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aplicação da lei penal art 1° ate 12°

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DIREITO PENAL: dever ser.
- É o conjunto de normas e princípios que regula a aplicação da lei penal, define a teoria do delito (quando uma conduta é crime ou não) e da pena, bem como os crimes em espécie. 
- Fontes: código penal, leis especiais, CF/88.
- Função: instrumento de última razão (subsidiário) -> 
a) Proteção de bens jurídicos (agrega valor e supre necessidades).
b) Prevenção do delito -> Geral (lei penal para todos; antes da prática) e Especial (depois da prática, para quem cometeu).
	Momento da conduta
	Lei posterior
	O fato é crime
	Não mais considera (artigo 2º do CP). Retroage!
	O fato é atípico
	 Considera crime. Regra da irretroatividade. Artigo 1º do CP.
	O fato é crime
	Mantém criminoso, mas reduz a pena. RETROAGE! ARTIGO 2º DO CP.
	O fato é crime
	Mantém criminoso e aumenta a pena. Lei irretroativa. Artigo 2º do CP.
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL:
LEGALIDADE: deve estar previsto em lei.
IRRETROATIVIDADE: não pode aplicar lei que foi criada depois do que aconteceu (a lei não volta).
TERRITORIALIDADE: a lei penal se aplica a quem quer que esteja em território nacional.
LIMITAÇÃO DAS PENAS: É o que sobrou para propor as penas -> multa, restritiva de direitos e privativa de liberdade. 
INDIVIDUALIZAR A PENA: individualizar os crimes; as penas devem ser adequadas a cada réu. 
CULPABILIDADE: “merecimento de pena” e “medida e limite da pena” -> tem que ser culpável.
INSIGINIFICÂNCIA: lesão tem que ser significante.
LESIVIDADE: tem que lesar efetivamente um bem.
APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO
Art. 1º - legalidade/ anterioridade: não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal (tem que estar prevista em lei. A lei tem que vir antes do crime). 
Entende o princípio da legalidade como sinônimo do princípio da reserva legal. Princípio da legalidade não se confunde com princípio da reserva legal. O princípio da legalidade representa a lei em sentido amplo, abrange todas as espécies legislativas. Já o princípio da reserva legal refere-se à lei em sentido estrito, ou seja, lei ordinária e leis complementares. Entende que o princípio da legalidade no artigo 1ª do CP é enunciado pelo princípio da legalidade, através do princípio da reserva legal, que se refere à lei em sentido estrito, mais o princípio da anterioridade. Ou seja,  o Princípio da legalidade= princípio da reserva legal+ anterioridade.
Art. 2º - ninguém pode ser punido por algo que uma lei posterior deixou de considerar crime. 
A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Abolitio criminis é a nova lei que exclui do âmbito penal um fato ate então considerado criminoso. Encontra previsão legal do art. 2°, caput, do CP e tem natureza jurídica de causa de extinção da punibilidade. 
Irretroatividade in pejus, ou seja, a da impossibilidade de a lei retroagir para, de qualquer modo, prejudica o agente; a exceção é a retroatividade in mellius, quando a lei vier, também, de qualquer modo, favorece-lo (a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu). 
Art. 3º - lei temporária ou excepcional, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as circunstancias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado sua vigência. 
Lei temporária é aquela que tem sua vigência predeterminada no tempo, isto é, o seu termo final é explicitamente previsto em data certa do calendário.
Lei penal excepcional é a que se verifica quando sua duração esta relacionada a situações de anormalidade. Ex: é editada uma lei que diz ser crime, punido com reclusão de seis meses a dois anos, tomar banho com mais de dez minutos de duração durante o período de racionamento de energia elétrico. 
Autorrevogação: não precisando de outra lei que as revogue. Basta a superveniência do dia nela previsto (lei temporário) ou o fim da situação de anormalidade (lei excepcional) para que deixem automaticamente, de produzir efeitos jurídicos. Por esse motivo, são classificadas como leis intermitentes. 
Ultratividade: aplicam-se ao fato praticado durante sua vigência, embora decorrido o período de sua duração (temporária) ou cessadas as circunstancias que a determinaram (excepcional). A ultratividade significa a aplicação da lei mesmo depois de revogada. 
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o momento do resultado. É necessária a identificação do momento em que se considera praticado o crime, para que se opere a aplicação da penal ao seu responsável. 
A imputabilidade é apurada ao tempo da conduta.
No crime permanente em que a conduta tenha se iniciado durante a vigência de uma lei, e prossiga durante o império de outra, aplica-se a lei nova, ainda que mais severa. Fundamenta-se o raciocínio na reiteração de ofensa ao bem jurídico, já que a conduta criminosa continua a ser praticada depois da entrada em vigor da lei nova, mas gravosa. 
