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O príncipe resumo cap 18 ao 26

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O príncipe 
O livro se trata de um manual aos príncipes que desejam se manter no poder, através de pequenos conselhos a estes, mostrando-lhes o que fazer e como fazer, para que não sofram atentados pelos seus homens, nem por suas próprias atitudes, nem por outros príncipes.
Mostrando de inicio como se perde o poder, quais atitudes fazem com que o próprio príncipe se sabote, como por exemplo, por seus próprios súditos e do local ao qual conquistou por tomada. E assim dizem o que fazer neste novo local, para que possa ser duradouro, alem de reprimir quaisquer rebeliões que surjam de modo mais eficaz e rápido. O autor expõe em seu livro a dificuldade de governar dos príncipes, seus maiores erros, que culminam em grandes consequências, durante seu texto cita vários acontecimentos com governantes antigos como exemplos, já que este dirigido aos novos.
Dizendo-lhes como serem vistos, o livro dá conselhos de como agir e como ser conhecido pelos outros, serem mais piedoso que cruel, mas ainda assim manter um equilíbrio, não podendo temer a fama de cruel, desde que una e fidelize seus súditos, pois a piedade em excesso faz com que aconteçam as desgraças. Deve o príncipe agir com prudência, equilíbrio e humanidade, evitando assim que a confiança e desconfiança o atrapalhem nas decisões. 
Aconselha aos príncipes que entre ser amando ou temido, é mais seguro o segundo, pois a principio os homens são ingratos, sendo mais fácil voltar-se contra um principio amado que temido, sendo que o amor e amizade não são prioridades de homens maus, porem o temor será mantido pelo receio ser mais difícil de quebrar. Porem esse temor, se não alcançar o amor, não deve alcançar o ódio também, mesmo porque podem ser temidos e não odiados ao mesmo tempo, conseguindo isso sempre que se precisar matar alguém seja com justificativa, e se abstendo dos bens dos seus cidadãos e súditos, posto que os homens se lembrem por mais tempo da perda dos bens do que da morte dos pais. 
 
