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POLIGRAFO INSTALAÇÕES HIDRAULICAS

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CENTRO ESTADUAL TECNOLÓGICO PAROBÉ 
CURSO DE EDIFICAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES 
HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Autores: Engenheira Silvia Steinstrasser 
Engenheiro Gilson Paim Costa 
Engenheiro Alexandre Cavagni 
Centro Estadual Tecnológico Parobé 
Curso de Edificações – Instalações Hidráulicas 
 
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CENTRO ESTADUAL TECNOLÓGICO PAROBÉ 
CURSO DE EDIFICAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES 
HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Autores: Engenheira Silvia Steinstrasser 
Engenheiro Gilson Paim Costa 
Engenheiro Alexandre Cavagni 
 
Centro Estadual Tecnológico Parobé 
Curso de Edificações – Instalações Hidráulicas 
 
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NORMAS TÉCNICAS 
 
NBR 5626-09/98 – Instalação Predial de Água Fria 
NBR 8160–09/99 – Sistemas Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e Execução 
NBR 10844/89 – Instalações Prediais de Águas Pluviais 
NBR 13969-09/97 – Tanques Sépticos – Unidades de Tratamento Complementar e Disposição Final 
dos Efluentes Líquidos – Projeto, Construção e Operação. 
NBR 7198-09/93 - Instalações Prediais de Água Quente. 
NBR 7229/93 - Disposição Final dos Efluentes Líquidos – Projeto, Construção e Operação. 
Decreto 9369/88 – Código de Instalações Prediais do DMAE 
LC nº 423/98 – Ramal Predial 
IT 150 – Medição Individualizada de Água em Condomínios. Instrução de Trabalho do DMAE – 
Revisão 01 de julho 2009. 
 
TERMINOLOGIA 
 
Alimentador Predial ou de Ligação – Canalização de água compreendida entre a rede pública e o 
hidrômetro, inclusive. 
ART – Anotação de Responsabilidade Técnica no CREA – Conselho Regional de Engenharia e 
Arquitetura. 
Caixa Adicional – Caixa de inspeção, instalada pelo DMAE, destinada a receber a rede predial de 
esgoto sanitário da edificação. 
Caixa Coletora – Caixa onde se reúnem os refugos líquidos que exigem elevação mecânica para 
serem esgotados. 
Caixa de Gordura – Dispositivo projetado e instalado para separar e reter substâncias indesejáveis 
às redes de escoamento. 
Caixa Separadora de Óleo – Dispositivo projetado e instalado para separar e reter substâncias 
indesejáveis às redes de escoamento. 
Cavalete – É a parte do ramal predial destinado à instalação do hidrômetro. 
Coletor Cloacal – Canalização pertencente ao sistema público de esgotos sanitários. 
 
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Coletor Predial – Trecho de canalização compreendido entre a última inserção de subcoletor, 
ramal de esgoto ou de descarga e o coletor público. 
Consumo Diário – É o valor médio de água consumido num período de 24 horas. 
DMAE – Departamento Municipal de Água e Esgoto. 
DEP – Departamento Municipal de Esgotos Pluviais. 
DM – Declaração Municipal: Informativo das condições urbanísticas de ocupação do solo. 
Desconector - caixa sifonada ou sifão. 
Esgoto – Refugo líquido que deve ser conduzido a um destino final. 
Esgoto Sanitário – Refugo líquido proveniente do uso de água para fins domésticos ou industriais. 
Esgoto Pluvial – São as águas de chuvas coletadas e conduzidas ao coletor público pluvial. 
Hidrômetro – Aparelho destinado a medir o volume de água consumido pelo usuário. 
Instalação Hidrossanitária – Conjunto de canalizações, reservatórios, equipamentos, peças de 
utilização, aparelho e dispositivos empregados para a distribuição de água ou coleta de esgoto no 
prédio. 
Perda de Carga – Perda de pressão da água pelo atrito e turbulência dentro da tubulação. Quanto 
mais rugoso o material e quanto mais conexões existirem numa rede, maior é a perda de carga. 
Ponto de Consumo – É todo o terminal de canalização de água em que há ou poderá haver 
consumo de água: como bacia sanitária, lavatório, chuveiro de box, bidê, tanque, pia, banheira, 
máquina de lavar, piscina, aquecedor, torneira de jardim, etc... 
Pressão – São forças que a água exerce no fundo e nas paredes dos tubos. Quanto maior a altura, 
maior a pressão. 1 kgf/cm2 = 10 mca. 
Ramal de Entrada – Canalização compreendida entre o ramal predial e a primeira derivação para a 
instalação predial ou válvula de flutuador do reservatório (torneira bóia). 
RE - Ramal de Esgoto: Tubulação que sai de uma caixa sifonada ou de um sifão. 
Rede de Distribuição – A rede predial de distribuição é o conjunto de tubulações, compreendido 
pelos barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos. 
Reservatório – Elemento componente do sistema de abastecimento e destinado a acumular a água 
e regular a vazão e pressão do mesmo. 
RV - Ramal de Ventilação: Tubulação que tira o gás de um ramal de esgoto e desta forma deve ser 
conectado a este e conduzido a um tubo de ventilação. 
SMOV – Secretaria Municipal de Obras e Viação de Município de Porto Alegre. 
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TQG - Tubo de Queda de Gordura: Tubo vertical que conduz a gordura produzida nas pias da 
cozinha de um prédio até uma caixa de gordura coletiva. 
TQS - Tubo de Queda Sanitário: Tubo vertical que conduz o esgoto sanitário, em um prédio, até 
uma caixa de inspeção. 
TQP – Tubo de Queda Pluvial: Tubo vertical que conduz as águas de chuvas provenientes de 
coleta, através de ralos ou calhas, até uma caixa de inspeção. 
TV - Tubo de Ventilação: Tubulação vertical na qual se conectam todos os ramais de ventilação e 
opcionalmente o tubo de queda sanitário no ultimo pavimento, quando este tubo não e conduzido 
até a cobertura ou telhado do prédio e então é ventilado para o exterior. 
Usuário – Toda pessoa física ou jurídica responsável pela utilização do serviço público de 
abastecimento de água e de remoção de esgoto sanitário. 
Vazamento – É o desperdício de água verificado na instalação predial. 
Vazão – Quantidade de água que passa em determinada seção na unidade de tempo. Quanto 
maior a vazão, maior será o volume de água na tubulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1.0. INTRODUÇÃO 
 
 
O homem vive cercado pelo ar, pela água e pelos alimentos. Ao respirar o ar, ingerir os alimentos, 
beber a água e utilizá-la, para inúmeros fins, o homem cria um novo elemento conhecido como 
resíduo e constituído pelo esgoto (resíduo líquido) e pelo lixo (resíduo sólido). 
A água límpida que é distribuída a uma cidade, ao atravessá-la, passa a agregar agentes químicos 
(gorduras, detergentes, produtos químicos de origem doméstica e industrial), agentes físicos 
(substâncias que alteram a cor, a temperatura das águas, sólidos finos que aumentam a turbidez) 
e agentes biológicos (fungos, vírus, bactérias patogênicas, protozoários, etc...). 
Essa água assim desagregada, contendo restos de cozinha, fezes, resíduos sólidos e resíduos 
provenientes de atividades industriais é que constituem os esgotos sanitários. 
As águas provenientes das chuvas formam os esgotos pluviais. 
 
Para que as águas possam ser coletadas, tratadas e utilizadas é necessário que projetos de 
instalações hidráulicas sejam pensados e executados atendendo as Normas Técnicas e os padrões 
da “boa técnica”. 
Em anexo estão algumas medidas convencionadas para auxiliar na elaboração dos projetos 
hidrossanitários:
Na Figura 1.1 temos as alturas de esperas de água fria e esgoto convencionadas para a maioria 
dos padrões de projetos. Na Figura 1.2 aparecem as alturas das esperas quando temos algum 
sistema de aquecimento para a água. Na Figura 1.3 temos as medidas dos aparelhos sanitários 
apresentada por uma empresa comercial, que pode servir como base para os projetos de água e 
esgoto. 
Na Figura 1.4 aparecem as convenções que devem ser adotadas no momento da elaboração de 
um projeto. 
 
 
 
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Figura 1.3 – Medidas das louças e esperas sanitárias 
 
Fonte: Figura extraída do Catálogo Técnico da Empresa IDEAL STANDART 
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2.0. TRATAMENTO DA ÁGUA 
 
 
A água que consumimos é responsável pela nossa higiene, limpeza e saúde. A utilização da água 
encanada também pode ser utilizada para: 
Irrigação dos campos; 
Barragens (geração de energia); 
Combate a incêndios; 
Matéria prima para indústrias. 
A qualidade de vida de uma cidade depende diretamente da água canalizada, ou seja, da água 
tratada e distribuída para todos. Em Porto Alegre, o tratamento e distribuição são feitos pelo 
DMAE (Departamento Municipal de Água e Esgoto). Na grande Porto Alegre e interior do estado é 
feita pela CORSAN (Companhia Riograndense de Saneamento). 
A água antes de chegar a nossas casas é captada na superfície (barragens, rios e lagos). Passa 
então por uma série de etapas de tratamento com o objetivo de purifica-las para consumo. 
Existem quatro fases básicas para tratamento da água: 
 
Coagulação; 
Decantação; 
Filtração; 
Desinfecção. 
 
Coagulação – Nesta fase é adicionado à água bruta, no tanque, um produto químico chamado 
sulfato de alumínio. O sulfato provoca uma atração entre as impurezas em suspensão na água, 
formando pequenos flocos. O sistema permanece em movimento para englobar todas as 
impurezas. 
 
Decantação – À medida que esses flocos vão ficando mais pesados, tendem a se depositar no 
fundo, tornando então a água mais clara e com melhor aspecto. 
 
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Filtração – A seguir a água passa por um filtro que retém os flocos que não decantaram, bem 
como parte das bactérias e demais impurezas em suspensão na água. 
 
Desinfecção - Finalmente é feita a desinfecção com cloro, que elimina as bactérias que não ficaram 
retidas nos filtros. É feita a adição de cal hidratada, para equilibrar o PH da água, pois o cloro é 
ácido. Além disso, é feita a adição de sal de flúor à água, para fazer a prevenção da cárie dentária. 
 
A figura 2.1 faz referência ao sistema básico de tratamento da água potável na ETA (Estação de 
Tratamento de Água). 
 
