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TEORIA GERAL DO DIREITO CAMBIÁRIO

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TEORIA GERAL DO DIREITO CAMBIÁRIO
 
 
 Conceito
 
O título de crédito: documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei (art. 887 CCB/2002).
Os títulos de crédito são documentos representativos de obrigações pecuniárias. Não se confundem com a própria obrigação, as se distinguem dela na exata medida em que a representam.
Características
 
Literalidade: 
Vale pelo que nele está escrito
Conteúdo
Cartularidade: 
Cártula = documento
Título de apresentação
Não se pode executar por meio de cópia
Autonomia:
Inoponibilidade de exceção pessoal
Cada obrigação é independente, existe por si só
SÚMULA 258 DO STJ: A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão do título que a originou.
Abstração:
Não se vincula ao negócio jurídico que a originou
Não há necessidade de provar a existência da relação que originou o crédito
Formalismo:
Disciplinados por lei
Requisitos de validade
Independência ou Substancialidade:
Independe de qualquer outro documento para promover a sua execução
Classificação
 
Títulos Cambiários:
Títulos perfeitos e abstratos
Nota promissória e Letra de Câmbio
Títulos Cambiariformes:
Títulos de Crédito causais
Cheque (pagamento)
Duplicata (consequência)
Pela Natureza:
 Próprios:
 Incorpora a operação de crédito – tempo e confiança
 Nota Promissória, Letra de Câmbio, Duplicata
 Impróprios:
 Não incorpora operação de crédito
 Cheque
Quanto à circulação:
Nominativos:
 À ordem:
 Endossável – endosso em preto, Lei n.º 8.088/90
 Circulável
 Não à ordem:
 Não transferível
 Ao Portador
 Transferível pela tradição
Quanto a Estrutura:
 Ordens de pagamento
 Promessas de pagamento
II – ENDOSSO
 
Conceito
 
Meio de transferência dos títulos de crédito, devendo ser lançado pelo  endossante no verso ou no anverso do título.
 
Espécies de Endosso
 
À ordem ou não à ordem
Em preto, indica o endossatário, verso ou anverso
Em branco, não indica o endossatário, somente no verso
Endosso-mandato – concede ao endossatário o exercício dos direito inerentes ao título (art. 917 CCB/2002)
Morte do endossante não atinge a eficácia do endosso-mandato
Não cabem exceções pessoais contra o mandatário, mas tão somente as que existiram contra o endossante
Endosso-Caução, em garantia ou pignoratício (art. 918 CCB/2002)
O que recebe endosso-caução endossa na forma de endosso-mandato
Confere ao endossatário o exercício dos direitos inerentes ao título
Não podem ser opostas exceções existentes contra o endossante, salvo má-fé
Endosso com efeito de cessão de crédito (295 e 296 CCB/2002)
Endosso após o protesto, o pagamento, ou o transcurso do prazo de protesto (art. 20 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66) – ENDOSSO TARDIO ou PÓSTUMO
O Código Civil de 2002 estabelece em seu art. 920 que o endosso tardio ou póstumo produz os mesmos efeitos do tempestivo
Endosso de título não à ordem só garante o endossatário (art. 15 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Conseqüências e Efeitos do Endosso (regra geral)
 
Transferência da propriedade do título completada pela simples tradição (art. 910, §2º CCB/2002) 
Corresponsabilidade do endossante pelo pagamento do título 
A corresponsabilidade é prevista no art. 15, da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66 
O Código Civil de 2002, art. 914, determina: Ressalvada cláusula expressa em contrário, constante do endosso, não responde o endossante pelo cumprimento da prestação constante do título. 
É válido o endosso sem garantia (art. 15, da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66 e regra geral do CCB/2002) 
Considera-se não escrita qualquer condição ao endosso que subordine o endossante (art. 912, CCB/2002)
Cláusula proibitiva de novo endosso é válida
É nulo o endosso parcial (art. 912, parágrafo único CCB/2002)
 
	ENDOSSO
	CESSÃO DE CRÉDITO
	Responde pela existência do crédito e pela solvência do devedor
	Responde somente pela existência do crédito
	Não pode arguir matéria atinente à relação jurídica com o endossatário
	Pode arguir matéria atinente à relação jurídica com o endossatário
	Unilateral
	Bilateral – contrato
	Independe de notificação do devedor
	Somente produz efeitos após a notificada ao devedor
 
III – ACEITE
 
Conceito
 
Ato formal pelo qual o sacado se obriga a efetuar o pagamento da ordem que lhe é dada
Não é obrigatório
Aceitando passa a ser devedor principal
Sacado se torna aceitante
Características
 
