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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 1 HALLIDAY, RESNICK, WALKER, FUNDAMENTOS DE FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996. FÍSICA 2 CAPÍTULO 14 – OSCILAÇÕES 06. Qual a aceleração máxima de uma plataforma que vibra com uma amplitude de 2,20 cm, numa freqüência de 6,60 Hz? (Pág. 42) Solução. A aceleração de um sistema que executa movimento harmônico simples é descrita por: 2 ( ) cost ma x t Portanto, a aceleração máxima desse sistema, cos ( t + ) = 1, será: 222 2 1 2 max 2 4 6,60 s 0,0220 m 37,8329 m/sm ma x f x 2 max 37,8 m/sa 23. Um bloco de 0,10 kg oscila para frente e para trás, ao longo de uma linha reta, numa superfície horizontal sem atrito. Seu deslocamento a partir da origem é dado por 10 cm cos 10 rad/s / 2 radx t (a) Qual a freqüência de oscilação? (b) Qual a velocidade máxima alcançada pelo bloco? Em que valor de x isto acontece? (c) Qual a aceleração máxima do bloco? Em que valor de x isto ocorre? (d) Que força, aplicada no bloco, resulta nesta dada oscilação? (Pág. 43) Solução. Comparando-se a equação do movimento harmônico simples do enunciado com a equação geral do MHS: ( ) cost mx x t Percebemos a amplitude do MHS é ym = 10 cm, a freqüência angular é = 10 rad/s e que a constante de fase á = /2 rad. (a) A freqüência f do MHS é: 1 1 10 s 1,5915 s 2 2 f 1,6 Hzf (b) A velocidade da massa m vale: 10 cm 10 rad/s sen 10 rad/s / 2 rad dx v t dt 1,0 m/s sen 10 rad/s / 2 radv t A velocidade escalar máxima será atingida quando sen ( t + ) = 1. Logo: max 1,0 m/sv Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 2 A velocidade vmax é atingida em x = 0. (c) A aceleração da massa m vale: 1,0 m/s 10 rad/s cos 10 rad/s / 2 rad dv a t dt 210 m/s cos 10 rad/s / 2 rada t A aceleração escalar máxima será atingida quando cos ( t + ) = 1. Logo: 2 max 10 m/sa A aceleração amax é atingida nos extremos da trajetória da massa m, ou seja, em x = 10 cm. (d) A força vale: F kx Mas: 2kx ma m x 2kx m x 2 2 1 2 2 kg kg.m N 0,10 kg 10 s 10 10 10 s s .m m k m Logo: 10 N/mF x 24. Num certo porto, a maré faz com que a superfície do mar suba e desça uma distância d num movimento harmônico simples, com um período de 12,5 h. Quanto tempo leva para que a água desça uma distância d/4 de sua altura máxima? (Pág. 43) Solução. Em primeiro lugar, vamos compor a equação do movimento harmônico simples relativo à oscilação da maré: ( ) cost my y t Considere o esquema abaixo, que mostra os limites de oscilação da maré: Pelo esquema, deduz-se que a amplitude do movimento é ym = d/2. Vamos supor = 0 para simplificar o cálculo. A freqüência angular pode ser obtida a partir do período T, fornecido no enunciado: 2 2 0,5026 rad/h 12,5 hT Portanto, temos: Preamar Baixamar y 0 d/4 d d/2 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 3 ( ) cos 2 t d y t No instante t0 = 0 s, a posição do nível do mar é máxima (preamar), ou seja, y(0) = d/2. A partir daí, a maré começa a descer e estamos interessados no tempo gasto para o nível baixar de y(0) = d/2 até y(1) = d/4. O instante t1 em que isso acontece pode ser calculado por meio da equação do MHS. (1) 1cos 4 2 d d y t 1 1 cos 2 t 1 1 1 1 1 cos 2,0833 h 2 0,5026 rad/h 3 t 1 2,08 ht 29. Um oscilador harmônico simples consiste em um bloco com massa 2,00 kg ligado a uma mola com constante 100 N/m. Quando t = 1,00 s, a posição e a velocidade do bloco são x = 0,129 m e v = 3,415 m/s. (a) Qual a amplitude das oscilações? Quais eram (b) a posição e (c) a velocidade da massa em t = 0 s? (Pág. 44) Solução. (a) A equação geral do movimento harmônico simples é: ( ) cost mx x t Em t1 = 1,00 s, a posição do corpo oscilante é x1. 1 1cosmx x t (1) A velocidade do corpo é: ( ) sent mv x t Em t1 = 1,00 s, a posição do corpo oscilante é v1. 