A Figura 2.2 apresenta o esquema de abastecimento da água tratada em uma cidade. 
A água tratada sai da ETA e através de bombeamento é recalcada para os reservatórios públicos 
sendo distribuída através das redes canalizadas para a cidade, assim cada usuário terá a sua 
ligação predial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3.0. SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA 
 
 
3.1. REDE DE DISTRIBUIÇÃO 
 
A partir das ligações prediais a água é distribuída para o consumo das economias. 
A distribuição é feita a partir da rede pública de água, a 90°, através de uma conexão denominada 
ferrule. Este trecho denomina-se Ramal de Entrada, e vai até o cavalete com hidrômetro, ambos 
de propriedade do DMAE. A partir do hidrômetro a rede passa a denominar-se Ramal de 
Alimentação, que é de propriedade e responsabilidade do usuário. 
Na Figura 3.1 podemos ver o esquema dos ramais de entrada e de alimentação. 
 
O sistema de distribuição pode ser Direto, Indireto ou Misto. 
 
3.1.1. DIRETO – Os pontos de consumo são alimentados pela pressão da rede pública (sem 
reservatório), conforme mostra a Figura 3.2. 
 
Vantagens do Sistema Direto: 
Menor perigo de contaminação da água de abastecimento interno; 
O custo da instalação é bem menor. 
Desvantagens do Sistema Direto: 
Há maior probabilidade de ficar sem água devido a cortes no abastecimento urbano; 
Não podem ser instaladas válvulas fluxíveis do tipo Hydra. 
 
3.1.2. INDIRETO – A alimentação da rede de distribuição é feita através de reservatório superior. 
O reservatório superior pode ser alimentado por gravidade ou por bombeamento. Para prédios 
acima de quatro pavimentos, instalar reservatório inferior e superior com bombeamento. As 
Figuras 3.3 e 3.4 mostram o sistema de distribuição indireto com reservatório alimentado por 
gravidade para uma casa e em um prédio. A Figura 3.5 mostra a distribuição indireta com 
alimentação do reservatório através de bombeamento. 
Vantagens do Sistema Indireto: 
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Há sempre reserva de água; 
A pressão de água é constante e reduzida nos encanamentos. 
Desvantagens do Sistema Indireto: 
Maior custo das instalações; 
Maior probabilidade de contaminação da água acumulada. 
 
3.1.3. MISTO – Alguns pontos de consumo são alimentados diretamente pela rede pública e outros 
a partir do reservatório superior, conforme mostra a Figura 3.6. 
 
3.2 . PRESSÃO HIDRÁULICA 
A pressão hidráulica = peso de água sobre um ponto. 
É medido em Kgf/cm2 ou em mca (metros de coluna d’água). 
A pressão hidráulica é medida através de um equipamento denominado Manômetro. 
 
 1 Kgf/cm2 = 10 mca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.0. ESTUDO DE INSTALAÇÕES DE ESGOTO SANITÁRIO 
 
 
4.1. INTRODUÇÃO 
 
As redes de esgoto sanitário foram sendo aprimoradas pela humanidade, com o intuito de afastar 
das proximidades do meio onde vive, o tão indesejável efluente que geram durante suas 
atividades diárias. 
As redes de esgoto sanitário são compostas de: 
 
Ramal de descarga ou ramal secundário: é a tubulação que recebe diretamente os efluentes dos 
aparelhos sanitários (lavatórios, ralos de chuveiro, bidês, pias, tanques...) levando-os até a caixa 
sifonada ou caixa de gordura. 
 
Ramal de esgoto ou ramal primário: É a tubulação que recebe os efluentes do vaso sanitário, pias 
de despejo ou caixas sifonadas, unindo-se ao subcoletor. Os ramais provenientes dos mictórios 
devem ser ligados diretamente ao ramal primário, devendo ser ventilados. 
 
Subcoletor: Tubulação que recebe efluentes de um ou mais tubos de queda ou ramais de esgoto. 
Devem ter diâmetros e declividades mínimas constantes, conforme mostra a Tabela 4.1. 
 
Tabela 4.1 - Diâmetros e Declividades dos Subcoletores 
Canalizações Declividade 
75 mm 3,0% 
100 mm 2,0% 
150 mm 0,7% 
Fonte: Tabela extraída da NBR 8160-09/99 
 
Coletor predial: Trecho de tubulação compreendido entre a última inserção de subcoletor, ramal 
de esgoto ou de descarga e o coletor público ou sistema particular. 
A rede de esgoto sanitário deverá chegar ao passeio, com no máximo, um metro de profundidade, 
sendo que o DMAE só executará a ligação Ana rede, se esta condição for obedecida. 
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Tubo de queda:
É a tubulação vertical que recebe efluentes de subcoletores, ramais de esgoto e 
ramais de descarga. 
 
Tubo de ventilação: É o tubo destinado a possibilitar o escoamento do ar da atmosfera para o 
interior da instalação de esgotos e expurgar os gases que se formam nas redes, com a finalidade 
de protegê-la contra possíveis rupturas dos fechos hídricos dos desconectores (caixas sifonadas, 
vasos sanitários, mictórios). Os tubos de ventilação devem ultrapassar 30cm o telhado. O trecho 
de um tubo ventilador que interliga o desconector ou o ramal de descarga a uma coluna de 
ventilação chama-se Ramal de Ventilação. 
 
Desconectores ou sifões: São dispositivos que contém uma camada líquida chamada de fecho 
hídrico, destinada a vedar a passagem dos gases contidos nos esgotos. Ex: caixa sifonada, vaso 
sanitário. É necessário 5cm para a altura dos fechos hídricos dos desconectores. 
 
Ralos: São caixas dotadas de grelha na parte superior, destinadas a receber as águas de chuveiros, 
lavagem de pisos e terraços. 
 
Caixas sifonadas: É a peça da instalação de esgotos que recebe as águas servidas de lavatórios, 
banheiras, box, tanques e pias, ao mesmo tempo em que impede o retorno dos gases contidos nos 
esgotos para os ambientes internos dos compartimentos. 
 
Caixas de inspeção: São caixas destinadas a permitir a inspeção, limpeza e desobstrução das 
tubulações. Devem ser de alvenaria, com dimensões internas mínimas de 60x60cm, com 
profundidade máxima de 1,00m. 
 
4.2. PROJETO DE ESGOTO PREDIAL 
 
Na elaboração do projeto de instalações de esgotos sanitários prediais, o projetista deve estar 
bem ciente da localização dos diversos aparelhos sanitários pela planta de arquitetura e dos 
itinerários a serem seguidos pelas tubulações, que devem ser os mais curtos e retilíneos possíveis. 
A elaboração do projeto de instalações de esgoto predial deve seguir algumas regras básicas: 
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Para os Banheiros 
Inicialmente projetar a ligação do vaso a uma caixa ou a um TQS. 
Decidir a localização da CSG, que não deverá ficar em local de circulação, nem muito próxima das 
paredes, pois elimina as possibilidades de ligações. Também é bom não colocar sob as peças, pois 
um dos objetivos da caixa é manter a inspeção. 
Decidir a localização do RS do box do chuveiro, que não deve ser colocado no local onde o 
indivíduo pisa para tomar o banho. 
Ligar todas as peças na CSG (lavatório, bidê, banheira e ralo do chuveiro). Obedecer às entradas da 
CSG, e a formação dos ângulos de 45°, para evitar que na obra os tubos sejam aquecidos. O 
projeto deve retratar exatamente o que será feito na obra, utilizando-se as conexões com os 
ângulos corretos, conforme são vendidos no mercado. 
Interligar a CSG na tubulação que sai do vaso sanitário. Esta ligação deve ser a 45°, jamais a 90° ou 
no contra fluxo. 
Projetar o ramal de ventilação (sempre entre a caixa e o tubo do vaso), que pode ser em qualquer 
ângulo, pois na prática este ramal corre sobre as demais tubulações. Interligar ao tubo de 
ventilação. O tubo de ventilação não deve ser projetado atrás do espelho do lavatório e nem nos 
cantos das peças, onde é feita a amarração das alvenarias. 
O ideal é passar os TQS e TVs em shafts, pois são tubos 100 e 75mm (=10cm e 7,5cm), que às vezes 
podem enfraquecer uma parede de alvenaria. 
Após segue-se o dimensionamento, que é feito através das Tabelas que seguem. 
Ver exemplos de projetos de esgoto predial de banheiros nas Figuras 4.1, 4.2, 4.3, 4.4, 4.5 e 4.6. 
 
Para Cozinhas: 
 
Se forem em residências, localizar a CG fora da cozinha. Posicionar de modo que o esgoto da pia 
entre sem muitos percursos. Ligar o esgoto da máquina de lavar louças. Encaminhar o ramal de 
esgoto para uma caixa de inspeção. O ramal de ventilação deverá ser posicionado logo após a CG e 
deverá ser interligado ao tubo de ventilação. 
Para prédios, os ramais de descarga das pias e máquina de lavar louças se unem e são conduzidos 
ao TQG. A caixa de gordura individual passa a não existir e uma caixa de gordura coletiva é 
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construída junto ao pé de coluna do TQG, no térreo. O ramal de ventilação é ligado ao ramal de 
descarga e interligado ao tubo de ventilação. 
Ver exemplos de projetos de esgoto predial de cozinhas nas Figuras 4.7, 4.8, 4.9, 4.10 e 4.11. 
 
Para Lavanderias: 
 
Se forem residências, localizar a CS dentro da lavanderia, em local protegido da circulação. Não 
projetar sob o tanque ou máquina de lavar roupas. Ligar o esgoto da máquina de lavar roupas e o 
tanque na CS. Encaminhar o ramal de esgoto para uma caixa de inspeção. O ramal de ventilação 
deverá ser posicionado logo após a CS e deverá ser interligado ao tubo de ventilação. 
Para prédios, os ramais de descarga dos tanques e máquina de lavar louças são conduzidos a uma 
CS, como nas residências, porém devem ser interligados a um TQS. O ramal de ventilação é ligado 
ao ramal de descarga e interligado ao tubo de ventilação. 
Ver exemplos de projetos de esgoto predial de lavanderias nas Figuras 4.12, 4.13, 4.14 e 4.15. 
 