Prazo de Respiro – faculdade do sacado de pedir que a letra seja apresentada no dia seguinte
Apresentação para aceite
Facultativa
Vencimento a dia certo
Vencimento a certo termo da data
Obrigatória
Vencimento for a certo tempo da vista
Aceite parcial admitido
Aceite Modificado equivale a não aceite – recusa (art. 26 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Vencimento antecipado – não aceite, recusa (art. 43 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
 
Prazos
 
Vencimento à vista – até um ano após o saque (art. 34 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Vencimento a certo tempo da vista – até um ano após o saque (art. 23 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Demais casos – até o vencimento (art. 21 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
Em caso de perda do prazo para aceite, não pode cobrar dos coobrigados (art. 53 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
 
IV – AVAL
 
Conceito
Obrigação cambiária para garantir o pagamento do título, nas mesmas condições de um outro obrigado. (art. 32 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66
O Aval é o ato cambiário pelo qual uma pessoa (avalista) se compromete a pagar o título de crédito, nas mesmas condições que um devedor deste título (avalizado)[5]
Espécies
 
 
Aval em branco
Considera-se em favor do sacador, na letra de câmbio (art. 30 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66), do promitente na Nota Promissória, no emitente, no Cheque
O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na falta de indicação, ao emitente ou devedor final (art. 899 CCB/2002)
Aval em preto
Limitado ou Parcial (art. 30 da Lei Uniforme, Decreto n.º 57.663/66)
O Código Civil de 2002 vedou o aval parcial art. 897, parágrafo único do CCB/2002
Avais conjuntos
Avais em branco e superpostos consideram-se simultâneos e não sucessivos – Súmula 189 do STF
Aval simultâneo
Dois ou mais avalistas avalizam ao mesmo tempo um só avalizado
Aval da obrigação principal e não um do outro
Aval sucessivo
O avalista do avalizado é também avalizado por outro avalista
O último avalista em ação cambiária contra o primeiro avalista e contra o primeiro avalizado
O primeiro avalista tem ação cambiária contra o primeiro avalizado
Aval antecipado (Art. 14 do Decreto n.º 2.044/1908)
Concedido antes do aceite
Autonomia dos institutos
Válido mesmo se não houver aceite
	AVAL
	FIANÇA
	Cambiário
	Contrato
	Ato Unilateral
	Ato Bilateral
	Solidariedade
	Benefício de Ordem, pode renunciar
	Depende de outorga uxória
	Depende de outorga uxória – STJ332 – A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia.
	Autônomo
	Acessório
 
V – PROTESTO
 
Conceito
 
Ato formal realizado perante oficial público para confirmar o inadimplemento da obrigação cambial, tem o objetivo de salvaguardar os direitos cambiários.
Ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos de crédito e outros documentos de dívida. (art. 1º da Lei n.º 9.492/1997)
Finalidade
Caracterizar a impontualidade do devedor
Garantir direito de regresso contra coobrigados
Provar a existência da mora
Interromper a prescrição (art. 202, III, CCB/2002)
Espécies
Facultativo – açãocambial contra obrigado principal (aceitante e avalista)
Obrigatório – ação cambial contra coobrigados (sacador, endossantes e seus avalistas)
Características
 
Cláusula sem protesto ou sem despesas
Dispensa o portador do protesto
Escrita pelo sacador vincula a todos
Escrita por outrem só vincula a ele e seu avalista
Sustação de Protesto
Sem regulamentação legal
Medida cautelar inominada
Segundo Rubens Requião deve ser usada para evitar abuso de direito
Cancelamento do Protesto
Prova do pagamento
Determinação judicial
Exercícios realizados em sala
1. São requisitos essenciais dos títulos de crédito:
Resposta: d) cartularidade, literalidade e autonomia
2. As principais características de um título de crédito cambial são:
Resposta c) negociabilidade, autonomia e literalidade.
3. O princípio da cartularidade aplicável aos títulos de créditos dispõe que:
resposta a) a materialização do direito encontra-se no documento;
4. As obrigações contraídas no cheque qualificam-se como:
Resposta d) autônomas e independentes.
5. O título de crédito oriundo de fatura é:
Resposta d) duplicata.
 
