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Artigo 5s Roseli 10 11 17

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O programa 5s e a melhoria e controle gestão da qualidade
The 5s program and the improved quality management control 
Roseli A. Defassio
Faculdade Pitágoras de Londrina
Londrina – Paraná
E-mail: defassio1@hotmail.com
Prof. Thiago Spiri Ferreira
Faculdade Pitágoras de Londrina
Londrina – Paraná
E-mail: thiagospiri@gmail.com
Resumo
Este trabalho tem como finalidade mostrar a metodologia 5s, um programa que auxilia na organização dos ambientes de trabalho e se destaca como não apenas uma ferramenta, mas uma filosofia que é capaz de otimizar o ambiente, produtos, serviços, segurança e até as pessoas. Este trabalho tem como objetivo demonstrar a melhoria da eficiência dos processos através da arrumação dos locais de trabalho de maneira adequada, pela organização, limpeza, saúde e da autodisciplina. Este artigo constitui-se de uma revisão de literatura baseada em vários autores renomados da literatura sobre a metodologia do programa 5s. A utilização da metodologia 5s de maneira adequada pode trazer benefícios como maior índice de produtividade, redução de riscos e falhas, melhoria do ambiente de trabalho, e também a mudança de cultura da empresa com uma simples melhoria na rotina de trabalho da organização. Mas para alcançar a eficácia do programa 5s é necessário levantar os problemas, dar treinamento aos funcionários, delegar as ações e responsabilidades, criar auditorias para manutenção de cada senso e manter a motivação dos colaboradores mostrando a eles os resultados alcançados com o programa.
Palavras Chave: 5s; Qualidade; Melhoria contínua; Ferramentas da Qualidade. 
Abstract
This work aims to show the methodology 5s, a program that assists in the organization of work environments and stands out as not only a tool, but a philosophy that is able to optimize the environment, products, services, security and even people. The objective of this work is to demonstrate the improvement of the efficiency of the processes through the organization of workplaces in an adequate manner, by the organization, cleaning, health and self-discipline. This article is based on a literature review based on several renowned authors of the literature on the methodology of the 5s program. The use of the 5s methodology in an appropriate way can bring benefits such as a higher productivity index, reduction of risks and failures, improvement of the working environment, and also the change of company culture with a simple improvement in the organization's work routine. But to achieve the effectiveness of the 5s program it is necessary to raise problems, train staff, delegate actions and responsibilities, create audits to maintain each sense, and keep employees motivated by showing them the results achieved with the program.
Keywords: 5s; Quality ; Continuous improvement; Quality tools.
Introdução 
À medida que a sociedade evolui, globaliza-se a rapidez da informação e o nível de exigência se tornam cada vez maiores. Houve um tempo que a concorrência se superava pela quantidade, tamanho, mas nunca a exigência de qualidade e perfeição chegou aos níveis atuais. O critério qualidade se tornou o diferencial desejável em todas as empresas.
As ferramentas geradoras de qualidade auxiliam na busca por melhorias contínuas a produção de bens e serviços e o atendimento voltado a alcançar a satisfação dos clientes e agregando valor e consequentemente, captar a sua fidelização. O diferencial no mercado pode ser atingido de várias formas sendo mais recomendável começar pelo ambiente organizacional, melhorando o clima no espaço laboral do trabalho, pois é muito custoso conseguir uma melhoria eficaz sem as adequações que produzam organização, higiene e segurança. Neste quesito, o programa 5s pela sua simplicidade e a sua relação custo/benefício é indicado para preparar a empresa para o processo de gestão da qualidade.
A situação que deu início ao desenvolvimento do programa 5 S ocorreu num cenário de dificuldades, era ao final da Segunda Guerra mundial e o Japão tinha sofrido perdas significativas, especialmente em consequências de duas bombas atômicas lançadas sobre Nagasaki e Hiroshima. 
Para as empresas japonesas serem competitivas foi necessário rever seus conceitos e metodologias, condição essencial para a competitividade. Assim foi desenvolvido o programa 5 s, simples e executável. O que o caracteriza é a aceitação de todos dentro da empresa, em seu comprometimento de colaborar para a efetivação das medidas necessárias, ou seja, desenvolver o sentido de organização, higiene e limpeza do ambiente laboral, saúde e qualidade de vida no ambiente do trabalho e disciplina, que é fundamental para a execução, ou seja, a persistência de todos até atingir o nível desejado e dar a sua continuidade. O mesmo faz com que o individuio compreenda melhor o seu papel dentro da organização e os torna parte dos processos e resultados alcançados, fazendo com que adquiram a consciência e disciplina, mesmo sem cobranças por parte dos superiores. Por isso, os Programas de Qualidade têm auxiliado as empresas no processo de melhoria contínua dos produtos ou serviços, principalmente através da mudança cultural, a fim de se obter a vantagem competitiva necessária que será colhida a curto, médio e longo prazo.
