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ANTI-HELMINTICOS GRAZIELLE RODRIGUES DDEERRIIVVAADDOOSS BBEENNZZIIMMIIDDAAZZÓÓLLIICCOOSS Amplo espectro – classe mais importante na clínica médica Ativos na ascaridíase, ancilostomíase, necatoríase e teníase. Baixa absorção – ativos na forma tópica intestinal (grupos hidrofílicos impedem a absorção e mantém fármaco no lúmem intestinal) Albendazol tem maior absorção e é indicado no tratamento da neurocisticercose e larva migrans cutânea. Alimentos ricos em gorduras aumentam a absorção; Assim como mebendazol, é embriotóxico e teratogênico em ratos e é medicamento de escolha para hidatidose causada por E. granulosus, sendo usado como coadjuvante de ressecção cirúrgica ou drenagem percutânea do cisto. Tiabendazol, mesmo sendo mal tolerado, tiabendazol ainda é utilizado em estrongiloidíase e larva migrans cutânea. Mecanismo de ação: Benzamidazois são capazes de inibir a Fumarato Redutase (uma enzima importante em helmintos envolvida na redução de NADPH a NAD. Mas o principal mecanismo de ação está associada com a capacidade de se ligar a proteína tubulina e evitar a polimerização dela REA R1 → Essencial. Hidrogênio aumenta atividade e CH3 diminui. R2 → NH-COOCH3 essencial nos carbamatos. Menos tóxicos que aromáticos e heteroaromáticos. R3 → Grupos volumosos impedem a metabolização, aumentando a atividade. DDEERRIIVVAADDOOSS PPIIPPEERRAAZZÍÍNNIICCOOSS Dietilcarbamazina (DEC) tem uso restrito para tratamento de filaríase linfática, tendo efeito sobre microfilárias e parasitas adultos. O tratamento com DEC isolada e DEC + ALB demonstrou significativos benefícios de longo prazo em reduzir a microfilaremia. Segunda opção para ascaridíase e enterobíase REA Anel piperazínico é essencial R1 → H e CH3 não são essenciais R2 → H (piperazina) e CO-N(CH2CH3)2 (dietilcarbamazina) Associação com citrato aumenta a solubilidade em água Quanto maior a cadeia carbetoxi maior a toxicidade e menor a atividade. C4H9 não apresenta atividade. IIVVEERRMMEECCTTIINNAA Anti-helmintico contra nematoides. Semissintética, produzida por Streptomyces avermitilis . Eficaz no tratamento da estrongiloidíase humana → primeira escolha. É o fármaco de escolha para oncocercose, sendo preferida à dietilcarbamazina porque não causa reações graves associadas à destruição das microfilárias. PPRRAAZZIIQQUUAANNTTEELL Anti-helmínticos contra cestóideos e trematódeos Derivados de Isoquinolina 80% de cura Mistura racêmica, e enantiômero(-) é a forma ativa, in vitro e in vivo. Primeira escolha em esquistossomose causada por todas as espécies de Schistosoma. Em cisticercose, constitui alternativa para albendazol que previne formação de novos cistos hidáticos, após ressecção cirúrgica. REA Posição 2: carbonilcicloexila aumenta atividade. Benzoil e p-aminobenzoil diminuem atividade Posição 4: Oxo aumenta atividade C11b= centro quiral, isômero (-) mais ativo OOXXAAMMNNIIQQUUIINNAA Anti-helmínticos contra trematódeos Esquistossomicida – para S. mansoni já foi detectada resistência Praziquantel mais usado, mais barato e menos efeitos adversos Pró-fármacos poliméricos Possui efeitos anticolinérgicos Desloca os vermes das veias mesentéricas para o fígado, onde são destruídos. * 4 2 ANTI-PROTOZOÁRIOS DDOOEENNÇÇAA DDEE CCHHAAGGAASS Agente: Trypanosoma cruzi Vetor: barbeiro Tratamentos atuais: podem curar pacientes infectados, mas são eficientes apenas no início da infecção. Tratamento: Não são comercializados, usados apenas em infecções congênitas, órgãos de doadores Infectados, pacientes imunossuprimidos e casos de reagudização. NIFURTIMOX REA: grupo nitro → essencial Mecanismo de ação: Molécula sofre uma redução, seguida de oxidação no grupo nitro (NO2) e gera durante esse processo espécies reativas de oxigênio, além de radical superoxido, peróxido de hidrogênio e radical hidroxil. Essas espécies são potentes oxidantes produzindo um estresse oxidativo que pode produzir danos ao DNA e afetar a membrana celular. BENZNIDAZOL 80% de cura Ativo na fase aguda Pouco ativo na fase crônica Mecanismo de ação: molécula ativa por nitroredutases do parasita à metabólitos eletrofílicos. Esse processo inibe a Tripanotiona redutase, uma enzima essencial para a proteção contra dano causado por espécies reativas de oxigênio (causa um acúmulo indireto) LLEEIISSHHMMAANNIIOOSSEE Agente: protozoários do gênero Leishmania. Vetor: mosquitos flebotomíneos Causam lesões cutâneas (Leishmaniose cutânea) e viscerais (Leishmaniose visceral) Tratamento: ANTIMONIATO DE MEGLUMINA (ANTIMONIATO DE N-METIL-GLICOSAMINA) Fármaco de primeira escolha São misturas de compostos com PM variados Cardio e hapatotoxicidade ESTIBOGLICONATO DE SÓDIO Mecanismo de ação: são pró-farmacos que são ativados quando antimônio é convertido de Sb5+ (pentavalemte) → Sb3+ (trivalente). Esta ativação ocorre seletivamente no estágio amastigota quando Sb5+ interage com Cys das enzimas do parasita, inibindo o catabolismo da glicose e consequentemente a produção de ATP. Não é ativo contra pró-mastigotas. O parasito possui o pH ácido (5,0) que o plasma e as enzimas necessárias para a conversão à forma trivalente (ativa). ANFOTERICINA B Mecanismo de ação: complexa com ergosterol de membrana do parasita, forma poros que permitem a passagem de íons e causa desequilíbrio e morte celular, humanos não tem ergosterol, apenas colesterol. Resistência é raro. Fármaco de segunda escolha. AAMMEEBBÍÍAASSEE Agente: Entamoeba hystolitica Infecção: Ingestão de cistos Trofozoíto – forma ativa, que se alimenta e reproduz muito rapidamente (frágeis) Tratamento: METRONIDAZOL REA: Anel nitroimidazólico é essencial para atividade Pode haver modificações nas posições 1 e 2 Posição 1 define o t1/2 Tratamento de de Amebíase, Giardíase e Tricomoníase Não tem ação sobre a flora normal Melhor ação → formas extra-intestinais Lipofílico, permanece bastante tempo na luz intestinal (dissolução lenta) Teratogênico – contraindicado no primeiro trimestre. Mecanismo de ação: redução do grupamento nitro para hidroxilamina e amina, e consequente oxidação de cofatores de enzimas do parasita (ferrodoxina) com inativação dessas enzimas Primeira etapa é radicalar – danos no DNA, proteínas e membranas PAROMOMICINA Antibiótico aminoglicosídico parente da neomicina. Uso via parenteral pois é instável em solução, principalmente pH ácido. Alternativa aos antimoniais para o tratamento de leishmaniose, mas não apresenta resistência em relação a Anfotericina B. Mecanismo de ação: Liga-se aos polissomas inibindo a síntese de proteínas e causando terminação prematura do RNAm. DERIVADOS DA DICLOROACETAMIDA FUROATO DE DILOXANIDA (OMS) Como éster, permanece mais tempo na luz intestinal, a porção não absorvida é o agente ambicida, contra amebíase não invasiva Substituição da carbonila por SO2, diminui a toxicidade TECLOSANA (RENAME) Menos absorvido, permanece na luz intestinal GGIIAARRDDIIÓÓSSEE Agente: Giardia lamblia Transmitida por alimentos e H2O contaminados por fezes de indivíduos doentes Estágio infectante: cisto Tratamento METRONIDAZOL t1/2 = 8-10 h Bem absorvidos v.o. se distribuem bem pelos tecidos, líquidos e secreções (LCR, leite, placenta) TINIDAZOL t1/2 = 12-14 h Mais potente - usado também para tricomonas SECNIDAZOL t1/2 = 20 h Isômero do metronidazol FURAZOLIDONA Boa resposta em crianças TAMBÉM USADO NO TTO DE TRICOMONAS (2ª ESCOLHA) Mecanismo de ação: NO2 apresenta forte efeito retirador de é. Isto polariza a molécula e tb interfere nos sistemas de oxi-redução do parasita. A redução de NO2 gera ROS e dano ao DNA. REA: C2 grupamento insaturado tem papel na polarização da molécula a saturação da ligação dupla leva a perda da atividade – NO2 essencial para atividade NITAZOXANIDA (5-NITROTIAZOL) Mecanismo Ação: Redução NO2 à Der. hidroxilamina. Atua no metabolismo bioenergético do parasita Inibindo a enzima Piruvatoferredoxina oxidorredutase - PFOR (importante no metabolismo da glicose). Nesse caso a espécie (-) reativa não apresenta ROS e não ocorre dano sobre DNA . TTOOXXOOPPLLAASSMMOOSSEE Agente: Toxoplasma gondii Forma de contágio: oocistos. Tratamento: SULFAMETOXAZOL + TRIMETOPRIMA (BACTRIN) SULFAMIDAS Mecanismo de ação: Sulfamida é um análogo estrutural do ácido fólico que se liga mais fortemente à DHFR como substrato falso. Outra opção terapêutica: Gestante: Espiramicina (macrolídeo), pois outras opções como sulfas e pirimetamina não são indicado (risco de teratogenicidade). ANTI-MALÁRICOS A malaria é transmitida pela picada da fêmea de mosquitos do gênero Anopheles. QUINOLINAS REA: 3 elementos estruturais importantes para atividade antimalárica: Heterociclo aromático Grupo ligante Grupo básico Grupo 6-metoxi melhora atividade mas não é essencial (MF) 6-metoxi nos 8-aminoquinolinicos são + ativos e tóxicos que análogos 2 ou 4 metoxi Grupo eletronegativo em 6 ou 7: cloro em C-7 máxima atividade e toxicidade, mas alguns análogos com cloro em 6 são igualmente ativos N básico deve estar distante do núcleo aromático e os dois N tem uma distancia ideal entre si de 4 carbonos. ESTUDO DIRIGIDO: Protocolo para gestantes: Gestante infectada por Plasmodium falciparum Quinina + Clindamicina Gestante infectada por Plasmodium vivax Cloroquina Gestante com infecção mista Quinina + Clindamicina + Cloroquina Profilaxia pós parto Primaquina Protocolo para malária grave Manejo mais adequado Associação de Artesunato + Clindamicina ou de Artemether + Clindamicina. Infecção por Plasmodium vivax Cloroquina + Primaquina Gestante infectada por malária mista Associação Artemether + Lumefantrina + Primaquina Protocolo para recaída por P. vivax Manejo mais adequado: Cloroquina Infecção por Plasmodium falciparum e mista Artemether + Lumefantrina + Primaquina
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