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Intoxicação exógena

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Monique Martins – MED III UNIPÊ 
 
Intoxicação exógena – SBV 
 
Definição : manifestações clínicas e/ou bioquímica na exposição aguda a químicas encontradas 
no ambiente ou isoladas. Faz-se uma divisão de coisas encontradas na natureza e produtos 
civilizados, como pesticidas e medicamentos. Todos esses produtos, potencialmente, podem 
se tornar substancias que nos cause intoxicação. 
Os medicamentos são os principais agentes responsáveis. Apesar de ser algo que vai ser uma 
das principais ferramentas de trabalho para o médico, tem uma dosagem que, acima da eficaz 
para um tratamento, pode se tornar potencialmente toxica. Existem situações onde a 
intoxicação acontece involuntariamente, por erro do médico ao prescrever o medicamento 
numa dosagem maior que a necessária ou por alguma interação medicamentosa. 
Existem poucos casos de intoxicação exógena no Brasil. Nos EUA estima-se de dois a três 
milhões de casos de intoxicação por ano. Não há esse dado geral no Brasil atualizado. O ultimo 
registro é de 2013, no qual se destaca a intoxicação por medicamentos que responde a 28% 
dos casos, drogas de abuso com 10% e acidentes com animais peçonhentos, com variações de 
acordo com a região do Brasil. O maior numero de óbitos se dá por intoxicação por 
agrotóxicos e depois por medicamentos. 
Qualquer pessoa que chegar ao pronto atendimento com suspeita de intoxicação exógena 
deve ser atendida com base num protocolo de atendimento bem rigoroso. 
1. Avaliação clínica 
2. Estabilização do paciente 
3. Identificar o agente causal e reconhecer e reconhecer a toxicemia, daí a importância 
de uma avaliação inicial criteriosa. 
4. Descontaminação 
5. Administração de antídotos se houver algum para aquele agente causador. 
6. Eliminação do toxico absorvido 
7. Tratar os sintomas 
 
Avaliação clínica inicial 
Quando houver tempo deve-se colher a história do paciente e fazer exame físico detalhado, 
anotando os sinais vitais e reavaliando-os periodicamente já que às vezes o paciente chega 
aparentemente bem e em questão de poucos minutos o seu quadro muda. Se possível o 
paciente deve estar sendo monitorizado, com alguém cuidando dele o tempo inteiro e , de 
preferencia , colocar o paciente numa UTI ou em uma sala vermelha. 
A escala de Glasgow é de fundamental importância, sendo ferramenta para entender o quadro 
do paciente e qual conduta mais adequada para cada caso. 
 
Monique Martins – MED III UNIPÊ 
 
 
OBS: lembrar que o paciente deve ser entubado se o seu score na escala de Glasgow for 8 ou 
menos , para preservação de via respiratória e manutenção da ventilação. 
Exame de pupilas: todas as alterações devem ser notadas, midríase (pupila aumentada), miose 
(pupila diminuída), anisocoria (pupilas de tamanhos diferentes), nistagmo (movimentação 
anormal), paresias. Ás vezes, apenas em observar os olhos do paciente já consegue suspeitar 
qual substancia causou a intoxicação exógena. Pode ser mais importante que os sinais vitais, 
já que estes nem sempre fornecem embasamento de diagnostico tão importante quanto o 
exame de pupila. 
 
 
Investigar doenças prévias como insuficiência cardíaca, renal ou hepática, medicações em uso, 
alcoolismo, uso de drogas ilícitas. 
 
Estabilização 
Os mesmos cuidados que se tem com pacientes graves, SEMPRE! Sempre o ABCD. Vai avaliar 
os sinais vitais, monitorizar o paciente, acesso venoso e ABCD. 
 
Monique Martins – MED III UNIPÊ 
 
Identificação do agente causal e reconhecimento da toxina 
 
 
a) Intoxicação por hiperatividade adrenérgica – Síndrome adrenérgica 
• Ansiedade 
• Sudorese 
• Taquicardia 
• Hipertensão 
• Pupilas midriáticas 
• Dor precordial, podendo ate ocorrer infarto 
• Pressão muito elevada, podendo ocorrer AVE 
• Arritmias 
• Convulsoes 
 Quadro muito comum em usuários de drogas, principalmente cocaína. O paciente vai 
estar completamente agitado, os olhos vão chamar atenção por estarem pretos por 
conta da midriase. Muitas vezes a pessoa vai estar com uma dor no peito, dizenso que 
está infartando, sendo necessaria a realização de um ECG. 
b) Síndrome anticolinégica 
Sintomas praticamente iguais ao da sindrome adrenérgica, o que deferencia é o 
agente causal. 
• Pupila midrática 
• Taquicardia, 
• Tremor, 
• Agitação, 
• Estimulação do SNC 
• Riminuição do ritmo intestinal 
• Retençao urinária, 
 