A possibilidade de todos perceberem as melhorias no ambiente do trabalho e a contribuição para a qualidade dos trabalhos, a segurança, o ganho no aspecto moral, são contributivos para a participação e o ganho de produtividade. A principal e fundamental exigência para a implantação é a participação de todos, independentemente do nível dentro da empresa.
A implantação de qualquer programa que implique mudanças pode apresentar resistência dentro de uma empresa. A natureza dessas dificuldades pode ser as mais variadas. A mudança comportamental pode ser fator decisivo para que as alterações realizadas dentro da empresa sejam capazes de gerar a qualidade desejada. A mudança comportamental depende da vontade de cada uma das pessoas que atuam dentro da empresa, individual e coletivamente, independentemente do nível hierárquico. A implantação do programa 5s é indicada pela simplicidade e pelas possibilidades de alcance da qualidade. 
Assim, o problema desta pesquisa se constitui em encontrar respostas as seguintes indagações: A Implantação do Programa 5s oferece melhorarias na gestão da qualidade nas empresas? 
Este artigo visa demonstrar as possibilidades de melhorias que o programa 5S pode oferecer para as empresas, buscando melhorias significativas no ambiente de trabalho e na otimização dos processos, uma nova cultura que pode ser aplicada a qualquer tipo de empresa.
A busca pela qualidade é fundamental nas empresas e nas diversas atividades humanas, principalmente no que diz respeito a diferenciação e na vantagem competitiva. Como o programa 5s é simples, menos oneroso e serve como base para dar seguimento ao processo de alcance da excelência na qualidade, optou-se por sua delimitação. Ademais, permite-se dizer que, este estudo acadêmico se justifica pela importância da implantação da filosofia 5S, portanto, e pelas definições que se delineiam a respeito do conceito de qualidade tanto buscado pelas organizações.
Capitulo 1 : Fundamentação Teórica
Conceitualmente, “O programa 5s teve origem na década de 50 no Japão após a segunda guerra mundial, com intuito de reorganizar o país, ele foi criado pelo centro de educação para qualidade, com a liderança de Kaoru Ishikawa” (LAES; HAES, 2006).
Segundo o livro Gestão da Qualidade (2006, p.116). “É uma filosofia voltada para a mobilização dos colaboradores, através da implementação de mudanças no ambiente de trabalho, incluindo eliminação de desperdício, arrumação de sala e limpeza”. De Acordo com Cerqueira (1997) o programa 5s visa à melhoria da qualidade de vida através de práticas de ações óbvias. 
Para Silva (1994) o objetivo do programa 5s é satisfazer a organização como um todo, juntando clientes, funcionários e a sociedade onde está inserida. Já para Cerqueira(1997) o programa tem cinco principais objetivos: melhoria da qualidade de vida, prevenção de acidente, melhoria da produtividade, redução de custos e conservação de energia. No livro Gestão da Qualidade (2006, p.116) “Seu objetivo principal é mudar a maneira de pensar desses colaboradores, a fim de que procurem ter um comportamento melhor em toda vida tanto profissional quanto familiar”. Na compreensão de Laes e Haes (2006) o programa tem como objetivo a eliminação dos desperdícios no setor de trabalho e oportunizar mudanças nos costumes da organização. Portanto a ferramenta 5s visa proporcionar um melhor desempenho na qualidade de vida dos colaboradores e tem como finalidade a organização e a limpeza de todo ambiente laboral, juntamente com a autodisciplina dos empregados, proporciona um ambiente agradável e prolífero.
De acordo com Zanini (1997), “S” denominação em Japonês tradução em Inglês para português: Seiri – Sorting = Senso de Utilização, arrumação organização, seleção; Seiton – Systematyzng = Senso de ordenação, sistematização; Seison – Sweeping = Senso de limpeza, zelo; Seiketsu – Sanitizing = Senso de asseio, higiene, saúde e integridade; Shitsuke - Disciplining = Senso de autodisciplina, educação e compromisso. 