1 1senm v x t (2) Dividindo-se (2) por (1): 11 1 1 1 sen tan cos m m x tv t x x t 1 1 1 1 tan v t x (3) A freqüência angular do MHS vale: 100 N/m 7,0710 rad/s 2,00 kg k m Agora podemos operar (3): 1 3,415 m/s tan 7,0710 rad/s 1,00 s 8,3808 rad 7,0710 rad/s 0,129 m Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 4 Os possíveis candidatos para valores da constante de fase são 1 = +2 = 2,0976...rad e 2 = 1 = 5,2392...rad. O cálculo de xm consiste na substituição de e em (1) e resolução para xm. Não fará diferença o uso de 1, 2 ou mesmo . O máximo que poderá acontecer é a btenção do mesmo valor para xm com o sinal trocado. No entanto, o valor de que produzir o valor positivo de xm, será o valor correto de . 1 1 1 0,129 m 0,4999 rad cos cos 7,0710 rad/s 1,00 s 2,0976 rad m x x t Utilizando-se o valor de 2 na expressão acima, o resultado será 0,4999...rad. Logo: 0,500 radmx Portanto, o valor correto da constante de fase é = 2,0976...rad. (b) A posição de m em t= 0 s é: (0) 0,4999 rad cos 2,0976 rad 0,2514 mx (0) 0,251 mx (c) A velocidade de m em t= 0 s é: (0) 2,0976 rad 0,4999 rad sen 2,0976 rad 3,0556 m/sv (0) 3,06 m/sv 62. Um pêndulo é formado prendendo-se uma haste longa e fina de comprimento L e massa m em um dado ponto, que está a uma distância d acima do centro da haste. (a) Ache o período deste pêndulo em termos de d, m, L e g, considerando-se que oscile com uma pequena amplitude. O que acontece ao período, se (b) d é reduzido, (c) L é aumentado ou (d) m é aumentada? (Pág. 45) Solução. Veja o esquema da situação: (a) O período de um pêndulo físico é dado por: 2 I T mgd O momento de inércia do pêndulo é obtido por meio da aplicação do teorema dos eixos paralelos: 2 2 2 2 212 12 12 CM mL m I I md md L d CM d Eixo de rotaçãoL Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 5 Logo: 2 212 122 m L d T mgd 2 212 3 L d T gd O comportamento do período em relação à variação de m, L e d será representado por meio de gráficos apropriados,:(b) T = f(d), para g = 9,81 m/s 2 e L = 1,0 m: Reduzindo-se o valor de d, o período tende a diminuir até um valor mínimo em / 2 3d L . Neste ponto, o período é igual min 2 / 3T L g . Diminuindo-se ainda mais o valor de d, o período tende rapidamente ao infinito. (b) T = f(L), para g = 9,81 m/s 2 e d = 0,30 m: O período aumenta linearmente com o aumento de L, para L d. (c) Como T não depende de m, o período é constante em relação à variação de m. 65. Um disco circular uniforme cujo raio R é de 12,5 cm está suspenso, como um pêndulo físico, de um ponto em sua borda. (a) Qual o seu período de oscilação? (b) A que distância radial r R há um ponto de suspensão que origina o mesmo período? (Pág. 47) Solução. (a) Considere o seguinte esquema da situação: Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 6 z Aplicando-se a segunda lei de Newton rotacional ao pêndulo: z zI O momento de inércia do pêndulo é obtido por meio da aplicação do teorema dos eixos paralelos: 2 2 2 2 3 2 2 CM MR MR I I MR MR Logo: 2 2 2 3 sen 2 MR Mg R t Para pequenas oscilações, temos sen . 2 2 2 0 3 g t R Esta é a equação diferencial do movimento harmônico simples, em que: 2 2 3 g R Logo: 2 6 0,125 m2 3 6 2 0,868652 s 2 9,81 m/s R R T g g 0,869 sT (b) O novo esquema da situação é mostrado a seguir: O novo momento de inércia será: 2 2 2 2 22 2 2 CM MR M I I Mr Mr R r Aplicando-se a segunda lei de Newton rotacional ao pêndulo: 2 2 2 2 sen 2 2 M Mg r R r t Fazendo sen : 2 2 2 2 2 0 2 gr t R r CM P R Ponto de suspensão x y z M CM P R Ponto de suspensão x y z M r Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 7 ' 2 2 2 2 gr R r Logo: 2 2 ' 22 2 R r T gr O problema pede o valor de r para T = T’. Logo: 2 23 2 2 2 2 2 R R r g gr 2 22 3 R r R r 2 22 3 0r Rr R As raízes desta equação do segundo grau são r = R e r = R/2. Como r = R corresponde à situação do item (a), temos: 2 R r 68. Uma haste de um metro balançando de uma das extremidades oscila com uma freqüência f0. Qual seria a freqüência, em termos de f0, se a metade inferior da haste fosse cortada? (Pág. 47) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: Sejam I0 e I1 os momentos de inércia da haste original e da haste cortada, em