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Aspectos Históricos e Filosóficos dos Direitos Humanos

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Aluno: LUZINETE RIBEIRO DOS SANTOS RA:01650000562
GUERRA, SIDNEY DIREITOS HUMANOS:CURSO ELEMENTAR. /SIDNEY GUERRA-SÃO PAULO:SARAIVA, 2013.1.DIREITOS HUMANOS-2 DIREITOS HUMANOS-BRASIL. CDU-341.48
Aspectos Históricos e Filosóficos dos Direitos Humanos
O que são direitos humanos?
“Indubitavelmente, a expressão “direitos humanos” chega ao século XXI com grande força e vitalidade, sendo largamente utilizada em manifestações da sociedade civil, na política, para pleitear direitos, enfim, nas mais distintas reivindicações dessa expressão, ela acaba por incorrer em certa vagueza e imprecisão”. (Sidney Guerra, p.32)
“A própria Constituição brasileira de 1988 recorre a expressão semanticamente diversificadas para fazer alusão a tais direitos humanos (art.4º, II); direitos e garantias fundamentais (Título II e art. 5º, §1º); direitos e liberdades constitucionais (5º, LXXI); direitos e garantias individuais (art.60, §4º, VI”.(Sidney Guerra, p.33)
“Celso Bastos, afirma que liberdades públicas, direitos humanos ou individuais são prerrogativas do indivíduo e face do Estado”.(p.34)
” Geralmente, a terminologia “direitos humanos”, é empregada para denominar os direitos positivos nas declarações e convenções internacionais, como também as exigências básicas relacionadas com a dignidade, a liberdade e a igualdade de pessoas que não alcançam um estatuto jurídico positivo”. (p.37)
“Segundo Antonio-Enrique Peréz Luṅo, os direitos humanos formam conjunto de faculdades e instituições que, em cada momento histórico, concretizam as exigências da dignidade, da liberdade, da igualdade humanas, as quais devem ser reconhecidas positivamente pelos ordenamentos jurídicos em nível nacional e internacional”. (37)
“Levando em consideração os aspectos relativos ao tempo e ao espaço é que se costuma adotar as expressões “direitos humanos” para estudo consagrado no plano internacional ou universal e “direitos fundamentais” no plano interno ou estatal. (...)toda sorte, os direitos da pessoa humana (consagrada no plano internacional e interno) têm por escopo resguardar a dignidade e condições de vida minimamente adequadas do indivíduo, bem como proibir excessos que porventura sejam cometidos por parte do Estado ou de particulares”. (39)
 “Hoje, não povo que negue uma Carta de Direitos e seus respectivos mecanismos de efetivação, o que todavia, ainda não significa a garantia da justiça concreta, porquanto esses direitos podem várias ao sabor do pensamento político ou filosófico informador de determinado Estado”. (p.48)
“A dignidade humana, acentua Bidart Campos, apresenta-se como valor básico que fundamenta os direitos humanos e tende a explicitar e satisfazer as necessidades da pessoa humana na esfera moral”. (p.49)
“Atualmente, existe um rol significativo de direitos humanos, reconhecidos no plano internacional e interno dos Estados, inerentes aos direitos civis, políticos, sociais, econômicos, culturais, de meio ambiente, da paz etc”. (49)
“Contudo, deve-se ressaltar que o papel do Estado na defesa dos direitos de primeira geração se manifesta tanto em seu tradicional papel passivo (abstenção de violar os direitos humanos, ou seja, as famosas prestações negativas), quanto o papel ativo, pois há d se exigir ações do Estado para garantia de segurança pública, administração da justiça”. (p.53)
“Os civis são aqueles que, mediante garantias mínimas de integridade física e moral, bem assim de correção procedimental nas relações judicantes entre os indivíduos e o Estado, asseguram uma esfera de autonomia individual de modo a possibilitar o desenvolvimento da personalidade de cada um. São direitos titulados pelos indivíduos e exercidos, em sua grande maioria, individualmente, embora alguns somente possibilitem o exercício coletivo (liberdade de associação). O Estado tem o dever de abstenção ou de não impedimento e de prestação, devendo crias instrumentos de tutela como a polícia, o Judiciário e a organização do processo”. (p.53)
“Bobbio no simpósio promovido pelo Instituto Internacional de Filosofia sobre o Fundamento dos Direitos Humanos,” o problema grave de nosso tempo, com relação aos direitos dos homens, não era mais o de fundamentá-los, e sim o de protegê-los”. (p.55)
“(...), o reconhecimento e a proteção da dignidade humana da pessoa pelo direito resultam justamente da evolução do pensamento humano a respeito do significado desse ser humano, e a compreensão do que é ser pessoa e de quais valores são inerentes a ela acaba por influenciar ou mesmo determinar o modo pelo qual o direito reconhece e protege tal dignidade”. (p.59)
“O princípio da dignidade da pessoa humana adquiriu contornos universalistas desde que a Declaração Universal de Direitos do Homem o concebeu em seu preâmbulo: “Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo”. (p.61)
“É imposição que recai sobre o Estado de respeitar, proteger e promover as condições que viabilizem a vida com dignidade”. (p.62)
“Bidart Campos sustentou que “os direitos humanos passam a ser considerados realmente ‘direitos ‘uma vez incorporados ao direito positivo, mas antes disso são considerados ‘direitos morais’, ou seja, exigências éticas que a filosofia dos direitos humanos considera o termo de ‘direitos’’’. (p. 64)
