Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Deontologia Legislação geral: Organização – Brasil: Poderes: executivo, legislativo e judiciário Executivo: execução das leis e a administração do estado Legislativo: congresso nacional; elaboração das leis Judiciário: responsável pelo cumprimento das leis Lei: norma (jurídica) imposta pelo estado e tornada obrigatória na sua observância (constitucionais – obedecem à constituição; e inconstitucionais) Hierarquia das leis: federais, estaduais e municipais Formação das leis: - sanção (aquiescência, aceitação) - promulgação (incorporação) - publicação (obrigatoriedade de cumprimento – validação da lei) Conceitos jurídicos: - decreto-lei: semelhante à lei - decreto: regulamenta a lei - regulamento - portaria: mandar ordens, expedir normas - resolução (profissional e sanitária) instrumentos que ajudam a entender as leis Atos jurídicos: - resultado da vontade humana que tenham por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos Atos lícitos e ilícitos: - aquele que, por ação ou omissão voluntárias, negligência ou imprudência, violar o direito ou causar prejuízo a outra pessoa, fica obrigado a reparar o dano - dano civil ( perda material - Responsabilidade Civil – Código Civil – Lei 10406/2002 ( reparação é feita através de compensação financeira - os médicos, cirurgiões, farmacêuticos, parteiras e dentistas são obrigados a satisfazer o dano, sempre que da imprudência, negligência, imperícia, em atos profissionais, resulta morte, inabilidade de servir o ferimento - dano penal ( perda da liberdade ( Processo ético no Conselho de Farmácia - ressalvados os outros casos previstos em lei especial, o farmacêutico e as empresas farmacêuticas respondem solidariamente pelos danos causados pelos produtos postos em circulação, ainda que os prejuízos resultem de erros e enganos de prepostos - o farmacêutico responde solidariamente pelos erros e enganos de seu preposto - preposto: aquele que dirige um serviço ou uma empresa por delegação da pessoa competente Imprudência: ação em que o agente manifesta desprezo pelos cuidados normais Imperícia: inabilidade, falha técnica, despreparo Negligência: omissão de um determinado procedimento que deveria ser adotado, desleixo, descuido Responsabilidade penal – Código penal – Privação da liberdade: Art. 15: Doloso: - quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo - ocorre o fator “vontade do autor” Culposo: - quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia - não ocorre o fator “vontade do autor” - nos crimes dolosos, a penalidade obedece a critérios variáveis segundo a espécie Crimes contra a vida: Homicídio: infanticídio – art 123 do Código Penal – homicídio qualificado Aborto: - art. 124 do CP: provocar aborto em si mesma ou consentir que outro lhe provoque ( pena: detenção de 1 a 3 anos - art. 125 do CP: provocar o aborto, sem o consentimento da gestante ( pena: reclusão de 3 a 10 anos - art. 127 do CP: as penas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço se em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão natural de natureza grave e serão duplicadas se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevenha a morte Genocídio: é a morte dada a membros de grupos nacionais, étnicos, religiosos ou raciais com o objetivo de destruição total ou parcial do grupo Omissão de socorro: - art. 135 do CP ( pena: 1 a 6 meses de detenção ou multa Eutanásia: art. 19 do CP Crimes contra a Saúde Pública: Art. 273 do CP: alterar substância alimentícia ou medicinal, modificando-lhe a qualidade ou reduzindo-lhe o valor nutritivo ou terapêutico Art. 280 do CP: fornecer substância medicinal em desacordo com a receita médica Art. 282 do CP: exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhes os limites (pena: detenção de 2 meses a 2 anos e multa Art. 283 do CP: charlatanismo – incalcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível ( pena: 3 meses a 1 ano e multa Art. 284 do CP: exercer o curandeirismo a) prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente qualquer substância b) usando gestos, palavras ou qualquer outro meio c) fazendo diagnóstico ( pena: detenção de 6 meses a 2 anos e multa “O farmacêutico, no exercício da profissão estará sujeito ao código civil, ao código penal, ao código de ética da profissão, daí