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mioma polipo hipertrofia

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Anatomia
Histologia do Útero
Serosa
Miométrio
Endométrio
Endométrio
Miométrio
Epit. Cilíndrico Simples
Histologia do Endométrio Normal
Fase Proliferativa 
Glândulas tubulares com células 
colunares.
Fase Secretora
Glândulas tortuosas com 
células contendo vacúolos 
subnucleares.
Fase Secretora Menstrual
Glândulas tortuosas 
grandes, contendo 
secreção.
Endométrio Atrófico
Glândulas em pequena 
quantidade, algumas muito 
pequenas, outras dilatadas.
MIOMA
O QUE É?
Um tumor benigno, composto essencialmente de 
músculo uterino. A designação correta é:
Leiomioma (leio=liso + mio= músculo + oma = tumor benigno).
Leiomioma pode ocorrer em qualquer órgão que
tenha musculatura lisa como o intestino, vasos
sangüíneos, etc...
Devido à grande incidência desse tipo de tumor no útero,
popularizou-se mioma como sinônimo de leiomioma
uterino.
A idade de maior incidência dos miomas situa-se entre a
4º e 5º décadas de vida e estima-se que 40% das
mulheres com mais de 50 anos tenham essa patologia.
Não existe registro dessa enfermidade antes da primeira
menstruação e incide 3 a 9 vezes mais na raça negra.
Variam de tamanho, de poucos milímetros a 20
centímetros ou mais e, ao corte, são observados como
massas róseo esbranquiçadas, de aspecto arredondado e
consistência firme e elástica.
De acordo com sua localização são classificados em
corporais (localizados em sítios distintos do corpo
uterino) ou cervicais (no colo do órgão).
Os corporais dependem da influência hormonal do
ovário, enquanto que os cervicais, não.
Causas
As causas do mioma são desconhecidas, mas sabe-se
da sua vinculação com o hormônio ovariano
estrogênio.
Não ocorre antes da primeira menstruação (ainda
não houve produção de estrogênio), tende a diminuir
com a menopausa (diminuição ou ausência de
estrogênio), aumenta muito durante a gestação
(aumento do estrogênio), tende a aumentar quando
a mulher entra em menopausa e faz reposição
hormonal.
Tipos de miomas e suas conseqüências.
Existem três tipos de miomas: sub-mucosos, intra-murais 
e sub-serosos.
O mioma sub-mucoso cresce sobre o endométrio e
é responsável muitas vezes por menstruações
volumosas e prolongadas, infertilidade, dor e
abortamento.
O Mioma intra-mural aquele que fica no meio da
parede uterina e, dependendo do seu tamanho, pode
causar dor, infertilidade, abortamento e sangramento
aumentado durante a menstruação
O Mioma sub-seroso tem o crescimento fora do
útero (a membrana serosa é o peritôneo que reveste
externamente o útero). Esse mioma não costuma dar
sintomas a não ser quando, pelo seu tamanho,
provoque dor pela compressão de órgãos vizinhos.
Leiomioma intraligamentar é uma variedade do
leiomioma suberoso, outro tipo de neoplasia benigna
característica do miométrio.
Origina-se nas proximidades do limite externo do útero
e, assim, alcança sua localização sobre as lâminas do
ligamento largo.
Com maior freqüência apresenta-se unilateral. Em
conseqüência de seu crescimento, desloca o útero
podendo, inclusive, comprometer o ureter,
comprimindo-o.
Dependendo do volume que adquire pode elevar o
peritônio pélvico e continuar seu desenvolvimento no
retroperitônio.
Miomas de longa evolução podem sofrer
degeneração com a formação de material gelatinoso
ou de cistos no seu interior, devido à falta de
irrigação sangüínea. Alguns focos de calcificação
podem surgir e são relativamente freqüentes os
miomas calcificados na menopausa. A malignização
(leiomiossarcoma) de um mioma é rara e está
estimada em 0,1 a 0,6% dos casos.