Apesar de serem piedosos, a crueldade faz com que se mantenham seus exércitos unidos e a ele leais, pois somente suas virtudes não fazem tal efeito, como exemplo Cipião, que era lembrado e admirado por sua piedade, e por dar liberdade a mais aos seus militares do que deveria, estes se revoltaram contra ele.
Mostra que apesar de ser louvável que os príncipes mantenham sua palavra e sua integridade, porem muitas coisas grandes foram conquistadas pelos príncipes que usaram de sua esperteza do que da lealdade de sua palavra, conseguindo ate superar estes últimos. 
Alem de se ter duas formas de conquistar, tanto pela lei dos homens, quanto pela força animal, a qual se recorre nas muitas vezes em que a primeira não funciona, saber empregar bem os dois, e manter o equilíbrio é necessário para um príncipe, já que uma sem a outra não é durável. Devendo tomar como exemplo a raposa e o leão, a esperteza de um e a força de outro.
Sendo algo prejudicial aos seus interesses ou quando o motivo deixar de existir, não se pode cumprir com sua palavra, mesmo por que os homens sendo maus não cumpririam com a deles. Apesar de se ter aqueles que agiram como a raposa, saindo se melhor, é necessário que saibam disfarçar bem, fingir-se, mostrar-se não esperto, o parecer é mais importante que o efetivamente ser, e parecendo ser: piedoso, fiel, humano, integro, religioso, mesmo sendo, estar preparado para não ser quando necessário, mesmo que um príncipe deva de vez em quando ir contra essas qualidades, ele não deve se aprisionar a um tipo de seguimento e sim seguir o que tiver de fazer, e a variação dos fatos mandarem, não se desfazer do bem, mas entrar no mal se necessário.
Os homens ao julgarem mais pelos olhos que pelo sentir, exige de um príncipe que ele não se afaste de tais qualidades inerentes a ele, mesmo que o faça, pareça que não, ate porque mantendo o Estado e o vencendo, o que foi preciso para tal feito serão sempre justificados. 
Dentre todos os conselhos, ele retorna ao fato de se evitar ser odiado, ao não roubar bens e as mulheres dos seus súditos, já da um ótimo motivo para não ser desprezado. Por este motivo também se evitam as conspirações, um povo satisfeito é um povo que não abre brechas a outros para tomar o lugar do príncipe. Este se tiver boas armas, conseguirá manter a situação externa, e mesmo que esta por algum motivo se abale, terá a situação interna controlada, desde que organizado e seguido todos os conselhos. 
Continua citando os feitos de outros príncipes, e julgando serem ou não úteis, como armar seus súditos e cidadãos, ou dividir terras, como fazer e quais conseqüências de tais atos. Explica que os príncipes têm encontrado maior utilidade nos homens que no inicio eram suspeitos, ou inimigos, pode o príncipe usá-los para continuar grande, sendo estes obrigados a ser a ele fieis e com isso terem mais cuidado dos seus interesses do que aqueles que o servem com fidelidade real.
 Mostrando assim que alguns príncipes já perderam seu reinado, por deixar os cidadãos sem amparo, e descontentes favorecendo a tomada por outro, e nesses súditos tem de se ter cuidado, pois são mais difíceis de contentar, do que aqueles que estavam bem com o regime anterior, sendo assim seus inimigos
Voltando aos feitos úteis, ele explica que os príncipes com mais medo do seu povo do que os que vêm de fora devem construir fortalezas; mas aqueles que temem mais os de fora que o seu povo, deve abandoná-las. Porem à maior e melhor fortaleza que existe é não ser odiado pelos seus súditos, pois se o povo se volta contra, haverá ajuda de todo lado. Dando exemplos de outros derrubados pelo ódio do povo.
Partindo para a estima de um príncipe, neste capitulo, ele traz aos príncipes como ser estimado perante todos, dando exemplos de si, tentarem com cada ação dar exemplos de grande homem e de inteligência extraordinária, alem de ser verdadeiro amigo e vero inimigo, ou seja, ele estar sempre de algum lado, sem estar neutro, pois aquele que ganhar não ira querer ao seu lado amigo suspeito, que não o ajuda nas adversidades, sendo assim, melhor ajudar um lado a ganhar e por este ser estimado, do que ser neutro e ficar a mercê do que ganhar sem a sua ajuda. Sendo o príncipe neutro na hora da guerra, será o próximo príncipe em ruínas, sendo o príncipe posto de um lado a defender este, principalmente se ele for de uma classe menor, se seu amigo ganhar, terá obrigação e ligação com o amigo que o ajudou, e fará o mesmo por ele. 
Devendo também animar seu povo a exercer suas atividades, para que ele não tema que suas terras possam ser retiradas dele, nem os comerciantes temerosos as taxas, alem de dar prêmios aos que quiserem realizar coisas que engrandeçam o estado, alem de distrair o povo com festas e espetáculos, dando de si prova de humanidade e generosidade, se encontrando com os grupos sociais e reunir-se com eles, bem como, assim dar prova de amor às virtudes. 
Chegou-se ao assunto que vai alem das atitudes do príncipe, e sim de suas escolhas, de ver quais ministros são bons ou não a estarem ao seu lado, observando inteligentemente os que o cercam, sendo esta escolha o que espelha uma imagem dele, sobre ser sábio ou não, sendo este ultimo o que faz com que pensem mal do príncipe, por ser o primeiro erro cometido. Sendo assim, explicando como escolher um ministro, este deve sempre por acima de si o Estado, sem querer tirar vantagem de cada decisão ou coisa, ou decidir e dar opinião em coisa fora de sua alçada. Porem tem o príncipe obrigações com seu ministro, honrando-lhe, enriquecendo-o e pensar nele, 
Agora sobre os aduladores e como os afastar, sendo estes um perigo para o príncipe. Se todos souberem que podem lhe dizer a verdade, que não lhe ofendem com tal ação e assim ouvir deus homens e aceitar suas opiniões, dá-se por fim os aduladores. Como no exemplo que dá: o imperador Maximiliano, que não se aconselhava com ninguém, praticava seus atos sem o conhecimento de seus homens, resultando na contradição por eles de seus atos, e sendo
o imperador de opinião fraca, ia por desfazê-los, deixando assim com fama de indeciso.
Sendo assim, um príncipe deve se aconselhar sempre que quiser, e não quando os outros quiserem, tirando deles o desejo de dar opinião sem o devido requerimento, sendo porem, ouvinte da verdade, repreendendo os que lhe mintam. A um príncipe se faz necessário que tenha ao seu redor homens sábio para aconselhá-lo, mas de nada adianta se não souber harmonizar e corrigir os conselhos que recebe, usando somente o que lhe cabe, do contrario se tiver mais de um a dar opinião ele nunca saberá o que fazer se for apenas um este o roubará o trono, tão logo consiga.
Sobre os príncipes novos, não hereditários, diz que vale mais suas ações como príncipe, do que o sangue real, para ser mais forte e seguro no poder, ainda mais quando são ações virtuosas, já que os homens são levados mais pelo presente que pelo passado, ainda mais quando beneficiados por este primeiro, porem aquele que virou príncipe sem hereditariedade e perder o reino, vai ter majorada sua vergonha. 
Sobre aqueles que perderam seus estados, se vê que a perda se deu por vários motivos, como: as armas, a inimizade do povo, os que não se garantiram perante os estados grandes. Portanto, segundo ele os que perderam seus reinos são por própria incompetência, porque sem pensar no futuro, quando chegava os tempos difíceis, pensavam em fugir, sendo assim, as defesas só são boas quando garantidas e dependentes deles mesmos.
Seguindo, ele expõe que a sorte existe, e que se ela quiser agir, não há como se opor, porém aqueles que vivem só dela, vão ter que seguir as variações da mesma, sendo certo aquele que muda conforme a sorte, que seja paciente e prudente.

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