1.1. SEIRE – Senso da Utilização. 
Segundo Silva, Bordenal e Parra (2006), senso de utilização (SEIRI): a qual visa fazer o melhor uso do tempo, espaço, energia, matéria-prima, recursos humanos evitando assim o desperdício. Tudo que não estiver sendo utilizado é considerado desnecessário e deve ser descartado. Já os recursos necessários devem ter aplicação do senso de organização
De acordo com Ribeiro (1994, p. 18) “Organizar é separar as coisas necessárias das que são desnecessárias, dando um destino para aquelas que deixaram de ser úteis para aquele ambiente”. Na opinião de Cerqueira (1997) o primeiro senso significa identificar o qual dos itens do ambiente é realmente necessário, utilizando a percepção com base na frequência de utilização. O que for considerado desnecessário deverá ser descartado e os demais identificados conforme seu tipo e uso.
Vários autores ainda ressaltam a importância deste senso para a segurança do ambiente de trabalho. “A diminuição de acidentes que podem atingir graves proporções devido ao acúmulo de objetos desnecessários” segundo Cerqueira (1997, p.34). 
1.2 SEITON – Senso de Ordenação 
Segundo Silva, Bordenal e Parra (2006) significa organizar o ambiente de forma que facilite a localização de cada item, evitando também acidentes de trabalho. De acordo com Ribeiro (1994, p. 17) “ordenar é agrupar as coisas necessárias, de acordo com a facilidade de acessá-las levando em conta a frequência lógica já praticada ou de fácil assimilação”. “Seiton. Dispor documentos segundo o método de arquivamentos e critérios de ordenação adotados. Classificar, associar, esquema de cores, ordenar e identificar com notação colorida, visando facilitar a localização dos documentos”. (PAIO, 1996).
1.3 SEISO – Senso de Limpeza
Conforme Nakata (2000), “remover a sujeira torna tudo mais visível. Removendo o pó e as manchas, a parte oculta pela sujeira fica exposta à inspeção” consiste na etapa em que é retirado de tudo que não é necessário deixando o ambiente limpo. De acordo com Ribeiro (1994), consiste em eliminar a sujeira, verificando as causas de sua origem. Badke (2004) fala que o senso de limpeza é abolir a sujeira e trabalhar na prevenção eliminando todas as causas. “O senso de limpeza possibilita o melhor uso dos equipamentos evitando defeitos e paradas na operação para reparos constantes”. (CERQUEIRA, 2004). 
1.4 SEIKTSU – Senso de Saúde ou Asseio 
Segundo São Paio (1996) “Padronizar os benefícios dos três sensos anteriores. Criar normas, manuais, vocabulários controlados plano de destinação, criar hábitos que impeça o acúmulo desordenado”. 
Para Cerqueira (2004, p. 36) ele também aborda outra interpretação “Senso é a harmonia ambiental que se estabelece com a prática e vigilância permanente da arrumação ordenação e limpeza de tudo e todos”.
Para Badke (2004) O senso de saúde significa garantir um ambiente com condições favoráveis, limpo e agradável que favoreçam a saúde física e metal e que não possuam agentes poluentes. Bandke (2004) ainda fala sobre se manter um comportamento ético promover um ambiente saudável nas relações interpessoais. Vantti (1999) ainda aborda a questão psicológica no sentido de trabalhar a autoestima dos colaboradores e administrar conflitos e problemas emocionais. 
1.5 SHITSUKE - Senso de Autodisciplina 
Cerqueira (2004, p. 38), pode-se compreender que o senso de autodisciplina passa a significar para a empresa Arrumação, Ordenação e Asseio, condições que devem ser bem realizadas para que se alcancem os elevados padrões éticos e morais desejados e que se refletem em mudanças comportamentais positivas. Passa-se a atender ao que foi estabelecido, abrindo espaço para a participação de todos e objetivando o atingimento de melhorias ambientais de modo permanente visando promover o aperfeiçoamento atitudinal-humano e operacional. 
Fase da aceitação e comprometimento das equipes de trabalho. Apesar de ser um programa implantado para benefício conjunto, que tanto a empresa como os funcionários terão melhorias, redução de tempo na execução das tarefas, rapidez, facilidade e maior organização, ainda poderá existir algumas resistências. (ZANINI, 1997). 