 4.3. DIMENSIONAMENTO DOS ESGOTOS. 
 
Para dimensionamento de esgoto predial de sanitários e cozinhas, seguir as regras práticas 
indicadas abaixo: 
 
DEFINIÇÃO IMPORTANTE: 
UHC = Unidade Hunter de Contribuição é o número estatístico desenvolvido por um pesquisador 
denominado Hunter, o qual atribuiu valores em uma escala de 0,5 até 6 para indicar a maior ou 
menor quantidade de esgoto que circula no interior de um tubo. Os limites tratam do bebedouro 
(0,5 UHC) que praticamente não produz nenhum esgoto, passando pelo vaso sanitário (6UHC) que 
tem maior contribuição. Este número é utilizado para dimensionamento de tubulações de esgoto 
sanitário. 
 
a) Atribuir os valores das Unidades Hunter e diâmetros dos ramais de descarga, para cada 
aparelho, conforme a Tabela 4.2. 
 
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TABELA 4.2 – Unidades Hunter de Contribuição dos Aparelhos Sanitários e Diâmetro Nominal Mínimo dos Ramais de 
Descarga 
 
Número de Unidades 
Hunter de Contribuição 
Diâmetro Nominal mínimo do 
ramal de descarga - DN 
Bacia Sanitária Aparelho sanitário 6 100 
Banheira de residência 2 40 
Bebedouro 0,5 40 
Bidê 1 40 
Chuveiro De residência 2 40 
Coletivo 4 40 
Lavatório De residência 1 40 
De uso geral 2 40 
Mictório Válvula de descarga 6 75 
Caixa de descarga 5 50 
Descarga automática 2 40 
De calha 2 50 
Pia de Cozinha Industrial 
Preparação 3 50 
Lavagem de Panelas 4 50 
Pia de cozinha residencial 3 50 
Tanque de lavar roupas 3 40 
Máquina de lavar louças 2 50 
Máquina de lavar roupas 3 50 
Fonte: Tabela extraída da NBR 8160/99 
 
b) Dimensionar os ramais de esgoto, que são tubulações que partem dos sifões. A NBR 8160/99 
apresenta a Tabela 4.3 que trata do numero máximo de Unidade Hunter de contribuição que 
podem ser lançados nas tubulações de acordo com os diâmetros nominais. Porém, pode-se seguir 
o dimensionamento prático, indicado na Tabela 4.4; 
 
Tabela 4.3 – Dimensionamento de Ramais de Esgoto 
Diâmetro Nominal Mínimo do Tubo 
DN 
Número Máximo de Unidades Hunter de 
Contribuição - UHC 
40 3 
50 6 
75 20 
100 100 
Fonte: Tabela extraída da NBR 8160/99 
 
TABELA 4.4 – Tabela para Dimensionamento Prático dos Ramais de Esgoto 
Peças DN (mm) 
Sanitários sem banheira 50 
Sanitários com banheira 75 
Cozinha 75 
Lavanderia 75 
Fonte:
Tabela de autoria do Eng. Gilson Paim Costa 
 
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c) Dimensionamento dos ramais de ventilação: Ramal de ventilação é a tubulação ligada ao ramal 
de esgoto. Faz-se o somatório de unidades Hunter incluindo o vaso sanitário. Os ramais de 
ventilação têm dimensionamento pratico indicado na Tabela 4.5. 
 
TABELA 4.5 – Dimensionamento dos Ramais de Ventilação 
Grupos Aparelhos Sem Bacias Sanitárias Grupos Aparelhos Com Bacias Sanitárias 
Número de Unidades 
Hunter de Contribuição 
Diâmetro Nominal do 
Ramal de Ventilação 
Número de Unidades 
Hunter de Contribuição 
Diâmetro Nominal do 
Ramal de Ventilação 
Até 12 40 Até 17 50 
13 a 18 50 18 a 60 75 
19 a 36 75 - - 
Fonte: Tabela extraída da NBR 8160/99 
 
d) É preciso verificar se a distancia entre o sifão e o ramal de ventilação está nos limites 
estabelecidos na Tabela 4.6: 
 
TABELA 4.6 – Distancia Máxima de um Desconector ao Tubo Ventilador 
Diâmetro Nominal do Ramal de Descarga Distancia máxima - m 
40 1,00 
50 1,20 
75 1,80 
100 2,40 
Fonte: Tabela extraída da NBR 8160/99 
 
e) O dimensionamento dos Tubos de Queda Sanitários TQS e TQG é calculado somando-se as 
Hunter de todos os pavimentos, e entrando na Tabela 4.7: 
 
TABELA 4.7 – Dimensionamento Prático dos Tubos de Queda 
Diâmetro Nominal 
do Tubo 
Número Máximo de Unidades Hunter de Contribuição 
Prédio de até 3 pavimentos Prédio com mais de 3 pavimentos 
TQS TQG TQS TQG 
75 30 30 70 70 
100 240 240 500 500 
150 960 960 1 900 1 900 
200 2 200 2 200 3 600 3 600 
250 3 800 3 800 5 600 5 600 
300 6 000 6 000 8 400 8 400 
Fonte: Tabela extraída da NBR 8160/99 
 
 
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f) O tubo de ventilação - tubulação vertical na qual se conectam todos os ramais de ventilação e 
opcionalmente o tubo de queda do vaso sanitário no último pavimento, quando este não segue 
até a cobertura e é ventilado para o exterior, pode ser dimensionado pela NBR 8160/99 ou de 
forma prática através da Tabela 4.9: 
 
TABELA 4.8 – Dimensionamento de Colunas e Barriletes de Ventilação 
Diâmetro 
nominal do tubo 
de queda ou do 
ramal de esgoto 
Número de 
Unidades 
Hunter de 
Contribuição 
 
Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação 
40 50 75 100 150 200 250 300 
Comprimento permitido em metros 
40 8 46 - - - - - - - 
40 10 30 - - - - - - - 
50 12 23 61 - - - - - - 
50 20 15 46 - - - - - - 
75 10 13 46 317 - - - - - 
75 21 10 33 247 - - - - - 
75 53 8 29 207 - - - - - 
75 102 8 26 189 - - - - - 
100 43 - 11 76 299 - - - - 
100 140 - 8 61 229 - - - - 
100 320 - 7 52 195 - - - - 
100 530 - 6 46 177 - - - - 
150 500 - - 10 40 305 - - - 
150 1 100 - - 8 31 238 - - - 
150 2 000 - - 7 26 201 - - - 
150 2 900 - - 6 23 183 - - - 
200 1 800 - - - 10 73 286 - - 
200 3 400 - - - 7 67 219 - - 
200 5 600 - - - 6 49 186 - - 
200 7 600 - - - 5 43 171 - - 
250 4 000 - - - - 24 94 293 - 
250 7 200 - - - - 18 78 225 - 
250 11 000 - - - - 16 60 192 - 
250 15 000 - - - - 14 55 174 - 
300 17 300 - - - - 9 37 116 287 
300 13 000 - - - - 7 29 90 219 
300 20 000 - - - - 6 24 76 186 
300 26 000 - - - - 5 22 70 152 
Fonte: Tabela extraída da NBR 8160/99 
 
 
 
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4.9 – Tabela Prática para Dimensionamento dos Tubos de Ventilação 
 Diâmetro TQS ou TQG Diâmetro TV 
BANHEIROS 
Casas térreas com ou sem banheira Sem TQS 50mm 
Prédio ou casa ate 3 pavimentos 100mm 50mm 
Prédio ou casa entre 4 e 15 pavimentos 100mm 75mm 
Prédio com mais de 15 pavimentos 100mm 100mm 
Prédio até 3 pavimentos 150mm 75mm 
Prédio entre 4 e 10 pavimentos 150mm 100mm 
Prédio com mais de 10 pavimentos 150mm 150mm 
COZINHAS 
Casas térreas Sem TQG 50mm 
Prédio ou casa com até 3 pavimentos 75mm 50mm 
Prédio entre 4 e 10 pavimentos 75mm 50mm 
Prédio com mais de 10 pavimentos 75mm 75mm 
Prédio até 3 pavimentos 100mm 50mm 
Prédio entre 4 e 15 pavimentos 100mm 75mm 
Prédio com mais de 15 pavimentos 100mm 100mm 
Prédio até 3 pavimentos 150mm 75mm 
Prédio entre 4 e 10 pavimentos 150mm 100mm 
Prédio com mais de 10 pavimentos 150mm 150mm 
LAVANDERIAS 
Casas térreas Sem TQS 50mm 
Prédio ou casa com até 3 pavimentos 75mm 50mm 
Prédio entre 4 e 10 pavimentos 75mm 50mm 
Prédio com mais de 10 pavimentos 75mm 75mm 
Prédio ou casa até 3 pavimentos 100mm 50mm 
Prédio entre 4 e 15 pavimentos 100mm 75mm 
Prédio com mais de 15 pavimentos 100mm 100mm 
Prédio até 3 pavimentos 150mm 75mm 
Prédio entre 4 e 10 pavimentos 150mm 100mm 
Prédio com mais de 10 pavimentos 150mm 150mm 
Fonte: Tabela de autoria do Eng. Gilson Paim Costa 
 
 
g) Os coletores e subcoletores são dimensionados escolhendo-se uma declividade para a rede, em 
função da rede pública, na qual será feita a ligação. Na Tabela 4.10, cada declividade suporta um 
número máximo de Unidades Hunter, que corresponde ao diâmetro do tubo que deverá ser 
projetado. 
 
 
 
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TABELA 4.10 – Dimensionamento de Subcoletores e Coletor Predial 
Diâmetro Nominal do 
Tubo 
DN 
Número Máximo de Unidades Hunter de Contribuição em 
Função das Declividades Mínimas (%) 
0,5 1 2 4 
100 - 180 216 250 
150 - 700 840 1 000 
200 1 400 1 600 1 920 2 300 
250 2 500 2 900 3 500 4 200 
300 3 900 4 600 5 600 6 700 
400 7 000 8 300 10 000 12 000 
Fonte: Tabela extraída da NBR 8160/99 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5.0. MATERIAIS UTILIZADOS NAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE E FRIA 
 
 
Existem no mercado inúmeros materiais para execução d instalações de água fria e quente. Para 
água fria, o material mais utilizado é o PVC, que devido à facilidade de manuseio e instalação e por 
ser um material leve, tem ainda um custo relativamente acessível frente aos concorrentes como 
cobre e ferro galvanizado. Estes últimos são mais utilizados para execução de instalações de água 
quente. 
 
