Trabalho Acadêmico Práticas Pedagógicas (incompleto)

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
CAMPUS URUGUAIANA
CURSO CIÊNCIAS DA NATUREZA - LICENCIATURA
ANÁLISE DA PRÁTICA DOCENTE NO ÂMBITO ESCOLAR
ARIANE DA SILVEIRA MACHADO
EVELYN EVERLISE RODRIGUES TRINDADE
Uruguaiana
2016
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ARIANE DA SILVEIRA MACHADO
EVELYN EVERLISE RODRIGUES TRINDADE
ANÁLISE DA PRÁTICA DOCENTE NO ÂMBITO ESCOLAR
Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de Ciências da Natureza – Licenciatura da Universidade Federal do Pampa, como requisito para avaliação no Componente Curricular Práticas Pedagógicas I
Professor(a) orientador(a): Ailton Jesus Dinardi
Uruguaiana
2016
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Cronograma de observações da disciplina de Química .......	 7
Tabela 2 – Cronograma de observações da disciplina de Biologia ….	 7
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
1.1 O que é o componente curricular Práticas Pedagógicas?.............................. 5
2 METODOLOGIA	6
2.1 O que é uma pesquisa qualitativa?	8
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO	9
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS	10
5 REFERÊNCIAS	10
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1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho de raiz qualitativa do componente curricular Práticas Pedagógicas I, presente no Projeto Pedagógico do Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza da UNIPAMPA, foi realizada uma observação em aula registrando os métodos de ensino e avaliação dos docentes em relação a uma das turmas que cada um atua, e tendo como objetivo analisar esses métodos utilizados.
1.1 O que é o componente curricular Práticas Pedagógicas?
Práticas Pedagógicas é um dentre os vários componentes curriculares oferecidos pelo curso de Ciências da Natureza, e que trabalha com a proposta de que o discente deixe sua zona de conforto e assim conheça a realidade escolar na qual terá de se habituar. O componente é dividido em 8 (oito) partes, essas que são distribuídas ao longo da mesma quantidade de semestres durante a duração do curso, e que, ao final, totalizam 420 (quatrocentos e vinte) horas da carga horária total do curso. De acordo com o PPC de Ciências da Natureza:
As Práticas como componente curricular no Curso ancora-se no eixo articulador das dimensões teóricas e práticas, prevendo situações didáticas em que os futuros professores coloquem em uso os conhecimentos que aprenderem, ao mesmo tempo em que possam mobilizar outros, de diferentes naturezas e oriundos de diferentes experiências, em diferentes tempos e espaços curriculares [...] Neste sentido, o objetivo do componente curricular Práticas Pedagógicas é oportunizar a inserção e a interação do(a) acadêmico(a) com o espaço profissional da educação e do contexto do mesmo, vivenciando situações teórico-práticas e reflexivas, a partir de observações, vivências, problematizações e estudos de caso de questões pertinentes a educação e formação docente. (UNIPAMPA, 2013, p. 42-43).
Ainda, na resolução nº 2, de 1º de julho de 2015, encontra-se a justificativa do porquê essa prática já é feita logo no primeiro semestre de curso:
“Os cursos [...] terão, no mínimo, 3.200 (três mil e duzentas) horas de efetivo trabalho acadêmico, [...] compreendendo [...] 400 (quatrocentas) horas de prática como componente curricular, distribuídas ao longo do processo formativo”.
Sobre Práticas Pedagógicas I, que é um dos componentes sendo executados nesse semestre e que levou à realização deste trabalho, encontra-se em sua ementa o seguinte:
Observação e compreensão da realidade do ensino de ciências na escola. Conhecimento sobre os objetos de saberes sugeridos ao ensino de ciências da natureza no ensino fundamental e ciências da natureza e suas tecnologias no ensino médio, conforme livros didáticos e Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Contato com docentes da área de ciências naturais (ensino fundamental) e ciências da natureza e suas tecnologias no ensino médio (química, física e biologia) para conhecer sobre saberes e recurso didáticos desta área de conhecimento. (UNIPAMPA, 2013, p. 43).
2 METODOLOGIA
Foi feita uma pesquisa de característica qualitativa no Instituto Estadual de Educação Elisa Ferrari Valls, localizado em área urbana, na rua Padre Anchieta, no bairro São Miguel em Uruguaiana, e que conta com mais de 1200 (mil e duzentos) alunos matriculados.
Ocorreu, durante o primeiro semestre de 2016, duas observações em campo. A primeira na turma 31E do terceiro ano, do período da manhã, nas aulas de Química, ministradas pela professora Luciane Pinto, formada na PUC Uruguaiana em Medicina Veterinária, na Unopar em Ciências Biológicas, e em cursos na PUC de Porto Alegre em Química. A segunda na turma 21D do segundo ano, também do período da manhã, nas aulas de Biologia, da professora Ana Paula Sommer Abreu, com formação na PUC Uruguaiana em Licenciatura em Ciências Biológicas e que almeja fazer mestrado.
As tabelas abaixo mostram algumas informações sobre as observações apontadas, sendo essas: data, horários e conteúdo das aulas.