resultando a responsabilidade civil, penal e profissional pelos atos a praticar”. Legislação Profissional: “Profissão é a ocupação cujo livre exercício desfruta de garantias do Direito, desde que possua ou preencha as condições que a Lei estabelece” Histórico: Até 1960: o exercício profissional era regulamentado por normas sanitárias do Ministério da Saúde Após 1960: o exercício profissional regulamenta-se por normas sanitárias quando objetiva o medicamento e o local onde será produzido, armazenado e dispensado e por normas profissionais do CFF, através dos regionais, quando referem-se ao exercício da profissão Exercício da profissão farmacêutica: - poderá exercer a profissão farmacêutica no Brasil, os farmacêuticos, os farmacêuticos bioquímicos, das diversas especializações, graduados em curso de nível superior 3° grau, fornecido por faculdade ou universidade reconhecidos pelo órgão do Governo Federal; inscritos no Conselho Regional de Farmácia da Jurisdição onde irá desenvolver suas atividades - as atividades do farmacêutico estão descritas no Decreto 85878 de 07/04/1981 que regulamenta a Lei 3820/60 - os Conselhos de Farmácia legislam sobre matéria do exercício profissional através dos instrumentos jurídicos denominados Resoluções Lei 3820 de 11/11/1960: - cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia e dá outras providências - conselhos = autarquias federais (órgãos públicos; obrigação da participação e pagamento de anuidade) - os Conselhos Federal e Regionais de Farmácia são dotados de personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira destinados a zelar pela fiel observâcia dos princípios da ética e da disciplina da classe dos que exercem as atividades profissionais farmacêuticas no país – são autarquias federais que se completam com atividade fiscalizadora dos próprios profissionais a eles vinculados, investidas de autoridade pelo estado, com finalidade precípua defesa da saúde pública (promove assistência farmacêutica) Conselho Federal de Farmácia (CFF): - com sede no Distrito Federal: SCRN 712/12 bloco G, número 30, Brasília – DF-CEP: 70760-770 - site: www.cff.org.br - possui como órgãos executivos com personalidade jurídica e autonomia nas respectivas jurisdições os Conselhos Regionais de Farmácia (CRF) - o CFF é composto por conselheiros efetivos e suplentes, eleitos pelo voto direto e secreto dos farmacêuticos de cada estado, com mandato de quatro anos - é composto por um plenário, uma diretoria e comissões assessoras O plenário do CFF é órgão deliberativo, destacando-se as atribuições: 1) Zelar pela saúde pública, promovendo a assistência farmacêutica 2) Organizar o código de ética profissional 3) Expedir resoluções ampliando ou modificando o âmbito de atuação dos farmacêuticos 4) Julgar em última instância os recursos das deliberações dos regionais 5) Eleger a diretoria do CFF 6) Deliberar sobre questões oriundas do exercício de atividades afins às do farmacêutico - o CRF-SP é composto por um plenário formado por conselheiros efetivos (mandato de 4 anos) e suplentes, por uma diretoria (mandato de 2 anos) que são eleitos pelo voto direto e secreto dos farmacêuticos inscritos no órgão e por comissões assessoras Principais atribuições: 1) Fiscalizar o exercício das atividades dos farmacêuticos, impedindo e punindo as infraçõesà lei 2) Inscrever os profissionais, habilitando-os ao exercício profissional, expedindo carteiras e cédulas de identidade profissional 3) Examinar reclamações, denúncias e representações escritas acerca dos serviços dos farmacêuticos 4) Zelar pela integridade do âmbito profissional 5) Registrar as empresas e estabelecimentos que explorem serviços para os quais são necessárias atividades farmacêuticas 6) Sugerir ao CFF as medidas necessárias para regularidade dos serviços e a fiscalização do exercício profissional - quadro de inscritos: farmacêuticos e não-farmacêuticos (oficiais/ auxiliares de farmácia) – art. 