relação ao eixo de rotação (ponto A) e ICM,0 e ICM,1 os momentos de inércia dessas barras em relação aos respectivos centros de massa. Na barra original, temos: 2 ,0 12 CM ML I O valor de I0 é obtido por meio da aplicação do teorema dos eixos paralelos: 2 2 2 2 0 ,0 2 12 4 3 CM L ML ML ML I I M Na barra cortada, temos: CM,0 h0 A M L CM,1 h1 A M/2 L/2 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 8 2 2 ,1 2 2 12 96 CM M L ML I O valor de I1 é obtido por meio da aplicação do teorema dos eixos paralelos: 2 2 2 2 1 ,1 2 4 96 32 24 CM M L ML ML ML I I A freqüência de oscilação do pêndulo original pode ser descrita em termos do seu período T0: 00 2 0 0 1 1 1 1 3 1 1 32 2 2 2 2 22 3 L Mg Mgh g g f T I L LML (1) A freqüência de oscilação do pêndulo cortado pode ser descrita em termos do seu período T: 1 2 1 1 1 1 34 2 2 2 24 L Mg Mgh g f T I LML (2) Comparando-se (1) e (2): 0 1 1 2 f f 1 02f f 75. Uma haste longa e uniforme de comprimento L e massa m roda livremente no plano horizontal em torno de um eixo vertical, através de seu centro. Uma determinada mola com constante de força k é ligada horizontalmente entre uma extremidade da haste e uma parede fixa. Veja a Fig. 14-38. Quando a haste está em equilíbrio, fica paralela à parede. Qual o período das pequenas oscilações que resultam, quando a haste é ligeiramente girada e liberada? (Pág. 49) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 9 Aplicando-se a segunda lei de Newton rotacional ao sistema, onde F é a força de mola aplicada à extremidade da haste devido ao estiramento x da mola, teremos: 2 2z d I dt 2 2 2 cos 2 12 L mL d F dt Para valores pequenos de , vale a aproximação cos 1: 2 26 mL d kx dt 2 2 6 0 d k x dt mL Observando o esquema, podemos concluir que: sen 2 2 L L x Logo: 2 2 6 0 2 d k L dt mL 2 2 3 0 d k dt m A expressão acima é a equação diferencial do movimento harmônico simples, onde a freqüência angular vale: 2 3k m Logo, o período T do MHS vale: 2 T 2 3 m T k 76. Uma roda gira livremente em torno de seu eixo fixo. Uma mola está ligada a um de seus raios, a uma distância r do eixo, como vemos na Fig. 14-39. (a) Considerando que a roda é um aro de massa m e raio R, obtenha a freqüência angular de pequenas oscilações deste sistema em termos de m, R, r e a constante da mola k. Como mudaria o resultado se (b) r = R e (c) r = 0? CM F L L/2 x x y z Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 10 (Pág. 49) Solução. (a) Veja o esquema com o detalhe da aplicação da força sobre o raio da roda: Aplicando-se a segunda lei de Newton à rotação da roda, temos: 2 2z I t 2 2 2 cosFr mR t Mas a força em x é dada por: senF kx kr Logo: 2 2 2 2 sen coskr mR t 2 2 2 2 sen cos 0 kr t mR Para pequenas oscilações do sistema, sen e cos 1: 2 2 2 2 0 kr t mR Esta é a equação do movimento harmônico simples, em que a freqüência angular vale: r k R m (b) Para r = R, teremos: k m Este resultado corresponde ao período de oscilação de uma massa m conectada a uma mola k. (c) Fazer r = 0, equivale a conectar a mola ao eixo da roda, o que não irá provocar oscilações no sistema. 0 x F r Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 11 77. Um disco de 2,5 kg com 42 cm de diâmetro é suportado por uma haste sem massa com 76 cm de comprimento, que está presa por um eixo em sua extremidade, como na Fig. 14-40. (a) Inicialmente, a mola de torção sem massa não está conectada. Qual o período da oscilação? (b) A mola de torção está conectada agora de forma que, em equilíbrio, a haste permanece vertical. Qual deveria ser a constante torcional da mola, de forma que o novo período de oscilação seja 0,50 s menor do que antes? (Pág. 49) Solução. Considere o seguinte esquema : (a) O momento de inércia do pêndulo é o momento de inércia do disco de raio R, cujo centro de massa está afastado R + L do eixo de rotação. Logo, há necessidade da aplicação do teorema dos eixos paralelos: 2 2 2 2 2 22,407375 kg.m 2 2 CM MR R I I M L R M L R M L R O período T do pêndulo físico