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Resumo Farmacologia NP1- 4º sem Fármacos que atuam no SNC Depressores do SNC - Induzem diferentes graus de depressão – sedação (redução de ansiedade e agitação), hipnose (facilitam a indução do sono), anestesia geral, coma, morte. São utilizados para reduzir inquietação, tensão emocional, relaxantes musculares e distúrbios do sono – com uso prolongado muitos podem induzir a dependência física/psicológica. A ação dos depressores no sono – a maioria atua diminuindo o sono REM (rapid eye moviment) – atividade cerebral similar à quando se está acordado), o que a longo prazo pode causar problemas de memória, desempenho em atividades, aprendizado, e a qualidade de vida em geral. Benzodiazepínicos – BZD 1º BZD – clordiazepóxido, deu origem ao Diazepam. – Criado por acidente. Ações gerais dos BZD, todos apresentam, mas em diferentes graus – redução da ansiedade, sedação (usado p transtornos do sono; Lorazepam), relaxamento muscular – diminuição da coordenação motora; supressão de convulsões. Altamente lipossolúveis e são rapidamente completamente absorvidos, atravessam a barreira hematoencefálica com alta facilidade, atravessam a barreira placentária podem causar problemas neonatais, passam para o leite materno causando sedação ao recém-nascido, ligam-se extensivamente as proteínas plasmáticas (poucas moléculas ficam livres p fazer efeito, causa efeitos colaterais), a maioria apresenta metabolitos ativos – alguns só chegam a corrente sistêmica em forma de metabolitos ativos, metabolizados pelo fígado. Em pessoas obesas os BZD demoram um pouco mais p fazer efeito pois o tecido adiposo absorve e libera aos poucos para a corrente sistêmica, isso ocorre justamente por serem altamente lipossolúveis. A maioria dos BZD são usados para distúrbios do sono – ansiolíticos/sedativos. Toxicidade dos BZD – São considerados menos tóxicos pois não causam morte (se combinados com bebida alcoólica podem causar a morte), mas causam sono prolongado e grande depressão do sistema respiratório e cardiovascular – Flumazenil (antagonista) reverte os efeitos de doses toxicas. São divididos entre grupos de curta, média e longa duração. Os grupos de de ação curta são indicados para a manutenção da sedação em cirurgias, os de ação media são indicados para ação hipnótica e os de ação longa são indicados para ação ansiolítica e anticonvulsivante. Ação curta – atingem rapidamente o pico plasmático – Midazolam – porém altamente potente, hipnótico/sedativo, utilizado para indução de coma, e para manter a sedação em cirurgias. Ação media – atingem o pico plasmático rapidamente – Lorazepam – meia vida entre 8-12h, indicado para distúrbios do sono pois não vão interferir nas atividades diárias do paciente. Ação longa – atingem o pico plasmático lentamente – Diazepam – meia vida entre 20-40h, uma dose diária é necessária para garantir um equilíbrio plasmático adequado, ansiolítico. Farmacodinâmica – Receptores Os BZD agem nos receptores GABA (neurotransmissor inibitório), atuam de forma alostérica (os bzd agem potencializando os efeitos do GABA), aumentando a abertura dos canais de Cl-. Receptores periféricos – independentes do GABA. Na ausência de GABA os BZD não funcionam. Outros mecanismos de ação Os agonistas do receptor5-HT1 foram recentemente introduzidos e mostram atividade ansiolítico com pequena sedação. Os antagonistas receptor beta-adrenérgico são usados principalmente para reduzir os sintomas físicos da ansiedade (tremor, palpitações, etc ) ; eles não têm nenhum efeito sobre o componente afetivo. Em caso de dependência deve ser feito o esquema de retirada. Em indivíduos normais os BZD não tem efeitos significantes no sistema respiratório, cardiovascular e pode apresentar melhoras no trato gastrointestinal com problemas relacionados com a ansiedade, o Diazepam diminui bastante a secreção gástrica. Flunitrazepam – medicamento do boa noite cinderela Efeitos adversos – relacionados a aumento das ações depressoras (parassimpáticas) Hipotonia