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 - pagamento de anuidade: profissionais - art. 22 e empresas – art. 24 - penalidades – art. 28, 29, 30 Legislação regulamentadora: Decretos e resoluções do CFF: Decreto 20.377 de 08/09/1931 (art. 2 e 3): - são privativas as atividades de manipulação e comércio dos medicamentos magistrais e fabricação de medicamentos - não são privativas as atividades de comércio de medicamentos, produtos químicos, biológicos e plantas medicinais Decreto 20.931 de 11/01/1932 (art. 1, 2, 5, 11, 15, 16 c.g.h.): - do exercício da medicina e farmácia, cabe ao médico escrever as receitas por extenso, legivelmente, em vernáculo - é vedado ao médico receitar sob forma secreta, como a de código ou número, indicar em suas receitas determinado estabelecimento farmacêutico, as aviar ou dar consulta em local contíguo a estabelecimento farmacêutico - não é permitido exercer simultaneamente as profissões de médico e farmacêutico Decreto 85.878 de 07/04/1981: Atividades privativas: - dispensação e manipulação de fórmulas magistrais e fórmulas farmacopéicas nos estabelecimentos públicos e privados - assessoramento e responsabilidade técnica em indústrias de produtos farmacêuticos (medicamentos auxiliares de diagnóstico e psicotrópicos entorpecentes) nos órgãos, laboratórios ou estabelecimentos industriais em que se executem análises de controle, análise fiscal de produtos e análises de controle de qualidade - extração, purificação, controle de qualidade, inspeção de qualidade, análise de controle e análise fiscal de insumos farmacêuticos de origem vegetal, animal e mineral - depósitos de produtos farmacêuticos de qualquer natureza - fiscalização profissional sanitária e técnica de empresas farmacêuticas e de natureza farmacêuticas - elaboração de laudos técnicos, de perícias técnico-legais relacionadas com produtos, fórmulas, processos e métodos farmacêuticos - o magistério superior das matérias privativas constantes do currículo próprio do curso de formação farmacêutica obedecida a legislação do ensino - desempenho de outros serviços e funções, não especificados no presente Decreto que se situem no domínio de capacitação técnica-científica profissional Atividades não-privativas: A direção, o assessoramento, a responsabilidade técnica e o desempenho de funções especializadas exercidas em: - empresas que preparem ou fabriquem produtos biológicos, imunoterápicos, soros, vacinas, alérgenos opoterápicos e derivados do sangue - laboratório de análises clínicas e de saúde pública - indústria veterinária - indústria de insumos farmacêuticos - indústria de saneantes, inseticidas, raticidas, anti-séptico e desinfetantes - estabelecimentos industriais ou governamentais que fabriquem radioisótopos ou radiofármacos para uso em diagnóstico e terapêutica - estabelecimentos industriais ou governamentais que fabriquem conjuntos de reativos ou reagentes destinados a diferentes análises auxiliares do diagnóstico médico - indústria de cosméticos, alimentos e dietéticos - órgãos laboratórios ou estabelecimentos em que se pratiquem exames de caráter químico-toxicológicos, químico-bromatológico, químico-farmacêutico, biológicos, microbiológicos, fitoquímicos e sanitários - controle, pesquisa e perícia da poluição atmosférica e tratamento dos despejos industriais - tratamento e controle de água de consumo humano e indústria farmacêutica, piscinas e balneários Resolução 357: Aprova o regulamento técnico das Boas Práticas de Farmácia: Art. 1: - o exercício da profissão farmacêutica, sem prejuízo de outorga legal já conferida, abrange com privatividade e exclusividade as farmácias, drogarias e ervanárias no que concerne as competências de farmacêuticos nesses estabelecimentos Parágrafo único: - caracteriza-se além da aplicação de conhecimentos técnicos, completa autonomia técnico- científica e conduta elevada que se enquadra dentro dos padrões éticos que norteiam a profissão Direção técnica: - compreende a coordenação de todos os serviços farmacêuticos do estabelecimento e é o fator determinante do gerenciamento da disponibilização do medicamento, devendo atender aos seguintes objetivos: atendimento ao paciente, economia, eficiência e cooperação com a equipe de saúde Diretor técnico: - é o farmacêutico responsável que trata a Lei 5991/73, cujo função é a assitência e a direção técnica do estabelecimento farmacêutico Dispensação: - ato do farmacêutico de orientação e fornecimento ao usuário de medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, a título remunerado ou não Da direção, responsabilidade e assistência técnica: - toda a farmácia ou drogaria contará obrigatoriamente com profissional farmacêutico responsável