6. A nota promissória se distingue da letra de câmbio por:
Resposta b) Ser promessa de pagamento;
7. São títulos de crédito que contêm ordem de pagamento:
Resposta d) letra de câmbio e cheque
8. São figuras intervenientes da Letra de Câmbio:
Resposta a) sacador, sacado e tomador;
9. O sacador, o sacado e o tomador são pessoas que participam do saque de:
Resposta b) uma letra de câmbio.
10. Augusto e Bernardo, em virtude de dívida contraída por aquele em favor deste, resolveram criar um documento que pudesse representar tal obrigação. Dessa forma, questionam você, famoso advogado dessa área:
a) De que maneira o título de crédito se distingue dos demais tipos representativos de obrigação, quanto à cobrança e circulação do crédito?
Resposta: Os títulos de crédito têm como características principais, a negociabilidade, circulabilidade (fácil circulação do crédito através do endosso ou da tradição) e a executoriedade (em tese, mais fácil de cobrar). Os demais títulos representativos da obrigação (contrato, carnê, cartão de crédito, confissão de dívida, dentre outros) não têm
tais características.
b) Porque o título de crédito é considerado, fundamentalmente, um título de apresentação?
Resposta: Se for este o título escolhido para representar a obrigação, por ser de muito fácil negociação, o devedor somente deverá pagar a dívida àquele que apresentar o documento, ou seja, o título, (cartularidade) mesmo que saiba quem é o seu credor original, sob o risco de ter que pagar duas vezes a mesma obrigação.
10. Antônio emitiu uma nota promissória em favor de Bernardo, que circulou através de
diversos endossos até chegar ao atual portador, que decidiu executar um dos endossantes, face à inadimplência do devedor original. Uma vez executado, o endossante apresentou exceção de pré-executividade, para demonstrar sua total incapacidade processual, já que que ele teve o título transferido de um incapaz, o que prejudicaria a cadeia de endossos.
a) A defesa deve ser acolhida pelo Juiz da causa?
Resposta: Não merece acolhida a defesa apresentada, tendo em vista que ao lançar sua assinatura no título, o endossante vinculou sua obrigação de pagar como garantidor, pelo Princípio da Autonomia. (tecer comentários sobre a exceção de pré-executividade)
b) Determine o princípio cambiário aplicável ao caso em tela.
Resposta: No caso em tela é aplicável; i) Princípios da Autonomia, em que cada obrigação é autônoma com relação às demais, independentemente da situação do obrigado, e ii) da Inoponibilidade das Exceções Pessoais, cuja relação pessoal com quaisquer dos obrigados não pode ser alegada como defesa. (arts. 7 e 17 da LUG)
10. Um empresário que trabalha no ramo de venda a varejo pretende utilizar, nas suas operações a crédito, duplicatas ao invés de cheques, em virtude da alta taxa de inadimplência. Procura você para consulta acerca das diferenças básicas entre tais títulos. Responda ao consulente de acordo com as classificações dos títulos de crédito.
Resposta: Inicialmente, cheque e duplicata assemelham-se nas modalidades de modelo, ambos são vinculados, e de circulação, com relação à modalidade nominal à ordem, cujo ao cheque se aplica nos valores acima de R$ 100,00 (cem reais). Diferem quanto às demais modalidades, pois na de estrutura, o cheque é ordem de pagamento, em que outra pessoa que não o devedor, deve efetuar o pagamento, enquanto que na duplicata, por ser promessa de pagamento, o devedor é aquele que deve efetuar o pagamento, e na hipótese de pagamento, a duplicata é título causal. É nesse ponto que para o empresário a troca é impossível, uma vez que não se aplica às vendas a varejo, mas apenas à compra e venda mercantil. Dessa forma, o empresário deverá manter o cheque nas operações a crédito. Obs: (letra de câmbio e cheque são considerados ordem de pagamento, em virtude de haver um terceiro vinculado ao saque, terceiro este que realiza o pagamento em nome do devedor).
1. Durval recebeu um titulo de crédito e endossou em preto, isto significa que:
Resposta a) o endosso deu-se a determinada pessoa;
2. Considerando-se que Paula tenha endossado a Luana um cheque de terceiro no valor de R$ 500,00, é correto afirmar que:
Resposta c) Paula, por ter endossado o cheque, responde pela solvência do devedor principal, no valor de R$ 500,00.
3. O endosso é ato cambial porque?:
Resposta e) Transfere direitos.
4. De acordo com a legislação em vigor relativa a títulos de crédito, não é passível de aceite a:
Resposta d) nota promissória.
5. O aval parcial de nota promissória é:
a) simplesmente ineficaz.
b) nulo.
c) considerado não-escrito.
d) válido e eficaz.
6. A respeito do endosso parcial, pode-se afirmar
que é:
resposta a) Nulo.
7. Em relação ao aceite nas letras de câmbio, é incorreto afirmar:
