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Freud.Skinner.Rogers

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IDÉIAS DE FREUD, SKINNER E ROGERS
COMPARAÇÕES E CONTRASTES
	Existem várias maneiras de comparar e contrastar os pontos de vista de Freud, Skinner e Rogers. As discussões a seguir concentram-se em certos assuntos importantes ao relacionar as três psicologias uma com a outra. 
1. PONTOS DE VISTA DA NATUREZA HUMANA BÁSICA
	FREUD fez algumas suposições muito fortes sobre a natureza humana básica. Ele postulou poderosos fatores inerentes que criam tensões que exigem alívio: o impulso sexual e o impulso agressivo (que surgem respectivamente, dos instintos de vida e de morte) empurram os homens no sentido de satisfações egoísticas. Freud tinha a tendência de ser bastante pessimista sobre a natureza humana, e era cético quanto ao nosso futuro. Com as forças inconscientes do sexo e da agressão gritando por gratificação, os seres humanos podem sobreviver somente se a sociedade inibir, ou redirecionar, essas energias. Para ele, somos basicamente “animais selvagens”, e apenas os processos da civilização podem trazer a sexualidade e a destruição irresponsáveis sob controle.
	No entanto, o problema não é resolvido pela socialização, já que esse processo contradiz as nossas tendências instintivas de autoprocura, que continuam a gerar vários níveis de tensão. Ao rastrear a história humana, Freud sugeriu que uma das razões do por que as pessoas primeiro se submetem ao controle social era para ganharem proteção uma da outra, mas esse ganho leva à perda da felicidade que poderia ser obtida pela auto-indulgência sem limites. Assim, o inconsciente está constantemente em pé de guerra com as regras e os valores controladores da civilização. Como Freud duvidava de que esse conflito pudesse ser totalmente resolvido, sugeriu que a civilização precisa usar os processos de identificação (a incorporação dos valores de outros, em especial aqueles dos pais) e da sublimação (a canalização de energias instintivas em atividades socialmente desejáveis) para combater a natureza humana básica. A intenção da terapia psicanalítica é fortalecer o ego (o aspecto consciente e racional da personalidade humana) para que este possa reconhecer e controlar tendências instintivas e impulsivas, e tentar achar saídas apropriadas para elas – isto é, saídas que não são pessoal nem socialmente destrutivas. 
	SKINNER não fez nenhuma suposição sobre o comportamento sendo causado por impulsos inatos, e também não acreditava que comportamentos complexos (por exemplo, agressão, simpatia, altruísmo, inveja e amor) fossem adequadamente justificados ao se referir à “natureza humana”. Embora presumivelmente herança genética faça alguma contribuição com esses comportamentos, eles são muito afetados por nossas histórias ambientais individuais e nossas condições presentemente existentes. A mistura dos efeitos dos fatores genéticos e os efeitos das experiências passadas e presentes do indivíduo pode criar problemas quando tentarmos explicar o comportamento. Skinner acreditava que a pesquisa genética ajudará a contar toda a história do comportamento, esclarecendo a contribuição dos genes. 
	Um ponto importante é que, devido a nossa herança genética (ou, em termos simples, “natureza humana”), somos capazes de emitir certos comportamentos, e certas conseqüências desses comportamentos os reforçam. Portanto, a composição genética é responsável pelos processos de condicionamento operante. Como foi apresentado por Skinner: “O condicionamento operante é tanto parte da herança genética quanto a digestão ou a gestação”.
	Como existe uma suscetibilidade genética ao reforço, o ambiente exerce efeitos fortes sobre o nosso comportamento. Em certo sentido, somos predispostos ao nascermos a nos tornar produtos de nossos ambientes físico e social. Então, na abordagem de Skinner, a natureza humana não é boa nem ruim. Pode-se dizer que ela prepara o caminho para o condicionamento de comportamentos bons e ruins (a nossa herança genética fornece a oportunidade para o ambiente, pelo condicionamento operante, de moldar os nossos comportamentos). 
