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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
CENTRO DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA – CEAD
COORDENAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA
COORDENADOR: PROF. Me. MÁRIO ÂNGELO DE MENESES SOUSA
DISCIPLINA: GEOGRAFIA AGRÁRIA 
POLO DE APOIO: ESPERANTINA – PI
PRODUÇÃO DE TEXTO 
ATIVIDADE 1 
JUAREZ OLIVEIRA VALE 
ESPERANTINA – PI
ABRIL DE 2017
A partir da década de 1980 a vem sendo objeto de discussão, dada a sua importância econômica e social, na agricultura familiar a família é o ponto chave de todo o processo produtivo, da renda e das decisões, sua economia tem como foco a satisfação das necessidades da mesma.
O setor agropecuário familiar é sempre lembrado por sua importância na absorção de emprego e na produção de alimentos, especialmente voltada para o autoconsumo, ou seja, focaliza-se mais as funções de caráter social do que as econômicas, tendo em vista sua menor produtividade e incorporação tecnológica. Entretanto, é necessário destacar que a produção familiar, além de fator redutor do êxodo rural e fonte de recursos para as famílias com menor renda, também contribui expressivamente para a geração de emprego e renda, considerando a economia não só do setor agropecuário, mas do próprio país. 
Em muitos locais no Brasil a agricultura familiar passou a desenvolver-se sobe forma de processos culturais ou socioeconômicos tais como: forma de colonização, valorização da terra, diferença entre pequena e larga escala. Diante dessas características é provável que ao longo do tempo, as regiões que eram familiares continuem sendo familiares. 
Os agricultores familiares são responsáveis pela grande maioria das propriedades brasileiras (todavia são propriedades de pequeno porte possuindo área de até 200 hectares) e por grande parte do consumo interno. Cerca de 70% dos produtos agrícolas provenientes da agricultura familiar brasileira são frutas e hortaliças, pois são de extrema importância para produtores familiares por que passa a exigir menor grau de processamento até chegar ao consumo final, diferentemente de produtos como a soja, cana de açúcar e algodão, que passam a constituir a matéria prima de produtos totalmente industrializados. 
Mais marcante é a produção na horticultura, os alimentos mais consumidos da agricultura familiar no brasil são: 98,2% do alface, 98,4% do repolho, 96% da berinjela, 95% da abobrinha, 86,8% da cenoura, 81,7% do tomate, 96,4% da pimenta, 90,8% da mandioca, 57% do milho, 94,1% da cebola, 73,3% do tomate (rasteiro) e 55,4% da batata inglesa são cultivados nos pequenos estabelecimentos rurais. 
Quanto à carne, os pequenos são responsáveis por 88,7% da produção de aves, 84,3% da produção de suínos e 39,0% da de bovinos, os pequenos produtores, com área até 200 ha, superam produtivamente as grandes áreas. 
Com uma forma de produção amplamente predatória, que poderia até reduzir a permanência da vida humana na terra, baseado na produção agrícola, o modelo produtivista passou a contar com a prática da discussão sobre sustentabilidade a partir do momento em que se desperta a consciência para com o meio ambiente. De acordo com Gaspi e Lopes ([20--?] p. 2) “desenvolvimento sustentável, nada mais é que a busca das necessidades do presente sem comprometer as necessidades das futuras gerações de desenvolver-se”.
Com este paradigma, a introdução de tecnologia e maquinários no meio rural não foi extinta, mas a pequena agricultura passou a ter olhares voltados para sua forma de produção, já que os pequenos produtores não usufruem de grandes quantidades de produtos químicos para desenvolver as produções, não utilizam de muita tecnologia, baseado na falta de concorrência com as propriedades patronais, devido à baixa produtividade agrícola devido à falta de capital e praticam o uso da terra de maneira mais racional (BROSE, 2000).
A agricultura familiar tem grande importância para o Brasil, por que além de ser uma grande absorvedora de mão de obra e ser uma das principais incentivadoras do crescimento econômico, passa a utilizar-se de recursos naturais como no adubamento do solo, incentivando a não degradação do meio ambiente. A agricultura familiar favorece o emprego de práticas produtivas mais equilibradas, como a diversificação de cultivos, o menor uso de insumos industriais, o uso sustentável dos recursos genéticos e a agroecologia. A agricultura familiar pode constituir exemplo da prática do desenvolvimento sustentável quando for ambientalmente adequada, economicamente viável, socialmente justa e culturalmente apropriada. 
