo de benchmarking é mais complicado de praticar, já que as empresas concorrentes limitam as informações sobre seus produtos e processos. Ocorre entre empresas do mesmo mercado, por exemplo entre Volkswagen e Renault. Poderá ser mais fácil obter informações entre empresas que não competem no mesmo mercado. Funcional A organização se compara com empresas que não pertençam a seu ramo de negócio. Isso permite obter mais facilmente as informações necessárias, já que não são concorrentes diretos. Um exemplo é a troca entre empresas de aviação e hotéis de luxo em serviços destinados a alta classe. Genérico Acontece quando se comparam parâmetros da funcionalidade das empresas, em aspectos como o tempo que um determinado produto demora a chegar ao cliente, desde que foi requisitado. Um desses processos pode ser, por exemplo, a análise desde a entrada de um pedido na indústria até a entrega do produto ao cliente. 23 Dessler (2012) acrescenta que o benchmarking fornece apenas uma perspectiva sobre o sistema de administração de recursos humanos da empresa, comparando-o com o da concorrência. No entanto, não mostra até que ponto as práticas de RH apoiam os objetivos estratégicos. Por exemplo, se a estratégia prevê dobrar os lucros e melhorar o serviço ao cliente, até que ponto as novas práticas de treinamento estão ajudando a melhorar o atendimento ao cliente? Gerentes usam indicadores baseados em estratégia para responder a essas perguntas, os quais buscam a medição das atividades que contribuam para alcançar os objetivos estratégicos. Se as mudanças nas práticas de RH (como aumento do treinamento e melhores incentivos) têm os efeitos pretendidos, consequentemente os indicadores estratégicos (como os retornos de clientes e seus elogios) também devem aumentar. Uma das vantagens do benchmarking é ser um sistema contínuo de avaliação dos resultados obtidos, seja relacionado com a observação das áreas da mesma empresa ou de outras organizações concorrentes. Sua aplicação correta potencializa a obtenção de resultados positivos, isso porque o conhecimento da concorrência e o estudo de seus processos trará possibilidades de mudanças benéficas para a organização, o que aumentará a competitividade. As práticas empresariais também terão melhora, graças a descoberta de mais opções práticas, que conduzem a empresa a um desempenho superior. Além disso, a avaliação objetiva do mercado e dos clientes impulsionará a organização para ter um conhecimento objetivo de seu cliente, baseado nas suas necessidades. Quando se fixam metas e objetivos viáveis, é difícil que a organização se perca em seus processos. É importante também que ela seja proativa, adiantando-se aos possíveis problemas ou demandas do mercado. 24 As melhores práticas do mercado surgiram do benchmarking, que possibilitou aumento da produtividade e compreensão dos resultados obtidos, pelo conhecimento dos problemas reais que cercam a organização. Mas há também as desvantagens... Elas aparecem quando as informações sobre os processos são passadas de forma que não corresponde à realidade. Outra dificuldade é quando os métodos adquiridos com outras empresas não se encaixam em sua política interna, assim, todo o planejamento e aplicação só trariam grandes prejuízos. A percepção subjetiva dos processos impedirá que a empresa identifique o que os clientes desejam. Você, como gestor, deve entender que a aplicação do benchmarking é uma boa técnica, que permite o crescimento e enriquecimento dos processos e das estratégias das organizações. Desse modo, cria-se uma forma de cultura rápida que está em consonância com tudo o que é eficaz no amplo mercado atual. Para mais informações sobre a importância do benchmarking na Gestão Empresarial leia um artigo que trata desse tema. http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/a-importancia-do- benchmarking-na-gestao-empresarial/51080/ Acesse o material on-line e confira o vídeo da professora Carolina! TEMA 5 - SISTEMAS DE TRABALHO DE ALTO DESEMPENHO Talvez você nunca tenha ouvido falar dos Sistemas de Trabalho de Alto Desempenho (STAD). A seguir você confere uma definição suscita: Trata-se de uma combinação entre as práticas da área de RH, as estruturas de trabalho e os processos próprios da organização, por meio da qual o conhecimento, as competências, as habilidades, o compromisso e a flexibilidade do funcionário para se adaptar às novas ações são maximizados. Durante o desenvolvimento desse