que efetiva e permanentemente assuma e exerça a sua direção técnica, sem prejuízo de mantença de farmacêutico substituto, para atendimento às exigências de lei - será afixado em lugar visível ao público, dentro da farmácia ou drogaria, o Certificado de Regularidade Técnica emitido pelo Conselho Regional da respectiva jurisdição, indicando o nome, função e horário de assistência de cada farmacêutico e o horário de funcionamento do estabelecimento Art. 29: - é vedado a dispensação de medicamentos sujeitos à controle especial ao usuário, por meios eletrônicos Art. 30: - é vedada a dispensação de medicamentos ao público pelo sistema de auto-atendimento Art.55: - a automedicação responsável é responsabilidade do farmacêutico relativamente a cada patologia que possa ser objeto de sua intervenção no processo saúde-doença Serviços farmacêuticos: - serviços de atenção à saúde prestados pelo farmacêuticos Responsabilidade técnica: - é o ato de aplicação dos conhecimentos técnicos e profissionais, cuja responsabilidade objetiva, está sujeita a sanções de natureza cível, penal e administrativa Assistência técnica: - é o conjunto de atividades profissionais que requer obrigatoriamente a presença física do farmacêutico nos serviços inerentes ao âmbito da profissão farmacêutica, efetuando a assistência e atenção farmacêutica Atenção farmacêutica: - é um conceito de prática profissional no qual o paciente é o principal beneficiário das ações do farmacêutico - a atenção é o compêndio das atitudes, dos comportamentos, dos compromissos, das inquietudes, dos valores éticos, das funções, dos conhecimentos, das responsabilidades e das habilidades do farmacêutico na prestação da farmacoterapia, com objetivo de alcançar resultados terapêuticos definidos na saúde e na qualidade de vida do paciente Ato farmacêutico: - ato privativo do farmacêutico por seus conhecimentos adquiridos durante sua formação acadêmica como perito do medicamento Automedicação responsável: - uso de medicamento não prescrito sob a orientação e acompanhamento do farmacêutico Resolução 353/00: - dispõe sobre o exercício de acupuntura pelo profissional farmacêutico Resolução 354/00: - dispõe sobre Assistência Farmacêutica em atendimento pré-hospitalar às urgências/emergências Resolução 378/02: - proíbe a responsabilidade técnica de profissional farmacêutico a estabelecimento em desacordo com a Lei Federal 5991/73 Resolução 381/02: - dispõe sobre atribuições do profissional farmacêutico na área de Imunização GenéticaResolução 382/02: - dispõe sobre a atribuição do profissional farmacêutico em Bancos de Órgãos Resolução 383/02: - dispõe sobre a atribuição de farmacêutico na área de controle de vetores e pragas urbanas Resolução 386/02: - dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito da assistência domiciliar em equipes multidisciplinares Resolução 271/95: - dispões sobre atribuições do profissional farmacêutico em exame de DNA Resolução 279: - ratifica a competência legal do farmacêutico para atuar profissionalmente e exercer chefias técnicas e direção de estabelecimentos hemoterápicos Resolução 387/02: - regulamenta as atividades do farmacêutico na indústria farmacêutica Art. 1: - no exercício da profissão farmacêutica, sem prejuízo de outorga legal já conferida, é de competência privativa do farmacêutico, todo o processo de fabricação de medicamento Parágrafo único: - caracteriza-se o profissional farmacêutico, quando no exercício da profissão, na indústria, a aplicação de conhecimentos técnicos, autonomia técnico-científica e conduta elevada que se enquadra dentro dos padrões éticos que norteiam a profissão Art.2: - o farmacêutico deve possuir profundos conhecimentos das Boas Práticas de Fabricação (BPF) - é competência privativa do farmacêutico no exercício de atividades que envolvam o Processo de Fabricação Pessoal principal: - todo profissional na atividade de fabricação de medicamentos que ocupa postos principais na empresa e tem poder de decisão - o pessoal principal inclui o farmacêutico responsável pelo desenvolvimento de produtos, o farmacêutico responsável pelo controle de qualidade, o farmacêutico responsável pelas vendas e distribuição e o farmacêutico responsável técnico - os responsáveis pela produção e controle da qualidade devem ser independentes um do outro pela