Segundo Habu et al (1992), “quando a disciplina (SHITSUKE) se consolida, pode se dizer que o 5S como um todo também se consolida”.
1.6- Gestão de Qualidade 
Juran (1990), “ao introduzir regras e metodologias para o estabelecimento pela qualidade e o envolvimento da alta gerencia, determina que qualidade é adequação do produto ou serviço ao uso, ou seja à necessidade do consumidor.
Para Crosby (1990), “um sistema de qualidade deve atuar de forma a prevenir defeitos. Sua definição é de que a qualidade é fazer bem desde a primeira vez, isto significa manter um compromisso real com aquilo que está sendo realizado”.
“Para Falconi (1992), o verdadeiro critério para boa qualidade é a preferencia do consumidor em relação ao concorrente, uma vez que isto garantira a sobrevivência da empresa. A preferencia se da através da adequação do produto ou serviço às necessidades, expectativas e ambições do consumidor como uma forma de agregar valor que será produzido com menor custo.”
"Produtividade é a capacidade de se produzir mais e melhor, em menos tempo, com menor esforço, sem alterar os recursos disponíveis" (SILVA, 1996 apud MARCHIORI, 1998).
De acordo com Mello (2011) o 5s aparenta ser um programa bem simples de ser executado, mas trata-se de uma enorme mudança comportamental que engloba todos dentro da empresa. Esta mudança tem inicio nas pequenas atividades, como organizar e limpar objetos, e reflete em setores maiores, limpando e priorizando os processos de trabalho, retirando o que não é necessário, otimizando o tempo e aumentando a eficiência dos equipamentos.
Segundo Moreira (2008) ordem e simplicidades são consideradas muito importantes, e com base no JIT (Just in Time) um ambiente de trabalho organizado gera uma mente clara e calma e o respeito do trabalhador pelo seu local de trabalho, já um local desordenado gera pensamentos desorientados. Manter o ambiente de trabalho e os equipamentos limpos é de total responsabilidade do funcionário, e suas ferramentas depois de utilizadas devem voltar para seu devido lugar. 
1.7 PARÂMETRO PARA UTILIZAÇÃO DO 5S
Hirano (1996) ressalta que a utilização se resume em identificar itens necessários e desnecessários, baseado no grau de necessidade do mesmo para aquele local. Compreende-se por itens desnecessários tudo que não tem necessidades de estar naquele local para que possa dar andamento no processo produtivo.
 Figura 2 - Fluxograma de etapas para eliminar os itens desnecessários
 Fonte: Hirano (1996).
Na Figura 2, Hirano (1996) ressalta que toda empresa tem vários itensque são desnecessários e estão ocupando espaço, mostra um fluxograma com etapas a serem realizadas para separar os itens que são necessários dos desnecessários, para facilitar na implantação do 5s.
A comunicação do programa 5s dentro da empresa tem inicio quando é integrado os sensos no ambiente de trabalho, todos os sensos precisam da colaboração de todos os membros da empresa, deve agendar um dia especifico para o dia da limpeza. Para que os 5 sensos estejam sempre utilizados dentro da empresa, é necessário que atue em três pilares que são a introdução dos 5s nas atividades, a motivação e a rotina. (SCALABELOT apud Tontini, 2014). 
Silva (1994) sugere que é necessário organizar um plano de ação que não se choque com a cultura da empresa, para que as mudanças aconteçam desde a sua base, assim obtendo um resultado positivo. Silva (1994) ainda destaca que cooperação dos gestores durante todo o processo de implantação do 5s é muito importante, por que vem deles o exemplo e o incentivo para que todos tenham comprometimento no processo.
Segundo Leonel (2011) para a organização de um plano de ação, é necessário primeiramente elaborar metas e objetivos estratégicos para que se consiga manter o foco no resultado que se espera. Para isso, é preciso obter conhecimento sobre os 5 sensos, através de cursos e pesquisas, e então, interligar as ideias sobre o tema em conjunto com as sugestões das pessoas que serão diretamente atingidas pelo programa. Depois de analisar e selecionar algumas ideias, é preciso fazer uma separação do plano que é conceitual que contem as ações no geral, do plano que contem ações executáveis, que se adequa ao nível de supervisão e ao nível pessoal. Leonel (2011) ainda destaca que para desenvolver essas ações a ferramenta 5w2h será muito significativa, por fim montar o método de avaliação dos resultados, e que todos os envolvidos tenham conhecimento do mesmo.