5.1. ÁGUA FRIA 
 
O material mais usado nas instalações de água fria é PVC (Cloreto de Polivinila). 
O PVC é uma resina plástica obtida de um processo petroquímico, que recebe pigmentos que 
identificam as linhas de tubulações existentes no mercado (branco, preto, marrom, bege, etc...). 
Existem vários tipos de tubos de PVC, indicados para diversas pressões de serviço. Os tubos são 
divididos em grupos, que levam o nome de Classe. 
Existem três classes de tubos de PVC. Para saber a pressão de serviço de cada classe, divide-se o 
número da classe por 2: 
 
Classe 12 ( 2) = 6 Kgf/cm2 = 60mca 
Classe 15 ( 2) = 7,5 Kgf/cm2 = 75mca 
Classe 20 ( 2) = 10 Kgf/cm2 = 100mca 
 
Existem dois tipos de tubulações de PVC distintas: a soldável e a roscável. A linha soldável é a mais 
usada, pois são tubulações leves soldadas a frio, com baixo custo. São vendidas barras de 6m com 
ponta e bolsa. A linha soldável é vendida comercialmente pelo diâmetro externo. 
A Tabela 5.1 faz a conversão de milímetros e polegadas, relacionando-se assim os diversos tipos de 
materiais. 
 
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Tabela 5.1 – Correspondência dos Diâmetros 
Diâmetro Interno (mm) 13 19 25 32 38 50 63 75 100 
Diâmetro Interno ( “ ) 1/2" 3/4" 1” 1 1/4" 1 1/2" 2” 2 1/2" 3” 4” 
Diâmetro Externo PVC 20 25 32 40 50 60 75 85 110 
Cobre 15 22 28 35 42 54 66 79 104 
PP 20 25 32 40 50 63 75 90 - 
PEX 16 20 25 32 40 50 63 75 90 
CPVC 15 22 28 35 42 54 73 89 114 
Fonte: Tabela de autoria da Eng. Silvia Steinstrasser 
 
5.2. ÁGUA QUENTE 
 
Para instalações de água quente temos o cobre, que é o material mais tradicional, de longa vida, 
porém de custo elevado, de difícil execução, necessitando ainda, de materiais para fazer o 
isolamento, pois perde muito calor para as alvenarias, por se metálico e condutor. A soldagem 
dos tubos e conexões é feita com cordão de solda aquecido por chama de maçarico. Existem três 
classes de tubulações de cobre, que variam de acordo com sua espessura. 
O CPVC é um material plástico, que possui as mesmas características do PVC quanto a custos, 
manuseio e facilidade de instalação. Como é pouco condutor não necessita de isolamento térmico. 
O CPVC é o PVC acrescido de mais cloro, que aumenta a resistência dos tubos para possibilitar a 
condução de líquidos sob pressão e altas temperaturas. Os tubos de CPVC são dimensionados 
para trabalharem com as seguintes pressões de serviço: 
 
6 Kgf/cm2 ou 60mca conduzindo água a 80°C. 
24 Kgf/cm2 ou 240mca conduzindo água a 20°C. 
 
Estão entrando no mercado outros materiais como PEX, PP e outros, que podem ser usados tanto 
para água fria como quente. São materiais leves, não necessitam isolamento, tem relativa 
facilidade de execução, com custo que supera o CPVC, aproximando-se ao custo do cobre. 
A Tabela 5.2 apresenta um comparativo entre os tipos de materiais mais comuns, existentes no 
mercado. 
 
 
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Tabela 5.2 – Comparativo entre materiais. 
Tipo Temperatura Limite Isolamento Solda Pressão Kgf/cm2 
PEX 90° Não * Mecânica 8 
PP 80° Não * Termo fusão 9 
CPVC 80° Não * Química Fria 6 
COBRE 150° Sim Maçarico à Gás 14 
Fonte: Tabela de autoria do Eng. Gilson Paim Costa 
( * ) Opcional 
 
5.3. REGISTROS 
 
Registro de Pressão: Também conhecido como “Válvula de Globo” , utilizado nas canalizações que 
abastecem os chuveiros, em mictórios e onde é necessário uma perfeita vedação. Apresenta 
grande perda de carga devido ao seu sistema de vedação interno, que obriga a água a desviar no 
seu interior, causando perda de pressão na rede. Sua vedação é absolutamente estanque, pois 
apresenta um anel de borracha de vedação que evita o contato entre os metais em seu interior. É 
de custo mais elevado, e não deve ser usado nas colunas de água fria por ocasionar elevadas 
perdas de carga. 
 
Registro Gaveta: Apresenta perda de carga desprezível, pois seu miolo fecha como se fosse uma 
“gaveta”, recolhendo-se completamente, liberando a passagem da água. Tem baixo custo e deve 
ser usado nas colunas e barriletes. 
 
Registro de esfera: Apresenta o mesmo princípio do registro de pressão. Por não possuir 
acabamento é muito utilizado na indústria, quando há a necessidade de uma vedação perfeita. 
 
 
 
 
 
 
 
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6.0. SISTEMAS DE AQUECIMENTO DE ÁGUA 
 
6.1. GENERALIDADES 
 
Atualmente não se pode conceber um prédio sem água quente. Prédios residenciais, hotéis, 
hospitais, indústrias, laboratórios, etc.. exigem água quente, seja por necessidade ou por conforto. 
A temperatura da água deve a ser fornecida depende do uso a que se destina. Por norma a 
temperatura para banhos é de 40°C. 
A Norma Técnica que rege as Instalações de Água Quente é a NBR 7198. 
 
6.2. CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DOS AQUECEDORES 
 
6.2.1. Critérios Técnicos: 
Volume de acumulação 
Temperatura da água 
Tempo de aquecimento 
Consumo de combustível 
 
6.2.2. Critérios Econômicos 
Custo de aquisição 
Custo da instalação 
Custo de manutenção 
Vida útil 
Custo do combustível/energia 
 
6.2.3. Material dos Encanamentos 
Os encanamentos podem ser feitos com cobre recozido e conexões em bronze ou latão. Existem 
no mercado novas linhas de produtos importados e nacionais que suportam pressão aliada à 
temperatura. 
Os tubos e conexões de PVC não devem ser empregados para água quente, pois possuem elevado 
coeficiente de dilatação linear e amolecem a temperatura de 100°C. A 60°C sua pressão de serviço 
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é de apenas 2Kg/cm2. O tubo de ferro maleável galvanizado, embora seja empregado, apresenta 
pouca resistência à corrosão. 
 
6.2.4. Isolamento dos Encanamentos 
Os encanamentos devem ser isolados com material de baixa condutibilidade térmica, a fim de não 
dissipar o calor antes de a água atingir os sub-ramais. 
Existem vários tipos no mercado, desde a tradicional lã de vidro até componentes do tipo espuma 
e mangueiras isolantes. Quando a tubulação for instalada em locais úmidos, pode-se protegê-la 
com uma película de alumínio adesiva. A Figura 6.1 mostra alguns detalhes executivos do 
isolamento das tubulações. 
 
6.2.5. Dilatação dos Encanamentos 
Deve-se levar em conta a dilatação dos encanamentos sob o efeito do calor nas instalações de 
água quente, permitindo que a dilatação se dê livremente e sem obstáculos a fim de evitar que 
ocorram tensões internas no tubo e empuxos consideráveis. 
Para atender ao efeito da dilatação nas tubulações pode-se usar um dos recursos seguintes: 
As instalações de água quente devem poder dilatar sem romper o isolamento térmico. Deve-se 
evitar embutir as linhas alimentadoras principais na alvenaria. Sempre que possível, devem ser 
instaladas em nichos ou shaft de tubulações. 
 
6.3. MODALIDADES DE INSTALAÇÃO DE AQUECIMENTO DE ÁGUA 
 
6.3.1. Instalação Individual 
Aquecedor de Passagem; 
Aquecedor por Acumulação. 
 
6.3.2. Instalação Coletiva 
Centrais de aquecimento conhecidas como Storage ou caldeiras. 
 
 
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6.4. TIPOS DE AQUECEDORES 
 
6.4.1. AQUECEDOR DE PASSAGEM A GÁS 
 
Características: 
Prático, fácil de instalar; 
Econômico; 
Não pode ser instalado no interior de sanitários; 
Atende poucos pontos de consumo; 
Modelos de qualidade duvidosa podem apagar a chama de gás, deixando este escapar para o 
ambiente. 
São aparelhos que precisam de pressões de 5 a 10mca para garantir seu funcionamento, 
necessitando muitas vezes de pressurizador ou ligação direta da rede pública para garantir um 
bom funcionamento. 
 
Vantagem - Precisa de poucos metros de canalização para abastecer. É um sistema econômico, 
pois só é acionado no momento em que for usado. 
 
Desvantagem - Problema de ventilação. O aparelho deve ser dotado de chaminé para expulsão 
dos gases provenientes da queima. Este aparelho consome em pouco tempo o oxigênio do ar. Não 
pode ser colocado dentro do banheiro. Na peça onde for colocado, deverá haver ventilação 
cruzada. O aparelho deve ser colocado próximo a uma janela, e na porta, 10cm acima do rodapé, 
deverá ser instalada uma abertura venezianada. Aquece no máximo, dois pontos ao mesmo 
tempo. Quando acionado, demora alguns minutos para chegar água quente, causando desperdício 
de água. 
 
 
 
 
 
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Figura 6.1 – Aquecedor de passagem a gás 
 
 
Fonte: Imagens capturadas da internet. 
 
6.4.2. AQUECEDOR DE PASSAGEM ELÉTRICO INDIVIDUAL 
 
Existem no mercado alguns tipos de aquecedores elétricos que aquecem individualmente alguns 
pontos como chuveiros, lavatórios, banheiras e pias de cozinha. Os modelos mais conhecidos são 
da CARDAL e da LORENZETTI. 
 
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Figura 6.2 – Aquecedor de passagem elétrico individual 
 
Fonte: Imagens capturadas na internet. 
 
Características: 
Pode ser instalado no interior de sanitários; 
Atende apenas um ponto de consumo de cada vez; 
Apresenta alto consumo de energia elétrica; 
Necessitam de coluna de água de diâmetro 50mm, pois o bom funcionamento está diretamente 
ligado à pressão da rede de alimentação; 
 
Vantagem – Pode ser instalado dentro do banheiro ou em qualquer compartimento, pois não 
apresenta queima de gases. 
Desvantagem – Consumo de energia elevado. Necessita de instalação trifásica, e bom 
aterramento. Necessita de altura de coluna d’água para um bom desempenho do aparelho. 
 