“A concepção de justiça transita entre diversas modalidades teóricas, não se chegando, após esse percurso, a um denominador comum. No entanto, essa noção vem-se tornando cada vez mais importante quando se discutem lemas relevantes como os direitos humanos. Estes, ao se formularem, contêm a expectativa de poderem ser defendidos, pelo fato de trazerem em si traços de valores comuns a todos as manifestações históricas e culturais”.( p.65)
Referidos princípios correspondem a uma concepção geral de justiça, cuja formulação é a seguinte: “Todos os valores sociais- liberdade e oportunidade, renda e riqueza, e as bases sociais da autoestima-devem ser distribuídos igualitariamente, a não ser que uma distribuição desigual de um ou de todos os valores traga vantagem para todos”.(p.72)
“As distintas fases no processo de constituição do Estado mínimo, segundo ele, são todas legitimas, já que não violariam direitos individuais de ninguém. O defensor do Estado mínimo, fortemente interessado em proteger os direitos contra sua violação, faz desta a única função legitima do Estado e proclama eu todas as outras funções são ilegítimas porque implicam em si mesmas a violação dos direitos, uma vez que concede lugar preponderante à proteção e à não violação de direitos”.(p.75)
“(...) Para Walzer as escolhas são condicionadas pelo significado e interpretação que as comunidades outorgam aos bens. (...) A justiça é o instrumento da igualdade mas a igualdade em nossas sociedades não é simples, é complexa, várias igualdades de vários pontos de vista, quanto a direitos, oportunidades, resultados etc.” (p.79)
“Indubitavelmente, a contribuição dos estudos da filosofia do direito é importante para a compreensão dos múltiplos aspectos que versam sobre a temática desta obra- os direitos humanos-, e certamente servirão para alcançar o entendimento de seus fundamentos”.(p.85)
 
Aluno: LUZINETE RIBEIRO DOS SANTOS RA:01650000562
ACESSO À JUSTIÇA- ABDH (ACADEMIA BRASILEIRA DE DIREITOS HUMANOS)
ACESSO À JUSTIÇA/ ORGANIZADORES, PAULO ROBERTO ULHOA, DAURY CESAR FABRIZ, JÚLIO PINHEIRO FARO HOMEM DE SIQUEIRA. —VITÓRIA:CRONOGRAMA, 2016.CDU-347.9(81)
A DEFENSORIA PÚBLICA E OS DIREITOS HUMANOS:UMA ANÁLISE MÚLTIPLO-DIALÉTICA DA DEFENSORIA PÚBLICA BRASILEIRA COMO INSTRUMENTO DE EFETIVAÇÃO DE DIREITOS
 “Vivemos um período de fortes tormentas. Sejam elas sociais, econômicas ou políticas, essas tormentas, todos os dias produzem novas notícias sobre aquilo que consideramos o flagelo da humanidade no século XXI, a desintegração- pela falta de sua efetivação real enquanto instrumento de transformação, emancipaçãoe libertação do Ser- dos Direitos Fundamentais”. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.381-382)
“Será a partir dessas constatações que o presente trabalho, através de um diálogo múltiplo-dialético, buscaremos compreender como a Defensoria Pública pode ser vista- no momento atual de crise pragmática do modelo moderno de Estado em relação aos Direitos Humanos- como um dos principais instrumentos para a efetivação dos Direitos Humanos aos necessitados, nos termos da Constituição Federal de 1988, através da efetivação do direito ao acesso à justiça”.( Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.382)
 “Segundo o art. 134, da Constituição Federal de 1988 (CF/88) a defensoria pública deve ser vista como importante instrumento de realização da justição, incumbindo-lhe, dentre outros aspectos, “(...)a orientação jurídica, a promoção dos direiros humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e gratuita, aos necessitados”.” (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.383)
“È a partir das discussões que cercam a época da proclamação da República em 1889, que surge a questão da necessidade de um órgão que realizasse os atos indispensáveis à assistência judiciária aos necessitados. O governo provisório, diante disso, em 1890, determina- através do Decreto 1.030- a formação de uma comissão de patrocínio gratuito dos pobres”. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.384)
“O citado Decreto 20.784/1930 determinava que aos coubesse o encargo da assistência judiciária aos necessitados, pois, além de questão moral-inerente a profissão- o Decreto determinou, a título de dever jurídico, que os advogados patrocinariam os pobres (necessitados) sendo que, sua recusa, poderia implicar em sanções disciplinares impostas pela OAB”. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.385)
“Assim, após aproximadamente 21 anos de regime ditatorial militar, que hoje se percebe como um tempo de total falta de respeito aos direitos humanos, a atual Constituição Federal de 1988, redemocratizou o país, instituindo no texto constitucional (art.134), a título de órgão responsável pela realização da assistência judiciária aos necessitados, a Defensoria Pública, que deveria ser criada no âmbito da União e do Distrito Federal (§1º, do art.134, com redação dada pela Emenda Constitucional nº45/2004 e dos Estados (§2º, art. 134). (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.387)
“Finalmente, a regra sobre assistência judiciária aos necessitados aprimorou-se através do inciso LXXIV, do art. 5º, da CF/88”.