	ROGERS fez suposições definitivas sobre a natureza humana, enfatizando que somos naturalmente orientados para o crescimento, e que progrediremos em direção à realização se as condições forem favoráveis. Ele era otimista, em vez de pessimista ou neutro, sobre as nossas características essenciais, e achava que a liberdade para se desenvolver essas características resulta em comportamentos positivos e benéficos. No nível teórico, a “pessoa motivada pelo crescimento” de Rogers é bastante diferente da “pessoa que reduz tensão” de Freud, ou da “pessoa controlada pelo ambiente” de Skinner. 
	Na abordagem de Rogers, pode-se, e deve-se, confiar na natureza básica humana. Apenas quando as pessoas ficam alienadas de sua natureza básica é que se tornam pessoal ou socialmente danosas. A sua posição sugere que as pessoas devem ter a liberdade de escolher e devem tomar decisões baseadas em suas próprias experiências internas. Por sua vez, Freud enfatizava a necessidade do controle e da sublimação dos impulsos básicos se a civilização sobreviver, enquanto Skinner enfatizava a necessidade por ambientes bem estruturados que moldam a mantêm comportamentos desejáveis. 
	Com o risco de simplificar demais, pode-se sugerir que, com relação aos seus pontos de vista sobre a natureza humana básica, Rogers era um otimista, Freud era essencialmente um pessimista e Skinner era neutro.
2. PONTOS DE VISTA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DA PERSONALIDADE
	FREUD enfatizava os estágios psicossexuais do desenvolvimento (oral, anal, fálico, latente e genital) pelos quais passamos com mais ou menos sucesso. Ao nascer, estamos prontos para passar por esses estágios, durante os quais existe uma interação vital entre a nossa forte natureza inerente (refletida, por exemplo, em impulsos sexuais e agressivos) e os fatores envolvidos na criação (por exemplo, os procedimentos para aprender a usar o banheiro, os comportamentos dos pais com relação à sexualidade e a força do amor dos pais). O início da infância, até os cinco ou seis anos, é de uma importância crítica e duradoura na determinação da estrutura e da dinâmica da personalidade; as primeiras três fases – oral, anal e especialmente fálica – são as mais significativas e afetam muito o desenvolvimento posterior.
	SKINNER viu uma ação contínua do ambiente sobre o indivíduo. O que está acontecendo agora (por exemplo, contingências presentes de reforço) pode ser tão importante na determinação do comportamento quanto o que aconteceu no passado. O repertório de comportamentos da pessoa, que na psicologia de Skinner é do que consiste a “personalidade”, resulta das conseqüências de comportamentos emitidos sobre o tempo. Quanto mais rica for a história de reforço da pessoa, mais provável que ela tenha uma “personalidade interessante e bem desenvolvida”. Na abordagem de Skinner, não se supõe nenhum estágio específico de desenvolvimento. 
	Essencialmente, Skinner considerava-nos emissores de comportamentos; o que nos tornamos é primariamente determinado pelos resultados obtidos de nossos comportamentos. Alguns comportamentos aumentarão em freqüência, enquanto outros permanecerão relativamente estáveis, diminuirão em freqüência, ou desaparecerão por completo, dependendo de suas conseqüências. 
	ROGERS enfatizava a possibilidade de crescimento e realização contínuos. Circunstâncias desfavoráveis (como o amor condicional) podem restringir o desenvolvimento e causar comportamentos de má adaptação. Mas, se dada a chance (por exemplo, pela exposição à aceitação positiva incondicional e à compreensão empática), a maioria das pessoas pode restabelecer as suas tendências de atualização. Nenhum estágio específico é postulado, e os seres humanos, mediante a conscientização, são capazes de escolhas sólidas, de um crescimento constante no seu desenvolvimento.