produção, o farmacêutico responsável pela garantia da qualidade, (...) - os responsáveis pelos departamentos de produção, de controle e de garantia da qualidade dos medicamentos devem possuir qualificações de escolaridade previstas pela legislação vigente e experiência prática - do exercício privativo do farmacêutico nas diversas etapas de produção de medicamentos em suas diferentes formas farmacêuticas Art.6: - ao farmacêutico que atua na produção, compete exigir o correto cumprimento das Boas Práticas de Fabricação para todas as etapas do processo de produção de medicamentos em qualquer de suas formas farmacêuticas Art.7: - o fabricante deve contar obrigatoriamente com a presença e assistência técnica de tantos farmacêuticos quantos forem necessários para cobrir todas as etapas de fabricação de medicamentos em qualquer de suas formas farmacêuticas - deve ainda, fornecer ao profissionais, todas as condições que se fizerem necessárias ao correto desempenho das suas funções - da atuação do farmacêutico no processo de embalagem dos medicamentos - da atuação do farmacêutico no sistema da garantia da qualidade da fabricação dos medicamentos na indústria farmacêutica - da responsabilidade do farmacêutico pela elaboração e controle da documentação técnica na indústria farmacêutica - do exercício privativo do farmacêutico no controle de qualidade da fabricação dos medicamentos - da atuação do farmacêutico no controle de qualidade físico-químico - da atuação do farmacêutico no controle de qualidade microbiológico - da atuação do farmacêutico na administração de materiais, drogas e insumos na indústria farmacêutica - da atuação do farmacêutico no registro e assuntos regulatórios na indústria farmacêutica - da orientação técnica pelo farmacêutico ao serviço de atendimento ao consumidor - da atuação do farmacêutico no planejamento e controle da produção (PCP) na indústria farmacêutica - da atuação do farmacêutico no marketing - da indústria farmacêutica do exercício privativo do farmacêutico no desenvolvimento de produtos na indústria farmacêutica - da atuação do farmacêutico na pesquisa clínica Entidades: Associação farmacêutica:^ - são entidades de âmbito regional, são pessoas jurídicas, sem fins lucrativos, que atuam para aglutinar os farmacêuticos Objetivos: - promover cursos, eventos, seminários - intermediação entre associados e repartições públicas/ lazer - outros de interessa da classe Sindicato: - órgão associativo de categoria profissional com o objetivo de oferecer defesa dos interesses profissionais tanto dos empregados como dos profissionais liberais - SINFAR: Sindicato dos Farmacêuticos Oferece: Departamento jurídico: - causas trabalhistas - causas coletivas (dissídios) - homologa rescisões contratuais - ações judiciais - esclarecimentos sobre legislações trabalhistas e previdenciária - promove mesas de negociação no Tribunal Regional do Trabalho Departamento assistencial: - Farmaempreg: colocação e recolocação de profissionais no mercado de trabalho Imprensa e divulgação: - jornal - além da função representativa, o Sinfar organiza cursos, congressos, seminários, visando a reciclagem profissional FANAFAR: Federação Nacional dos Farmacêuticos - é a entidade que reúne os sindicatos da categoria de todo país - sua diretoria é eleita em congresso e suas decisões são tomadas nestas instâncias - Congresso - Reunião do Conselho de Representantes - Reunião da Diretoria - também funciona na sede do Sinfar em São Paulo Código de ética: Resolução 06/06/1962: Resolução 417 de 29/09/2004: - as normas do código de ética aplicam-se para todos os farmacêuticos e não-farmacêuticos inscritos no CRF - o código de ética é elaborado pelo CFF e atualizado conforme a evolução do âmbito de atuação do farmacêutico - a verificação do cumprimento das normas estabelecidas no CE é atribuição dos Conselhos de Farmácia, das Comissões de Ética destes, das autoridades da área de saúde, dos farmacêuticos e da sociedade em geral - a verificação das infrações éticas compete ao Conselho Regional no qual o profissional está inscrito através de sua Comissão de Ética - os farmacêuticos respondem pelos atos que praticarem ou que autorizem a praticar no exercício da profissão - para o exercício da profissão, impõem-se o cumprimento das disposições legais que regulamentam as