muscular (dificuldade de ficar em pé); Hipotensão; sonolência, vertigem e confusão mental; dificuldade de concentração e de lembrar de coisas; náusea, dor de cabeça, alteração do andar (cambaleante); tolerância e dependência, após poucos meses de uso; sintomas significativos de abstinência, na retirada abrupta do medicamento; overdose e morte, principalmente se usado com o álcool que potencializa substancialmente seus efeitos no organismo, pode ocorrer sonolência diurna residual; no quesito psicológico os BZD podem apresentar efeitos paradoxais, como pesadelos, agressividade ou alta desinibição. Efeitos colaterais – ocorrem quando a molécula do fármaco se liga a um receptor diferente do alvo, esses efeitos podem ser bons, gerando indicações off-lable, ou ruins chamados efeitos adversos. Antidepressivos Mecanismo de ação potencializar a ação da norepinefrina e/ou adrenalina no cérebro – aumenta a concentração desses neurotransmissores na fenda sináptica. Teoria da moanoamina depressão- Esta teoria diz que a depressão é causada pela diminuição de serotonina e norepinefrina em locais do cérebro, e que a mania seja uma doença causada pelo excesso das mesmas. – Essa hipótese não é mais sustentável como única explicação para depressão. *Mania – comportamento entusiasmado, pensamento e fala rápidos e excesso de autoconfiança *Depressão – comportamento melancólico, desespero, desesperança, pensamentos suicidas, perda de sono, de fome e incapacidade de sentir prazer em atividades usuais. *Depressão unipolar – desvio das emoções para um único sentido – indivíduo melancólico – causada por fatores externos do dia-a-dia. *Depressão bipolar – os estados emocionais variam entre a depressão e mania. *Depressão endógena - hereditária Em geral os antidepressivos demoram cerca de duas semanas para apresentarem melhoras significativas de humor. Inibidores seletivos da captação de serotonina – ISCS – Fluoxetina, Citalopram, Escitalopram, Paroxetina, Sertralina e Fluvoxamina. -Bloqueiam a captação da serotonina, levando a um aumento do NT na fenda sináptica; -Causam menos efeitos colaterais comparados com os antidepressivos tricíclicos, pois apresentam baixa atividade bloqueadora dos receptores muscarínicos, alfa adrenérgicos e histamínicos; -Utilizados também para transtorno-obsessivo-compulsivo – TOC, pânico, estresse pós-traumático, ansiedade em geral, casos de TDPM – transtorno disfórico pré-menstrual e bulimia nervosa (apenas a fluoxetina para esse ultimo caso); -Em relação a farmacocinética somente a sertralina sofre biotransformação de primeira passagem significativa; -Em geral meia vida de 16h a 36h;Sem metabolitos que contribuam para a ação farmacológica. -*Fluoxetina (diferentona) meia vida de 50h, podendo ser tomada em dosagem semanal, possui metabolito ativo; -Excreção da maioria dos ISCS ocorre pelos rins, exceto a Sertralina e a Paroxetina que também sofrem excreção fecal; - Em pacientes com problemas renais a dose deve sofrer ajuste; -Efeitos colaterais: cefaleia, sudorese, ansiedade e agitação, distúrbio do sono (sonolência e insônia), cansaço, náuseas, emese, diarreia e disfunção sexual. -Toxicidade: possui baixo potencial de arritmia comparado com os ADT, porem em alas doses pode causar convulsões. -A administração em conjunto de fármacos altamente serotoninérgico, ou até mesmo o uso de um só pode causar a síndrome da serotonina. Inibidores da captação de serotonina/norepinefrina – ICSN – Desvenlafaxina, Duloxetina e Venlafaxina. -Podem ser eficazes em pacientes que os ISCS foram ineficazes. -Os ISCS não são eficazes contra a dor neuropática muitas vezes apresentada na depressão, já os ICSN muitas vezes provocam o alivio dessas dores, os ADT também são eficazes para dor neuropática. -Apresentam menos efeitos adversos em relação aos ADT, pois não possui muita afinidade com os receptores muscarínicos, adrenérgicos e histamínicos. -Podem causar síndrome de interrupção se o tratamento é suspenso abruptamente.
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