De acordo com Nascimento (2005) o plano de implantação do 5s é um guia das atividades que serão realizadas. Neste plano é estabelecido o que deve ser realizado, quem deve fazer, quando e onde será feito, e como será implantado. Em empresas de grande porte, esse plano tende a ser mais abrangente, as ações não são executivas, mas assumem um plano diretor, por serem desdobráveis. Cada etapa do plano deve ser transformada em ações que possam ser executadas pelo responsável por cada etapa. Em empresas pequenas, o plano é mais simples, uma pessoa poderá executar as tarefas especifica.
Lobo (2012) destaca alguns procedimentos que devem ser tomados no decorrer da implantação do programa, como a importância de motivar o envolvimento de todos os colaboradores dentro da empresa. Depois, é interessante dividir a empresa em vários departamentos e determinar onde o programa 5s será implantado.
Capitulo 2 :Metodologia
Para a elaboração deste artigo foi realizada uma revisão de literatura, por meio de consultas em livros, artigos acadêmicos, teses e dissertações. A revisão de literatura, de acordo com Lakatos e Marconi (1991, p.183): 
[...] abrange toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, etc., até meios de comunicação orais e audiovisuais. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto...
 [...] a pesquisa bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras.
Para a busca de artigos, foi consultado o Google Acadêmico e a base de dados da Scientific Electronic Library Online (Scielo), utilizando um levantamento com palavras-chaves como: Gestão da Qualidade, Melhoria Contínua, Ferramentas da Qualidade, 5s entre outros assuntos que englobam o tema estudado. 
Capitulo 3: Resultados e Discussão
A GEAL (2009) refere-se ao programa 5s como uma ferramenta para atuar na gestão da qualidade dentro da empresa, é uma ferramenta muito abrangente. A metodologia 5s vai atuar na redução de tempo, energia, espaço e de desperdícios dentro da organização, e é caracterizada por possibilitar a participação de todos os colaboradores, em busca de um ambiente de inovações e criativo. É um ambiente de constante transformação e aprendizado, com a reestruturação da cultura da empresa, com foco na melhoria da qualidade do trabalho, na motivação do funcionário e na contribuição da autodisciplina de todos.
Para Monteiro (2011) a rotina 5s é de aprendizado continuo, onde através das tarefas é adquirido um aperfeiçoamento sucessivo, o programa 5s tem como objetivo a reeducação de todos os componentes da empresa com treinamento, em busca da melhoria da qualidade de vida com um ambiente de trabalho mais saudável.
Conforme Gavioli (2009) cita que qualquer ferramenta sendo aplicada de maneira correta poderão trazer ganhos reais de qualidade, produtividade e redução dos custos, cada um atuando no seu campo de ação. Para aplicar qualquer programa para melhoria da organização, é preciso uma mudança de cultura, a equipe responsável deve integrar as novas praticas do dia a dia, e preocupar com os aspetos de organização, limpeza e disciplina de todos.
Bertaglia (2003) refere-se ao programa 5s, como um exemplo de metodologia simples, que é caracterizada não apenas pela mudança do local fisico de trabalho, mas da transformação do ambiente de trabalho, favorecendo o bem estar dos colaboradores, e propiciando uma melhoria na organização de ideias e assim resultando em produtividade e redução de custos.
Segundo Cardoso (2017), o processo de formatação de um programa de melhorias, por si só, pode apresentar vantagens significativas ao processo produtivo, bem como, ao clima organizacional e aos resultados em direção à qualidade total. Contudo, o programa efetivamente ocorre apenas quando se alcança a adesão de todos, especialmente o 5 S que é uma filosofia que a empresa passa a incorporar. Como 5 s promove a organização, uma das principais vantagens está na liberação de espaços ocupados desnecessariamente, podendo receber novos arranjos ou servir para dar a sensação de maior mobilidade dentro do espaço da empresa.
Conforme Ayres (2009), as transformações que se operam dentro do espaço social das empresas podem, muitas vezes, tornam obsoletos equipamentos que passam a se constituírem em entulhos, situação de armários, ferramentas, prateleiras ou ainda, a conservação de material em excesso. A retirada ou organização desses materiais dá uma visão de modernidade e areja o espaço, o que contribui para a motivação e a melhoria da qualidade. O gestor deve observar ainda, os sistemas utilizados pela empresa para o controle, procurando ajustá-los ou descarta-los, no caso daqueles já ultrapassados e que não produzem significativas contribuições. O ideal, se possível, é a substituição destes por modernos instrumentos que assegurem efetividade e contribuições significativas para os resultados.