Tumor maligno com origem na musculatura lisa do útero.
Ocorre em 2% dos tumores do útero
É raro quando comparado com Leiomioma (1: 1000)
Leiomiossarcomas são maiores
Idade: acima de 50 anos
A patogenia é incerta, mas alguns parecem surgir dentro 
de Leiomiomas
Manifestações Clínicas
Sangramento
Dor em cólica
Interferência na função intestinal e da bexiga
Interferência na função das vísceras vizinhas: 
nos subserosos pedunculados
Torção: infarto e dor
Crescem de forma lenta
 Leiomiomas grandes e sintomáticos são 
removidos por miomectomia ou histerectomia.
Macro
Consistência macia
Bordas irregulares 
(invasão do miométrio 
vizinho)
Ausência de abaulamento 
na superfície quando 
cortado
Micro
Atividade mitótica e atipia 
celular  são os melhores 
fatores prognósticos
Aberrações nucleares
Multinucleação
Evidências para o diagnóstico de Leiomiossarcoma
10 ou mais mitoses/10 campos de grande aumento
5 ou mais mitoses/10 campos de grande aumento e atipia 
nuclear
Tumores Mixóides ou Epitelióides da musculatura lisa com 
5 ou mais mitoses/10 campos de grande aumento
 Como em sua maioria, os Leiomiossarcomas são grandes e 
encontram-se em estágio avançado quando detectados, em 
geral são fatais , a despeito da combinação de Cirurgia, 
QTX e RTX.
Tumor maligno que afeta o epitélio glandular do corpo 
uterino.
Quarta causa mais frequente de câncer em mulheres 
americanas.
Câncer ginecológico mais comum individualmente.
Incidência aumentou a partir de 1970 com o uso de 
estrógeno na menopausa.
Tem a Hiperplasia Endometrial como precursor.
Ocorre na 6a década.
Patogenia
O câncer endometrial está ligado à estimulação 
estrogênica prolongada do endométrio.
Outros fatores de risco
Obesidade
Diabetes
Nuliparidade
Menarca precoce
Menopausa tardia
Macro
O câncer do endométrio 
pode crescer em 2 padrões:
Difuso/ Polipóide
Frequentemente envolve 
áreas múltiplas, já que as 
paredes anterior e posterior 
encontram-se em contato.
Tumores grandes são 
geralmente hemorrágicos e 
necróticos.
Adenocarcinoma X 
Endométrio Atrófico
O Adenocarcinoma ocorre 
geralmente após a 
menopausa, quando o 
endométrio é atrófico.
Neste caso, a neoplasia é 
exofítica (crescimento para 
a cavidade endometrial) e 
infiltra pouco o miométrio.
Micro
Adenocarcinoma Endometrióide
Variante histológica mais 
comum.
Composto somente por células 
glandulares.
Núcleos vesiculares, 
pleomórficos e com nucléolos 
proeminentes.
Mitoses abundantes,podendo 
ser atípicas. 
As células tumorais crescendo 
em camadas sólidas, geralmente 
são mal diferenciadas.
Grau I: 
Altamente diferenciado
Composto exclusivamente por glândulas 
neoplásicas
Apresenta áreas mínimas sólidas
Grau II
Moderadamente diferenciado
Formado parcialmente por elementos 
glandulares e parcialmente por tumor 
sólido
Grau III
Mal diferenciado
Exibe áreas grandes de tumor sólido
Carcinoma Endometrióide com 
Diferenciação Escamosa
Células escamosas ocorrem em 1/3 dos 
adenocarcinomas além das células 
glandulares.
Carcinoma Adenoescamoso: O tumor 
inclui componentes glandulares malignos 
e elementos escamosos.
Adenocarcinoma bem diferenciado com 
focos de metaplasia escamosa benigna.
Manifestações Clínicas
Queixa principal: sangramento uterino anormal.