No crime continuando em que os fatos anteriores eram punidos por uma lei, operando-se o aumento da pena por lei nova, aplica-se esta ultima a toda a unidade delitiva, desde que sob a sua vigência continue a ser praticada. O crime continuando, em que pese ser constituído de vários delitos parcelares, é considerado crime único para fins de aplicação da lei (teoria da ficção jurídica). 
No crime habitual em que haja sucessão de leis, deve ser aplicado à nova, ai da que mais severa, se o agente insistir em reiterar a conduta criminosa. 
Art. 5º - territorialidade: aplicar a lei penal em quem quer que esteja em território nacional. Limites fronteiriços, mar, espaço aéreo correspondente. 
Embarcações e aeronaves públicas ou a serviço do governo brasileiro, onde quer que se encontre, são extensões do território brasileiro para efeitos penais. 
Embarcações e aeronaves privadas ou mercantes, só se aplica a lei penal brasileira em território nacional ou em alto mar (comum/sem dono) ou em espaço aéreo a ele correspondente. Se estiverem em mar ou espaço aéreo estrangeiro, se aplica a lei penal correspondente ao país.
Embarcações e aeronaves estrangeiras no Brasil -> são puníveis em lei penal brasileira crimes em embarcações e aeronaves privadas. 
Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu o deveria produzir-se o resultado. A aplicação do principio da territorialidade da lei penal no espaço depende da identificação do lugar do crime. 
Teoria da ubiquidade: lugar do crime é tanto aquele em foi praticado a conduta (ação e omissão) quanto aquele em que se produziu ou deveria produzir-se o resultado. Crimes à distância (dois ou mais países), lugar que ocorreu ação ou omissão e lugar onde se produziu o resultado.
Art. 7º - extraterritorialidade -> exceção para atos praticados fora do território nacional.
- Inc. 1: incondicionadas -> basta que as autoridades brasileiras tenham conhecimento do crime para começarem as investigações. Acontecem em caso de: crimes contra o presidente da república; contra o patrimônio ou fé pública; contra a administração pública (por quem está o seu serviço); genocídio (quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil). 
- Inc. 2: condicionadas -> não basta ter conhecimento, mas sim que as hipóteses do paragrafo 2 estejam reunidas.
- os crimes cometidos por brasileiros no estrangeiro; que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; praticados em aeronaves e embarcações privadas ou mercantes em território estrangeiros e aí não julgados. 
- os crimes citados a cima tem que estar em acordo com os próximos 5 itens: 1) o agente entrar em território nacional. (2) ser crime em ambos os países. (3) estar o crime incluído entre aqueles pelo qual o Brasil autoriza a extradição. (4) se não foi absolvido ou que não tenha cumprido a pena. (5) se não foi perdoado no país em que cometeu o crime ou que a não esteja extinta a punibilidade. 
- 3º - a lei penal brasileiratambém se aplica a crime cometido por estrangeiro contra brasileiro, desde que estejam reunidas as condições previstas a cima + a) que a extradição não foi pedida ou negada. b) conveniência diplomática (houve requisição do Ministério Público). 
Art. 8º - pena cumprida no estrangeiro -> proibição da dupla punição (ninguém pode ser punido duas vezes pelo mesmo fato).
- quando as penas forem de espécies diferentes, atenua-se, ou seja, suaviza-se a pena. -> ex: PT: 1 ano de prisão e no BR: 2 anos de prestação de serviço -> cabe ao juiz decidir e atenuar as penas;
- quando as penas forem de mesma espécie, computa-se, ou seja, desconta. -> ex: PT: 3 anos de prisão e no BR: 5 anos de prisão = o indivíduo irá cumprir apenas mais 2 anos no Brasil. 
Art. 10 – contagem de prazo -> calendário comum.
- inclui-se o dia do início e despreza-se o dia do fim. Os prazos de direito penal começam sua contagem no mesmo dia em que os fatos ocorreram independentemente de tratarem-se de dia úteis ou feriado, encerrando-se também desse modo. Não se considera se são dias úteis ou não. Ex: A prescrição do direito de promover a ação penal contra o autor do fato começa a contar no dia em que ocorreu o delito (na esfera penal a prescrição é considerada como garantia de direito material do autor). Assim, segue a contagem de prazos prevista no Código Penal.
Art. 11° - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. 
Frações de dia são horas, as quais devem ser descontadas da pena final. 
Art. 12 - A regra geral deste Código aplica-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso.
O que o presente dispositivo propõe é aplicação subsidiária da parte geral do Código Penal a outras leis penais, quando elas não dispuserem de modo diverso.
A lei de tóxicos, por exemplo, apenas descreve condutas a serem consideradas típicas do tráfico e consumo de entorpecentes, o que impõe a ela a aplicação dos institutos previstos na parte geral do Código Penal.

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