tema, será possível conhecer e entender quais são seus princípios, fundamentos, práticas e resultados. Vamos lá? 25 Muitos autores concordam que as equipes de alto desempenho são recursos estratégicos. Assim como um país se preocupa com seus recursos naturais, também deve se preocupar com seus recursos humanos. O conceito surgiu na década de 1940, fruto de pesquisas que reconheciam a existência de alto desempenho quando havia coerência entre o projeto do sistema técnico (a forma de coordenação do trabalho/execução das tarefas com a tecnologia disponível) com o projeto do sistema social de trabalho. E o que isso significa? O que envolve essa nova forma de agir? O mais importante desse conceito é que as pessoas e o sistema técnico devem se adaptar mutuamente para atingir os objetivos desejados. Os reflexos atingem os aspectos externos e internos, a visão estratégica dos negócios, a tecnologia, o relacionamento com os clientes entre outros. Os resultados se tornam visíveis na forma como as pessoas interagem entre si e com os ambientes interno e externo e ainda na forma como desempenham suas funções. Os Sistemas de Trabalho de Alto Desempenho supõem uma interação entre os funcionários e a organização. Esta interação se orienta a controles mais frequentes, com o objetivo de que as variações nos processos possam ser percebidas e controladas nas suas causas e não fora da unidade de trabalho. Segundo Dessler (2012, p. 61) um Sistema de Trabalho de AltoDesempenho é um conjunto de políticas e práticas de administração de recursos humanos que, juntas, produzem um desempenho superior do empregado. Além disso, uma das razões para medir, avaliar e analisar cientificamente as práticas de administração de recursos humanos é promover práticas de trabalho de alto desempenho. Mas que práticas são essas? Um estudo analisou 17 fábricas, algumas das quais adotaram práticas do sistema de trabalho de alto desempenho. Dois pontos importantes dos resultados foram: 26 As unidades de alto rendimento pagavam mais (os salários médios eram de US$ 16 por hora, em comparação com US$ 13 por hora para as demais); Elas também treinavam mais, usando recrutamento e práticas de contratação mais sofisticadas (testes e entrevistas validadas, por exemplo) e tinham mais equipes de trabalho autogeridas. Aqueles com as práticas de RH de alto desempenho tinham resultados significativamente melhores do que aqueles sem tais práticas. Eles enfatizam o serviço ao cliente, inclusive as empresas de serviços (como hotéis), então ganham ainda mais por aderir a sistemas e práticas de trabalho de alto desempenho. Políticas e práticas de recursos humanos de alto desempenho O que são exatamente as práticas de trabalho de alto desempenho? Elas diferem daquelas que são menos produtivas. Em termos de práticas de RH, por exemplo, as empresas de alto desempenho recrutam mais candidatos a emprego, usam mais testes de seleção e gastam muito mais em horas de treinamento de funcionários. A seguir você confere uma tabela de exemplos selecionados sobre recrutamento, seleção, treinamento, avaliação, remuneração e outras práticas entre empresas de baixo e alto desempenho. Não é difícil entender e fazer a relação dos números e porcentagens com os conceitos que estamos estudando. Fonte: Dessler (2012, p. 62). 27 A tabela acima apresenta alguns aspectos importantes. Clique no botão a seguir e veja quais são eles: Apresenta exemplos de indicadores de Recursos Humanos, como horas de treinamento por empregado ou candidatos qualificados por vaga. O indicador “número de candidatos qualificados por vaga” é baseado em 37 empresas de alto desempenho. Gerentes usam esses indicadores para avaliar o desempenho de RH de suas empresas e para comparar o desempenho de uma empresa com o de outra. Ilustra o que os empregadores devem fazer para ter sistemas de alto desempenho. Por exemplo, contratar com base em testes de seleção validados e treinar os funcionários extensivamente. Mostra que as práticas de trabalho de alto desempenho geralmente aspiram a ajudar os trabalhadores a autogerir-se. Em outras palavras, a busca de tal recrutamento, seleção, treinamento e outras práticas de Recursos Humanos é fomentar uma força de trabalho competente e automotivada. Destaca as diferenças mensuráveis entre os sistemas de administração de recursos humanos em empresas de alto desempenho e de baixo desempenho. As empresas de alto desempenho, por exemplo, têm mais de quatro vezes o número de candidatos qualificados por vaga do que as de baixo desempenho. Mostra que, em termos de práticas de RH, as empresas de alto desempenho recrutam mais candidatos a emprego, usam mais testes de seleção e gastam muito mais em horas de treinamento de funcionários. Dessa forma, cabe a você como gestor fazer as considerações sobre o tema e realizar uma síntese que seja norteadora na sua prática profissional. Equipes de alto desempenho Criar equipes de alto desempeno é um grande desafio para o líder de hoje. Otimizar o desempenho empresarial requer equipes altamente comprometidas e com uma enorme capacidade de conexão emocional. 