Exame citológico cérvico-vaginal  não é adequado para a 
detecção precoce de carcinoma do endométrio.
Curetagem fracionada  avaliação de disseminação para a 
cérvice.
Lavados peritoniais  detectam refluxo tubário e 
contaminação abdominal.
US transvaginal  valiosa para a avaliação da espessura do 
endométrio (acima de 5 mm é previsora de Hiperplasia 
Endometrial ou Câncer)
Manifestações Clínicas
Sangramento uterino anormal  indicação inicial 
mais precoce de Coriocarcinoma.
O 1o sinal pode se dar por metástases em 
pulmão(90%) ou cérebro.
Em alguns casos, torna-se evidente apenas 10 anos 
após aúltima gestação.
A Quimioterapia pode levar à cura em 80% dos casos. 
São crescimentos excessivos benignos localizados, que se 
projetam da superfície para a cavidade endometrial. 
Ocorrem comumente no período perimenopausa.
São desconhecidos antes da menarca.
Origem: focos endometriais hipersensíveis à estimulação 
Estrogênica ou que não respondem à Progesterona  em 
qualquer um dos casos, esses focos não se desprenderiam 
e continuariam a crescer.
• Os pólipos endometriais se originam como uma 
área de hiperplasia focal da camada basal do 
endométrio e se desenvolvem como uma forma de 
crescimento localizado que se estende para cima 
através de camada funcional, para se projetar na 
cavidade uterina.
• Pólipos crescem em resposta ao efeito proliferativo 
de estrógenos, que não pode ser revertido pelo uso 
simultâneo de progesteronas.
• Embora os pólipos tenham receptores hormonais e 
possam crescer em resposta a estes hormônios, seu 
crescimento não é totalmente dependente de 
estímulo estrogênico.
Micro
O Pólipo compõe-se de:
-Glândulas endometriais
-Estroma endometrial fibromatoso
-Vasos sanguíneos 
dilatados,espiralados, com parede 
espessa.
Revestimento: epitélio endometrial
Manifestações Clínicas
Sangramento intermenstrual, devido a ulceração da 
superfície ou o infarto hemorrágico  a presença 
deste sinal deve ser diferenciado com câncer na 
mulher idosa.
 Pólipos Endometriais não são pré-neoplásicos, mas 
0,5% abrigam adenocarcinoma.
É a proliferação tecidual anormal e exagerada levando a 
alterações estruturais na camada funcional do útero.
As atipias celulares frequentemente encontradas nesta 
doença podem, com o tempo, sofrer transformação 
maligna para Adenocarcinoma do Endométrio.
Frequentemente, lesões proliferativas do endométrio 
resultam de estrógeno endógeno produzido por tumores 
como: 
-Tumor de células da granulosa do ovário 
- Síndrome dos ovários policísticos
De acordo com a visão acadêmica tradicional, a
hiperplasia do endométrio precede ao carcinoma. Mais
importante, contudo, não é o tipo de hiperplasia se
Simples ou Complexa, mas sim a presença ou ausência de
atipia celular.
Embora a grande maioria dos adenocarcinomas de
endométrio seja hormônio-dependente (precedidos por
hiperplasia), eles podem desenvolverem-se de um
endométrio atrófico (não hormônio-dependente).
A Hiperplasia Endometrial é uma resposta Proliferativa 
à estimulação estrogênica.
Esta proliferação é anormal e se identifica por 
mudanças na arquitetura glandular comparada com a 
fase proliferativa normal.
Atipia nuclear pode ou não estar presente
Há proliferação de glândulas de tamanhos e formas 
irregulares
Há incremento na proporção da glândula em relação ao 
estroma
O processo é difuso mas não necessariamente afeta 
todo o endométrio
Hiperplasia Endometrial
Endométrio Proliferativo 
Normal
Hiperplasia Glandular 
Cística do Endométrio
•Glândulas 
maiores, mais 
dilatadas,mais 
próximas entre si
•Estroma menos 
abundante
•Células estromais 
têm menos 
citoplasma e são 
mais escuras
Patologia
A classificação mais recente de Hiperplasia Endometrial 
baseia-se:
Presença de atipia citológica  característica 
prognóstica mais importante.