6.4.3. AQUECEDOR DE PASSAGEM ELÉTRICO 
Características: 
Pode ser instalado no interior de sanitários, ou em qualquer local, pois não há combustão; 
Atende vários pontos de consumo; 
Apresenta alto consumo de energia elétrica; 
Também trabalha precisando de boa pressão na rede de água para garantir seu funcionamento. 
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É ideal para ser instalado em locais públicos onde é vedada a utilização de aparelhos a gás. São 
muito utilizados nas lanchonetes de shopping, órgãos públicos, feiras e eventos em geral. 
As vantagens e desvantagens seguem as mesmas características do aquecedor elétrico de 
passagem individual. 
 
Figura 6.3 – Aquecedor de Passagem Elétrico 
 
Fonte: Imagem capturada da internet 
 
 
6.4.4. AQUECEDOR À GÁS POR ACUMULAÇÃO 
 
Vantagens - Aquece várias peças da casa. Pode ser usado em pontos simultaneamente. Quando 
utilizado o sistema de retorno, permite que a água saia quente, no momento em que for acionada 
a torneira. 
Desvantagens - É necessário que fique ligado o dia todo, aquecendo a água no tambor, mesmo 
quando não está em uso. 
A capacidade do reservatório é calculada em função da população do prédio. 
 
 
 
 
 
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Figura 6.4 – Aquecedor à gás por acumulação 
 
 
 
Fonte: Imagens capturadas na internet 
 
 
Descrição do Aparelho 
 
Tambor interno – Reservatório que armazena um determinado volume de água que será aquecido 
pelo calor liberado pela combustão do gás que alimenta o queimador colocado na parte inferior 
do tambor interno, até atingir uma temperatura previamente regulada pôr meio do controle 
automático. 
Isolação – Revestido com poliuretano expandido, material de baixo coeficiente de condutividade 
térmica, reduzindo sensivelmente as perdas de calor; 
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Acabamento: Tambor externo em chapa de aço, laminada a frio, desengraxada e protegida com 
primeira demão de tinta anticorrosiva. Acabamento final em esmalte sintético branco e cinza 
grafite, polimerizado em estufa; 
Controle automático de temperatura – Elemento de extrema sensibilidade, controla a temperatura 
de funcionamento do aparelho. Caindo a temperatura o controle é acionado automaticamente 
acendendo o queimador até que seja atingida a temperatura programada; 
Piloto Termopar – O queimador é aceso pela chama do piloto quando a temperatura da água fica 
abaixo da programada no controle automático 
O termopar tem a função de fechar a passagem total do gás caso o piloto se apague, pelo bloqueio 
do orifício da passagem de gás pôr resfriamento. Este sistema proporciona total segurança ao 
aquecedor, eliminando o risco de vazamento de gás; 
Válvula de Segurança de Pressão – Dispositivo de segurança destinado a aliviar a pressão interna 
do reservatório quando a mesma ultrapassa um valor pré-determinado. A válvula de segurança 
deverá ser canalizada juntamente com o dreno para um box ou outro local de fácil visualização. 
Não canalizar a válvula de segurança para ralos ou locais onde não se perceba sua abertura. 
Respiro - Nos casos de instalação de baixa pressão utiliza-se o Respiro em substituição à válvula de 
segurança. É instalado na saída de água quente em seu ponto mais elevado a fim de eliminar a 
formação de bolhas de ar na tubulação de água quente e como dispositivo de segurança para 
aliviar a pressão interna do aquecedor. Deve-se ultrapassar a tubulação de respiro em 80cm acima 
do nível máximo do reservatório. 
Ventilação - É obrigatória a instalação de aquecedores a gás em ambientes com ventilação 
permanente mínima e o uso de chaminé de exaustão. 
Quando instalados em ambientes fechados (Área de Serviço ou similares), o ambiente deve 
possuir volume mínimo de 9m3 para aquecedores até 150 litros e 12 m3 de 175 a 250 litros. 
Pressão dinâmica mínima - Não deve ser inferior a 5 kPa (0,5 m.a); 
Pressão estática máxima: Nas peças de utilização e nos aquecedores não deve ser superior a 
400 kPa (40 mca). Devemos prever dispositivos redutores de pressão caso ultrapasse este valor. 
Devem ser previstos registros de fechamento no início de cada coluna de distribuição e em cada 
ramal, no trecho compreendido entre a respectiva derivação e o primeiro sub-ramal. A entrada de 
água fria é conectada à luva da direita, olhando o aparelho de frente. A saída de água quente é 
conectada à luva da esquerda olhando o aparelho de frente. A alimentação de água fria para o 
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aquecedor deve estar sempre em cota superior ao aquecedor e deve alimentar somente o mesmo, 
não devendo derivar de rede que tenha válvula de descarga de vasos sanitários. 
Prever dispositivos de escoamento como ralos, canaletas, ou outro dispositivo que permita o 
escoamento da água proveniente de eventual vazamento. O ralo deve estar a uma distancia 
mínima de 1,50m do aquecedor. 
 A tubulação de alimentação de água fria e a de distribuição de água quente do aquecedor, devem 
ser de material resistente à temperatura máxima admissível da água quente. Não utilizar 
tubulações em PVC. Não instalar o aquecedor na mesma coluna que alimenta as válvulas de 
descarga. Ao optar pela instalação em CPVC, recomenda-se a colocação da válvula da segurança 
de temperatura (termo válvula) na instalação hidráulica, conforme orientações técnicas do 
fabricante do CPVC; 
Para obtenção de pressão mínima nos pontos de consumo, o fundo do reservatório, deverá estar a 
pelo menos 1 metro acima da tubulação de água quente que corre pela laje/forro; 
Para instalação em residências térreas (baixa pressão), recomenda-se que o diâmetro da 
tubulação de água fria que alimenta o aquecedor seja superior ao diâmetro de entrada do 
aquecedor; 
 
6.4.5. AQUECEDOR ELÉTRICO POR ACUMULAÇÃO 
 
Características: 
Pode ser instalado no interior de sanitários, ou em qualquer local, até mesmo sob o telhado; 
Atende vários pontos de consumo; 
Apresenta alto consumo de energia elétrica; 
Também trabalha precisando de boa pressão na rede de água para garantir seu funcionamento. 
É ideal para ser instalado em locais públicos onde é vedada a utilização de aparelhos a gás. São 
muito
utilizados nas lanchonetes de shopping, órgãos públicos, feiras e eventos em geral. 
As vantagens e desvantagens seguem as mesmas características do aquecedor elétrico de 
passagem. 
 
 
 
 
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Figura 6.5 – Aquecedor Elétrico por Acumulação 
 
 
Fonte: Imagem capturada da internet. 
 
 
6.4.6. SISTEMA HÍBRIDO DE PASSAGEM E ACUMULAÇÃO 
 
É a combinação de dois sistemas, sendo utilizados aquecedores de passagem e um acumulador. O 
objetivo é aumentar o poder de recuperação do acumulador, uma vez que os aquecedores de 
passagem aquecem a água previamente. Outro objetivo é a redução do consumo energético, 
principalmente quando o sistema é religado para utilização, após um período sem uso. 
 
Figura 6.6 – Sistema Híbrido de Passagem e Acumulação 
 
Fonte: Imagem capturada da internet. 
 
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6.4.7. INSTALAÇÃO COLETIVA – GERADORA DE ÁGUA QUENTE 
 
É um sistema de aquecimento de água composto de um ou mais tanques de acumulação de água 
horizontais ou verticais, com capacidade de 300 a 10.000 litros. Esta instalação permite a 
alimentação de todo o prédio simultaneamente. Neste sistema as redes estão interligadas nos 
pavimentos e a água está sempre circulando, o que ocasiona a otimização do sistema. A qualquer 
momento, qualquer ponto que for acionado, terá água quente disponível. 
 
Figura 6.7 – Geradora de Água Quente 
 
Fonte: Imagem capturada da internet 
 
O tamanho e capacidade da geradora são calculados em função da população do prédio. 
Necessitam área específica no pavimento térreo devido suas grandes dimensões. 
Os catálogos dão as dimensões necessárias para as peças, em função do tamanho das máquinas. O 
local de instalação deve ser exclusivo, garantindo espaço suficiente para a manutenção preventiva 
e corretiva. A porta de acesso, bem como o caminho a percorrer, devem ter espaços com folga 
para a passagem do equipamento. Já no interior, a sala deve ter no mínimo 80cm livres em toda a 
volta do equipamento, lembrando que muitas vezes espaços maiores são indispensáveis, como 
por exemplo, para remoção de um queimador de gás. 
Outras considerações são quanto a uma boa iluminação, circuito especial e exclusivo com maior 
amperagem, caixas de comando protegidas, instaladas pelo lado externo da peça. É necessário 
ainda, extintor de incêndio adequado. 
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As geradoras possuem capa externa tratada para resistir a corrosão. Internamente o depósito de 
água é em aço inoxidável, isolado termicamente. O aparelho recebe o calor através de 
queimadores, podendo ser alimentadas a gás, lenha, diesel, ou combinações. 
Para o perfeito funcionamento são necessárias a instalação de dispositivos de segurança, 
termostato, termômetro, válvula de segurança e uma cuidadosa manutenção. 
Com o aquecimento da água, há a tendência de formação de bolhas de ar com muita intensidade. 
Assim, é importante evitar sifões nas redes, bem como executar a tubulação com aclives e 
declives, que conduzam o ar a um ponto com respiro. É necessário executar pelo menos um 
respiro. Em outros pontos onde não for possível, deverá ser prevista a instalação de válvulas 
desaeradoras. 
Para um bom funcionamento das instalações, a alimentação da geradora deverá ser com coluna 
específica para esta finalidade (AGAQ). A coluna de distribuição (ABAQ), bem como as CAQs 
deverão suportar a temperatura de 100°C, logo é aconselhável a utilização de tubos de cobre, 
isolados termicamente; 
A água sobe por termossifão até 3 ou 4 pavimentos. A partir disso é aconselhável prever uma 
bomba de recirculação. Esta bomba é apenas para vencer a inércia. Não se calcula como bomba de 
recalque é uma bomba com baixa potência. 
A geradora é provida de chaminé devido à queima. É preciso prever no projeto arquitetônico o 
destino para a chaminé. 
A Figura 6.2 mostra um esquema básico de instalação do sistema Central Coletivo. 
 