atividades dos farmacêuticos Código de ética: Dos princípios fundamentais (Art.1 ao Art. 10): - a farmácia é uma profissão a serviço do ser humano e tem por fim a promoção, a proteção e a recuperação da saúde individual e coletiva - o farmacêutico atuará sempre com maior respeito à vida humana e liberdade de consciência nas situações de conflito entre a ciência e os direitos fundamentais do homem, mantendo o princípio básico de que o homem é o sujeito através do qual se expressa a totalidade única da pessoa - ao farmacêutico cabe zelar pelo perfeito desempenho ético da profissão - a fim de que possa exercer a profissão farmacêutica com honra e dignidade, o farmacêutico deve dispor de boas condições de trabalho e merecer justa remuneração por seu desempenho - os farmacêuticos respondem pelos atos que praticarem ou pelos que autorizarem no exercício da profissão - a profissão farmacêutica em qualquer circunstância ou de qualquer forma, não pode ser exercida com o objetivo de lucro, seja com finalidade política ou religiosa Dos deveres do farmacêutico (Cap. II – Art. 11 e 12): - comunicar às autoridades sanitárias e profissionais, com discrição e fundamento, fatos que caracterizem infringência a este Código e às normas que regulam o exercício das atividades farmacêuticas - exercer a assistência farmacêutica e fornecer informações ao usuário dos serviços - respeitar o direito de decisão do usuário sobre sua própria saúde e bem-estar, excetuando-se o usuário que, mediante laudo médico ou determinação judicial, for considerado incapaz de discernir sobre opções de tratamento e/ou decidir sobre sua própria saúdee bem-estar - comunicar ao Conselho Regional de Farmácia e às autoridades sanitárias a recusa ou a demissão de cargo, função ou emprego, motivada pela necessidade de preservar os legítimos interesses da profissão, da sociedade e da saúde pública - respeitar a vida humana, jamais cooperando com atos que intencionalmente atentem contra ela ou que coloquem em risco sua integridade física ou psíquica - contribuir para a promoção da saúde individual e coletiva, principalmente no campo da prevenção, sobretudo quando, nessa área, desempenhar cargo ou função pública Das proibições do farmacêutico (Cap. III – Art. 13 e 14): - deixar de prestar assistência técnica efetiva ao estabelecimento, com o qual mantém vínculo profissional, ou permitir a utilização do seu nome por qualquer estabelecimento ou instituição onde não exerça pessoal e efetivamente sua função - realizar, ou participar de atos fraudulentos relacionados à profissão farmacêutica em todas as suas áreas de abrangência - fornecer meio, instrumento, substância ou conhecimento para induzir a prática (ou dela participar) de eutanásia, de tortura, de toxicomania ou de qualquer outra forma de procedimento degradante, desumano ou cruel em relação ao ser humano - participar de qualquer tipo de experiência em ser humano, com fins bélicos, raciais ou eugênicos, pesquisa clínica em que se constate desrespeito a algum direito inalienável do ser humano - exercer simultaneamente a Medicina - praticar procedimento que não seja reconhecido pelo Conselho Federal de Farmácia - praticar ato profissional que cause dano físico, moral ou psicológico ao usuário do serviço, que possa ser caracterizado como imperícia, negligência ou imprudência - obstar, ou dificultar a ação fiscalizadora das autoridades sanitárias ou profissionais - produzir, fornecer, dispensar ou permitir que seja dispensado meio, instrumento, substância e/ou conhecimento, medicamento ou fórmula magistral ou especialidade farmacêutica, fracionada ou não, que não contenha sua identificação clara e precisa sobre a(s) substância(s) ativa(s) contida(s), bem como suas respectivas quantidades, contrariando as normas legais e técnicas, excetuando-se a dispensação hospitalar interna, em que poderá haver a codificação do medicamento que for fracionado, sem contudo, omitir o seu nome ou fórmula - exercer a profissão farmacêutica quando estiver sob a sanção disciplinar de suspensão - exercer a profissão em estabelecimento que não esteja devidamente registrado nos órgãos de fiscalização sanitária e do exercício profissional - aceitar a interferência de leigos em seus trabalhos e em suas decisões de natureza profissional - delegar a outros profissionais atos ou