	De acordo com Rogers, uma personalidade flexível e capaz de se adaptar aos requisitos de novas situações resultará quando um indivíduoexperimentar a aceitação positiva incondicional. Uma personalidade relativamente estática e defensiva provavelmente resultará se a pessoa experimentar a aceitação positiva condicional (em vez de a incondicional).
3. PONTOS DE VISTA SOBRE DESAJUSTES E TERAPIA
	FREUD via a neurose como um problema internamente enraizado primariamente ocasionada por conflitos entre desejos inconscientes e demandas da sociedade. Os seres humanos civilizados sofrem conflitos emocionais e tensões que têm todos os tipos de manifestações de comportamentos. As dinâmicas internas da pessoa são muito importantes; inicialmente, essas dinâmicas resultam de impulsos instintivos, mas o mundo externo também tem os seus efeitos e complica muito os trabalhos internos. Por exemplo, quando certas experiências são reprimidas, esse material, mais os impulsos instintivos, pode gerar várias perturbações. A terapia analítica tenta chegar às fontes inconscientes dos problemas – isto é, revelar e trabalhar os problemas para que os indivíduos possam se adaptar realisticamente aos seus impulsos internos e aos seus ambientes. 
	SKINNER enfatizava causas ambientais pelo comportamento desajustado. Punição ou controle aversivo excessivos, o reforço de comportamentos indesejáveis, ou a perda de reforços importantes podem criar indivíduos rotulados pelos outros como “neuróticos” ou “psicóticos”. Skinner não via essas pessoas tendo conflitos inconscientes, autoconceitos distorcidos, ou algum outro “problema interno”. Ele acreditava que era ineficiente tentar lidar com esses tipos de estados internos hipotéticos; é melhor ficar no nível do comportamento, em que análises objetivas podem ocorrer. 
	Como os comportamentos observáveis são enfatizados, e os comportamentos desajustados são considerados resultantes de condições aversivas e de reforços mal controlados, mal aplicados ou perdidos, as recomendações de “terapia” de Skinner envolvem oferecer oportunidades para comportamentos alternativos e adaptativos que podem ser moldados e mantidos por meio do reforço positivo, da extinção de comportamentos indesejáveis e melhor controle das contingências de reforço operando na vida da pessoa. (É muito importante citar que esses métodos provavelmente melhorarão os sentimentos e os pensamentos da pessoa, assim como os comportamentos abertos).
	A teoria de ROGERS sugere que sentimentos e comportamentos desajustados podem ser rastreados até a interrupção, o desvio, ou o tolher dos processos de atualização. A aceitação positiva condicional inibe ou distorce o crescimento normal e o autodesenvolvimento. Como Rogers considerava a natureza humana primariamente positiva (orientada para a conscientização íntima e precisa das próprias experiências, e para bons relacionamentos com os outros), as pessoas desenvolverão problemas sérios em como se sentem, ou como se comportam, apenas se a sua natureza básica for corrompida por influências sociais. 
	A terapia envolve a criação de um ambiente de aceitação, de compreensão empática e de genuinidade que alivia a necessidade por uma postura defensiva e que permite a exploração de todos os sentimentos e outras experiências internas. Existe uma ênfase muito maior sobre capacidades conscientes na terapia centrada no cliente do que na terapia freudiana; isto é, Rogers defendia a aceitação do que o cliente disser no aqui e agora, e tinha muita confiança nos poderes h humanos de autodescobrimento em um ambiente acolhedor e receptivo. Ele achava que era melhor não interpretar significados escondidos no que os clientes dizem, mas permitir a eles revisar as suas declarações com a progressão da terapia para que possam ficar cada vez mais próximos de expressar as suas reais experiências. Está nos clientes a responsabilidade de compreender e expressar si mesmos com precisão, e essa habilidade cresce durante a terapia. 