Vantagens: 
Atende grandes volumes de água; 
Não tem instalações de equipamentos no interior dos apartamentos. 
Desvantagens: 
Sistema relativamente caro, pois necessita de aporte inicial de dinheiro para sua instalação; 
Necessita manutenção e controle permanente; 
É necessário instalar registros de medição nos apartamentos para diferenciar e cobrar consumos. 
 
 
 
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6.4.8. AQUECIMENTO SOLAR 
 
Figura 6.8 – Aquecimento Solar 
 
Fonte: Imagens capturadas da internet. 
 
 
O princípio de funcionamento do sistema de aquecimento solar é bastante simples. Ele é 
composto por dois elementos básicos: o coletor solar, que aquece a água, e o reservatório térmico 
(bolier), que armazena a água aquecida. 
A água circula entre o reservatório térmico e os coletores solares através de tubos de cobre. As 
placas de cobre com superfície preta dos coletores solares captam o calor do sol e o transferem 
para a água que circula no interior da serpentina os coletores. Aquecida a água retorna ao 
reservatório térmico e ali fica armazenada até que seja consumida. 
É fundamental que a tubulação por onde circula a água seja de cobre em função das severas 
condições de temperatura e necessidade de trocas térmicas rápidas. A alimentação do sistema é 
feita por um reservatório de água fria. 
Os sistemas possuem ainda uma forma auxiliar de aquecimento, que entra em ação quando a 
insolação não for suficiente para aquecer a água ou o consumo de água quente for superior ao 
inicialmente projetado. 
Normalmente o sistema de aquecimento complementar é composto de uma resistência elétrica 
blindada e de um termostato. Sua operação é automática, mas, nos casos de sistemas residenciais 
é recomendado que o sistema auxiliar seja também controlado através dos disjuntores, acionando 
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o complemento de aquecimento quando houver necessidade, ou ainda por meio de um 
Controlador Digital de Temperatura, que faz uma operação automática mais precisa frente às 
necessidades do usuário e economia de energia. 
 
A circulação da água pelos coletores solares pode se dar de duas maneiras: naturalmente, pelo 
efeito termo sifão, ou forçada, com o uso de uma moto bomba. O termo sifão é a opção mais 
utilizada nos casos de instalações residenciais de pequeno porte. Já a circulação por moto bomba 
é a mais empregada em sistemas de médio e grande porte. 
 
O sistema por termo sifão faz com que a circulação da água se processe em razão da diferença de 
peso (densidade) entre a água fria e a água quente. A água fria “empurra” a água quente, 
realizando a movimentação. 
 
A forma mais comum de sistemas termo sifão é chamada de “instalação em desnível”. Para que o 
termo sifão obtenha um funcionamento perfeito, os componentes do aquecedor solar e a caixa de 
água fria de abastecimento deverão considerar algumas condições. O reservatório térmico deverá 
ficar abaixo da caixa d’água. O desnível poderá variar de zero até o limite de pressão admissível no 
reservatório térmico (usualmente de 2 a 5 metros). Os coletores solares deverão ficar a pelo 
menos 30cm abaixo do fundo do reservatório térmico. E a distancia máxima entre os 
componentes não deverá ultrapassar 5metros. 
Os coletores devem ser orientados para o Norte, recomendando-se que o anglo de
inclinação seja 
igual à latitude mais 10°. Para Porto Alegre as placas devem ser instaladas a 30°, assim garante-se 
um melhor desempenho no inverno. O rendimento de um coletor solar varia em função da 
temperatura do ar, velocidade do vento, intensidade da radiação solar, temperatura da água no 
coletor. O rendimento médio varia entre 30 e 50%. 
A Figura 6.3 mostra o esquema básico de instalação do sistema de aquecimento solar. 
A Figura 6.4 mostra o sistema ideal em desnível para aquecimento solar. 
 
Características: 
Necessita muita área de coletores solares para grandes volumes de água quente; 
Ecologicamente correto; 
Necessita apoio elétrico na ausência de sol; 
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Projeto e Dimensionamento: 
Para dimensionar é necessário calcular o volume de consumo diário de água quente. No caso de 
aquecedores solares, o volume dos reservatórios térmicos (boiler) deve ser igual ao consumo 
diário. É preciso calcular também, a área necessária para os coletores em função do volume de 
água a ser aquecida. O projeto deve analisar o local da instalação (cidade), características do 
equipamento e condições de instalação na obra. 
A Tabela 6.5 aplica-se ao calculo do consumo médio de água quente para sistemas de pequeno 
porte, em edificações residenciais, com bom nível de conforto, sem desperdícios. 
 
Tabela 6.1 – Consumo Médio de Água Quente em Residências. 
Peças Consumo Diário 
Ducha 40 a 80 litros/pessoa 
Lavatório 5 a 7 litros/pessoa 
Cozinha 20 a 30 litros/pessoa 
Lavanderia 20 a 30 litros/Kg de roupa seca 
Banheira 100 a 200 litros/uso 
Fonte: Tabela extraída de Catálogo Técnico da Empresa Soletrol 
 
A Tabela 6.2 faz referência ao pré-dimensionamento do volume de água quente em edificações 
diversas e que usualmente levam a um maior volume de consumo e a sistemas de grande e médio 
porte. 
 
Tabela 6.2 – Consumo Médio de Água Quente em Edificações Diversas. 
Edificações Consumo Diário 
Edifício Residencial 110 litros/morador 
Hotel 105 litros/leito 
Motel 800 litros/apartamento 
Hospital 100 litros/leito 
Vestiário Industrial 50 litros/pessoa 
Lavanderia Industrial 30 litros/Kg de roupa seca 
Cozinha Industrial 15 litros/refeição 
Residência Popular 40 litros/pessoa 
Fonte: Tabela extraída de Catálogo Técnico da Empresa Soletrol 
 
 
A quantidade de coletores necessários para o aquecimento de 100 litros de água nas condições 
ideais é de 1 a 1,6m2, variando conforme o fabricante das placas. 
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Após calcular o volume de água necessário e a área das placas, basta entrar nos catálogos de 
fabricantes para verificar o tamanho dos reservatórios térmicos e placas solares ofertados pelo 
mercado. 
 As Tabelas 6.3 e 6.4 fazem referências a capacidade e dimensões dos reservatórios térmicos e 
placas solares da Soletrol. 
 
Tabela 6.3 – Dimensões Aproximadas dos Reservatórios Térmicos 
Capacidade 
(em litros) 
Diâmetro – Comprimento 
(aproximado em cm) 
200 60 – 120 
300 60 – 130 
400 60 – 160 
500 60 – 190 
600 60 – 230 
800 80 – 280 
1000 80 – 380 
2000 110 – 240 
3000 110 – 360 
4000 130 – 400 
5000 130 - 480 
Fonte: Tabela extraída de Catálogo Técnico da Empresa Soletrol 
 
 
Tabela 6.4 – Dimensões Aproximadas dos Coletores Solares 
Largura 
(aproximada em cm) 
Comprimento 
(aproximado em cm) 
74 194 
80 200 
100 103 
100 200 
Fonte: Tabela extraída de Catálogo Técnico da Empresa Soletrol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7.0. ESTUDO DAS INSTALAÇÕES DE ÁGUA QUENTE E FRIA - ISOMÉTRICAS 
 
7.1. INTRODUÇÃO 
 
O uso da água potável nos prédios constitui condição indispensável para o atendimento das mais 
elementares condições de habitabilidade, higiene e conforto. 
Há quem procure reduzir o custo da construção de um prédio sacrificando as instalações, seja com 
o inadequado emprego de certos materiais, seja com o sub dimensionamento dos encanamentos, 
peças e equipamentos. O desconforto, os prejuízos e as questões que decorrem do descaso para 
com o projeto, as especificações e a execução das instalações, infelizmente, são realidades que 
ninguém ignora que muitos experimentam pessoalmente. [MACINTYRE, 1986]. 
As redes de água são compostas de: 
Sub-ramal: é o trecho compreendido entre o ponto de espera (ex: torneira) e uma derivação (Tê). 
Ramal: é o trecho que abastece os sub-ramais. O ramal termina onde inicia a coluna de 
distribuição. 
CAF, CAQ: São as colunas de distribuição de água quente e fria. CAF (Coluna de Água Fria), CAQ 
(Coluna de Água Quente). 
Barrilete: São as redes que distribuem água para as colunas. 
Recirculador: É a tubulação que retira a água fria do reservatório ou água quente do aquecedor. 
 
Os componentes de uma instalação de água quente e fria podem ser vistos na Figura 7.1. 
Por convenção: 
As redes de água quente são indicadas através de linhas tracejadas; 
As redes de água fria são representadas através de linhas cheias; 
A espera de água quente fica à esquerda de quem olha; 
A espera de água fria fica à direita de quem olha; 
Sempre que possível, deve-se levar as canalizações de água quente pela parede, porque as perdas 
de calor são menores do que no piso. 
A Figura 7.2 mostra o detalhe das ligações de água quente e fria do chuveiro. 
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Em água quente evita-se sifão invertido, que acumula bolhas de ar na parte superior do sifão. Caso 
não possa ser evitado, é necessária a utilização de válvulas desaeradoras ou a instalação de 
cachimbo de ventilação. 
As alturas ideais para passagem das redes de água quente e fria nas alvenarias são de 70 cm e 
100 cm. Elas devem distar 30 cm uma da outra, para evitar a perda de calor da água quente para a 
fria. Não passar redes nas alturas de 33 cm, 20 cm, 60 cm, 110 cm, 180 cm e 210 cm, pois são 
alturas de esperas de aparelhos. 
A Tabela 7.1 mostra as alturas usuais das esperas, que deverão ser apresentadas no projeto de 
instalações de água quente e fria. Alturas diferentes deverão ser consideradas juntamente com o 
arquiteto, no caso de projetos especiais ou à critério dos usuários que utilizarão a edificação. 
 