atribuições exclusivos da profissão farmacêutica - omitir-se ou acumpliciar-se com os que exercem ilegalmente a Farmácia ou com profissionais ou instituições farmacêuticas que pratiquem atos ilícitos - fornecer ou permitir que forneçam medicamento ou fármaco para uso diverso da sua finalidade - exercer a fiscalização profissional e sanitária, quando for sócio ou acionista de qualquer categoria, ou interessado por qualquer forma, bem como prestar serviços a empresa ou estabelecimento que explore o comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, laboratórios, distribuidoras, indústrias, com ou sem vínculo empregatício Da publicidade e dos trabalhos científicos (Art.15), é vedado ao farmacêutico: - divulgar assunto ou descoberta de conteúdo inverídico - promover publicidade enganosa ou abusiva da boa fé do usuário - anunciar produtos farmacêuticos ou processos por meios capazes de induzir ao uso indiscriminado de medicamentos - promover pesquisa na comunidade, sem o seu consentimento livre e esclarecido, e sem que o objetivo seja a proteção ou a promoção da saúde Dos direitos (Cap. V, Art.16): - exercer a profissão sem ser discriminado por questões de religião, raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, condição social, opinião política ou de qualquer outra natureza - interagir com o profissional prescritor, quando necessário, para garantir a segurança e a eficácia terapêutica farmacológica, com fundamento no uso racional de medicamentos - recusar-se a exercer a profissão em instituição pública ou privada, onde inexistam condições dignas de trabalho ou que possam prejudicar o usuário, com direito a representação junto às autoridades sanitárias e profissionais, contra a instituição - opor-se a exercer a profissão, ou suspender a sua atividade, individual ou coletivamente, em instituição pública ou privada, onde inexistam remuneração ou condições dignas de trabalho ou que possam prejudicar o usuário, ressalvadas as situações de urgência ou de emergência, devendo comunicá-las imediatamente ao Conselho Regional de Farmácia e às autoridades sanitárias e profissionais - negar-se a realizar atos farmacêuticos que, embora autorizados por lei, sejam contrários aos ditames da ciência e da técnica, comunicando o fato, quando for o caso, ao usuário, a outros profissionais envolvidos ou ao respectivo CRF Das relações profissionais (Tit.II, Art.17): - obter e conservar alto nível ético em seu meio profissional e manter relações cordiais com a sua equipe de trabalho, prestando-lhe apoio, assistência e solidariedade moral e profissional - prestar colaboração aos colegas que dela necessitem, assegurando-lhes consideração, apoio e solidariedade que reflitam a harmonia e o prestígio da categoria - prestigiar iniciativas dos interesses da categoria - denunciar, a quem de direito, atos que contrariem os postulados éticos da profissão Das relações com os Conselhos (Tit. III, Art.18 e 19): - acatar e respeitar os Acórdãos e Resoluções do Conselho Federal e os Acórdãos e Deliberações dos Conselhos Regionais de Farmácia - prestar, com fidelidade, informações que lhe forem solicitadas a respeito de seu exercício profissional - comunicar ao CRF em que estiver inscrito, toda e qualquer conduta ilegal ou antiética que observar na prática profissional - atender convocação, intimação, notificação ou requisição administrativa no prazo determinado, feita pelos Conselhos Regionais de Farmácia, a não ser por motivo de força maior, comprovadamente justificado Art.19: - o farmacêutico, no exercício profissional fica obrigado a informar, por escrito, ao respectivo CRF todos os seus vínculos, com dados completos da empresa (razão social, Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ, endereço, horário de funcionamento e de Responsabilidade Técnica – RT), mantendo atualizado o seu endereço (residência) e os horários de responsabilidade técnica ou de substituição Das infrações e sanções (Tit.4, Art.20): As sanções disciplinares são: 1) de advertência ou censura 2) de multa de um salário mínimo a 3 salários-mínimos regionais 3) de suspensão de 3 meses a um ano 4) de eliminação - Resolução 418/04 processo disciplinar Resolução 418 de 29/09/2004: Código de processo ético: Importante: - o farmacêutico portador de doença incapacitante para o exercício