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Resumo de Economia política

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AULA 1
Antes de iniciarmos o estudo desta matéria, devemos identificar qual a relação entre direito e economia. Podemos identificar de cara que tanto o direito quanto a economia são ciências oriundas da vontade humana de se conhecer melhor, de conhecer o meio em que vive e de melhorá-lo seja ele pela produção ou pela segurança jurídica que cria garantias e deveres. O direito traz as normas que pode ser considerada a tradução cultural de uma sociedade. A economia moderna por sua vez tem sua “forma” prevista no texto constitucional, os investidores têm uma segurança advinda das leis. A correlação iniciou-se logo após o fim dos feudos, com o declínio econômico e político dos nobres e com a ideia de individualidade elevada, passou-se a existir o direito de TER, os mercadores, detentores dos meios de produção passaram a ter valor na sociedade, tornaram-se ricos e principalmente, influentes na política. O simples direito de ter, deu início chamado de “Liberalismo econômico” que é mais ou menos o que falamos acima, mas voltado para a economia, é a individualidade de cada um, posta em suas escolhas, os homens passaram a ser autossuficientes para gerirem suas próprias vidas.
O objetivo da economia é gerir a escassez, esta por sua vez sempre existirá em qualquer sociedade, mas em contrapartida os anseios sociais são ilimitados, gerando assim um problema que requer uma solução, seja ela para realocar os bens escassos quanto para descobrir uma alternativa para o bem que se precisa. 
Os fatores de produções ou recurso é tudo que pode ser utilizado para a produção de um bem ou de um serviço e subdivide-se em quatro:
Capital
Trabalho ou Mão de Obra
Conhecimento e Tecnologia
Terra ou Recurso Natural
Os bens são produzidos de acordo com a necessidade e podem ser produzidos em três possíveis cenários da economia:
Primário: Extração vegetal, animal, etc.
Secundário: Extração mineral, construção, energia elétrica, gás, tratamento de água, etc.
Terciário: comércio, mercado financeiro, transporte, comunicação, lazer, saúde, etc.
AULA 2
	Começaremos esta aula aprendendo sobre dois importantes conceitos da Teoria Econômica, são eles: Microeconomia e Macroeconomia. 
Microeconomia estuda o a formação de preços no mercado, tem uma visão mais próxima das necessidades dos consumidores, observando a forma com que eles gastam.
Macroeconomia estuda o funcionamento da economia como um todo, não individualiza o consumidor, mas agrega os relacionamentos de compra e venda no geral. Ex: mercado externo, consumo, poupança, nível de emprego, etc.
Um dos fatores determinantes para a demanda é o valor atribuído pelo consumidor para com determinado item, deste modo, podemos dizer que a demanda de mercado será definida pela quantidade de um determinado item que os consumidores queiram adquirir. A demanda também dependerá não só de quantas pessoas querem um item, mas também de quantas pessoas podem pagar por este item. Há fatores que influenciam o mercado, entre eles estão: O preço do bem ou serviço, a renda do consumidor, hábitos do consumidor e preços de bens substitutos ou complementares. Vamos agora destrinchar o que fora dito:
Renda do consumidor: em regra geral, se a renda aumenta, a demanda aumenta. 
Bens substitutos: são bens que podem substituir um bem que está muito caro, por exemplo: com o aumento do preço da carne, os consumidores optaram pelo frango.
Bens complementares: são os bens que tem uma relação inversa com outro bem. Ex: se o preço do carro aumentar, cairá a demanda por gasolina.
Preferências dos consumidores: As empresas gastam com publicidade para aumentar o desejo de compra dos consumidores.
Os bens podem ser divididos em:
Bem normal: Quando a renda do consumidor aumenta e a demanda pelo produto aumenta, logo temos um bem normal.
Bem inferior: Quando a renda do consumidor aumenta e a demanda pelo produto cai.
Bem de consumo saciado: Bens que não são influenciados pela renda dos consumidores: sal, farinha, etc.
Haverá períodos em que ocorrerá um desequilíbrio entre a quantidade demandada e a quantidade ofertada, este desequilíbrio por si só (força do mercado) é ajustado. Mas excepcionalmente há casos de imperfeições no mercado. O governo intervém com medidas para sanar estas imperfeições, como por exemplo: fixa importo e subsídio, estabelece o critério de reajuste do salário mínimo, estabelece preço mínimo para produtos agrícolas, congela preços e salários, decreta tabelamento, etc. 
Para incentivar a produção agrícola, o governo fixa um preço mínimo no produto agrícola para evitar o desestímulo dos produtos em épocas que o preço de seu produto for muito inferior, desta forma, caso o preço mínimo fique acima do preço do mercado, o produtor vende seu produto ao governo pelo preço mínimo estipulado. 
INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA
	Vimos anteriormente que o Estado intervém na economia quando é necessário, contudo, há formas específicas de intervenção, são elas:
Absorção: Nesse caso o governo atua de forma monopolista, prevendo no Art. 177 da CF o que pertence privativamente à União. 
Participação: O governo atua junto com a iniciativa privada. 
Direção: Neste caso o Estado utiliza-se de seu poder legiferante para afetar a economia. (Vide Art. 174 CF/88) 
Indução: O governo incentiva o mercado por meio de concessões de benefícios fiscais, oferecendo crédito, perdoando dívidas, etc. 
Além das quatro formas de intervenção supracitadas, temos também a intervenção direta e indireta.
O Estado intervém diretamente por meio de empresas públicas e sociedade de economia mista. Na intervenção direta, o Estado atua como empresário visando a geração de atividade econômica, Ex: Correios (regime monopolístico) Caixa econômica federal (regime concorrencial).
A intervenção indireta ocorre por meio de fiscalização, incentivo e planejamento, o Estado adota políticas para estimular a atividade econômica.

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