Monique Martins – MED III UNIPÊ 
 
• Boca seca 
• Nos casos mais graves: convulsões e insuficiencia respiratória 
Agentes causais: antidepressivos tricíclicos, anti histaminicos, antiparkisonianos, 
antiespamódicos e os antipsicóticos. 
c) Sindrome colinégica 
• Bradicardia 
• Miose 
• Hipersalivação 
❖ Ele vai estar produzindo secreção por todo organismo. O sistema 
respiratório dele vai estar produzindo muita secreção, o pulmão 
dele vai jogar liquido para dentro dos alveolos e esse individuo se 
afoga. 
❖ Se instala um quadro de insuficiencia respiratoria,estertor na 
ausculta, sialorreia , muita produção de “baba”. Essa é a principal 
causa de morte. 
❖ Ao perceber que o paciente vai entrar num qudro de insuficiencia 
respiratoria, deve-se fazer a intubação, prevendo a saida excessiva 
de muco. 
❖ Isso acontece minutos ou horas após a exposição. Mesmo tendo 
feito todo protocolo e o quadro ter estabilizado, algumas vezes o 
individuo descompensa horas depois ou ate no dia seguinte. 
• Diarreia 
• Vomito 
• Sudorese intensa 
• Lacrimejamento 
• Nos casos mais graves: PCR, insuficiencia respiratória, convulsão e coma. 
Agentes causais: agrotoxicos e chumbinho. 
d) Sindrome dissociativa 
Sindrome alucinógena, muito frequente pelo uso de LSD. Pode ser confundido com 
outros estimulantes do SNC por que vai fazer taquicardia, hipertensão, tremor, 
midráse. As pistas são a desorientação e presença de alucinações. 
e) Sindrome de abstinencia 
• Muito comum confundir essa sindrome com o uso excessivo da própria 
substância. 
• Causa agitação, sudorese, tremor, taquicardia, 
taquipneia,midriase,ansiedade e ,nos casos mais graves, alucinação, 
convulsão e arritmia. 
• Alcool etitlico, antidepressivos tricíclicos, cocaina, fenobarbital, opioides. 
 
❖ É facil perceber que não existe uma associação direta entre uma sindrome e o 
agente causal. Por exemplo, se a pessoa é usuaria de cocaina ela pode estar numa 
sindrome adrenergica. Se ela parou de usar cocaina ela pode estar numa sindrome 
 
Monique Martins – MED III UNIPÊ 
 
de abstinencia. Alem de que ela pode entrar num quadro de sindrome dissociativa 
junto com um de sindrome adrenergica. 
❖ Monoxido de carbono é um dos principais causadores de intoxicação exogena. 
❖ Paracetamol é a principal droga associada a episódios fatais, já que a dosagem de 
efetividade e muito proxima da dosagem fatal. 
 
Descontaminação 
O objetivo é diminuir a exposição do organismo ao agente toxico reduzindo o tempo e a 
superfície de exposição. Vai variar de acordo com a via de exposição. 
a)Lavagem gástrica: 
• Prática rotineira, com pouquissimas exceções não é feita, como quando a intoxicação é 
tópica. 
• Todos os pacientes intoxicados devem ser submetidos a sondagem nasogastrica e 
lavagem gastrica. 
• É contra indicada quando o agente causal é corrosivo, pela possibilidade de ocorrer 
perfuração, quando as vias aéreas estão comprometidas, em casos de hemorragia, 
perfuração ou cirurgia esôfago-gástrica recente, agitação ou recusa do paciente. 
❖ Quando o paciente é adulto o protocolo é fazer a sondagem nasogastrica e só 
como segunda alternativa faz a orogástrica. Já na criança a primeira opção é a 
orogástrica. 
• Fazer quandoo tempo de ingestão for de até uma hora. Na prática faz mesmo com 
mais de 2, 3 horas. 
• Até 5 minutos após a ingestão do agente , 90% de recuperação do material ingerido 
• Até 10 minutos consegue recuperar 45% 
• Até 19 minutos, 30% 
• Após uma hora ocorre uma redução serica de 8 a 32% 
• Fazer quando o agente tóxico é desconhecido e sem contraindicação à lavagem 
gástrica. 
b) Carvão ativado 
• Usa com a mesma frequencia que se faz a lavagem gástrica. 
• Teoricamente quando faz a lavagem gástrica o que se quer é retirar o máximo da 
substância que está no estômago. O que não consegue ser retirado, pois já passou 
para o intestino, é absorvido com uso do carvão ativado, evitando que elas sejam 
absorvidas pelo organismo. 
• O complexo carvão- toxina é eliminado pelas fezes 
• Seu uso é feito diluido em água, via oral, ou pela sonda nasogástrica. 
• Pode causar nausea , vômitos 
• Contraindicado em casos de ingestão de substâncias corrosivas ou quando for 
necessário fazer endoscopia. O carvão ativado vai deixar o estômago com a coloração 
escura e não vai ser possível refletir a luz quando for realizada a endoscopia. 
 
Monique Martins – MED III UNIPÊ 
 
 
 
 
 
c) Diurese forçada 
• Hiperidratação com soro fisiológico. Eliminar o que foi absorvido mesmo depois da 
lavagem e do carvão ativado. 
• Se acontecer uma emergência hipertensiva deve-se controlar a pressão com uso de 
diurético e vai tomando as outras condutas. 
d) Administração do antídoto 
 
• Digitálicos >>>>> anticorpos antidigoxina 
• Betabloqueadores >>>>> glucagom 
• Drogas ilícitas >>>>> diazepam 
 
❖ Atropina : tem a propriedade de acelerar o coração, aumenta a frequência 
cardíaca, sendo usada nos casos de bradicardia. É capaz de diminuir a 
hipersecreção glandular. 
 
Armas químicas 
Pessoas no chão, sem conseguirem se mover e com as pupilas contraídas, desmaios, vômito e 
espuma na boca. Correspondendo a uma Síndrome colinérgica e deve ser feito uso de 
atropina. Na Síria, não tinha atropina pra ser administrada, o que conseguia se fazer era lavar 
 
SONDA NASOGÁSTRICA + LAVAGEM GÁSTRICA + CARVÃO ATIVADO 
 
Monique Martins – MED III UNIPÊ 
 
as pessoas, tirando as roupas do atingindo, já que a impregnação da substancia causa 
contaminação de outras pessoas.

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