profissional, terá suas atividades suspensas enquanto perdurar sua incapacidade - o profissional condenado por sentença criminal por crime praticado no exercício da profissão, ficará suspenso da atividade enquanto durar a pena - o farmacêutico tem compromisso moral individual e coletivo com os indivíduos e a sociedade; a contravenção implicará em sanções éticas independentes das penalidades estabelecidas pelas leis do país - o processo rege-se pelo Código de Ética estabelecido pela Resolução 290/96 - o processo é instaurado no CRF onde o faltoso estiver inscrito por iniciativa do presidente do órgão - o processo será instrumentalizado sob a forma de auto judiciais, sendo o CFF a última instância de recurso na esfera profissional - é competência da Comissão de Ética do CFR instruir o processo, intimar pessoas, tomar depoimentos, promover perícias, emitirrelatório e fazer orientação prévia - após a instauração do PE, o profissional será intimado e terá o direito de defesa conforme estabelece a lei Resolução 431 de 17/02/2005: Infrações éticas e disciplinares: - as transgressões aos Acórdãos e às Resoluções do CRF, às Deliberações dos CRF e as infrações à legislação farmacêutica são passíveis de apelação constante desta Resolução, ressalvadas as previstas em normas especiais As infrações éticas e disciplinares serão apenadas, de forma alternada ou cumulativa, sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, com as penas de: 1) Advertência 2) Advertência com emprego da palavra “censura” 3) Multa 4) Suspensão 5) Eliminação As infrações éticas e disciplinares classificam-se em: 1) Leves: aquelas em que o indiciado é beneficiado por circustância atenuante 2) Graves: aquelas em que for observada uma circunstância agravante 3) Gravíssimas: aquelas em que for observada a existência de duas ou mais circunstâncias agravantes Para a imposição de pena e sua gradação, o Conselho Regional observará os seguintes aspectos: 1) As circunstâncias atenuantes e agravantes 2) A gravidade do fato, em razão de suas conseqüências para o exercício profissional e a saúde coletiva 3) Os antecedentes do indiciado em relação às normas profissionais de regulação da atividade farmacêutica São circunstâncias atenuantes: 1) A ação do indiciado não ter sido o fundamento para a consecução do evento 2) A confissão espontânea da infração, se for relevante para a descoberta da verdade, com o propósito de reparar ou diminuir as suas conseqüências para o exercício profissional e a saúde coletiva 3) Ter o indiciado sofrido coação a que não podia resistir para a prática do ato 4) Ser o infrator primário, e a falta cometida, de natureza leve 5) Ter o indiciado atendido, no prazo determinado, as convocações, intimações, notificações ou requisições administrativas feitas pelo Conselho Regional de Farmácia da jurisdição São circunstâncias agravantes: 1) A premeditação 2) A reincidência, considerada como tal, sempre que a infração for cometida antes de decorrido um ano após o cumprimento de pena disciplinar imposta por infração anterior 3) A acumulação de infrações, sempre que duas ou mais sejam cometidas no mesmo momento 4) O fato de a infração ou as infrações serem cometidas durante o cumprimento de pena disciplinar ou no período de suspensão de inscrição 5) Ter o indiciado cometido a infração para obter vantagem pecuniária decorrente do consumo pelo público, do produto elaborado, ou serviço prestado, em desobediência ao que dispõem as normas profissionais e sanitárias, quando for o caso 6) O conluio com outras pessoas 7) Ter a infração conseqüências calamitosas para a atividade profissional e a saúde coletiva 8) A verificação de dolo, em qualquer de suas formas - a reincidência torna o indiciado passível de enquadramento na pena de suspensão e a caracterização da infração como gravíssima - as infrações éticas e disciplinares encontram-se descritas no artigo 11 de I a XI - quando aplicada a pena de suspensão e eliminação, deve esta ser publicada no órgão de divulgação oficial do CRF, depois do trânsito em julgado - as sanções aplicadas serão objeto de registro na ficha individual do farmacêutico, devendo ainda ser comunicadas, no caso de suspensão, ao empregador e ao órgão sanitário competente - as infrações éticas e disciplinares de ordem farmacêutica prescrevem em 5 anos
Compartilhar