“Constata-se assim, que a CF/88, ao impor à União, aos Estados e ao Distrito Federal o dever de prestar assistência jurídica integral e gratuita aos visa concretizar o direito humano fundamental de invocar o exercício da jurisdição para solução dos conflitos”. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p. 388)
“Nesse sentido, será, essencialmente, através da Defensoria Pública-uma instituição constitucional do Estado- que o aceso à justiça estará assegurado, indistintamente, a todas as pessoas”. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.388)
“Ao extrairmos através da matriz do múltiplo dialético as bases para a compreensão de uma perspectiva libertadora e emancipadora do direitos humanos, que mesmo que não diminua a importância de sua matriz moderna, euro-norte americana, frutos das Cartas e Declarações de Direitos dos últimos três séculos- de cunho universalizante - possa, ao emergir de baixo, do sul, da periferia global, tenha condições de demarcar um novo momento a esses direitos, não mais o de sua salvaguardar, mas o de sua efetivação”.( Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.395)
“A partir de então é possível percebermos como a CF/88 resolveu tratar da defensoria pública, instrumentalizando-a de poderes e deveres para com aquelas pessoas, que o modelo político-social, econômico e cultural de nossos dias, excluiu, encobriu, relegando-as ao esquecimento do mercado globalizado do capital, hoje, conforme discutido acima, o substrato essencial de nossa realidade e modo de vida”. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.398)
“Assim, quando a CF/88 estabelece em seu art. 3º, I,II e IV, como objetivos fundamentais da República do Brasil, a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a erradicação da pobreza e da marginalização, a redução das desigualdades sociais e regionais e a promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, tais palavras não são jogadas ao vento, pois a mesma carta constitucional, estabelece meios para a efetivação de tais objetivos, tais como a institucionalização independente e autônoma da defensoria pública como um dos principais elementos de nosso Estado Democrático de Direito. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa,p.399) 
“De modo que é possível chegarmos à conclusão de que a defensoria pública, nos termos em fora institucionalizada pela CF/88 tem, possui como seus mais importantes fundamentos, a dignidade da pessoa humana e a cidadania de todos os brasileiros, nos termos do art.1º, II e III, do citado texto constitucional, bem como objetivos, que atrelados às citadas pretensões brasileiras expostas acima, quer efetivar a garantia de uma sociedade livre, justa e solidária, onde não se estabeleça quaisquer formas de discriminação, seja política, social, econômica ou cultural. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa,p. 399-400)
“A partir de então, é importante destacar que a Lei Orgânica da Defensoria Pública (Lei complementar132/2009- ), aliada com as determinações daCF/88acerca da proteção e promoção dos direitos humanos a partir da defensoria pública, estabelece mudanças significativas para melhor atender a esses objetivos constitucionais, ou seja, entre várias obrigações já definidas através da CCF/88, como visto acima, determina o dever do defensor público de promover a difusão e a defesa dos direitos humanos”. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.400)
“E mais, a citada legislação também acrescenta em seu artigo 3º, III, que um dos principais objetivos da defensoria pública consiste na observância da prevalência e da efetivação do direitos humanos, sendo que seu artigo 4º, III e VI, a LC/132/2009, declara como verdadeiras e importantes funções institucionais da defensoria pública , dentre outras: a) a promoção, a difusão e a concretização dos direitos humanos, bem como b)a possibilidade de exercício dessa promoção, inclusive, perante os sistemas internacionais de proteção dos direitos humanos”. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.400)
“A defensoria pública, pode ser percebida como um dos mais importantes órgãos, componentes da estrutura do Estado moderno, para a promoção dos direitos daquelas pessoas que não possuem, senão através do auxílio e da atuação da defensoria pública, outro meio de, no mínimo, terem acesso à justiça”. (Heleno Florindo Da Silva e Paulo Roberto Ulhoa, p.402)

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