De acordo com Cerqueira (2004), a radiografia da empresa permite identificar, com a colaboração de todos, aqueles itens e componentes que não mais são utilizados no processo produtivo, mas que por alguma razão ocupam lugar dentro da empresa, cujo processo de eliminação é necessário. Por outro lado, todas essas providencias, no conjunto, resultarão na redução do risco de acidentes. A tomada dessas decisões irá facilitar a adesão de todos ao programa 5S, tão logo se evidencie, também para os colaboradores as vantagens que passam a adquirir. Os cinco sensos apresentam as seguintes vantagens: O Seiri irá apresentar como vantagem primordial e desencadeadora de outras que irão se complementar no Seiton. Entre estas atividades se encontra a organização do espaço de modo racional a evitar o consumo de esforço desnecessário, os riscos de acidentes, o desperdício e a sobreposição. 
Prossegue Cerqueira (2004), sustentando que o Seiton conceitoou princípio do 5 S adotado e aplicado irá produzir a vantagem da rapidez de localização de todo tipo de documentos ou de materiais e ferramentas traduzindo-se em economia de tempo, redução do esforço e de risco de acidentes. O Seiso apresenta como vantagens a redução do consumo ou desperdício de materiais, a proteção, ou melhor, utilização dos equipamentos e ferramentas da empresa, bem como, após a utilização incorporar a prática de deixar tudo limpo e organizado. O seiketsu é responsável pela padronização dos procedimentos e com isso, a geração de vantagens como a promoção do equilíbrio físico e mental dos colaboradores, ou seja, evita o surgimento de tensões e clima que são responsáveis pelo estresse, enquanto favorece a mentalização dos procedimentos adequados, além disso, como complemento também ajuda na melhor utilização das áreas comuns e, de segurança individual e coletiva.
Ainda conforme Cerqueira (2004), o shitsuke é a parte do processo do programa 5S que apresenta como vantagens após a sua implementação na melhora das rotinas tornando o trabalho mais agradável e com isso permitindo o melhor relacionamento entro todos, maior significação ao esforço humano, além é claro, do atendimento de todos os processos e procedimentos operacionais ou administrativos que devem voltar-se ao atingimento da melhor qualidade, produtividade e segurança do trabalho.
Mendonça apud Ribeiro (2011) ressalta que as transformações e os benefícios são gerados gradualmente e o entendimento da metodologia 5s será aprendido por todos os envolvidos dentro da empresa que utilizar o programa. Destaca também os principais resultados que são esperados com a utilização do programa 5s, são:
Eliminação de estoques intermediários.
Eliminação de documentos sem utilização.
Melhoria nas comunicações internas.
Melhoria nos controles e na organização de documentos.
Maior aproveitamento dos espaços.
Melhoria do layout.
Maior conforto e comodidade.
Melhoria do espaço visual das áreas.
Mais limpezas em todos os ambientes.
Padronização dos procedimentos.
Maior participação dos colaboradores.
Maior envolvimento e empowerment.
Economia de tempo e esforço.
Melhoria geral do ambiente de trabalho.
Capitulo 4 : Conclusão
A sociedade humana passa por uma substancial mudança comportamental. As empresas e seu ambiente interno não puderam ficar preservados dos efeitos dessas transformações. Cada vez mais inseridas nesse processo de globalização econômica, mas que na verdade vai bem mais além, com a globalização de costumes, conceitos e valores, acaba por exigir de fora para dentro que as empresas se adaptem e atendam a critérios comuns a qualquer consumidor, independente de onde esteja localizado.
O programa 5 S é considerado como a porta de entrada da empresa para a padronização e a busca da qualidade total. Isso porque prepara a empresa e seus colaboradores através da adoção de uma cultura ou filosofia de cuidados e procedimentos descomplicadores e de higienização, sobretudo, com a compreensão das vantagens e significados de cada procedimento para a empresa e para os colaboradores, individual e coletivamente.