Arquitetura glandular anormal
Hiperplasia Simples
Macro
Mucosa endometrial espessa
Numerosos pequenos cistos 
(aspecto de queijo suíço)
Micro
Complexidade e aglomeração 
glandulares mínima
Ausência de atipia citológica
Revestimento epitelial é 
geralmente de 1 camada 
celular
Estroma entre as glândulas é 
abundante
Progride para 
adenocarcinoma: 1%
Micro
Complexidade glandular 
Agrupamento glandular
Ausência de atipia citológica
Glândulas aumentadas em número
Variação de tamanho glandular
Estroma escasso 
Progridem para Adenocarcinoma: 
3%
Hiperplasia complexa
Ação Estrogênica sobre o 
epitélio
Estimula a proliferação do 
epitélio glandular
Pseudoestratificação do 
epitélio glandular
Mitoses
Cílios (metaplasia tubária)
Hiperplasia Atípica
Atipia citológica
Agrupamento glandular acentuado (“back to back”)
Glândulas com arquitetura complexa, com arranjo 
papilar intraluminal ou aspecto de glândulas em 
brotamento no estroma
Células epiteliais aumentadas, 
hipercromáticas, nucléolos 
proeminentes e índice núcleo-
citoplasma aumentado
Progridem para 
Adenocarcinoma: 1/3
Hiperplasia Atípica
Corte histológico de 
endométrio em pequeno 
aumento com grande 
quantidade de glândulas e 
pouco estroma.
Metade esquerda: glândulas 
com ramificação
Corte histológico em grande 
aumento de endométrio 
Tratamento
A hiperplasia Endometrial pode resultar de Ciclos 
anovulatórios, Síndrome dos ovários policísticos, Tumor 
produtor de estrógeno ou Obesidade
 terapia direcionada para a doença primária pode 
aliviar a estimulação estrogênica.
O tratamento com altas doses de Progestinas pode 
produzir remissões, mas se o grau inicial de hiperplasia 
for grave, mais de 60% dos casos recidivam.
Histerectomia: terapia preferencial em uma mulher que 
tenha completado seu ciclo reprodutivo e na qual a 
curetagem revele um grau significativo de Hiperplasia.
A progressão de Hiperplasia Sem Atipia até câncer 
invasivo exige cerca de 10 anos.
Na Hiperplasia Com Atipia é de 4 anos.
• Técnica cirúrgica nova
• É um procedimento cirúrgico histeroscópico 
indicado para tratamento do sangramento 
anormal. Consiste na remoção ou destruição do 
endométrio em toda a sua espessura e 
extensão, poupando apenas o epitélio da região 
ístmica, para evitar a formação de sinéquias 
(“cicatrizes”).
• A ablação somente deve ser realizada na 
certeza de exclusão de patologia neoplásica ou 
pré-neoplásica endometrial.
• Está indicada para pacientes que não desejam 
mais engravidar, naquelas que apresentam 
efeitos adversos aos medicamentos ou na falha 
de resposta à medicação.
A ablação endometrial está indicada:
• No tratamento dos sangramentos anormais resistentes 
à terapia farmacológica, na ausência de lesões 
cancerosas ou pré-cancerosas do endométrio;
• No tratamento da hiperplasia endometrial recidivante
(30%) ou resistente ao tratamento clínico (12-53%) e 
sem atipias citológicas;
• No tratamento da hiperplasia endometrial sem atipias
citológicas, como tratamento de primeira escolha;
• Para pacientes com alto risco cirúrgico ou que não 
querem se submeter à histerectomia;
•
- No tratamento da síndrome dismenorreica pré-
menstrual

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