	Muita ênfase é colocada no desenvolvimento de liberdade de escolha do cliente, e Rogers se opunha a ver a pessoa em terapia como um “objeto” que deve ser mudado pelo terapeuta. Os behavioristas são às vezes acusados – embora seja provável que raramente com justificativa – de tratar as pessoas como objetos para serem controlados ou manipulados. Também foi sugerido que analistas freudianos ortodoxos impõem as suas interpretações aos seus pacientes, em vez de deixar que a terapia seja um processo aberto que flui livremente. Existem muitos argumentos a favor e contra a questão de até que ponto o paciente tem a habilidade de determinar o processo terapêutico, e o ponto de vista de Rogers representa a ponta do contínuo denominada “determinado pelo cliente”. No entanto, até aqui o terapeuta está influenciando o cliente ao estabelecer um “clima” terapêutico específico.
4. PONTOS DE VISTA SOBRE O PAPEL DA SOCIEDADE
	FREUD acreditava que havia um conflito contínuo entre a natureza humana e a civilização. Instintos que promovem o sexo e a agressão não são facilmente reconciliados com as amenidades exigidas pela sociedade. Ao fornecer numerosas possibilidades por sublimação, no entanto, a sociedade pode aliviar esse conflito. É tarefa dos pais, dos educadores e dos outros agentes da cultura inibir os impulsos básicos do humano até certo ponto, porém saídas construtivas também deve ser oferecidas. Muitas vezes, a sociedade é restritiva demais; ela deveria fazer com que concessões fossem possíveis pelo fornecimento de canais construtivos para o uso de energias instintivas. A civilização sobrevive e cresce por meio de impulsos sexuais e agressivos que são em parte inibidos e em parte sublimados.
	SKINNER enfatizava que a sociedade precisa levar as suas responsabilidade a sério, já que ela controla os comportamentos de seus membros (se isso for abertamente reconhecido ou não). Ele acreditava que muitos dos problemas da conduta humana eram sérios e complexos demais para serem deixados ao acaso, ou a conceitos de liberdade e dignidade mal formados ou antiquados. Sugeriu que aqueles que continuamente advogam os valores de liberdade e dignidade falham em perceber que o comportamento humano é sempre afetado por fatores ambientais; confundem a questão ao supor que os seres humanos podem de alguma forma, operar fora dos conceitos de causa e efeito do condicionamento. Além disso, em suas tentativas de evitarem o controle aversivo, muitas vezes resistem a qualquer forma de controle; isso faz com que nem percebam os benefícios do reforço positivo aplicado sistematicamente. 
	O papel primário da sociedade, do ponto de vista de Skinner, é de estabelecer contingências de reforço, planejadas e sistemáticas, que irão maximizar os comportamentos desejáveis. Como os seres humanos são maláveis, a engenharia do comportamento é ponto crucial da questão. É preciso controle ambiental para estimular comportamentos que são vantajosos tanto pessoal quanto socialmente (por exemplo, comportamentos que são “pacíficos”, “cooperativos” e “atenciosos”), e programas devem ser instituídos para moldar e manter esses comportamentos. Além disso, técnicas que tendem a produzir comportamentos problemáticos indesejáveis devem ser desfeitas; por exemplo, o uso da punição e do controle aversivo deve ser evitado. 
	ROGERS via a sociedade como restritiva e estática demais no geral. O destino dos seres humanos ao nascerem é crescer e prosperar como indivíduos e como seres sociais, mas pais, professores, empregadores e outros conturbam esse destino ao imporem valores estabelecidos e ao forçarem fidelidade a eles. Se os pontos de vista de Rogers prevalecessem, as instituições da sociedade (lar, escolas, governo e locais de trabalho) se tornariam processos em vez de estruturas rígidas e estáticas. Na sua opinião, o potencial humano por atualização é grande, não podemos saber o que os seres humanos serão no futuro se esse potencial for desenvolvido. Portanto, a sociedade deveria permitir a liberdade de experimentação em estilos alternativos de vida, e por saídas criativas de todos os tipos; além disso – e muito importante – a sociedadedeve permitir a ocorrência de erros sem condenação. Os seres humanos estão engajados em uma luta “para serem e se tornarem”, e a sociedade deve manter flexibilidade e evitar a censura de tentativas diferentes em alcançar o crescimento e a satisfação.