As vantagens de produzir um ambiente higienizado e colaborativo desencadeiam outros processos que irão assegurar a empresa o nível de qualidade buscado. Importante observar que no 5S, o gestor deve conhecer as tentativas anteriores de implantação da qualidade, resultados e problemas identificados, para evitar repeti-los. O gestor informado passa a ser uma referência dentro da empresa e por isso respeitado e aceito como condutor do processo. Isso é essencial para o seu sucesso, pois não irá obtê-lo apenas com títulos ou cargos dentro da empresa. Por outro lado, se torna devedor da fidelidade e respeito a todos os colaboradores, partilhando decisões e dividindo as conquistas.
Assim, após elucidar sobre o tema estudado, compreende-se sua relevância e também sua aplicabilidade, suas vantagens de se adotar a implantação do programa 5 S, mesmo que a empresa pretenda estabelecer outros programas ou demais ferramentas posteriormente. Devido a contribuição para a abertura da confiança e colaboração de todos com a organização do ambiente e a mudança cultural necessária. O trabalho fornece como sugestão a qualquer empresa ou gestor que busque alcançar a qualidade que, antes de qualquer outro sistema ou procedimento, que adote o 5S, pois, caso não ocorra a adesão dos colaboradores, o sucesso dos programas de qualidade dificilmente alcancará sucesso, e este, se encarrega de promover a mudança cultural e comportamental de aceitação de alteração de rotinas e procedimentos para se alcançar objetivos comuns, geradores de benefícios que devem e podem ser partilhados por todos.
Referências
AYRES, Antonio de Pádua Salmeron. Gestão de logística e operações. Cuiritiba: IESDE Brasil, 2009.
BERTAGLIA, Paulo R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 1.ed. são Paulo: Saraiva, 2003.
CARDOSO, André Coimbra Félix. O programa estratégico integrado de gestão para o desenvolvimento sustentável. Disponível em: www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde.../AndreCoimbraFelixCardosoVC.pdf. Acesso em: 03 mai. 2017.
CERQUEIRA, Wilson. Endomarketing: Educação e Cultura para a Qualidade. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2004.
GAVIOLI, Giovana; SIQUEIRA, Maria C.M.; SILVA, Paulo H.R. Aplicação do programa 5s em um sistema de gestão de estoques de uma indústria de eletrodomésticos e seus impactos na racionalização de recursos. Unidade Berrini da FGV: SIMPOL, 2009. Disponível em: < http://www.simpoi.fgv.br/arquivo/2009/artigos/E2009_T00383_PCN76566.pdf> Acesso em: 28 abr. 2017.
HIRANO, H. 5s na pratica. 2. ed. São Paulo. IMAM, 1996.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 1991. 2a ed. 
LEONEL, José C.R.R.P. O programa 5s e sua aplicação em uma fabrica de embalagens de papel. Juiz de Fora, 2011. Trabalho de conclusão de curso apresentado a Faculdade de Engenharia para obtenção do grau de Bacharel em Engenharia de Produção, na Universidade Federal de Juiz de Fora, 2011. Disponível em: <http://www.ufjf.br/ep/files/2014/07/2011_1_Jos%C3%A9-Carlos.pdf> Acesso em: 10 abr. 2017.
LOBO, Renato Nogueirol. Gestão da qualidade. São Paulo: Erica, 2012.
MELLO, Carlos Henrique Pereira. Gestão da qualidade. São Paulo: Person Education do Brasil, 2011.
MENDONÇA, Magno S. et.al. Analise da eficiência da implantação do programa 5s: um estudo de casos em uma indústria moveleira. Trabalho apresentado no III Encontro Fluminense de Engenharia de Produção, Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/234839838 > Acesso em: 28 abr. 2017.
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MOREIRA, Daniel Augusto. Administração da produção e operações. 2.ed. Revista ampliada. São Paulo: Cengage Learning, 2008.
NASCIMENTO, Amarildo. Ferramenta da qualidade: 5s. Apostila Senai, Departamento Regional de São Paulo. Material elaborado pela WMA Brasil Consultoria e treinamento, 2005.
SILVA, João M. 5s: o ambiente da qualidade. 2.ed. Belo Horizonte: Fundação Christiano Ottoni Escola de Engenharia UFMG, 1994.
O programa 5s e a melhoria e controle gestão da qualidade
Artigo apresentado à Faculdade Pitágoras como requisito para a obtenção do Título de especialista no MBA de Gestão de Projetos.
			 Aluna: Roseli A. Defassio
 Orientador: Prof. Thiago Spiri Ferreira
2017

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