Tanto a agricultura familiar como o desenvolvimento sustentável, são ramificações da pluriatividade agrícola. A pluriatividade nada mais é do que a diversificação das atividades rentáveis do negócio. É através dela que os membros das famílias de agricultores, que residem no meio rural, optam pelo exercício de diferentes atividades, ou ainda, optam pelo exercício de atividades não agrícolas, mantendo a moradia no campo e uma ligação, inclusive produtiva, com a agricultura e a vida no espaço rural. 
O conceito de pluriatividade historicamente está associado ao termo part time farming, traduzido como agricultura de tempo parcial, foi criado em 1930 e entre 1950 e 1960 o termo multiple job holding passou a ser utilizado, sendo traduzido como empregos múltiplos. Entre meados da década de 1970 e início da década 1980, longos debates foram realizados, principalmente na Europa (com maior relevância na França) e nos Estados Unidos. Nesse período, foi estabelecido que a análise relevante é a família e que a agricultura de tempo parcial não é um fenômeno temporário, tampouco de transição. 
A pluriatividade é causa e efeito das atividades não-agrícolas, mas não se deve confundir as atividades não-agrícolas com a pluriatividade, pois esta decorre a partir de decisões e estratégias (combinação) das famílias rurais. As mudanças e as formas de pluriatividade estão relacionadas a cinco principais fatores: 1 – modernização tecnológica; 2 – quedas de rendas agrícolas; 3 – políticas de geração de emprego e renda; 4 – mudanças do mercado de trabalho e 5 – a pluriatividade é característica da agricultura familiar. A partir destes a pluriatividade pode indicar soluções para elevar a renda familiar no meio rural. 
As áreas produtivas fundamentadas na agricultura familiar utilizam de vários meios para a maior aceitação de seus produtos, um destes meios é a utilização de formas de trabalho não-assalariadas (troca de serviços, produtos, ferramentas), associando produções agrícolas com não-agrícolas. Gera-se a partir da necessidade de sobrevivência no/do campo, várias estratégias, nas quais procura-se retirar renda e valorizar a região onde o agricultor familiar se identifica. A pluriatividade é um tipo de estratégia que o agricultor familiar contemporâneo vem utilizando, ela ocorre quando a família utiliza mais de uma atividade econômica (SILVA, 2011), ou seja, a unidade familiar agrária decide combinar as atividades agrícolas com atividade não agrícolas.
É importante lembrar que o termo agricultura familiar desenvolveu-se e fixou-se a partir de 1990, porque passou a ser entendida como uma parcela significativa na produção agropecuária e que muito podia contribuir para o desenvolvimento econômico e social.
A partir dos argumentos expostos neste trabalho podemos concluir que a agricultura familiar, é uma forma social reconhecida, em grande parte da Terra, sobretudo nos países emergentes principalmente no Brasil. Em nosso pais as regiões possuem culturas diferentes, e, desta forma, provavelmente a agricultura familiar irá ser diferente, diversificada, heterogênea, podemos ter assim várias formas de produção agrária de caráter familiar e que englobam estes preceitos: trabalho, propriedade e gestão familiar. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BROSE, Markus. Fortalecendo a democracia e o desenvolvimento local: 103 experiências
inovadoras no meio rural gaúcho. Santa Cruz do Sul-RS: EDUNISC, 2000.
GASPI, Suelen de; LOPES, JaneteLeige. Desenvolvimento Sustentável e Revolução Verde: uma aplicação empírica dos recursos naturais para o crescimento econômico das mesorregiões do Paraná. Disponível em: http://www.atuallys.com.br/wpcontet/uploads/2012//03/Apostilas-Atualidades-2012-Parte-3.pdf.
INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA/ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDADES PARA AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO (INCRA/FAO). Perfil da Agricultura Familiar no Brasil: dossiê estatístico. Brasília: INCRA/FAO, 2015.
SILVA, J, G da. O NOVO RURAL BRASILEIRO. Campinas: Unicamp. 2011.

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