será: 2 I T Mg L R 2 2 2,407375 kg.m 2 1,998763 s 9,81 m/s 0,76 m 0,21 m T 2,0 sT (b) O novo período T’ deverá ser igual a T 0,50 s = 1,5 s. O torque restaurador será: L M R Mg Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 12 senMg L R Para um pequeno deslocamento angular , temos sen : 'Mg L R Onde: ' Mg L R Um sistema desse tipo apresenta período de oscilação dado por: ' 2 2 I I T Mg L R 2 24 T I Mg L R 2 2 4 I Mg L R T 2 2 2 2 4 2,407375 kg.m 2,5 kg 9,81 m/s 0,76 m 0,21 m 1,998763 s 0,50 s 18,5202 N.m/rad 19 N.m/rad 91. Um pêndulo físico consiste em duas hastes com um metro de comprimento que são ligadas como mostra a Fig. 14-44. Qual o período de oscilação com um eixo inserido no ponto A? (Pág. 49) Solução. Antes de calcular o período de oscilação deste pêndulo físico, precisamos determinar a posição do centro de massa e o momento de inércia do pêndulo. A posição do centro de massa pode ser facilmente deduzida devido à simetria do sistema. Representando-se cada uma das barras por massas pontuais localizadas em seus respectivos centros de massa (CM1 e CM2). Veja o esquema a seguir: Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 13 Deduz-se que o centro de massa do pêndulo está localizado a uma distância h = L/4 do eixo de rotação (ponto A). O momento de inércia do pêndulo em relação ao ponto A vale: 1, 2,A A AI I I Nesta expressão, I1,A e I2,A são os momento de inércia das barras 1 e 2 em relação ao ponto A. O valor de I1,A é tabelado (ou pode ser determinado por integração de x 2 dm): 2 1, 12 A ML I O valor de I2,A é obtido por meio da aplicação do teorema dos eixos paralelos: 2 2 2 2 2 2, 2 12 4 3 A CM L ML ML ML I I M Logo: 2 2 2 1, 2, 5 12 3 12 A A A ML ML ML I I I Agora podemos aplicar a segunda lei de Newton rotacional ao sistema oscilante. Veja o esquema abaixo: 2 2z A d I dt L L CM1 CM2 L/2 CM h L = /4 Barra 1 Barra 2 A CM h P A Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Resnick, Walker - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 14 – Oscilações 14 2 2 2 5 sen 12 ML d P h dt 2 2 2 5 2 sen 4 12 L ML d Mg dt 2 2 6 sen 0 5 d g dt L Para pequenas oscilações: 2 2 6 0 5 d g dt L A expressão acima corresponde à equação diferencial do movimento harmônico simples, em que a freqüência angular pode ser identificada como: 6 5 g L Finalmente, o período vale: 2 5 1 m2 5 2 2 1,8312 s 6 6 9,81 m/s L T g 2 sT Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 15 RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996. FÍSICA 2 CAPÍTULO 15 – OSCILAÇÕES 02. Um oscilador consiste em um bloco de massa de 512 g preso a uma dada mola. Ao oscilar com amplitude de 34,7 cm, ele repete seu movimento a cada 0,484 s. Encontrar: (a) o período, (b) a freqüência, (c) a freqüência angular, (d) a constante de força, (e) a velocidade máxima e (f) a força máxima exercida no bloco. (Pág. 19) Solução. (a) O período do movimento de oscilação é o tempo gasto para que o movimento se repita, ou seja, complete um ciclo. Logo: 0,484 sT (b) A freqüência de oscilação vale: 11 2,0661 s 2,0661 Hz T 2,07 Hz (c) A freqüência angular vale: 2 12,9817 rad/s 13,0 rad/s (d) Para determinar a constante de força, partimos da conhecida relação: k m 2 86,2857 N/mk m 86,3 N/mk (e) A dependência da velocidade da massa em relação ao tempo é dada pela seguinte equação: ( ) sent mv x t A velocidade máxima vmax é encontrada quando sen( t + ) = 1. Logo: max 4,5046 m/smv x max 4,50 m/sv (f) A dependência da força que a mola exerce sobre o bloco em relação ao tempo é dada pela relação: 2 ( ) ( ) cost t mF ma m x t A força máxima Fmax é encontrada quando cos( t + ) = 1. Logo: 2 max 29,9407 NmF m x max 29,9 NF Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 16 08. Um corpo oscila com movimento harmônico simples de acordo com a equação 6,12 m cos 8,38 rad/s 1,92 radx t Encontre (a) o deslocamento, (b) a velocidade e (c) a aceleração no instante t = 1,90 s. Encontre também (d) a freqüência e (f) o período do movimento. (Pág. 