28 Hoje está demonstrado que, para triunfar no mundo dos negócios, não basta possuir competências e habilidades técnicas. Isso porque o sucesso das organizações é fruto da qualidade de suas equipes de trabalho. Mas você deve estar se perguntando: o que é necessário para construir uma equipe de alto desempenho? O segredo está na seleção. A contratação deve visar não apenas a ocupação do cargo, mas principalmente encontrar alguém que trabalhe pela imagem da empresa e que entenda que está na organização para construir uma equipe de alto desempenho. Dessa forma, os elementos mais importantes para construir essas equipes são: Estabelecer um clima de confiança; Partilhar informação; Oferecer recompensas justas; Promover a integração; Identificar na equipe pontos fortes e fraquezas; Desenvolver emoções e motivações coesas; Distribuir tarefas adequadas aos conhecimentos; Desenvolver empatia com o projeto; Possibilitar a existência de opiniões diferentes; Trabalhar com foco; Ter uma equipe que trabalha com poucos recursos e consegue seus objetivos; Ter criatividade; Ter inovação e buscar melhores resultados; Buscar resultados melhores que os planejados. É importante que essas equipes tenham líderes competentes com grande capacidade de trabalho, competência, qualidade humana, serenidade, apoio constante e bom exemplo, que incentive ótimos resultados. O caminho tem duas direções: você pode ser um líder de equipes de alto desempenho ou ser um membro ativo desse tipo de equipes. A resposta está na sua mão! 29 Independentemente do papel que escolher, saiba que uma equipe de alto desempenho precisa de pessoas seguras, dispostas a aceitar a responsabilidade pelas tarefas assumidas e pelos resultados obtidos, que saibam pedir ajuda sem medo e que, principalmente, se envolvam nas tarefas para fortalecer a equipe. Para terminar o tema, é importante saber que estar em equipes de alto desempenho supõe entender e assumir a importância de estabelecer programas de melhoria contínua. Além disso, deve-se ter clareza nas atividades, nos projetos e nas responsabilidades; analisar as variáveis e os critérios usados para recompensar a eficácia dos resultados da equipe; fazer o possível para ajudar a equipe a se autogerenciar e, por fim, ser flexível frente as mudanças e conflitos. E então, você está preparado? Complemente seus estudos com os materiais complementares a seguir! O primeiro é um vídeo sobre a formação de equipes de alto desempenho e o segundo um artigo que mostra que esse tipo de equipe tem paixão pelo trabalho. https://www.youtube.com/watch?v=6AFVeARaBEQ http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/180/noticias/um-time-de- verdade Para mais informações sobre as equipes de alto desempenho, confira no material on-line o vídeo da professora Carolina! TROCANDO IDEIAS Chegou a hora de participar do fórum! Um gestor que acredita em mudanças estruturais como novos caminhos para assegurar a competitividade da empresa deve estar atento ao desenvolvimento de suas habilidades sociais, que são: a conexão emocional, a boa comunicação oral, o desenvolvimento de competências, a liderança e a influência pessoal. 30 Você considera você essas habilidades sociais importantes? Qual delas é a mais desenvolvida em sua empresa? Entre no fórum, dê sua opinião e veja o que seus colegas têm a dizer! Esse é o momento de compartilhar informações e conhecimento, não deixe de participar! NA PRÁTICA Que tal colocar em prática o que vimos até aqui? O turnover indica o índice de rotatividade de pessoal e é baseado no volume de entradas e saídas dos funcionários, dentro de certo período de tempo e em termos percentuais. Mas comoé realizado seu cálculo? Deve-se somar o número de admissões no mês com o número de demissões no mês e dividir esse valor por 2. O resultado, então, é dividido pelo número de funcionários do mês anterior e, por fim, multiplicado por cem. O resultado será a porcentagem de turnover de mês. Ou seja: Falando assim parece complicado, não é mesmo? Vamos então a uma situação prática! Imagine que a situação da empresa ABC é a seguinte: Funcionários em janeiro: 20 Admissões em fevereiro: 2 Demissões em fevereiro: 4 Qual foi o turnover dessa organização em fevereiro? Realize o cálculo em seu caderno. Não esqueça de aplicar as fórmulas indicadas na página anterior! 