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AULA 1 RIVALDO

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Rio de Janeiro, 20 de fevereiro de 2018 – AULA 1 
 
CONCURSO DE PESSOAS 
Fundamento - Art. 29 
“Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o 
crime incide nas penas a este cominadas, na medida de 
sua culpabilidade.” 
Após a reforma de 84, adotou-se a expressão "concurso de agentes", expressão mais 
abrangente. 
ESPÉCIE DE CONCURSO DE PESSOAS 
a) Crime Monossubjetivo – são aqueles crimes que podem ser cometidos por 
uma só pessoa. 
b) Crime Plurissubjetivo – são aqueles crimes que necessariamente são 
praticados por duas pessoas ou mais. 
OBS: os crimes monossubjetivos são conhecidos como concurso eventual; os 
plurissubjetivos são chamados de concurso necessário. 
FORMA DE CONCURSO DE PESSOAS 
a) Autor – é aquele que pratica a conduta principal, descrita no tipo penal. A 
coautoria esta fundada na divisão de tarefas, pois cada um realiza parte da 
atividade criminosa. 
b) Partícipe – é aquele que tem a conduta secundaria ou acessória para prática 
do crime. É, também, quem concorre para que os autores ou coautores 
realizem a conduta principal, ou seja, é aquele que sem praticar a conduta 
(verbo), concorre de algum modo para a prática do resultado criminoso. 
OBS: Há dois elementos essenciais para a existência da participação: 
a) Vontade de cooperar; 
b) Cooperação efetiva. 
FORMAS DE PARTICIPAÇÃO 
a) Material – é o auxílio. É o que a doutrina antigamente denominava 
cumplicidade. É aquele que presta ajuda efetiva na preparação do crime ou na 
execução. (presta ajuda útil). 
 Ex: Um delegado, ao redigir um inquérito, poderia utilizar como argumento para 
declaração de um partícipe material o seguinte texto: "... Diante do exposto, não há 
como não dizer que Maria é um partícipe material. Uma vez que ela prestou ajuda útil 
ao crime." 
 
b) Moral – divide-se em: 
b.1) Instigar – é o ato pelo qual o agente fomenta ou reforça a ideia criminosa 
na mente do agente 
b.2) Induzir – é o ato pelo qual o agente faz nascer a ideia criminosa na mente 
de outrem. 
TEORIAS QUANTO A AUTORIA 
O conceito de autor enfrenta na doutrina certas divergências, para tanto surgiu três 
espécies de teorias para explicar o conceito de autor. Se não vejamos: 
a) Teoria Restritiva – para essa teoria, autor é somente aquele que realiza a 
conduta (verbo) descrita no tipo penal. É, portanto, quem mata, subtrai, 
constrange. Entretanto, não podemos nos esquecer do conceito de (co)autor e 
sua divisão de tarefa. Os demais serão tratados como partícipes. 
b) Teoria Extensiva – para essa teoria todos que colaboram para o crime serão 
tratados como autores. Esta teoria não faz qualquer distinção entre autor e 
partícipe, alargando sobre maneira o conceito de autor. Essa teoria não é 
adotada. 
c) Teoria Domínio Final do Fato – esta teoria reconhece que autor é aquele que 
realiza a conduta descrita no tipo penal, mas não somente este. Esta 
concepção defende também que autor (também) é aquele que detém o 
controle final do fato, dominando toda a realização criminosa, com plenos 
poderes para decidir sobre sua prática, interrupção e demais circunstancias. 
Esta teoria dispõe que não importa se o agente pratica ou não a ação 
criminosa, pois o que se exige para ser autor é o controle efetivo da atividade 
criminosa. Para esta teoria, há três espécies de autores: 
 
1) Autor propriamente dito – é o executor. É aquele que pratica a conduta 
criminosa. 
2) Autor Intelectual – é o sujeito que planeja toda ação delituosa, sem com 
tudo realiza-la materialmente. Destaca-se, entretanto, que quem realiza a 
atividade criminosa tem discernimento para tanto. 
3) Autor mediato – é o sujeito que de forma consciente e deliberada faz 
atuar por ele outrem cuja conduta não reúne os requisitos para ser 
punido. É conhecido como "o sujeito de trás". Este é utilizado como 
instrumento da agressão criminosa (ou seja, é aquele que se utiliza de 
alguém que não tem discernimento para ser punido - Ex: alguém com 
doença mental). 
OBS: A teoria do Domínio Final do Fato ganhou força no STF na ação 470 
("mensalão"). Joaquim Borbosa inovou ao criar a Teoria Domínio Final do Fato ao 
considerar José Dirceu como autor intelectual (mentor) do "mensalão". 
 
OBS: Na teoria domínio final do fato existe ou não o partícipe? Sim. 
 
Um bandido ("Mario") avisa ao "Fernandinho beira-mar" que um cara da comunidade 
havia saído com a mulher dele. O Fernandinho começa a dar ordens de dentro da 
cadeia para torturá-lo até a morte. "Flavia" empresta a faca para que "Mario" execute 
a tortura. "Sara" e "Isabel" instigam a execução do fato (corta a orelha, corta o 
dedo,...). 
 "Mario" "Fernandinho 
beira-mar" 
"Flavia" "Sara" e 
"Isabel" 
Teoria 
Restritiva 
Autor Partícipe moral 
por induzimento 
Partícipe 
material 
Partícipe moral 
por instigação 
Teoria 
Extensiva 
Autor Autor Autor Autor 
Teoria 
Domínio 
Final do 
Fato 
Autor 
(propriamente 
dito) 
Autor intelectual Partícipe 
material 
Partícipe moral 
por instigação

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