19) Solução. (a) A posição em t = 1,90 s vale: (1,90 s) 6,12 m cos 8,38 rad/s 1,90 s 1,92 rad 3,26764 mx (1,90 s) 3,27 mx (b) A velocidade em t = 1,90 s vale: ( ) 8,38 rad/s 6,12 m sen 8,38 rad/s 1,92 radt dx v t dt (1,90 s) 8,38 rad/s 6,12 m sen 8,38 rad/s 1,90 s 1,92 rad 43,3634 m/sv (1,90 s) 43,4 m/sv (c) A aceleração em t = 1,90 s vale: 2 ( ) 8,38 rad/s 6,12 m cos 8,38 rad/s 1,92 radt dv a t dt 2 2 (1,90 s) 8,38 rad/s 6,12 m cos 8,38 rad/s 1,90 s 1,92 rad 229,4683 m/sa 2 (1,90 s) 229 m/sa (d) A freqüência vale: 8,38 rad/s 1,33371 Hz 2 2 1,33 Hz (e) O período vale: 1 0,74978 sT 0,750 sT 14. Dois blocos (m = 1,22 kg e M = 18,73 kg) e uma determinada mola (k = 344 N/m) estão arranjados numa superfície horizontal, sem atrito, como mostra a Fig. 25. O coeficiente de atrito estático entreos blocos é de 0,42. Determine a amplitude máxima possível do movimento harmônico simples para que não haja deslizamento entre os blocos? (Pág. 20) Solução. Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 17 Considere o seguinte esquema, onde o índice 1 se refere ao bloco m e 2 a M: A máxima aceleração que o bloco m suporta (a1) sem deslizar é aquela que não rompe a condição de atrito estático com o bloco M: 1f ma 1 1N mg ma 1a g Portanto, o sistema oscilante poderá apresentar aceleração máxima (amax) igual a g. Logo: 2 ( ) ( )t ta x 2 max ma x max 2m ga x k m M 20,42 9,81 m/s 1,22 kg 18,73 kg 0,2389 m 344 N/m m g m M x k 0,24 mmx 19. Duas partículas oscilam, com movimento harmônico simples, ao longo de um mesmo segmento de reta, de comprimento L. Elas têm o mesmo período de 1,50 s e fases que diferem de 30,0 o . (a) Qual será a distância entre elas (em termos de L)? Qual será a distância entre elas, 0,500 s depois que a partícula atrasada deixar um dos extremos da trajetória? (b) Elas estão se movendo no mesmo sentido, uma se aproximando da outra, ou estão se afastando neste instante? (Pág. 20) Solução. Em primeiro lugar vamos construir as equações de movimento das partículas 1 e 2. As equações gerais do MHS de 1 e 2 são: 1( ) cost mx x t 2( ) cos 6 t mx x t Como T1 = T2 = T = 0,500 s, as freqüências angulares 1 e 2 são iguais a para as duas partículas. 2 2 4 rad/s 1,5 3T As amplitudes do MHS também são iguais para ambas as partículas, com xm = L/2. Logo: N1 P1 f F m x y N2 P2 f’ a1 = a2 M N1’ Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 18 1( ) 4 cos rad/s 2 3 t L x t 2( ) 4 cos rad/s 2 3 6 t L x t Sendo 1 = 0, temos 2 = 1 + /6. Isto significa que a partícula 1 está atrasada de /6 rad em relação à partícula 2. Em t = 0, x1 = 0 e x2 = 3 / 4L = 0,43301...L. Ou seja, a distância entre as partículas em t = 0 é: 12( 0) 0,433td L As velocidades das partículas 1 e 2 são dadas por: 1( ) 4 4 rad/s sen rad/s 3 2 3 t L v t 2( ) 4 4 rad/s sen rad/s 3 2 3 6 t L v t Em t = 0,500 s, temos as seguintes posições e velocidades para as partículas 1 e 2: 1(0,500 s) 4 cos rad/s 0,500 s 0,250 2 3 L x t L 2(0,500 s) 4 cos rad/s 0,500 s 0,433 2 3 6 L x L 1(0,500 s) 4 4 rad/s sen rad/s 0,500 s 1,813 3 2 3 L v L 2(0,500 s) 4 4 rad/s sen rad/s 0,500 s 1,047 3 2 3 6 L v L A distância entre as partículas em t = 0,500 s vale: 12( 0,500 s) 2(0,500 s) 1(0,500 s) 0,433 0,250td x x L L 12( 0,500 s) 0,183td L Considere o seguinte esquema, que mostra as posições e as velocidades das partículas em t = 0,500 s. Portanto, em t = 0,500 s, as partículas estão se aproximando. 