Tabela 7.1 – Alturas das Esperas dos Aparelhos 
BA Banheira 0,60m 
BD Bidê 0,20m 
BE Bebedouro 0,50m 
V Vaso 0,33m 
CD Caixa de Descarga 1,60m 
CDA Caixa de Descarga Acoplada 0,20m 
VD Válvula de Descarga 1,10m 
F Filtro 1,10m 
L Lavatório 0,60m 
CH Chuveiro 2,10m 
RP Registro de Pressão 1,10m 
RG Registro de Gaveta 1,80m 
MLL Máquina Lavar Louça 0,60 - 1,10m 
MLR Máquina Lavar Roupa 1,10m 
TQ Tanque 1,10m 
M Mictório 1,05m 
P Pia 1,10m 
Fonte: Tabela de autoria do Eng. Gilson Paim Costa 
 
7.2. PROJETO DAS REDES DE ÁGUA QUENTE E FRIA DAS ISOMÉTRICAS 
 
Iniciar o projeto das isométricas desenhando a peça em perspectiva de 30°. 
Marcar os eixos das peças. 
Subir linhas de chamada finas, que serão apagadas posteriormente; 
Marcar a altura de cada peça de acordo com a Tabela 7.1; 
Sobre a altura marcada, traçar uma linha paralela à parede; 
A 15cm para cada lado do ponto, marcar as esperas; 
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Evidenciar as esperas e marcar qual é a água quente e qual é a água fria;
Apagar as linhas de chamada; 
Marcar linhas de chamada nos cantos da peça e nos cantos do shaft, pelo lado interno da peça; 
Escolher as alturas para passar os ramais de água quente e fria, deixando 30cm entre eles; 
Interligar as esperas de água quente no ramal de água quente (subindo ou descendo até os 
ramais). Idem para a água fria. 
Verificar o término das redes; 
Cortar as linhas de redes que se cruzam; 
Escolher o local para a descida das CAF e CAQ, colocando os registros de gaveta; 
Dimensionar conforme as tabelas. 
 
IMPORTANTE: 
Cuidar para não passar redes nas portas e janelas; 
Não projetar as colunas atrás do lavatório onde será colocado o espelho. 
Não projetar as colunas nas portas e janelas; 
 
As Figuras 7.3 a 7.8 mostram alguns exemplos de isométricas de Banheiros, Cozinhas e áreas de 
Serviço. 
 
7.3. DIMENSIONAMENTO DAS REDES DE ÁGUA QUENTE E FRIA DAS ISOMÉTRICAS 
 
Para utilização das tabelas a seguir, faz-se necessário o entendimento do conceito de peso: 
Peso: É um número estatístico, para o qual foi desenvolvida a equação de provável vazão de 
utilização de vários pontos de consumo simultâneos. 
 
 
 
 
Onde: 
 
 
 
Q = c ∑ P 
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Q = vazão estimada na seção considerada, em litros por segundo; 
ΣP = soma dos pesos relativos de todas as peças de utilização, alimentadas pela tubulação 
considerada. 
C = Coeficiente de descarga = 0,30 
 
Os pesos relativos são estabelecidos empiricamente em função da vazão de projeto conforme 
mostra a Tabela 7.2. Cada espera alimentada pela tubulação é formada constituindo o Somatório 
de Pesos (ΣP). Usando a equação acima, esse somatório é convertido na demanda simultânea total 
do grupo de peças de utilização considerado, tornando-se uma estimativa da vazão a ser usada no 
dimensionamento da tubulação. Como é fácil de imaginar, salvo em instalações cujos horários de 
funcionamento sejam rígidos, como quartéis, colégios, etc... Nunca há o caso de se utilizar todas 
as peças ao mesmo tempo. Há uma diversificação que representa economia no dimensionamento 
das canalizações. Assim, por exemplo, se uma pessoa utiliza um banheiro, poderá haver consumo 
d’água na banheira, enquanto utiliza ou o vaso, ou bidê ou lavatório, nunca todos 
simultaneamente. Esse método é válido para instalações destinadas ao uso normal da água e 
dotadas de aparelhos sanitários e peças de utilização usuais: não se aplica quando o uso é intenso, 
(como é o caso de cinemas, escolas, quartéis, estádios e outros), onde torna-se necessário 
estabelecer, para cada caso particular, o padrão de uso e os valores máximos de demanda. 
 
O dimensionamento deve ser feito para as canalizações de água fria, na seguinte sequência: 
Atribuir os pesos a cada espera conforme a Tabela 7.2; 
Identificar os sub-ramais e colocar os diâmetros conforme a Tabela 7.3. 
Para calculo dos ramais, somar os pesos dos dois sub-ramais mais distantes da Coluna de 
Distribuição e entrar na Tabela 7.4. 
Continuar trecho a trecho acumulando os pesos e entrando na Tabela 7.4, até chegar na Coluna de 
Distribuição. 
Relacionar as tubulações de água fria com as de água quente, através da equivalência mostrada na 
Tabela 7.5. Idem para os registros e válvulas, que são apresentadas no projeto em polegadas. 
 
 
 
 
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7.4. PESOS RELATIVOS E VAZÕES NOS APARELHOS 
 
TABELA 7.2 – Pesos relativos nos pontos de utilização e vazões identificados em função dos aparelhos sanitários e das 
peças de utilização 
Aparelho Sanitário Peça de Utilização 
Vazão de Projeto 
(litros/segundo) 
Peso 
Relativo 
Bacia Sanitária 
Caixa Descarga 0,15 0,3 
Válvula Descarga 1,70 32 
Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0 
Bebedouro Registro de Pressão 0,10 0,1 
Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1 
Chuveiro ou Ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4 
Chuveiro Elétrico Registro de Pressão 0,10 0,1 
Lavadora de Pratos ou Roupas Registro de Pressão 0,30 1,0 
Lavatório 
Torneira ou Misturador 
(água fria) 
0,15 0,3 
Mictório cerâmico 
Com sifão 
integrado 
Válvula de Descarga 0,50 2,8 
Sem sifão 
integrado 
Caixa de Descarga, Registro 
de Pressão ou Válvula de 
Descarga para Mictório 
0,15 0,3 
Mictório tipo calha 
Caixa de Descarga ou 
Registro de Pressão 
0,15 
por metro de calha 
0,3 
Pia 
Torneira ou Misturador 
(água fria) 
0,25 0,7 
Torneira Elétrica 0,10 0,1 
Tanque Torneira 0,25 0,7 
Torneira de jardim ou lavagem em geral Torneira 0,20 0,4 
Fonte: Tabela extraída da NBR 5626/98 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7.5. DIÂMETROS MÍNIMOS DOS SUB-RAMAIS. 
 
TABELA 7.3 – Vazões Unitárias dos Aparelhos Sanitários 
Peças de Utilização PVC Soldável DE (mm) Bitola (“) 
Aquecedor de Alta Pressão 20 ½” 
Aquecedor de Baixa Pressão 25 ¾” 
Bacia Sanitária com Caixa de Descarga 20 ½” 
Bacia Sanitária com válvula de descarga de bitola 1 1/4” 50 1 ½” 
Bacia Sanitária com válvula de descarga de bitola 1 1/2” 50 1 ½” 
Banheira 20 ½” 
Bebedouro 20 ½” 
Bidê 20 ½” 
Chuveiro 20 ½” 
Filtro de Pressão 20 ½” 
Lavatório 20 ½” 
Máquina Lavar Louças 25 ¾” 
Máquina Lavar Roupas 25 ¾” 
Mictório de Descarga Contínua por Metro ou Aparelho 20 ½” 
Pia de Cozinha 20 ½” 
Tanque de Lavar Roupas 25 ¾” 
Fonte: Tabela extraída da NBR 5626/98 
 
7.6. DIÂMETROS DOS RAMAIS E COLUNAS 
 
De posse desses dados, é possível fazer um pré-dimensionamento das tubulações pela 
“capacidade de descarga dos tubos”, de acordo com a Tabela 7.4. 
 
Tabela 7.4 - Diâmetros de Ramais de Água Fria 
Somatório de Pesos Diâmetro Externo PVC 
0,1 a 0,99 20 
1,0 a 3,80 25 
3,81 a 17,0 32 
17,1 a 39,9 40 
40 a 140,0 50 
140,1 a 390,0 60 
390,1 a 1.100,0 75 
1.100,1 a 2.800,0 85 
2.800,1 a 6.000,0 110 
Fonte: Tabela extraída da NBR 5626-09/98 – Instalação Predial de Água Fria 
 
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7.7. CORRESPONDÊNCIA DOS DIAMETROS EM RELAÇÃO AO PVC EXTERNO. 
 
Tabela 7.5 – Correspondência dos Diâmetros 
Diâmetro Interno (mm) 13 19 25 32 38 50 63 75 100 
Diâmetro Interno ( “ ) 1/2” 3/4” 1” 1 1/4” 1 1/2” 2” 2 1/2” 3” 4” 
Diâmetro Externo PVC 20 25 32 40 50 60 75 85 110 
Cobre 15 22 28 35 42 54 66 79 104 
PP 20 25 32 40 50 63 75 90 - 
PEX 16 20 25 32 40 50 63 75 90 
CPVC 15 22 28 35 42 54 73 89 114 
Fonte: Tabela de autoria da Eng. Silvia Steinstrasser 
 
7.8. PERDAS DE CARGA LOCALIZADAS 
 
7.8.1 PERDA DE CARGA EM CONEXÕES – PLÁSTICO, COBRE. 
Para o realizar o calculo com as perdas de carga localizadas, seguir a Tabelas 7.6, para conexões de 
PVC, cobre e plástico. 
 
Tabela 7.6 - Perda de Carga em Conexões – Comprimento Equivalente para Tubo Liso (Tubo de Plástico, Cobre ou Liga de 
Cobre) 
Diâmetro 
Nominal (DN) 
Tipo de Conexão 
Cotovelo 90° Cotovelo 45° Curva 90° Curva 45° 
Tê Passagem 
Direta 
Tê Passagem 
Lateral 
15 (1/2”) 1,1 0,4 0,4 0,2 0,7 2,3 
20 (3/4”) 1,2 0,5 0,5 0,3 0,8 2,4 
25 (1”) 1,5 0,7 0,6 0,4 0,9 3,1 
32 (1 ¼”) 2,0 1,0 0,7 0,5 1,5 4,6 
40 (1 ½”) 3,2 1,0 1,2 0,6 2,2 7,3 
50 (2”) 3,4 1,3 1,3 0,7 2,3 7,6 
65 (2 ½”) 3,7 1,7 1,4 0,8 2,4 7,8 
80 (3”) 3,9 1,8 1,5 0,9 2,5 8,0 
100 (4”) 4,3 1,9 1,6 1,0 2,6 8,3 
125 4,9 2,4 1,9 1,1 3,3
10,0 
150 5,4 2,6 2,1 1,2 3,8 11,1 
Fonte: Tabela extraída da NBR 5626/98 
 
 
 
 
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7.8.2. PERDA DE CARGA EM CONEXÕES – AÇO CARBONO 
 
Para realizar o calculo com as perdas de carga localizadas, seguir a Tabela 7.7 para conexões de 
ferro e aço. 
 