	Data
	Horário de observação
	Conteúdo das aulas
	30/03/2016
	10:30 – 12:00
	Conteúdo (Nomenclatura de hidrocarbonetos de cadeia ramificada) em slide, exemplos no quadro e folha de exercícios;
	13/04/2016
	10:30 – 12:00
	Prova de Química – hidrocarbonetos;
	20/04/2016
	10:30 – 12:00
	Entrega de provas e correção, prova oral – hidrocarbonetos;
	27/04/2016
	10:40 – 12:00
	Prova de Química – hidrocarbonetos;
	04/05/2016
	09:50 – 10:15
	Exemplos no quadro sobre a função oxigenada cetona, folha de exercícios sobre as funções oxigenadas álcool e aldeído
	11/05/2016
	10:30 – 11:45
	Prova – hidrocarbonetos e funções oxigenadas;
	18/05/2016
	10:30 – 11:45
	Folha de exercícios sobre funções oxigenadas.
Tabela 1. Cronograma de observações da disciplina de Química.
	Data
	Horário de observação
	Conteúdo das aulas
	13/04/2016
	09:25 – 10:15
	Slide (revisão sobre o pâncreas, e intestino grosso), vídeo sobre o sistema digestório e folha de exercícios.
Tabela 2. Cronograma de observações da disciplina de Biologia.
2.1 O que é uma pesquisa qualitativa?
Diferente da pesquisa quantitativa, que os resultados são obtidos apenas por números, através de, por exemplo, questionários, e esses sempre com um lado mais objetivo, a pesquisa qualitativa pode ser obtida pela pesquisa em campo, e chega mais próxima dos sujeitos da pesquisa, através da observação dos mesmos em seu meio, e também através de entrevistas ou outros diversos métodos.
Algumas características básicas identificam os estudos denominados “qualitativos”. Segundo esta perspectiva, um fenômeno pode ser melhor compreendido no contexto em que ocorre e do qual é parte, devendo ser analisado numa perspectiva integrada. Para tanto, o pesquisador vai a campo buscando “captar” o fenômeno em estudo a partir da perspectiva das pessoas nele envolvidas, considerando todos os pontos de vista relevantes. Vários tipos de dados são coletados e analisados para que se entenda a dinâmica do fenômeno (GODOY, 1995, p. 21).
Dentro da pesquisa qualitativa, ainda temos vários termos usados para diferenciar o tipo de pesquisa usado e, no caso desse trabalho, podemos classifica-lo como “estudo de caso”, já que as turmas que observamos são consideradas únicas e não é possível compara-las com outras, já que cada turma – ou então, cada caso – tem sua condição. Usamos o artigo de Godoy (1995, p. 25) para definir o que é um estudo de caso:
O propósito fundamental do estudo de caso (como tipo de pesquisa) é analisar intensivamente uma dada unidade social [...] com o objetivo de aprofundar a descrição de determinado fenômeno, o investigador pode optar pelo estudo de situações típicas (similares a muitas outras do mesmo tipo) ou não usuais (casos excepcionais).
Também é possível encaixar esse trabalho em “pesquisa documental”:
A pesquisa documental representa uma forma que pode se revestir de um caráter inovador, trazendocontribuições importantes no estudo de alguns temas. Além disso, os documentos normalmente são considerados importantes fontes de dados para outros tipos de estudos qualitativos, merecendo portanto atenção especial (GODOY, 1995, p. 21).
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Aqui são ressaltados alguns dos fatos encontrados durante as observações.
Os métodos de avaliação das duas professoras são bem parecidos, compostos de provas, trabalhos e participação em sala de aula;
Mesmo que tenha acontecido apenas uma visita à turma 21D, foi possível observar que os alunos são prestativos e comportados durante a explicação da professora, e que fazem anotações no poligrafo, que é o material usado pela professora para o ensino.
A professora de Química usa vários exercícios como método de ensino.
As duas professoras não fazem uso do livro didático.
Foi observado que a professora da turma 31E retoma o conteúdo em que há dificuldade de aprendizado por parte dos alunos, isso, claro, acaba consequentemente atrasando a matéria, mas por outro lado, faz com que os alunos que tem dúvida acabem fixando melhor esse conteúdo. Portanto foi realizada pela segunda vez uma nova avaliação escrita sobre o mesmo conteúdo para que todos tivessem a oportunidade de recuperar o conceito.
As duas professoras preferem ocupar a maioria de suas aulas em laboratório, mas pode ser observado que elas fazem uso diferenciado dos mesmos. A professora de Biologia utiliza de alguns dos materiais presentes no laboratório de Biologia enquanto leciona, e a professora de Química, ao ser questionada, disse que usa os materiais do laboratório de Química apenas para os primeiros anos no período da tarde.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer das semanas em que foram feitas as observações, foi possível constatar que as professoras ainda seguem uma forma mais tradicional de interagir e ensinar a turma, ou seja, apenas utilizando o quadro negro, slides, exercícios em folhas e avaliações teóricas e não aderindo a aulas práticas em que podem usufruir do ambiente em que optam por ministrar as aulas diariamente, sendo esses os laboratórios.
5 REFERÊNCIAS
Abaixo encontram-se todas as referências de citações usadas ao longo do trabalho.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 2, de 1º de julho de 2015. Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial em nível superior (cursos de licenciatura, cursos de formação pedagógica para graduados e cursos de segunda licenciatura) e para a formação continuada. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=17719-res-cne-cp-002-03072015&category_slug=julho-2015-pdf&Itemid=30192>. Acesso em: 23 mai. 2016.
GODOY, A. S. Pesquisa Qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 35, n. 3, p. 21-25, mai. /jun. 1995.
UNIPAMPA. Projeto Pedagógico do Curso Ciências da Natureza – Licenciatura. p. 42-43, jul. 2013. Disponível em: < http://cursos.unipampa.edu.br/cursos/cienciasdanatureza/files/2011/05/PPC-Ci%C3%AAncias-Natureza.pdf>. Acesso em: 23 mai. 2016.