21. Duas molas estão presas a um bloco de massa m, que pode deslizar sem atrito numa superfície horizontal, como está mostrado na Fig. 26. Mostre que a freqüência de oscilação do bloco é 2 21 2 1 2 1 2 k k m onde 1 e 2 são as freqüências em que o bloco oscilaria se fosse conectado somente à mola 1 ou à 2. (O análogo elétrico deste sistema é uma combinação em série de dois capacitores). x0L/2 L/2 12 v1v2 t = 0,500 s Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 19 (Pág. 20) Solução. Para a mola k1, temos: 1 12 1 1 1 1 2 2 k m 2 2 1 14 k m 2 2 1 14k m (1) De forma análoga, para a mola 2 teremos: 2 2 2 24k m (2) Considere o seguinte esquema: A força elástica resultante sobre o bloco vale: 1 2 1 2 1 2F F F k x k x k k x (3) Sabemos que para o MHS é válida a seguinte relação: 2 ( ) ( )t ta x (4) De acordo com a segunda lei de Newton, temos: F ma (5) Substituindo-se (3) e (4) em (5): 2 1 2k k x m x 2 1 2k k m (6) Substituindo-se (1), (2) e a relação = 2 em (6): 2 2 2 2 2 2 1 24 4 4m m m 2 2 1 2 22. Ligam-se duas molas e no extremo de uma delas prende-se um bloco de massa m, como está mostrado na Fig. 27. Não há atrito entre as superfícies. Se as molas separadamente tiverem constantes de força k1 e k2, mostre que a freqüência da oscilação do bloco será x0 m x F1 F2k1 k2 Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 20 1 2 1 2 2 2 1 2 1 2 1 2 k k k k m onde 1 e 2 são as freqüências em que o bloco oscilaria se fosse conectado somente à mola 1 ou à 2. (O análogo elétrico deste sistema é uma combinação em paralelo de dois capacitores). (Pág. 20) Solução. Considere o seguinte esquema: Sejam as seguintes relações, em que x1 e x2 são os estiramentos das molas k1e k2, respectivamente: 1 1 1F k x (1) 2 2 2F k x (2) A partir destas equações, temos: 1 1 1 F x k (3) 2 2 2 F x k (4) Vamos imaginar que a associação em série de molas mostrada na Fig. 27 possa ser substituída por uma mola equivalente de constante k’, de tal forma que as características do movimento imprimido ao bloco não seja alterado. As Eqs. (1)-(4) sugerem que: ' 'F k x (5) ' ' F x k (6) Nas Eqs. (5) e (6), x corresponde à distância de compressão ou estiramento da mola k’ e F’ é a força elástica correspondente gerada pela mola. O importante é observar que: 1 2x x x (7) ' 1 2F F F F (8) Substituindo-se (3), (4) e (6) em (7): ' 1 2 ' 1 2 F FF k k k m F1 F2k1 k2F m k’F’ Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 21 Aplicando-se a relação (8), temos: ' 1 2 ' 1 2 1 2 1 1 k kF F F k k k k k ' ' 1 2 1 2 k k F k F k k (9) Comparando-se (5) e (9), temos: 1 2 1 2 k k F x k k 1 2 1 2 k k F x k k Logo: ' 1 2 1 2 k k k k k (10) A freqüência de oscilação do sistema vale: ' ' ' 1 2 2 k m (11) Substituindo-se (10) em (11): ' 1 2 1 2 1 2 k k k k m28. (a) No movimento harmônico simples, quando o deslocamento for igual à metade da amplitude xm, que fração da energia total será cinética e que fração será potencial? (b) Para que valor do deslocamento metade da energia será cinética e metade será potencial? (Pág. 21) Solução. (a) A equação do movimento harmônico simples é: ( ) cost mx x t Quando o deslocamento for igual à metade da amplitude, temos: 0( ) 0 cos 2 m t m x x x t Isto implica em que no tempo t0 temos: 0 1 cos 2 t A energia mecânica total do MHS é dada por: 21 2 mE kx (1) No instante t0 a energia potencial do sistema vale: 0 0 2 22 2 ( ) ( ) 0 1 1 1 1 cos 2 2 2 2 t t m mU kx k x t kx Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 22 0 2 ( ) 1 8 t mU kx (2) A energia cinética do sistema no instante t0 pode ser calculada por diferença: 0 0 2 2 ( ) ( ) 1 1 2 8 t t m mK E U kx kx 0 2 ( ) 3 8 t mK kx (3) Agora podemos usar as Eqs. (1)-(3) para calcular o que foi pedido. A fração da energia total que será cinética é: 0 2 ( ) 2 3 8 1 2 m t K m kxK f E kx 3 4 Kf A fração da energia total que será potencial é: 0 2 ( ) 2 1 8 1 2 m t U m kxU f E kx 1 4 Uf (b) Usaremos a condição da energia potencial ser metade da energia mecânica total: 2 E U 2 2 1 1 2 2 2 mkx kx 2 2 2 mxx 2 2 mx x 34. Um bloco de massa M está em repouso em uma mesa horizontal, sem atrito, preso em suporte rígido por uma mola de constante elástica k. Uma bala de massa m e velocidade v atinge o bloco, como mostra a Fig. 30; a bala fica presa no bloco. Determine a amplitude do movimento harmônico simples resultante, em termos de m, M, v e k. (Pág. 21) Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 23 Solução. Considere o seguinte esquema da situação: Logo após a colisão completamente inelástica entre a bala e o bloco, ambos passam a executar movimento