Tabela 7.7 - Perda de Carga em Conexões – Comprimento Equivalente para Tubos Rugosos (Tubo de Aço Carbono, 
Galvanizado ou não) 
Diâmetro 
Nominal (DN) 
Tipo de Conexão 
Cotovelo 90° Cotovelo 45° Curva 90° Curva 45° 
Tê Passagem 
Direta 
Tê Passagem 
Lateral 
15 (1/2”) 0,5 0,2 0,3 0,2 0,1 0,7 
20 (3/4”) 0,7 0,3 0,5 0,3 0,1 1,0 
25 (1”) 0,9 0,4 0,7 0,4 0,2 1,4 
32 (1 ¼”) 1,2 0,5 0,8 0,5 0,2 1,7 
40 (1 ½”) 1,4 0,6 1,0 0,6 0,2 2,1 
50 (2”) 1,9 0,9 1,4 0,8 0,3 2,7 
65 (2 ½”) 2,4 1,1 1,7 1,0 0,4 3,4 
80 (3”) 2,8 1,3 2,0 1,2 0,5 4,1 
100 (4”) 3,8 1,7 2,7 ..... 0,7 5,5 
125 4,7 2,2 ..... ..... 0,8 6,9 
150 5,6 2,6 4,0 .... 1,0 8,2 
Fonte: Tabela extraída da NBR 5626/98 
 
7.8.3. PERDAS DE CARGA EM VÁLVULAS E REGISTROS 
 
As perdas de carga a seguir referem-se as peças de ligação dos reservatórios, válvulas e registros. 
 
Tabela 7.8 – Comprimentos Equivalentes em Metros de Canalização de PVC Rígido ou Cobre 
DN 
 
DE 
PVC 
Reservatório Válvula 
pé 
crivo 
Válvula Retenção Registro 
Globo 
Aberto 
Registr 
gaveta 
aberto 
Registro 
ângulo 
aberto 
Entrada Saída 
Leve-
horizontal 
Pesado
vertical 
15(1/2”) 20 0,9 0,8 8,1 2,5 3,6 11,1 0,1 5,9 
20(3/4”) 25 1,0 0,9 9,5 2,7 4,1 11,4 0,2 6,1 
25(1”) 32 1,2 1,3 13,3 3,8 5,8 15,0 0,3 8,4 
32(1 1/4”) 40 1,8 1,4 15,5 4,9 7,4 22,0 0,4 10,5 
40(1 1/2”) 50 2,3 3,2 18,3 6,8 9,1 35,8 0,7 17,0 
50(2”) 60 2,8 3,3 23,7 7,1 10,8 37,9 0,8 18,5 
60(2 ½”) 75 3,3 3,5 25,0 8,2 12,5 38,0 0,9 19,0 
75(3”) 85 3,7 3,7 26,8 9,3 14,2 40,0 0,9 20,0 
100(4”) 110 4,0 3,9 28,6 10,4 16,0 42,3 1,0 22,1 
Fonte: Tabela extraída da NB 92/80 
 
64 
Centro Estadual Tecnológico Parobé 
Curso de Edificações – Instalações Hidráulicas 
 
48 
 
As Figuras 7.9 e 7.10 apresentam as colunas de água partindo do shaft. 
 
Figura 7.9 
 
Fonte: Acervo de Trabalhos Técnicos do Prof. Gilson Paim Costa 
71 
Centro Estadual Tecnológico Parobé 
Curso de Edificações – Instalações Hidráulicas 
 
49 
 
Figura 7.10 
 
Fonte: Acervo de Trabalhos Técnicos do Prof. Gilson Paim Costa 
72 
Centro Estadual Tecnológico Parobé 
Curso de Edificações – Instalações Hidráulicas 
 
50 
 
EXERCÍCIO 1 
Elaborar a isométrica com água quente e fria. 
 
 
 
 
 
 
73 
Centro Estadual Tecnológico Parobé 
Curso de Edificações – Instalações Hidráulicas 
 
51 
 
 
 
 
7.9. PRESSÕES MÁXIMAS E MÍNIMAS 
 
Em condições dinâmicas (com escoamento), a pressão da água nos pontos de utilização deve ser 
estabelecida de modo a garantir as vazões de projeto indicadas na Tabela 7.2 e o bom 
funcionamento das peças de utilização e dos aparelhos sanitários. 
Em qualquer caso a pressão não deve ser inferior a 10kPa (1mca), com exceção do ponto da caixa 
de descarga, onde a pressão pode ser menor do que este valor, até um mínimo de 5 kPa (0,5mca), 
e do ponto da válvula de descarga para bacia sanitária onde a pressão não deve ser inferior a 15 
kPa (1,5 mca). 
Em qualquer ponto da rede predial de distribuição, a pressão da água em condições dinâmicas 
(com escoamento) não deve ser inferior a 5 kPa (0,5 mca). 
Em condições estáticas (sem escoamento), a pressão da água em qualquer ponto de utilização da 
rede predial de distribuição não deve ser superior a 400 kPa (40 mca). 
 
 
7.10. VELOCIDADE MÁXIMA 
A velocidade máxima da água nas canalizações não deve exceder 3 m/s, pois caso isto aconteça, 
provoca um ruído desagradável. 
As pressões máximas e mínimas, assim como as velocidades, são calculadas quando se faz o 
dimensionamento através de Perdas de Carga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
Centro Estadual Tecnológico Parobé 
Curso de Edificações – Instalações Hidráulicas 
 
52 
 
CENTRO ESTADUAL TECNOLÓGICO PAROBÉ 
CURSO DE EDIFICAÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL PRÁTICO DE INSTALAÇÕES 
HIDRÁULICAS E SANITÁRIAS 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Autores: Engenheira Silvia Steinstrasser 
Engenheiro Gilson Paim Costa 
Engenheiro Alexandre Cavagni 
Centro Estadual Tecnológico Parobé 
Curso de Edificações – Instalações Hidráulicas 
 
53 
 
 
8.0. RESERVATÓRIOS DE ÁGUA 
 
8.1. MATERIAIS 
 
Os reservatórios são componentes do sistema de abastecimento indireto, que tem a finalidade de 
acumular a água e regular a vazão e pressão do sistema. 
Os materiais mais empregados são fibra de vidro, concreto armado, aço inox, resinas com reforço 
de fibra de vidro, polietileno de alta densidade, entre outros. Os reservatórios de fibrocimento 
estão atualmente em desuso, devido ao alto grau de doenças ocupacionais que sua fabricação tem 
gerado. 
A Figura 8.1 mostra um esquema dos reservatórios de fibra de três fabricantes, onde é possível 
relacionar as medidas às cotas apresentadas nas Tabelas 8.1, 8.2, 8.3 e 8.4 dos fabricantes a 
seguir: 
Tabela 8.1 – Dimensões dos Reservatórios de Fibra 
Volume 
(Litros) 
φφφφ Superior 
(D) 
φφφφ Inferior 
(d) 
Altura Útil 
(hu) 
Altura 
(h) 
Altura total 
(H) 
Altura 
Incêndio 
(Hi) 
20.000 3.19 2.40 3.25 3.35 3.59 0.81 
15.000 3.19 2.63 2.25 2.35 2.59 0.75 
10.000 2.64 2.00 2.36 2.46 2.71 1.18 
7.500 2.12 2.00 2.25 2.35 2.35 1.50 
5.000 2.12 1.67 1.78 1.90 2.02 * 
3.000 1.84 1.45 1.42 1.50 1.68 * 
2.000 1.84 1.58 0.88 0.95 1.09 * 
1.000 1.53 1.13 0.72 0.80 0.91 * 
Fonte: Tabela extraída de catálogo técnico da empresa FIBRATEC 
 
Tabela 8.2 – Dimensões dos Reservatórios de Fibra 
Volume 
(Litros) 
φφφφ Superior 
(D) 
φφφφ Inferior 
(d) 
Altura Útil 
(hu) 
Altura 
(h) 
Altura total 
(H) 
Altura 
Incêndio 
(hi) 
20.000 3.31 2.42 3.08 3.29 3.58 0.78 
15.000 3.31 2.65 2.15 2.35 2.60 0.72 
10.000 2.64 2.03 2.33 2.53 2.79 1.17 
7.500 2.52 2.07 1.81 1.82 2.10 1.21 
5.000 2.14 1.69 1.73 1.87 2.05 * 
3.000 1.81 1.37 1.51 1.71 1.89 * 
2.000 1.74 1.46 0.96 0.96 1.15 * 
1.000 1.54 1.14 0.85 0.85 0.91 * 
Fonte: Tabela extraída de catálogo técnico da empresa PLASTIFIBRA 
78 
Centro Estadual Tecnológico Parobé 
Curso de Edificações – Instalações Hidráulicas 
 
54 
 
 
Tabela 8.3 – Dimensões dos Reservatórios de Fibra 
Volume 
(Litros) 
φφφφ Superior 
(D) 
φφφφ Inferior 
(d) 
Altura Útil 
(hu) 
Altura 
(h) 
Altura total 
(H) 
Altura 
Incêndio 
(hi) 
20.000 * * * * * * 
15.000 3.07 2.47 2.48 2.56 3.02 0.83 
10.000 2.56 2.08 2.36 2.38 2.64 1.20 
7.500 2.36 2.04 1.84 1.85 2.11 1.32 
5.000 2.22 1.76 1.61 1.71 1.87 * 
3.000 1.80 1.40 1.52 1.60 1.77 * 
2.000 1.73 1.41 1.03 1.11 1.24 * 
1.000 1.73 1.46 0.80 0.80 0.93 * 
Fonte: Tabela extraída de catálogo técnico da empresa GLUB 
 
Tabela 8.4 – Dimensões dos Reservatórios de Polietileno de Média Densidade - PEMD 
Volume 
(Litros) 
φφφφ Superior 
(D) 
φφφφ Inferior 
(d) 
Altura 
(h) 
Altura total 
(H) 
1500 1.822 1.468 0.870 0.999 
1000 1.691 1.400 0.664 0.792 
750 1.519 1.208 0.654 0.776 
500 1.263 1.012 0.628 0.715 
310 1.019 0.785 0.576 0.655 
Fonte: Tabela extraída do Manual Técnico da empresa TIGRE - 2008

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