5. PONTOS DE VISTA SOBRE UM PROBLEMA SOCIAL FUNDAMENTAL: AGRESSÃO DESTRUTIVA
	Com muito alarde, FREUD enfatizava nossa tendência à destruição. Ele acreditava que essa tendência era inerente à natureza humana como uma conseqüência do instinto de morte. Por exemplo, em uma carta de 1932 para Albert Einstein, Freud expressou sua crença de que as guerras podiam ser atribuídas aos impulsos agressivos que nunca conseguem ser totalmente desfeitos. Ele sugeriu que esses impulsos agressivos podem, no entanto, ser ao menos parcialmente controlados pelo estabelecimento de ligações emocionais entre as pessoas (por exemplo, interesses compartilhados criam identificações entre pessoas, ou uma “comunidade de sentimentos”) e pelo fortalecimento do raciocínio consciente e das funções de controle dos seres humanos. Além disso, a teoria freudiana sugere que impulsos agressivos podem, às vezes, ser redirecionados ara atividades socialmente construtivas (isto é, podem ser sublimados) e que certas inibições contra a agressão (como valores morais) podem ser desenvolvidas durante o processo de socialização. Apesar desses possíveis meios de controlar tendências destrutivas inatas, os escritos de Freud parecem ser pessimistas sobre a habilidade da civilização em lidar eficazmente com o problema de agressão.
	SKINNER sugeriu que um componente inato pode estar envolvido em certos tipos de respostas agressivas (por exemplo, bater ou morder quando fisicamente atacado) como resultado da possível contribuição dessas respostas à sobrevivência da espécie durante a história evolucionária. No entanto, o principal ponto de sua explicação sobre comportamentos destrutivos e prejudiciais depende de fatores ambientais que afetam o indivíduo, como contingências de reforço presentes e do passado. Por exemplo, se comportamento agressivo resultar em “conseguir o que se quer”, então você terá a tendência de repetir aquele tipo de comportamento. De acordo com o pensamento de Skinner, se o mundo pudesse ser mudado para que não houvesse nenhuma compensação por comportamentos destrutivamente agressivos, seriam drasticamente reduzidos em freqüência. A “compensação” pode envolver a remoção de algo aversivo, como uma ameaça de uma outra pessoa, ou a obtenção de algo positivo. O primeiro é um reforço negativo, e o último um reforço positivo. Uma redução de comportamento prejudicialmente agressivo requer uma mudança nas condições que negativa ou positivamente reforçam tal comportamento. 
	A teoria de ROGERS sugere que é mais provável que a agressão prejudicial ou irracional seja demonstrada por pessoas que não são totalmente funcionais. Pessoas que são totalmente funcionais (isto é, as que estão em mais contato com suas experiências profundas e têm perspectivas mais claras sobre o mundo em sua volta) talvez não sejam destrutivamente agressivas. Tais indivíduos são seres altamente sociais que querem relacionamentos interpessoais harmoniosos; se eles se engajarem em agressão, é provável que seja realisticamente apropriado – isto é, justificado e adequado.
	Rogers enfatizava as nossas habilidades em sermos racionais e capazes de dar respostas apropriadas às situações. Supostamente, essas habilidades se desenvolverão naturalmente se existirem as condições apropriadas (por exemplo, se recebermos aceitação positiva incondicional). Portanto, uma solução oferecida por Rogers para o problema da destruição no ser humano é a criação de condições que permitem a satisfação de potencialidades básicas do ser humano. (É especialmente interessante refletir sobre as diferenças entre o pensamento de Freud e de Rogers sobre a natureza básica do ser humano quando se considera o problema da agressão destrutiva.)
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	OBS: Trecho extraído do capítulo 5, pág. 143, do livro abaixo:
	NYE, Robert D. Três psicologias: idéias de Freud, Skinner e Rogers. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.
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