harmônico simples como um só corpo de massa m + M. A velocidade do conjunto imediatamente após a colisão corresponde à velocidade máxima do MHS (vmax). O cálculo de vmax é feito por meio da aplicação do princípio da conservação do momento linear na coordenada x: 0x xP P bala,0 bloco,0 bala blocop p p p max max0mv mv Mv max mv v m M (1) Durante o MHS, a velocidade do sistema bloco + bala em função do tempo é dada por: ( ) sent mv x t A velocidade máxima do MHS é obtida quando sen ( t + ) = 1. Logo: max mv x max m v x (2) Por definição, a freqüência angular é dada por: k m M (3) Substituindo-se (1) e (3) em (2): m mv m M x m M k m mv x m M k 36. Um bloco de 4,00 kg está suspenso por uma mola de constante elástica 5,00 N/cm. Uma bala de 50,0 g é atirada sobre o bloco, de baixo para cima, com velocidade de 150 m/s, ficando em repouso no interior do bloco. (a) Encontre a amplitude do movimento harmônico simples resultante. (b) Que fração da energia cinética original da bala se transforma em energia mecânica do oscilador? (Pág. 22) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: m+M x0 xm-xm Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 24 Logo após a colisão completamente inelástica entre a bala e o bloco, ambos passam a executar movimento harmônico simples como um só corpo de massa m + M. A velocidade do conjunto imediatamente após a colisão corresponde à velocidade máxima do MHS (vmax). O cálculo de vmax é feito por meio da aplicação do princípio da conservação do momento linear na coordenada x: 0x xP P bala,0 bloco,0 bala blocop p p p 0 max max0mv mv Mv 0 max mv v m M (1) Durante o MHS, a velocidade do sistema bloco + bala em função do tempo é dada por: ( ) sent mv y t A velocidade máxima do MHS é obtida quando sen ( t + ) = 1. Logo: max mv y (2) A freqüência angular do sistema vale: k m M (3) Substituindo-se (1) e (3) em (2): m mv k y m M m M 0 0 0,1666 mm m m M m y v v m M k k m M 0,17 mmy (b) A energia mecânica do oscilador corresponde à sua energia cinética máxima. 2 2 max max 2 20 0 0 1 2 1 2 m M v m M vE f K mv mv (4) Substituindo-se (1) em (4): 2 0 2 0 0,0123456 m M mv m f mv m M m M y 0 ym -ym v0 m M m M + Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 25 0,012f 37. Um cilindro sólido está preso a uma mola horizontal sem massa, de tal modo que ele pode rolar sem deslizar sobre uma superfície horizontal, como mostra a Fig. 32. A constante de força k da mola é 2,94 N/cm. Sabendo-se que o sistema foi abandonado em repouso numa posição tal que a mola estava distendida de 23,9 cm, calcule as energias cinéticas (a) de translação e (b) de rotação do cilindro, quando ele passar na posição de equilíbrio. (c) Mostre que, nestas condições, o centro de massa do cilindro executa movimento harmônico simples com período de 3 2 2 M T k onde M é a massa do cilindro. (Pág. 22) Solução. A energia mecânica total vale (xm é a amplitude de oscilação): 21 0,09375 J 2 mE kx (1) Quando o cilindro passa pelo ponto onde a mola está relaxada, a energia mecânica do sistema E estará na forma de energia cinética K. Esta está dividida em energia cinética translacional KT e rotacional KR. T RE K K K (2) A energia cinética translacional vale: 21 2 TK Mv (3) A energia cinética rotacional vale (I é o momento de inércia do cilindro e é a sua velocidade angular): 22 21 1 2 2 2 R MR v K I R 21 4 RK Mv (4) Substituindo-se (3) e (4) em (2): 2 21 1 2 4 E Mv Mv 23 4 E Mv (5) (a) Dividindo-se (4) por (5): Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 26 2 2 2 24 3 3 4 T Mv K E Mv 2 0,0625 J 3 TK E 0,063 JTK (a) Dividindo-se (3) por (5): 2 2 1 14 3 3 4T Mv K E Mv 1 0,03125 J 3 TK E 0,031 JTK (c) Considere o seguinte esquema das forças que agem sobre o cilindro: Vamos analisar a dinâmica da translação do cilindro (em x), em que F é a força elástica, f é a força de atrito estático, P é o peso do cilindro e N é a normal: x xF Ma 2 2 d x F f M dt 2 2 d x kx f M dt (6) Agora vamos analisar a dinâmica da rotação do