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Casos concretos Civil IV AV2 imprimir

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Semana 07
Gustavo e Rodolfo dissolveram em 2012 sua união homoafetiva em que conviveram desde 2000. Gustavo voltou para a casa dos seus pais e Rodolfo permaneceu no apartamento em que viviam e que adquiriam de forma onerosa durante a união. Como a dissolução da união foi litigiosa, Gustavo decidiu deixar todas as contas relativas ao imóvel para Rodolfo pagar, tais como, o IPTU e as taxas condominiais, já que não mais iria morar no bem. Após 4 anos morando com os seus pais, Gustavo decide contratar você como advogado(a), para postular o seu direito à metade do apartamento, eis que comprou o bem em co-propriedade com Rodolfo e até o momento não tinham partilhado o referido imóvel. Pergunta-se: Gustavo conseguirá obter em Juízo o seu direito à metade (meação) do apartamento? Fundamente sua resposta.
Gustavo conseguirá obter em Juízo o seu direito à metade do apartamento através do usucapião pro família, uma vez que estão presentes os seus requisitos para sua caracterização quais sejam, o mesmo ser proprietário de metade desse imóvel, está caracterizado o abandono de lar, já que abandonou sem prestar nenhum tipo de auxílio material a manutenção do imóvel, ele está fora do imóvel há mais de 2 anos, e por fim, é dono de um único imóvel, com a metragem de 250m², art. 1240, A do CC.
Semana 08
Adriano, contumaz receptador de veículos furtados, adquiriu um veículo Honda em janeiro de 2006, alterando-lhe a placa e o chassi. Desde então, Adriano vem utilizando contínua e ininterruptamente o veículo. No entanto, em maio de 2016 Adriano foi parado em uma blitz que apreendeu o veículo, mesmo tendo este afirmado que como já estava na posse do bem há mais de dez anos, tinha lhe adquirido a propriedade por usucapião. Pergunta-se: bens furtados ou roubados podem ser objeto de usucapião por pessoa que conhece sua origem? Justifique sua resposta.
Sim. Diante do caso, quem obtém a coisa por furto passa de detentor interessado, para possuidor, uma vez que há inversão no título da posse a partir do momento em que confere publicidade da mesma. Portanto, será possível obter a usucapião em cinco anos, já que se trata de uma usucapião adquirida de má-fé.
Semana 11
Selma, proprietária de uma unidade localizado no Condomínio do Edifício Vivendas do Sol, localizado no Recreio dos Bandeirantes, resolveu ocupar parte da área térrea contínua a sua área de serviço; a utilização já perdura por mais de 5 (cinco) anos. A área, que é utilizada por Selma, pertence a área comum do condomínio edilício. Na qualidade de proprietária do imóvel, ela recentemente construiu um muro no local, impedindo que os demais condôminos e os respectivos funcionários do condomínio tenham acesso à área em questão. O síndico do condomínio, a pedido dos demais condôminos, (decisão em Assembleia) ingressa com uma Ação Judicial objetivando a demolição do muro construído. Ao tomar conhecimento do fato Selma, imediatamente, ingressa com uma Ação Judicial para ver reconhecida a usucapião da respectiva área. INDAGA-SE:
A - Diante do caso narrado, a legislação brasileira e/ou a jurisprudência prevê á possibilidade jurídica de Selma ter a sua pretensão judicial julgada procedente? Explique a sua resposta com a devida fundamentação jurídica
Art. 1340 do CC. A jurisprudência tende a não admitir o usucapião de área comum sobre o argumento de que se o mesmo é inalienável por força da própria norma, é natural também que não possa ser alvo de usucapião. Ademais, o indivíduo é também proprietário daquela área mesmo que minimamente e dessa forma admitir posse animus domini sobre um bem que lhe pertence seria absolutamente contraditório, devendo ser tratado assim como detentor interessado. Admite-se, porém, que seja estabelecido dependendo do prazo que aquele indivíduo ocupa a área comum, o fenômeno da supressio, onde o indivíduo titular de um direito legítimo deixa de exercê-lo por um período prolongado, criando na outra parte a legítima expectativa de que não mais exercitaria. Assim, o indivíduo não pode pretender a usucapião e por outro lado, o condomínio não pode recobrar a coisa de volta. 
B - A legislação brasileira permite que o condômino pode utilizar-se de área comum do Condomínio com exclusividade impedindo o uso dos demais? Há exceções previstas na legislação vigente? Explique as indagações com as respectivas respostas fundamentadas.
Admite-se em caráter excepcional e desde que autorizada em convenção ou em assembleia que o condômino faça uso de área comum com exclusividade, desde que contribua com essa situação, quando o indivíduo já ocupar por razoável lapso temporal uma área comum, de maneira que possivelmente será aplicada a seu favor o fenômeno da surrection poderá o condomínio cobrá-lo pelo uso exclusivo. 
Semana 12
Aqua Service Serviços Ltda., em ação de cobrança em que é ré Sônia, pleiteia o pagamento de despesas realizadas na prestação de serviços de captação, tratamento e distribuição de água, esgoto, limpeza das ruas, pavimentação, paisagismo, segurança e demais despesas de conservação do complexo habitacional do qual a ré faz parte. Alega, como fundamento do pedido, que tais despesas devem ser rateadas por todos aqueles que se beneficiam dos serviços oferecidos. Em contestação, a ré sustenta que jamais celebrou contrato com a autora, motivo pelo qual não se vê obrigada a pagar qualquer contraprestação. Aduz não existir condomínio algum no complexo habitacional em que reside, constituído de lotes autônomos, razão pela qual não se pode falar em despesas condominiais. Indaga-se:
a) Pode-se afirmar que há, na hipótese, um condomínio? Em caso positivo, de que natureza?
Em regra não há que se falar na existência de um condomínio, na medida em que a sua criação passa obrigatoriamente por uma escritura pública ou testamento levada à registro imobiliário seguida de uma convenção de condomínio formalmente constituída, o que não se dá no caso. A hipótese assim comporta o chamado condomínio de fato ou irregular, onde aquelas pessoas determinadas são beneficiadas com a atuação de determinada pessoa. 
b) Há obrigação de rateio de despesas? Justifique.
A jurisprudência tem de entender que mesmo o condomínio não estando regularmente firmado é possível a cobrança das taxas condominiais, toda vez que ficar caracterizado que aquele indivíduo se beneficia direta e imediatamente daquela atuação evitando-se assim, enriquecimento sem causa, o que está presente na hipótese, na medida em que vários serviços são prestados a Sônia. 
Semana 15
Caio e Alessandra, casados sob o regime de comunhão parcial de bens, firmaram contrato de mútuo junto à Instituição Financeira IF para investimento em clínica médica da qual são os únicos sócios. Deram como garantia hipotecária o único imóvel que tinham que residiam com sua família. Após o vencimento do contrato, o casal não pagou o valor acordado. Nesse caso, é possível que Caio e Alessandra percam o imóvel pela excussão da hipoteca, mesmo sendo bem de família? JUSTIFIQUE E FUNDAMENTE.
Trata-se de uma exceção ao bem de família, onde o artigo 3º, inciso V da Lei 8.009/90 deixa claro que se o casal oferece aquele bem em garantia ao pagamento daquela dívida, ele voluntariamente abre mão do benefício do bem de família. Portanto, constituiria verdadeiro comportamento contraditório a ideia de que no futuro ele pudesse invocar o benefício legal.

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