31 Então, como se saiu na atividade? A seguir você confere a solução. Compare com o resultado que você encontrou! Caso tenha ficado com alguma dúvida, volte ao conteúdo e revise os conceitos! Para resolver o problema apresentado, é importante seguir algumas etapas, as quais você confere a seguir: 1. Leitura do caso: Funcionários em janeiro: 20 Admissões em fevereiro: 2 Demissões em fevereiro: 4 2. Identificação do que deve ser feito: cálculo do turnover por meio da fórmula. 3. Identificação da teoria/conteúdo que resolve o problema: indicadores de RH e cálculo de turnover, que é baseado no volume de entradas e saídas de pessoal em relação aos recursos humanos disponíveis em certa área da organização, dentro de certo período de tempo e em termos percentuais. 4. Apresentação da solução do problema: Aplicando a formula, teremos: (((2+4)/2)/20) x 100 ((6/2)/20) x 100 (3/20) x 100 0,15 x 100 15% Dessa forma, conseguimos concluir que a taxa de turnover da empresa em fevereiro foi de 15%. 32 SÍNTESE Como vimos durante essa aula, entender e praticar os novos modelos de gestão, praticando os indicadores e utilizando de forma conscienciosa as ferramentas para gerenciar a ética dentro da organização é um desafio constante. Por isso, utilizar a consultoria ou a auditoria certificam que os processos estão sendo avaliados de acordo ao que acontece na organização. O objetivo é buscar caminhos novos que garantam a competitividade da empresa. Vimos também que organização não sobrevive sem equipes de alto desempenho, as quais devem trabalhar não só pelos objetivos da empresa, mas também para confirmar sua marca no mercado. Antes de finalizar os estudos, acesse o material on-line e confira a videoaula da professora Carolina! REFERÊNCIAS ASSIS, Marcelino Tadeu de. Indicadores de Gestão de Recursos Humanos. Usando indicadores demográficos, financeiros e de processos na gestão do Capital Humano. Qualitymark, 2005. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Barueri – São Paulo: Manole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. CUELLAR, Marcelo. Diversidade: além dos indicadores do RH. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/rede-de-blogs/blog-do-marcelo- cuellar/2014/07/25/diversidade-alem-dos-indicadores-do-rh/>. Acesso em: 19 nov. 2015. DESSLER, Gary. Administração de recursos humanos. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. 33 EXAME. Equipes de alto desempenho têm paixão no trabalho. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/180/noticias/um-time-de- verdade>. Acesso em: 19 nov. 2015. LOS sistemas de indicadores como procedimiento de medición en la nueva función de RRHH. Disponível em: <http://www.thinkingpeoplerecursoshumanos.es/blog-thinking-people/los- sistemas-de-indicadores-como-procedimiento-de-medicion-en-la-nueva- funcion-de-rrhh/>. Acesso em: 19 nov. 2015. MELO, F. A. O.; REIS, P. N. C.; TEIXEIRA, L. P.; VIEIRA, S. C.; LIMA, H. M. A. O Recrutamento Ético como Ferramenta de Gestão nas Organizações Contemporâneas. IX SEGeT – Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia. 2012. Disponível em: <http://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/47016549.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2015. PEARSON Education do Brasil. Administração de RH. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2010. PINTO, M. V. B; FONSECA, A. A.; LOPES, L. V. C. Requisitos para a Formação de uma Equipe de Alta Performance: um estudo de caso em uma empresa de administração do setor de alimentos e bebidas de hotéis. XIII SEMEAD. Setembro, 2010. Disponível em: <http://www.ead.fea.usp.br/semead/13semead/resultado/trabalhosPDF/786.pdf >. Acesso em: 19 nov. 2015. VOCÊ RH. Qual é o papel do consultor interno na estrutura de RH? Disponível em: <http://exame.abril.com.br/revista-voce- rh/edicoes/27/noticias/business-partner-longe-do-mundo-ideal>. Acesso em: 19 nov. 2015.
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