cilindro (torques em z, em relação ao centro de massa do cilindro): z zI 2 2 z MR fR Mas: x z v R Logo: 2 2 xvMRfR R P f x y z N F v Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 27 2 22 M d x f dt (7) Substituindo-se (7) em (6): 2 2 2 22 M d x d x kx M dt dt 2 2 2 0 3 d x k x dt M (8) A Eq. (8) é a equação diferencial do movimento harmônico simples, onde: 2 2 3 k M A relação entre o período de oscilação T e a freqüência angular é: 2 T Logo: 3 2 2 M T k 45. Um pêndulo físico consiste de um disco sólido uniforme de massa M = 563 g e raio R = 14,4 cm, mantido no plano vertical por um eixo preso à distância d = 10,2 cm do centro do disco, como mostra a Fig. 35. Desloca-se o disco de um pequeno ângulo e a seguir ele é abandonado. Encontre o período do movimento harmônico resultante. (Pág. 23) Solução. O período de oscilação de um pêndulo físico é dado pela Eq. (1), onde I é o momento de inércia do pêndulo em relação ao eixo de oscilação e d é a distância entre esse eixo e o centro de massa do pêndulo: 2 I T Mgd (1) O momento de inércia é obtido por meio da aplicação do teorema dos eixos paralelos: 2 CMI I Md 2 2 2 MR I Md 2 22 2 M I R d (2) Substituindo-se (2) em (1): Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 28 2 22 2 0,90528 s 2 R d T gd 0,905 sT 48. Um pêndulo consiste de um disco uniforme de raio de 10,3 cm e massa de 488 g preso a uma vara uniforme de 52,4 cm de comprimento e 272 g de massa; veja a Fig. 36. (a) Calcule o momento de inércia do pêndulo em torno deste eixo. (b) Qual é a distância entre o eixo e o centro de massa do pêndulo? (c) Calcule o período de oscilação para deslocamento angular pequeno. (Pág. 23) Solução. Considere o seguinte esquema da situação: (a) O momento de inércia do pêndulo (I) é igual à soma dos momentos de inércia da vara (Ivara) e do disco (Idisco). vara discoI I I (1) De acordo com a Fig. 9f (pág. 234, vol. 1): 2 vara 3 ml I (2) O cálculo de Idisco requer a aplicação do teorema dos eixos paralelos: x 0 CM h l R M m Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 29 2 CMI I M l R 2 2 2 MR I M l R (3) Substituindo-se (2) e (3) em (1): 2 2 2 20,028905 kg.m 3 2 ml R I M l R 20,0289 kg.mI (b) A coordenada do centro de massa (xCM) é dada por: 1 2 1 1 2 2CMm m x m x m x ( ) 2 l m M h m M l R 1 ( ) 0,4963 m 2 ml h M l R m M 49,6 cmh (c) O período de oscilação deste pêndulo físico (T) vale: 2 0,5553 s I T m M gh 0,555 sT 53. Um pêndulo físico tem dois pontos possíveis de suspensão; um é fixo e o outro ajustável ao longo do comprimento do pêndulo, conforme a Fig. 38. Quando gira em torno da suspensão fixa, o pêndulo tem período T. Invertendo-se o pêndulo, de modo que passe a girar em torno da suspensão ajustável, consegue-se, por tentativas, fazê-lo oscilar com o mesmo período T. Mostre que a aceleração da gravidade pode ser escrita na forma 2 2 4 L g T onde L é a distância entre as duas suspensões. Note que g pode ser medido desta maneira, sem necessidade do conhecimento do momento de inércia do pêndulo ou qualquer das outras dimensões, com exceção de L. (Pág. 23) Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto. Física – UFES ________________________________________________________________________________________________________ Halliday, Halliday, Krane - Física 2 - 4 a Ed. - LTC - 1996. Cap. 15 – Oscilações 30 Solução. Considere o seguinte esquema da situação: Aplicando-se o teorema dos eixos paralelos, podemos obter os momentos de inércia do pêndulo em relação aos eixos A e B: 2 A CM AI I Mh 2 B CM BI I Mh Logo: 2 2 A B A B A B A BI I M h h M h h h h (1) O período de oscilação do pêndulo A vale: 2 A A I T Mgh Logo: 2 24 A A Mgh T I De forma semelhante para o pêndulo B temos: 2 24 B B Mgh T I Logo: 2 24 A B A b MgT I I h h (2) Igualando-se (1) e (2): 2 24 A b A B A B MgT h h M h h h h Reconhecendo-se que hA + hB = L e simplificando-se a expressão: 2 24 gT L 2 2 4 L g T hA A B CM T, IA hB B A CM T, IB
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