Resposta c) O sacador pode determinar que a apresentação ao aceite não poderá efetuar-se antes de determinada data;
8. Diante da não devolução da duplicata por parte do sacado, pode-se afirmar:
Resposta a) Com exceção das hipóteses do artigo 8º da lei das duplicatas, o aceite se deu de forma presumida.
9. A nota promissória é definida:
Resposta b) Uma promessa pura e simples de pagamento
1. No que diz respeito à nota promissória:
Resposta c) O endosso, salvo clausula em contrário, garante o pagamento;
2. O aval é:
Resposta c) é uma garantia de pagamento;
3. Na letra de câmbio, o aceite é a declaração:
Resposta e) do sacado, comprometendo pagar o título no seu vencimento.
4. Assinale a alternativa que indica quais dos títulos de créditos abaixo não admitem aceite
Resposta b) Cheque e Nota Promissória (art 6° L 7357/85)
5. Em relação aos Títulos de Crédito, é correto afirmar que, quando:
Resposta c) firmado em branco, o aval na nota promissória é entendido como dado em favor do sacador.
6. Com relação ao instituto do aval, é correto afirmar que:
Resposta d) a obrigação do avalista se mantém, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula, exceto se essa nulidade for decorrente de vício de forma.
7. De acordo com a legislação em vigor relativa a títulos de crédito, não é passível de aceite a:
Resposta d) nota promissória.
8. A empresa ZLH Ltda. é beneficiária e portadora legitima de uma nota promissória emitida no dia 30 de setembro de 2014, pela empresa MT Ltda., com vencimento a vista no valor de R$50.000,00, nela constando o aval da empresa SZ Ltda. no montante de R$ 25.000,00. Ocorre que a empresa ZLH Ltda pretende endossar o referido título de credito a empresa JC Ltda. No montante equivalente a R$25.000,00. Nesse caso, de acordo com as normas previstas na lei cambiaria em vigor, aplicáveis a nota promissória:
Resposta b) O endosso parcial será considerado nulo.
9. Augusto emite uma letra de câmbio em face de Bernardo e a favor de Cardoso, que a endossa empreto para Danilo, o qual também endossa em preto para Eduardo que, porém, endossa em branco para Fernando. Este repassa o título por tradição a Gustavo, e assim vai por Hernani, Ivo, João e Karine. A esta foi exigida por Luiz, no momento da transferência, que fosse realizada por endosso, o que foi feito, porém, em preto. Indaga-se:
a) Determine a legalidade da cadeia de transferência do título e quais são os obrigados
pelo pagamento.
Resposta: Não há impedimento algum o título nominal passar a ser ao portador e, posteriormente, voltar a ser nominal, mediante a cadeia de endosso nas modalidades em preto ou em branco. Os obrigados serão Augusto (sacador), Bernardo (caso aceite), Cardoso (tomador-endossante), Danilo (endossante), Eduardo (endossante) e Karine (endossante) devido terem recebido por endosso em preto.
b) Especifique o principal efeito do endosso realizado por Karine.
Resposta: O principal efeito do endosso em preto é fazer com que o título fique nominal e, caso o portador queira transferi-lo, obrigatoriamente deverá fazê-lo por endosso, em preto ou em branco.
10. Augusto emitiu uma letra de câmbio no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais) contra Bernardo e em favor de seu credor Cardoso, que endossou a cambial para Danilo que ao levar o título a aceite, obteve o aceite parcial modificativo de data de pagamento. Indaga-se:
a) Pode o sacado, no caso acima, limitar o aceite?
Resposta: O aceite parcial é autorizado pela LUG, art. 26, 2, no caso em tela, modificativo.
b) Quais os efeitos produzidos pelo aceite parcial?
Resposta: O aceite parcial gera o vencimento antecipado, mesmo o modificativo (art. 43, 1, LUG). Na realidade, o portador (credor) tem a faculdade de acionar: a) o sacador ou o endossante, antes do vencimento posto no título, ou b) o aceitante, na data estipulada pelo aceitante, proposta no aceite modificativo.
11. Ao receber uma letra de câmbio por endosso, Augusto exigiu de Bernardo um avalista, mesmo a letra já aceita e com a assinatura do sacador e de mais três endossantes. Assim, Bernardo conseguiu com seu pai o aval, porém este não indicou que Bernardo seria seu avalizado e o fez na modalidade parcial. Indaga-se:
a) Determine a responsabilidade do avalista nesse título.
Resposta: Por ter sido aval em branco, o avalista vai se responsabilizar da mesma maneira que o sacador e, por tal razão, será devedor principal (art. 31.3 LUG)
b) É possível a modalidade parcial do aval?
Resposta: Pela regra geral, o aval parcial é vedado (art. 897, parágrafo único, do CC). Exceção: o aval pode ser parcial se for previsto na legislação especial, como ocorre com o cheque, a nota promissória e a letra de câmbio.

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